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Bom mesmo é prever o passado – Chumbo Gordo

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Coluna Carlos Brickmann

EDIÇÃO DOS JORNAIS DE QUARTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2022

Carlos Portinho é chamado de Vossa Excelência pelos seus pares e ocupa um alto posto: líder do Governo Bolsonaro no Senado. Portinho deu parabéns aos Governos de São Paulo e de Goiás por terem reduzido o ICMS sobre combustíveis tão logo a lei federal foi aprovada. Portinho assegurou que os dois Estados não perderão arrecadação, “pois o cidadão vai gastar mais no supermercado, no gás e em outros bens”. Portinho não compra gás nem vai ao supermercado, claro – Suas Excelências não têm essas preocupações de gente menos privilegiada. Por isso não sabe que o cidadão já está gastando bem mais no supermercado, mesmo tendo abolido produtos de luxo como carne de segunda ou frango. E não é comprando mais gás que ele dará mais arrecadação aos Estados: do jeito que a coisa vai, comprar gás para quê?

Paulo Guedes também é chamado de Vossa Excelência e ocupa um alto imposto: é o ministro da Economia do Governo Bolsonaro, e o presidente o chama carinhosamente de “Posto Ipiranga”. Guedes garantiu que o país vai crescer perto de 2% em 2022 e de 3 a 4% nos anos seguintes. Que coisa feia! Depois de passar quase quatro anos fazendo tudo para permanecer no cargo, inclusive demitir pessoas em quem confiava para agradar o presidente, agora muda de posição? Não se sabe qual é o candidato que pretende apoiar, mas com certeza, já que faz essas previsões, Bolsonaro é que não é.

Ele deveria dizer quem é seu candidato – ou melhor, não. Quem confia em sua indicação?

Verificando

Em São Paulo, a alíquota do ICMS cai de 25 para 18%. A previsão é de que o litro fique R$ 0,48 mais barato na bomba. Em Goiás, a alíquota cai de 30 para 17%. A previsão é de que o preço por litro caia R$ 0,85 no posto. A sugestão deste colunista: vamos conferir e ver se o preço cai mesmo?

É crime mas não é

O Ministério da Saúde editou um guia afirmando que todo aborto é crime. O secretário de Atenção Primária do Ministério, Raphael Câmara, defendeu o guia: a seu ver, todo aborto é crime e, portanto, não há no Brasil a figura da interrupção legal da gravidez. O que há, explica, são abortos “previstos em lei”. Traduzindo, não há aborto legal, mas aborto previsto em lei.

Vamos convir que Sua Excelência é tão bom em Direito que pessoas comuns nem conseguem entender a sutileza de seu profundo raciocínio jurídico. Seria um bom nome para o Supremo. Pelo menos sairia do Ministério da Saúde.

Lula, o que é mas não é

Está uma delícia acompanhar o noticiário sobre o principal candidato de oposição: primeiro o partido edita um programa prometendo revogar as reformas e o pessoal do PT fala em reestatizar empresas desestatizadas. Mas há um problema: as principais reformas foram feitas no Governo Michel Temer. Temer é do MDB, partido de que Lula precisará caso seja eleito. Aí entra em ação seu candidato a vice, o Chuchu Rosé: em conversa com empresários, diz que seu boné do MST serve só para proteger do frio o alto da cabeça, e que revogar as reformas, na verdade, quer dizer amenizá-las, e que ninguém, exceto os radicais, defende reestatizações.

O papel de Alckmin é lembrar que ele está longe de ser um radical, exceto nos momentos em que alguém tenta afastá-lo do poder. E aí reaparece o Lulinha Paz e Amor, dizendo-se apaixonado, recém-casado, pensando com o coração e tendo como alvo melhorar a vida dos companheiros pobres. Lula fala a verdade: no período petista, raro foi o companheiro que não melhorou muito de vida.

Terceira via. Ou quarta. Ou…

Simone Tebet, oficialmente a candidata da Terceira Via, tem boa carreira política. Mas até agora não mostrou o mais importante: voto. Está longe de Ciro Gomes, por exemplo. Seu sonho de ser a Número 1 só se realiza, hoje, na porcentagem que apresenta nas pesquisas. É difícil o trabalho de Simone: boa parte do MDB, o que inclui o senador Renan Calheiros, está fechada com Lula. O PSDB ainda não moveu um cílio para ajudá-la (nem parece disposto a gastar com ela parte de sua verba de campanha).

Um antigo termo político serve para definir sua candidatura: está sendo “cristianizada”.

Velhos tempos

Em 1950, o maior partido do país, o PSD, lançou Cristiano Machado, com apoio do presidente da República, o marechal Dutra. O PTB lançou Getúlio Vargas, que tinha governado o país, como presidente ou ditador, de 1930 a 1945. O PSD fechou com Getúlio, mantendo Cristiano como candidato. O marechal Dutra, que havia derrubado o ditador Getúlio cinco anos antes, deu apoio verbal a Cristiano e apoio real a Getúlio.

Do nome de Cristiano Machado, que o próprio partido liquidou, surgiu a palavra “cristianizado”.

E Doria?

João Doria venceu as prévias no PSDB mas estava sendo cristianizado. Foi forçado a desistir. A propósito, alguém tem visto o ex-candidato da Terceira Via fazendo campanha por Simone ou Ciro, contra Lula ou Bolsonaro?

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Premiação sustentável

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OCEO do grupo Odilon Santos, Odilon Santos Neto, recebeu das mãos do presidente da BYD Brasil, Tyler Li (à esquerda) e do diretor comercial da fabricante, Bruno Paiva (à direita), o prêmio Protagonismo ESG BYD 2025, na categoria Mobilidade Sustentável. O reconhecimento se deve à incorporação de 29 ônibus elétricos articulados BYD adquiridos pela Rápido Araguaia e inseridos no BRT Leste-Oeste (Eixo Anhanguera) ao longo deste e do próximo ano. A solenidade foi realizada no dia 9 de dezembro, em São Paulo. Criado pela BYD, o Prêmio Protagonismo ESG valoriza empresas que adotam soluções sustentáveis por meio de tecnologias como energia solar, armazenamento inteligente, equipamentos elétricos, veículos pesados zero emissão e infraestrutura de recarga.

Luciana Porto – Kasane

Assessora de imprensa

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Essas são algumas tendências para os espaços corporativos após pandemia.

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Demanda por salas comerciais cresce e incorporadoras investem em novos projetos, mais confortáveis e amplos

Errou quem pensou que o mercado de imóveis corporativos iria declinar no período após a pandemia. De fato, no pós-imediato algumas empresas mantiveram suas equipes em home office, mas o momento do retorno chegou, há algum tempo, para a grande maioria. Agora com novas demandas, os imóveis comerciais precisam oferecer um formato que atenda às necessidades do usuário, que busca por conforto e dinamismo para desenvolver sua rotina de trabalho.

O gerente comercial da Euro Incorporações, Henrique Campelo, observa que ainda persiste uma herança da pandemia, que é o modelo híbrido, mas nem todas as atividades puderam se encaixar, como as atividades da área da saúde, por exemplo, que muitas vezes exige o contato direto com o consumidor. Além disso, a presença física continua sendo fundamental para as equipes, o que gerou uma alta na demanda de salas comerciais no retorno e a busca por espaços mais atuais, modernos, confortáveis, flexíveis e maiores. 

Os gráficos mostram o aumento contínuo e sustentado na busca por imóveis comerciais em Goiânia. Dados de estudo de mercado feito pela Brain para a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), em junho deste ano, mostram a ascensão. 

O setor de imóveis comerciais não teve nenhum lançamento na cidade em 2019, momento pré-pandemia, mas foi retomado com 81 unidades lançadas em 2020; 172 em 2021; 383 em 2022; chegando ao volume de 1.150 unidades lançadas só na capital em 2023.  Neste ano, o setor recebeu, até junho, o lançamento de 851 unidades comerciais. O volume de vendas também passa pela forte retomada. Em 2023, foram comercializadas 958 salas corporativas em Goiânia; em 2024 foram 394 e neste ano já passam de 620. 

Uma das heranças do período de isolamento foi o desejo por espaços menos adensados, mais humanizados, que geram sensação de conforto, acolhimento e facilidade –  que vem sendo contemplado por novos projetos. Um exemplo é o complexo de uso misto Euro Towers, no Park Lozandes, em Goiânia. O projeto, lançado em 2022 e que tem previsão de entrega para maio e novembro de 2026 , conta com 733 unidades distribuídas em duas torres, sendo uma totalmente comercial e outra mista, com unidades residenciais e comerciais. O espaço oferece como diferencial, além da vista livre e da modernidade do projeto arquitetônico, o tamanho das salas e lajes disponíveis, que variam de 40 a 770 m².

Com mall térreo com 14 lojas, com fachada ativa (integrada com a rua), vagas rotativas na rua, porte-cochère, e acesso fácil com proximidade a diversos serviços públicos e privados, o empreendimento foi aprovado pelo consumidor. Mais de 80% das unidades comerciais já estão vendidas e as lajes maiores foram comercializadas rapidamente, segundo o gerente comercial Henrique Campelo. “Este foi um projeto pensado para oferecer o conforto e a sensação de bem-estar que as pessoas estão buscando no ambiente de trabalho, que passou a ser mais valorizado como local de permanência, pertencimento e descompressão nos últimos anos”, destaca ele. 

O advogado Luiz Gustavo Dias é um exemplo. Ele decidiu investir na compra de três salas comerciais no Euro Towers. Ele e seus sócios irão transferir o escritório de advocacia que hoje opera no setor Sul, para o edifício, no Park Lozandes. Entre os atrativos para a mudança, ele destaca a localização. “A proximidade com os órgãos do judiciário é muito importante para nós, além disso a região é muito valorizada e o projeto vai atender a uma alta demanda, que encontra pouca oferta na região”, destacou ele. 

Além disso, fatores como menor incidência solar direta e ter um espaço integrado e amplo contaram muitos pontos positivos. “O ambiente ideal para o escritório, justamente foi um dos motivos de termos escolhido essas três salas em conjunto, que são totalmente integradas, sem pilares, assim, o formato da sala contribui com nosso conceito de trabalho e a concepção decorativa”, destacou ele. Além disso, o fato do prédio oferecer as paredes externas com mais vidro, aumenta a sensação de amplitude do espaço e melhora o conforto visual, conforme o advogado. 

COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS

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Ciência cidadã: com apoio do Sicoob UniCentro Br e Grupo Saga, Projeto Peixara ganha capacitação para guias no Rio Araguaia

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ção contou com cinco dias de treinamento para guias de pesca esportiva e demais atividades turísticas da região direcionado a mulheres ribeirinhas. Há quatro anos, iniciativa recebe apoio da cooperativa financeira para produção de materiais educativos e manutenção das expedições.

O Projeto Peixara surgiu em 2021, a partir da preocupação de pescadores esportivos do Rio Araguaia com a preservação do peixe Piraíba, espécie-alvo da prática e de grande importância ecológica, social e econômica para a bacia. Desde sua criação, o programa recebe patrocínio do Sicoob UniCentro Br para a manutenção de suas atividades, especialmente no período de alta temporada, registrado entre os meses de junho e agosto. Neste final de ano, a parceria ganhou mais um capítulo e uniu forças com o Grupo Saga para uma ação de capacitação dos ribeirinhos que atuam como guias de pesca esportiva na região, constituindo uma das vertentes do projeto: a Ciência Cidadã. 

Conforme citado no Termo Aditivo UFMT/2025, do Ministério da Pesca e Aquicultura, estudos apontam que as atividades turísticas no Rio Araguaia chegam a movimentar mais de R$ 17 bi, ao longo do ano. De acordo com a coordenadora técnica do Projeto Peixara, Lisiane Hahn, a função do Guia de Pesca Esportiva é primordial para esse processo, porque é responsável por toda a orientação ao público. Nesse cenário, ela conta que existem muitas mulheres que pilotam barcos, conhecem os tipos de peixes e são receptivas ao público, mas enfrentam dificuldades para entrar no mercado, principalmente por ser uma área predominantemente masculina. “Contudo, nota-se uma procura maior pela pesca esportiva por parte famílias, casais e grupos femininos que estão frequentando o Rio Araguaia, o que confere uma maior abertura para essas mulheres no mercado”, explica. 

Com isso, Lisiane conta que foi identificada uma demanda social por maior inclusão das mulheres na pesca esportiva e a necessidade de fortalecer a autoconfiança. “A proposta foi apresentada ao Sicoob UniCentro Br e ao Grupo Saga, que prontamente apoiaram a iniciativa”, revela. Ao todo foram 15 mulheres interessadas em ingressarem no mercado e que participaram de uma semana de atividades, cuja programação incluiu aulas sobre empoderamento feminino; atendimento ao cliente; planejamento financeiro; direitos e deveres na pesca esportiva; mídias sociais; noções básicas de navegação segura; biologia, ecologia e conservação dos peixes; e melhores práticas na pesca esportiva.  

Segundo o educador financeiro do Sicoob UniCentro Br, Gabriel Garola, que foi um dos mentores da capacitação, a cooperativa ficou responsável pelas aulas de educação financeira. “Nós orientamos especialmente a gestão das finanças direcionada ao fluxo de renda que os guias possuem e a importância de saber fazer um bom planejamento”, destaca. Ele complementa que o equilíbrio financeiro é o que pode garantir a sustentação das atividades profissionais e a conciliação com a vida pessoal dessas mulheres. “Iniciar em uma nova área profissional, sem uma organização das finanças, traria muita instabilidade para elas exercerem esse papel no mercado. Então, a educação financeira é fundamental para uma gestão eficaz de recursos e até a possibilidade de realizar investimentos, como a aquisição de uma canoa, de um motor, para ampliar os negócios. Além disso, o planejamento financeiro é essencial para o período da piracema, garantindo a continuidade das atividades financeiras na região”, pontua. 

Ciência cidadã 

Para além da dimensão social dessa capacitação, Lisiane Hahn lembra que essa vertente do Projeto Peixara, o Ciência Cidadã, envolve a participação de não cientistas na geração de dados para a pesquisa. “Guias de pesca esportiva são capacitados em boas práticas e na coleta de informações, como o ‘tagueamento’ das espécies com marcas plásticas para identificação e estudo de movimento, coleta de amostras para análise de DNA e registro das medidas dos peixes capturados”, ressalta. Dessa forma, ela observa que esses profissionais coletam informações essenciais para a conservação e manejo, por meio da constatação da pesca predatória, além dos impactos das altas temperaturas e da redução da profundidade do rio na fisiologia e sobrevivência das espécies. 

No fenômeno natural da Piracema, por exemplo, no qual os peixes migram rio acima para se reproduzirem, há a proibição da pesca em diversas regiões do Brasil, que é uma medida essencial para a manutenção da biodiversidade aquática. Lisiane observa que é por meio da contribuição dos guias que são registrados esses deslocamentos e os movimentos sincronizados entre indivíduos e o uso de afluentes para reprodução, além da orientação aos turistas para não realizarem a pesca. “Conservação e desenvolvimento podem coexistir na bacia, desde que as atividades turísticas sejam realizadas com critérios e foco no peixe e no rio, base da geração de renda. A pesca esportiva aproxima as pessoas da natureza e tem grande potencial para despertar a consciência coletiva sobre a conservação de ambientes e espécies”, arremata. 

Sobre o Projeto Peixara  

  

Sob coordenação técnica da bióloga e doutora em Ecologia, Lisiane Hahn, o Projeto Peixara é uma iniciativa que tem por objetivo a conservação dos peixes e a manutenção da pesca no Rio Araguaia. A equipe do projeto é composta por pesquisadores das áreas de Biologia e Ecologia de Peixes, por guias de pesca capacitados pelo projeto e por um diverso grupo de pessoas (empresários, profissionais liberais, estudantes). As expedições dos pesquisadores ocorrem em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e são apoiadas pelo Ministério da e Agricultura, outros órgãos do setor público e por instituições privadas, dentre elas o Sicoob UniCentro Br.  

Sobre o Sicoob UniCentro Br    

  

É uma cooperativa financeira de livre admissão que tem como objetivo administrar os recursos financeiros dos cooperados, proporcionando maior rentabilidade e justiça financeira a todos. Fundada há 33 anos, em Goiânia, a instituição administra R$ 9,8 bilhões em ativos e conta com mais de 117 mil cooperados no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Em 2025, conquistou pelo quarto ano consecutivo o selo “Lugares Incríveis para Trabalhar”, pelo quinto ano consecutivo a certificação GPTW (Great Place to Work) e, pelo segundo ano consecutivo, integrou o ranking das 150 empresas “Lugares Mais Incríveis para Trabalhar”, reconhecimentos que destacam organizações com excelência na gestão do clima organizacional e na experiência dos colaboradores.

Geovana Nascimento – Kasane

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