Vinhos frutados são vinhos elaborados com uvas que possuem menos carga de taninos. Se forem de regiões mais frias, além da fruta terão percentual alcoólico menor e acidez mais viva, em razão da menor insolação e dias mais frios. Desta maneira a uva amadurece sem ganho expressivo de açúcar. Exemplo típico são as uvas Barbera e Dolcetto.
Se forem uvas de regiões mais quentes e com baixa carga de taninos, teremos mais álcool, porém, ainda mantendo o frutado no nariz e boca. Exemplos: Garnacha e a Mouvèdre. Vale ressaltar, novamente, que a maior influência que um vinho tem é da própria uva com a qual foi elaborado. Não podemos pensar em comprar um frutado tinto pensando na Tannat uma das mais tânicas uvas que se conhece.
Frutas frescas, geleia, compota. Vinhos são ricos em sabores frutados e com frequência é fácil reconhecê-los. De fato, alguns rótulos têm aromas discretos e que apenas os olfatos mais treinados são capazes de identificar, mas, na maioria das vezes, os perfumes de frutas quase “saltam” da taça.
É, neste caso, que falamos em vinhos frutados. Os aromas são muitos, mas nos tintos é comum encontrar notas de amora, cassis, cereja, morango e ameixa, entre outros, claro; já nos brancos, se destacam pêssego, maçã, pera, limão, melão, maracujá e abacaxi, só para citar os mais habituais.
Os aromas frutados são chamados também de primários, pois derivam da fruta. Cada uva tem características aromáticas que a diferencia das outras. Quando o vinho passa por amadurecimento em barris de madeira ganha os chamados aromas secundários, como baunilha, tostado, café ou especiarias, entre outros.
Os aromas frutados costumam estar mais presentes em vinhos jovens e prontos para beber e produzidos em regiões quentes, onde as uvas amadurecem bem, potencializando os perfumes. Isso ocorre em boa parte da Argentina, Chile, sul da Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, onde é comum encontrar vinhos com aromas de frutas bem expressivos.
Sem dúvida, o fator mais decisivo é a uva. Algumas castas são mais aromáticas que outras, por natureza. Chardonnay e Pinot Grigio, por exemplo, são cepas brancas que dão vinhos de aromas sutis, ao contrário de Alvarinho, Gewürztraminer, Riesling, Sauvignon Blanc, Torrontés, Viognier e Moscato, que originam bebidas bem perfumadas. Se você gosta de vinhos mais frutados, aposte em Malbec, Touriga Nacional, Syrah, Barbera, Grenache, entre outras. Técnicas de elaboração também contribuem bastante para o estilo frutado. A maceração carbônica é um belo exemplo. É esta técnica que mantém a leveza e jovialidade de muitos vinhos frutados, em especial em Beaujolais.
OS AROMAS: Os vinhos deste estilo têm aromas que vão do morango, algo de cereja, naqueles de regiões mais frias, até os aromas de frutos vermelhos como mirtilo e amora.
PALADAR: Como dito, o paladar dos frutados muda em relação à acidez e os taninos. Quanto menos ácido mais tânico será o vinho, mantendo sempre a predominância da fruta.
HARMONIZAÇÃO: São vinhos com baixa carga de taninos, assim podem ser gelados e servidos nos dias mais quentes de verão, ideais para quem não abre mão de um tinto. Vão muito bem com pasta de molhos leves, pizzas ficam soberbos, peixes mais gordurosos como Truta, Salmão, Garoupa e Bacalhau. Queijos de como Gruyère e Gouda, mesmo que um pouco mais salgados não conflitam com os taninos, não os amargam, eis que este em pouca quantidade neste estilo de vinho. Um Blues é o que me lembra estes tintos frutados. Leve e solto com qualidade. Com B.B King