Notícias
Ziriguidum do D9 – Resumo – 6ª Feira, 06 maio de 2022
Published
3 anos agoon
Resumo de sexta, 06 de maio de 2022
Edição de Chico Bruno
Manchetes
Valor Econômico – União negocia R$ 265 bi de dívidas com contribuintes
FOLHA DE S.PAULO – Bolsonaro e Defesa fazem nova ofensiva contra TSE
O ESTADO DE S.PAULO – Mobilização leva 2 milhões de jovens a tirar título de eleitor
O GLOBO – Brasil ganha 2 milhões de novos eleitores de 16 e 17 anos
CORREIO BRAZILIENSE – Bolsonaro diz que lucro da Petrobras é “estupro”
Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia
Acordo com União – Empresas e pessoas físicas negociaram com a União, desde 2020, o valor de R$ 263 bilhões em acordos para o pagamento de dívidas fiscais. Em abril, o número chegou a 1,1 milhão de acordos. Os contribuintes têm utilizado a chamada “transação tributária” para negociar débitos com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que pode conceder descontos e parcelamentos. A transação foi instituída por lei há pouco mais de dois anos. Desde então, o Fisco passou a ter permissão para sentar-se à mesa e negociar com os contribuintes de forma “customizada”. Há mais de dez modalidades de transação. Descontos variam conforme o fluxo de caixa e a capacidade de pagamento do contribuinte. Mas, em geral, são de até 50% e a dívida pode ser parcelada em um prazo de até 84 meses. Empresas em recuperação judicial têm mais vantagens. Os descontos podem alcançar 70% e o prazo de pagamento, até 120 meses.
Marcha insana – O governo Bolsonaro redobrou seus ataques ao sistema eleitoral em duas frentes nesta quinta-feira (5). Primeiro, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que divulgue questionamentos das Forças Armadas sobre as eleições deste ano. Horas depois, durante sua live semanal, Jair Bolsonaro (PL) declarou que seu partido, o PL contratará uma empresa para auditar o processo eleitoral. Em tom de ameaça, disse que ” o TSE pode ficar em situação complicada” se a auditoria se mostrar impossível. Em segundo lugar em pesquisas de intenção de voto, o presidente tem alimentado suspeitas sobre a lisura do sistema eleitoral – desde a adoção das urnas eletrônicas, em 1996, nunca houve registro de fraude. Ele nega que busque minar o processo: “”A gente vê nas republiquetas o chefe do Executivo conspirar para ficar no poder, cooptar órgãos para fraudar eleições. Aqui é exatamente o contrário”. O TSE não se manifestou a respeito até a conclusão desta edição.
Mobilização certeira – De janeiro a abril, pelo menos 2.042.817 jovens de 16 a 18 anos tiraram título de eleitor e se habilitaram a votar em outubro. Os dados do TSE, ainda parciais, contrariam a ideia de que brasileiros nessa faixa etária estariam desinteressados pela política por descrédito, polarização das campanhas ou receio de cancelamento nas redes sociais. O número de jovens eleitores cresceu 47,2% em relação ao registrado no mesmo período de 2018 e mais de 57% ante os 4 primeiros meses de 2014. Nos últimos meses, uma campanha de incentivo mobilizou artistas, políticos e o próprio TSE.
Indignação chula – Anunciado pela estatal, ontem, o lucro de R$ 44,6 bilhões representa uma alta de 3.718% na comparação com o resultado de R$ 1,16 bilhão, obtido no mesmo período do ano passado. Em live, o presidente da República fez duras críticas à empresa. “Petrobras, estamos em guerra. O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem aumentar mais os preços dos combustíveis”, afirmou. O principal motivo do lucro recorde da companhia é a escalada dos preços do petróleo no mercado internacional, impulsionados pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Com os repasses do aumento ao mercado local, o custo da gasolina, do diesel e do gás de cozinha disparou no Brasil, elevando a inflação e contribuindo fortemente para a impopularidade de Bolsonaro.
“Pior que o meu ninguém pegou” – Os estrategistas do presidente Jair Bolsonaro (PL) não pretendem mudar o discurso adotado até agora em relação à inflação, mas focará no cenário que cada presidente enfrentou. Os bolsonaristas ensaiam um discurso de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato, pegou céu de brigadeiro na economia e poderia ter feito mais, mas não fez por causa dos malfeitos, a começar pelo mensalão. Quanto ao quadro atual, de preços elevadíssimos dos alimentos, gás de cozinha e gasolina, o atual governo manterá o discurso de que a pandemia derrubou mercados e economia no mundo todo — e que Bolsonaro fez o que estava ao seu alcance, como o auxílio emergencial e as mudanças posteriores no Bolsa Família, que resultaram no programa Auxílio Brasil. Vai sobrar também para os governadores que adotaram o lockdown, quando os casos de covid-19 estavam num patamar elevadíssimo.O comportamento das empresas com aumentos considerados abusivos também serão objeto do discurso bolsonarista. Daqui para frente, o presidente proveitará as lives para reclamar dos preços dos combustíveis e fazer apelos à Petrobras, com um lucro líquido de R$ 44,5 bilhões, para que não promova aumentos, além de reforçar que “não pode intervir” na estatal. Esse reforço da não-intervenção, aliás, agrada ao mercado e, entre os estrategistas do presidente, há quem diga que atrairá votos. Falta combinar com o eleitor que está pagando tudo mais caro.
Tebet avisa: “Não serei vice” – Em pré-campanha no Rio Grande do Sul e animada com o apoio que recebeu da cúpula do MDB, nesta semana, a senadora Simone Tebet (MS) mandou um aviso àqueles, de dentro e de fora do partido, que acreditam que ela pode abrir mão de ser a cabeça de chapa na corrida presidencial. “Não serei vice”, assegurou ela, ontem, em Porto Alegre. As cartas da pré-candidata começaram a ser abertas após o partido receber uma pesquisa qualitativa, de âmbito nacional, que aponta que mais de 40% do eleitorado não tem candidato definido. A sondagem diz, ainda, que as pessoas que foram ouvidas admitem trocar o nome que escolheram por outro, ou estão dispostas a votar em branco ou anular o voto. “Estamos falando de uma avenida significativa nessa eleição em que os dois favoritos (o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro) têm altos índices de rejeição”, destacou. Apesar dos elogios que fez ao ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) — “jovem liderança com um futuro brilhante” —, a senadora frisou que respeita a decisão “certa ou errada” do PSDB de escolher o ex-governador paulista João Doria nas prévias do ano passado. Mas deixou clara a preferência por Leite. “Pode acontecer de o Doria não despontar, entender que tem alto índice de rejeição, e Eduardo Leite voltar ao cenário da frente democrática”, justificou.
Lira recorre a Portugal para novo sistema – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), recebeu, ontem, em seu gabinete, o presidente da Assembleia da República de Portugal, Augusto Santos Silva, para debater o semipresidencialismo. O deputado defende que o Brasil adote o sistema de governo atualmente em vigor no país europeu. “Vamos precisar fazer essa discussão da mudança de sistema no Brasil. É um tema polêmico, porque todos os candidatos de agora enxergam uma perda de poder. O Brasil é muito peculiar: a distância entre a capital do Amazonas e a do Rio Grande do Sul corresponde à distância de Lisboa a Moscou”, disse Lira, após se reunir com Silva. Na conversa, o presidente da Câmara pediu que Portugal ajude no debate sobre o semipresidencialismo no país. “Temos 23 partidos orientando na Câmara. Para eu fazer uma simples votação de destaque, eu levo 30 minutos só para que os partidos orientem. Nessa adequação, o Parlamento é levado a fazer um governo de coalizão”, afirmou. O presidente da Câmara disse que as alianças no Brasil são necessárias para o presidente conseguir cumprir promessas de campanha. “E somos criticados quando fazemos e chamam de toma lá dá cá. Quando não faz, o governo é incompetente por não ter governabilidade”, emendou. O presidente da Câmara criou, em 17 de março, um grupo de trabalho na Casa para discutir a mudança no sistema de governo. Em 10 de fevereiro, ele propôs a discussão de forma oficial. Para evitar acusações de casuísmo, o parlamentar defendeu deixar a votação de uma proposta efetiva para 2023, com um novo Congresso eleito. Além disso, a medida só entraria em vigor a partir de 2030. O semipresidencialismo distingue os cargos de chefe de Estado e chefe de governo, ao contrário do presidencialismo, em que os dois papéis são exercidos pela mesma pessoa. No novo modelo, o presidente da República continuaria sendo eleito por voto popular, mas a administração seria feita por um primeiro-ministro, que, por sua vez, poderia ser indicado pelo presidente e eleito pelo Congresso.
Marcha para Jesus também recebeu recursos da Prefeitura de SP – A Marcha para Jesus, que todo ano reúne milhares de evangélicos em São Paulo, recebeu emendas de vereadores de São Paulo ligados à religião nos últimos anos. Em 2019, o vereador Gilberto Nascimento Júnior (PSC) destinou R$ 1,1 milhão. Nesse ano, Jair Bolsonaro (PL) discursou e tornou-se o primeiro presidente a participar da Marcha. No ano seguinte, Eduardo Tuma (então no PSDB, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Município) direcionou R$ 400 mil por meio de duas emendas. Em 2020, devido à pandemia da Covid-19, a Marcha funcionou em formato diferente, como uma carreta, que terminou em um show acompanhado de dentro dos carros. Bolsonaro usou a Marcha em 2019 para agradecer o eleitorado evangélico pelo apoio nas eleições do ano anterior.
Essa modalidade de pagamento de eventos públicos por meio de emendas tornou-se motivo de debate depois que as redes bolsonaristas passaram a divulgar que a apresentação de Daniela Mercury no evento de 1º de Maio das centrais sindicais, que contou com a presença de Lula (PT), foi financiada por recursos da Prefeitura de São Paulo. Assim como no caso da Marcha, esses recursos tiveram origem em emendas, por meio das quais parlamentares indicam a destinação de parte do orçamento da cidade. A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender ontem o pagamento da cantora Daniela Mercury pela apresentação no evento do Dia do Trabalho, no domingo passado. O ato organizado por centrais sindicais na Praça Charles Miller, na frente do Estádio do Pacaembu, serviu de palanque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão de barrar provisoriamente o pagamento é da Controladoria-Geral do Município (CGM) e vale até a conclusão do procedimento administrativo aberto para apurar se o show pode ser pago com dinheiro público. “A apuração é para verificar desacordo com as regras de contratações desse tipo de serviço, nas quais é vedada a manifestação político-partidária”, disse a CGM.
Diesel em refinaria privatizada na Bahia é 24% mais caro que o da Petrobras – O diesel tipo S-10 na refinaria de Mataripe, antiga Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, está custando R$ 1,10 a mais que o das refinarias da Petrobras, uma diferença de 24,3%, segundo levantamento do Observatório Social da Petrobras, organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) que monitora as políticas e ações da empresa. O diesel custa hoje R$ 5,61 na primeira e R$ 4,51, em média, nas segundas. A refinaria de Mataripe foi vendida pela Petrobras ao fundo de investimento árabe Mubadala, está desde dezembro sob gestão privada e hoje comercializa os combustíveis com preços mais elevados do Brasil em relação às refinarias da estatal, aponta o levantamento. No caso da gasolina, ela atualmente está R$ 0,28 mais cara em Mataripe, o equivalente a 7%. O levantamento aponta ainda que, desde o início do ano até agora, os preços do diesel e da gasolina de Mataripe mantiveram-se, em média, R$ 0,26 (6,6%) e R$ 0,18 (5%), respectivamente, acima dos praticados pela estatal. Localizada em São Francisco do Conde (BA), a refinaria de Mataripe foi comprada pelo Mubadala por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,7 bilhões, pela cotação atual), a maior operação já concluída dentro do programa de redução da participação estatal no parque de refino. Em nota enviada à Folha em fevereiro, a Acelen disse que sua política de preços “é independente e distinta da política comercial praticada pela gestão anterior”. “A Acelen segue parâmetros internacionais de preços e por esse motivo está sujeita às variações do mercado mundial de petróleo e da oscilação cambial”, afirma.
Kalil não deve ir a lançamento de Lula – O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) não pretende comparecer ao evento de lançamento da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no sábado (7), em São Paulo. A esnobada é proposital: Kalil não engoliu o lançamento do deputado federal Reginaldo Lopes como pré-candidato do PT ao Senado de Minas Gerais. O evento, no dia 9 de maio, deverá ter a presença de Lula, na capital mineira. O pré-candidato a governador não abre mão de lançar o atual senador Alexandre Silveira (PSD) à reeleição em sua chapa. O clima piorou tanto nos últimos dias que o próprio apoio de Kalil a Lula hoje está em dúvida. Uma possibilidade crescente é ele declarar apoio a Ciro Gomes (PDT).
Ceciliano elogia Claudio Castro – O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), enalteceu em entrevista à revista Carta Capital o governador Cláudio Castro (PL). Ele elogiou os investimentos da gestão fluminense e evitou manifestar apoio ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), com quem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já acertou uma coligação. Ceciliano foi questionado sobre a possibilidade de o PT abandonar a candidatura de Freixo caso o PSB não abra mão de lançar o deputado Alessandro Molon (PSB) ao Senado. Os dois partidos vivem um impasse por essa vaga na chapa. As sinalizações de Ceciliano a Castro tem chamado a atenção de aliados. Em abril, Ceciliano não compareceu ao aniversário de Freixo.
Troca de chefe da PF é barrada por ingerência política – Ocorrência inédita na história recente da Polícia Federal, uma ingerência política sob o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) barrou a tentativa da cúpula do órgão de trocar o superintendente em Alagoas, o delegado Sandro Valle Pereira. A gestão do atual diretor-geral da corporação, Márcio Nunes, chegou a abrir formalmente o processo interno de substituição do atual superintendente de Alagoas pelo delegado Marcelo Werner. Segundo pessoas que acompanharam o caso, porém, o ministro Anderson Torres (Justiça) foi o responsável por informar que a mudança havia sido vetada. Em nota, a assessoria da PF não respondeu aos questionamentos sobre as razões de a substituição ter sido suspensa nem de quem partiu a ordem política. Disse apenas que a alteração da direção-geral do órgão leva a mudanças naturais, com análise de nomes e cenários. O texto da PF ainda acrescenta que “os processos de indicação ou convite para as funções de superintendentes regionais são atribuições do diretor-geral”. Questionado, o Ministério da Justiça não se manifestou.
Não pedi para ficar, diz chefe da PF mantido no cargo – Chefe da Polícia Federal de Alagoas, o delegado Sandro Valle Pereira disse à Folha não saber o que aconteceu para ter sido mantido no cargo. Afirma não ter feito pedido para ficar, mas que não pode dizer se alguém pediu por ele. Como revelou a Folha nesta quinta-feira (5), o diretor-geral da PF, Márcio Nunes, tentou trocá-lo, mas não conseguiu, o que é inédito na história recente do órgão. O nome do substituto já tinha sido escolhido, e o processo oficial para nomeação estava iniciado, mas foi paralisado após ingerência política. “Não sei por que eu fui mantido. Eu reputo isso tudo a uma questão política ou a uma questão gerencial, de insatisfação. Jamais eu pediria para ficar aqui. Não sei dizer se outros gostam do meu trabalho e pediram por mim”, afirma Valle Pereira. O delegado foi escolhido na gestão do diretor-geral Paulo Maiurino. Na sua posse, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, esteve presente. Valle Pereira diz ter sido avisado da exoneração no dia 24 de março.
Bolsonaro adapta discurso sobre corrupção – Diante de uma série de suspeitas de corrupção em seu governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu adaptar seu discurso sobre o tema. Ele fala agora em nenhuma “denúncia consistente” de casos em corrupção —antes afirmava que não havia nenhum caso desde que tomou posse. “Nosso governo até o momento não tem apresentado desvios de recursos, não tem denúncias consistentes sobre corrupção. Digo mais, se aparecer [denúncia], nós ajudaremos a identificar os possíveis culpados e ajudar para que a Justiça decida o seu destino”, disse o presidente. A fala foi proferida nesta quinta-feira (5) durante discurso em solenidade de entrega da obra Vertente Litorânea, em Itatuba, na Paraíba. Durante a fala, a plateia de apoiadores de Bolsonaro aproveitou para proferir xingamentos sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário do presidente na disputa eleitoral de 2022. A revelação de um balcão de negócios no Ministério da Educação e de suspeitas em contratos e na distribuição das bilionárias verbas das emendas parlamentares enfraquecem cada vez mais o discurso eleitoral repetido por Bolsonaro e aliados de que o governo federal está há três anos sem registrar casos de corrupção. Os recentes escândalos que derrubaram Milton Ribeiro da Educação se somam a suspeitas antigas, à aliança com o outrora execrado centrão e à metódica ação nesses três anos para barrar investigações e esvaziar órgãos de fiscalização e controle.
Câmara retarda caso Daniel Silveira – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e deputados do centrão trabalham para retardar ao máximo a análise sobre o destino na Casa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) —condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas indultado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O argumento lançado por Lira e aliados é a necessidade de “esfriar” a crise entre os Poderes. Para isso, bastaria deixar o caso do bolsonarista em banho-maria, adiando a análise de ações que possam levar à punição do parlamentar. Dessa forma, a tendência é que eventuais processos de cassação ou suspensão do mandato de Silveira só devem ser avaliados no segundo semestre, perto da eleição. Mas líderes próximos ao governo vão além: dizem que o assunto Daniel Silveira está morto e que talvez a Câmara nem entre na questão. O mandato de Silveira na Câmara vai até janeiro de 2023.
Sem imprensa livre, Constituição é apenas um papel – O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, afirmou nesta quinta-feira (5) que em um país sem imprensa livre a Constituição não passa de “folha de papel”. A fala ocorreu durante a abertura da exposição “Liberdade & Imprensa: O Papel do Jornalismo na Democracia Brasileira”, abrigada pelo Museu do STF. “Num país onde a imprensa não é livre, é intimidada, é amordaçada, é regulada, sendo a imprensa um dos pilares da democracia, nesse país, a democracia é uma mentira, e a Constituição é uma mera folha de papel”, afirmou o ministro. Fux rechaçou qualquer tipo de censura ideológica, política ou artística à imprensa e destacou seu papel no combate à desinformação. Esse trabalho, disse ele, é de fundamental importância em período eleitoral, garantindo ao eleitor informação necessária para que ele vote de forma consciente. “Devemos ter cuidado com as fake news porque desinformam e impedem, dentre outros aspectos, que o cidadão possa ser bem informado, criar a sua agenda, e, acima de tudo, nesse momento em que nós estamos vivendo, proferir aquele seu voto consciente e bem informado no momento das eleições”, afirmou o presidente do STF.
Gratuidade de bagagem será mantida, dizem senadores – O governo federal e as empresas aéreas defenderam nesta quinta-feira (5), em audiência no Senado, que a proibição da cobrança da tarifa para despachar bagagem é “um remédio errado” para a redução dos preços das passagens. No entanto, se depararam com uma forte reação dos senadores, que indicaram que vão manter a gratuidade. As companhias aéreas afirmam que a nova regra de despacho devem provocar a extinção da tarifa mais barata para quem viaja apenas com bagagens de mão. A discussão aconteceu em audiência para discutir a medida provisória que altera regras do setor aéreo. Participaram diretores de alto escalão do Ministério da Infraestrutura, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), do Ministério da Economia e do sindicato que representa as empresas aéreas. A medida provisória deve ser votada pelos senadores nas próximas semanas. Durante sua tramitação na Câmara, os deputados aprovaram conjuntamente um dispositivo que proibiu a cobrança para despachar bagagem de até 23 quilos em voos nacionais e de uma mala de até 30 quilos nas viagens internacionais. O presidente da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, afirmou que a proibição da cobrança, caso avance no Senado, significará um retrocesso para o setor, já que a prática de cobrar pelo despacho de bagagens “alinha o Brasil ao planeta”.
Bolsonaro veta nova lei que previa R$ 3 bilhões para a cultura – O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou, integralmente, a lei Aldir Blanc, que criava política nacional permanente para fomento à cultura. Apesar dos apelos da classe artística, cuja grande maioria é de críticos ao governo, a decisão do presidente era esperada. O veto foi publicado no Diário Oficial da União, o DOU, desta quinta (5) e ainda será analisado pelo Congresso, que pode reverter ou não a determinação. A medida previa repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios, por um período de cinco anos, começando em 2023. O Executivo diz que a lei feria a Lei de Responsabilidade Fiscal e a do teto de gastos, enfraquecendo regras de gestão e transparência ao permitir que estados e municípios gerenciassem recursos do Fundo Nacional de Cultura por meio de editais, chamadas públicas e outros instrumentos de fomento. Na tarde desta quinta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a proposta foi aprovada com “muita força” e que, portanto, a tendência é que o veto seja derrubado.
Economistas já falam em inflação de 2 dígitos pelo segundo ano – A possibilidade de o Brasil registrar uma inflação acima de 10% em 2022, pelo segundo ano seguido (em 2021, o IPCA foi a 10,06%), entrou no radar dos economistas. A previsão vem crescendo em meio a impactos da guerra na Ucrânia, dúvidas sobre o efeito da política de “covid zero” da China nas cadeias produtivas, aumento dos juros nos Estados Unidos e disseminação das altas de preços no Brasil. O cenário eleitoral aparece como fator de pressão adicional. Se isso acontecer, será a primeira vez, desde o início do Plano Real, que o País terá inflação de dois dígitos por dois anos seguidos. Com esse cenário, a taxa de juros básica, elevada pelo Banco Central (BC) anteontem para 12,75% ao ano, teria provavelmente de subir acima dos patamares hoje projetados e se manter alta por mais tempo. E começam a voltar os temores de inércia inflacionária e indexação, “doenças” da época da hiperinflação em que as altas de preços passadas se refletiam nos preços futuros e mantinham a inflação em alta.
Aneel é pressionada a dar explicações sobre reajustes de energia – Parlamentares e auxiliares de Jair Bolsonaro querem que a Agência Nacional de Energia Elétrica controle a rebelião provocada no Congresso pelo reajuste das contas de luz. A agência deu sinal verde a aumentos próximos a 25%, como no Ceará, e agora deputados falam até em criar uma CPI para investigar esses números. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, recomendou a deputados que procurem a agência, que por sua vez prometeu detalhar o cálculo usado para autorizar os aumentos. “Há um apetite enorme na Câmara para resolver o problema”, diz Danilo Forte (União-CE), autor do decreto legislativo que susta os reajustes e que teve 411 votos favoráveis a uma tramitação acelerada. A diretora da Aneel Elisa Bastos foi convocada para dar explicações na Comissão de Energia, na próxima quinta. O novo diretor-geral, Sandoval Feitosa, que chegou ao cargo por articulação do PP de Ciro Nogueira, foi poupado. Deputados alegam que ele tem pouco tempo na função – ele foi nomeado em 18 de abril. Feitosa assumirá após o diretor-geral, André Pepitone, ser convidado a entregar o cargo pelo governo. Ele anunciou a saída em fevereiro, mas seu mandato só acaba em agosto.
A marretadas – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mandou servidores destruírem com marreta e furadeira um HD externo que armazena documentos sigilosos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ele acatou uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Não há registros recentes de descartes de acervos de investigações do Congresso. Entre abril e outubro do ano passado, a CPI apurou as ações e omissões do Palácio do Planalto e do Ministério da Saúde, pasta então comandada pelo general Eduardo Pazzuello, na pandemia que matou 664 mil brasileiros. “Estou aqui há 11 anos e (a destruição) é inédita”, afirma Leandro Cunha Bueno, coordenador de Comissões Especiais Temporárias e Parlamentares de Inquérito da Casa. A destruição do HD está prevista para a tarde desta sexta-feira, 6, numa sala fechada do Senado. Os dados e as informações que serão destruídos envolvem a empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda e o site Brasil Paralelo, apoiador do governo Bolsonaro. Nenhuma das duas empresas foi citada no relatório final da CPI da Covid e seus representantes podem participar do ato.
Bolsonaro e Heleno negam pressão da CIA – O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ministro Augusto Heleno, negou nesta quinta-feira, 5, em transmissão ao vivo nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro que o diretor da CIA, William J. Burns, tenha dito a interlocutores do chefe do Executivo que ele deveria parar de pôr em xeque o processo eleitoral do País, como revelado hoje pela Reuters. “Isso nunca aconteceu, não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições, nem nos EUA nem aqui”, afirmou o general. “Repórter da Reuters fez narrativa de que o diretor do Centro de Inteligência Americano teria sido mandado ao Brasil para dar recado para o senhor, para não perturbar mais a realização das eleições de 2022. Lógico que as conversas sobre a área de inteligência que nós tivemos foram extremamente produtivas, muito interessantes, mas esta conversa sobre eleições jamais aconteceu”, acrescentou na live.
You may like
Evento acontece neste sábado (23) e domingo (24), a partir das 17h, com realização da SD Ballet
O Shopping Cerrado recebe nos dias 23 e 24 de novembro mais uma edição do Festival de Ballet Infantil. As apresentações acontecem a partir das 17h, na praça de alimentação do mall, com a participação de cerca de 80 crianças.
O evento é realizado pela SD Ballet, companhia que está entre as maiores escolas de ballet do Brasil. A escola utiliza um sistema de ensino próprio que alia disciplina e técnica do ballet clássico a exercícios lúdicos e divertidos.
Esta é a sexta edição do festival, que já passou por Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco, entre outros estados. O evento em Goiás contará com a participação de bailarinas das unidades da SD Ballet do Shopping Cerrado e do Colégio Simetria.
Segundo Hindira Karoline, diretora regional da SD Ballet em Goiás, o evento prioriza a leveza e a celebração do trabalho desenvolvido durante o ano, proporcionando às famílias a oportunidade de prestigiar as coreografias dos filhos. Todos os participantes recebem medalhas e certificados.
O Shopping Cerrado fica na Avenida Anhanguera nº 10.790, no Setor Aeroviário, em Goiânia.
Festival de Natal
Com o Festival de Ballet Infantil, o Shopping Cerrado encerra seu Festival de Natal de 2024, iniciado em 16 de novembro. O evento contou com oito dias de apresentações gratuitas, como corais, espetáculo teatral, show, dança e apresentações diversas, em parceria com lojistas, instituições e escolas da região.
SERVIÇO
6º Festival de Ballet Infantil do Estado de Goiás
Data: 23 e 24 de novembro de 2024
Horário: a partir das 17h
Local: Shopping Cerrado – Praça de Alimentação (Avenida Anhanguera nº 10.790, no Setor Aeroviário, Goiânia – GO)
Mais informações: instagram @shoppingcerrado @sdballetgoias
Entrada gratuita
OlhO Comunicação Estratégica
Empresária Helen Simone promove palestra sobre etiqueta empresarial, nesta segunda-feira (25)
O evento será realizado na sala Órion, no Hotel TransaméricaNesta segunda-feira (25), a empresária Helen Simone promove uma palestra sobre etiqueta empresarial com a especialista em comportamento humano Claudia Matarazzo em Goiânia. A iniciativa, em parceria com a Summer e com o decorador Alessandro Gemus, integra as ações voltadas para a construção do Instituto Sonhar Vidas. O evento será realizado no Hotel Transamérica, no Setor Marista. A palestra abordará aspectos essenciais para a comunicação eficiente entre empresas e clientes. Além disso, a palestrante compartilhará orientações sobre o uso adequado das redes sociais, promovendo uma presença online mais elegante e eficaz.Os ingressos estão à venda de forma on-line pelo site:
https://www.sympla.com.br/claudia-matarazzo—etiqueta-empresarial__2658746
Sobre o Instituto Sonhar VidasCriado pela empresária Helen Simone, à frente da Summer, e embaixadora do Instituto Sonhar Vidas que tem como missão amparar mães e bebês que necessitam de cuidados em UTI Neonatal. Atualmente, o instituto está em fase de arrecadação de recursos para a finalização de sua sede, contando com o apoio de arquitetos goianos no desenvolvimento dos ambientes do espaço.
Serviço: Palestra sobre etiqueta empresarial com Claudia Matarazzo em GoiâniaData: 25 de novembroHorário: 19hLocal: Sala Órion – Hotel Transamérica – Órion Business & Health Complex, Av. Portugal, 1148 – St. MaristaIngressos:
https://www.sympla.com.br/claudia-matarazzo—etiqueta-empresarial__2658746
Crédito da foto: Cristiano Borges
Promete unir galeria de arte e música no mesmo lugar
Vernissage Club funcionará na Praça do Cruzeiro e traz um modelo exclusivo de conceito. Goiânia agora conta com um novo conceito de club que promete revolucionar a experiência de entretenimento ao integrar música e arte visual em um ambiente único e imersivo. A inauguração aconteceu neste final de semana, o club — batizado de Vernissage — traz a ideia de unir o impacto de diferentes formas de expressão artística em um único espaço, permitindo que os visitantes vivenciem arte e música simultaneamente.Inspirado em festivais e exposições de arte imersiva, o projeto tem como objetivo conectar os sentidos dos goianos por meio de uma narrativa que rompe com a divisão entre galeria de arte e pista de dança. “Queremos que as pessoas, enquanto estão na pista, sintam-se parte de uma exposição viva, onde a arte visual e as expressões artísticas circenses e performáticas interajam com a música”, explicam os sócios, Luan S. Barbosa, Rogério Andrade (também dono de um bar que integra galeria de arte) e Raphael de Oliveira Sarpe.Ainda de acordo com os empresários, a proposta se diferencia pela experiência sensorial: os clientes poderão contemplar esculturas, quadros e outras obras artísticas enquanto dançam, sendo impactados por uma mistura cuidadosa de iluminação e música que não interfere nas telas ou esculturas. A experiência ganha ainda mais intensidade com espaços instagramáveis, onde o público pode tocar, pintar e interagir com as obras de maneira única.
Curadoria artística e musical de alta qualidade
A curadoria da Vernissage será dinâmica, com exposições de artistas locais, nacionais e até internacionais. A cada dois meses, uma nova exposição tomará conta do espaço, trazendo novas narrativas visuais. Já a música terá noites voltadas para gêneros específicos: um dedicado à música eletrônica, com DJs de destaque no cenário nacional e internacional, e outro dedicado à música urbana, com gêneros como hip-hop, trap e funk.Com uma programação de qualidade e curadoria que atende a múltiplos gostos, o Vernissage espera atrair um público diverso, de conhecedores de arte a amantes da música. “Queremos desmistificar a ideia de que a arte deve ser apreciada apenas em galerias formais. Em nosso espaço, o público poderá contemplar obras de forma nova e descomplicada, enquanto se diverte e interage com o ambiente”, afirmam os sócios.
Conexão com a cena local e compromisso cultural
A proposta vai além do entretenimento. Após a inauguração, o Vernissage espera alinhar parcerias com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e pontos de cultura locais para incentivar o acesso à arte e dar visibilidade aos artistas da região. A ideia é que o espaço seja não apenas um club, mas também uma plataforma de expressão para a cultura goianiense.
Inauguração e funcionamento
A inauguração oficial aconteceu nos dias 15 e 16 de novembro (sexta e sábado), das 22h às 6h. O club funcionará regularmente às sextas e sábados.O significado do nome Vernissage — A abertura de uma exposição de arte — reflete o propósito da casa, que se propõe a ser um ponto de encontro entre música e arte visual.
Serviço:Inauguração do Vernissage Club
Funcionamento: Sexta e sábados das 22h às 6h
Onde: Pr. do Cruzeiro, 121 – St. Sul, Goiânia – GO, 74093-320
@vernissageclub–
TARG COMUNICAÇÃO
@targcomunicacao