Jornalistas especializadas como, Costanza Pascolato, Gloria Kalil, Regina Martelli e Claudia Matarazzo são especialistas em ajudar os outros a não cometerem gafes na hora de se vestir ou de se portar à mesa. Mas muitas vezes é difícil ajudar algumas pessoas a terem elegância do comportamento, pois é a elegância do comportamento que revela a maturidade da alma. Elegância não se adquire, não se veste, não se compra, é inerente a personalidade da pessoa.
Não existe meio-termo: ou se é elegante ou não é! Mas o que é ser elegante? Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir. Segundo Coco Chanel, a elegância é tudo aquilo que é belo, seja no direito seja no avesso. Ser elegante é se vestir de amor do que de superioridade! Joias, roupas caras e atitude de superioridade, não substituem a elegância do gesto. Não há aulas de etiqueta que ensine alguém a ter um olhar macro de generosidade do mundo, se suas atitudes são de alguma forma superior e arrogante. Pode-se tentar aprender esta delicadeza natural da elegância através da observação, mas tentar imitá-la sem ter gratidão, e sensibilidade no coração, esquece. Me lembrei de um parágrafo do Livro da Gloria Kalil que o chique é ser antes de tudo, de se lembrar sempre de quão breve é a vida, e que, ao final vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.
Elegância é como o estilo, não se pode copiar, vem de dentro. O seu comportamento é a expressão máxima da sensualidade potencializada pela elegância cadenciada dos movimentos de suas atitudes em harmonia com o ritmo da sua educação e o enigmático compasso da alma. Uma pessoa que é poderosa não fala que é poderosa. Ela simplesmente vive esse seu poder. A elegância da gentileza servida na taça do respeito. É alguma coisa de incoercível, alguma coisa de impreciso, de imaterial, que escapa a toda a definição e que resiste a toda a análise. Quem é educado transforma tudo; onde não existe, não há arte, não há talento, não há beleza que a substitua. Não é um dom que se adquire; é um instinto com que se nasce. A mulher que se veste de poesia, se depara com a sutil elegância que possui na alma. Segundo Andrey Hepburn, A elegância é a única beleza que nunca se desvanece.
Para quem acha que elegância é frescura, Gloria Kalil lembra que ela diz muito sobre quem é cada indivíduo. E reforça que ser chique não tem nada a ver com roupas caras ou futilidade, mas sim com equilibrar a aparência com conteúdo. Quem só tem aparência, mas não tem uma relação igualmente cuidada com o ambiente, com as outras pessoas, e tudo mais, não vale nada. Tem que ter sensibilidade com o mundo. Quando você equilibra o interno com o externo aí sim você chega a ser chique. Isso aí Glorinha, a elegância do comportamento. Chique mesmo é ser civilizado, porque o amor e fé é o que nos tornam humanos! Isso sim, é ser elegante.
Um feliz Natal elegante com a vida!
Edna Gomes – Jornalista, poeta, sommeliere e gastronoma