Drª Andrielle Fernandes
Procedimentos estéticos não invasivos são cada vez mais populares entre aqueles que buscam melhorar a aparência sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos
Com o passar do tempo, o corpo começa a reduzir, ou até mesmo perder um pouco da produção de colágeno, o que indica que está iniciando o processo de envelhecimento. A diminuição da elasticidade da pele é resultado desse fenômeno e traz diversas consequências indesejadas, como a flacidez facial.
Embora não exista uma solução mágica para impedir o envelhecimento, felizmente o mercado conta com alguns tratamentos que podem ajudar a atrasar ou até evitar esses processos, como os bioestimuladores de colágeno.
Um método que tem ganhado destaque no que diz respeito a procedimentos não cirúrgicos de rejuvenescimento facial é conhecido como fio de sustentação ou de tração. Esses fios são colocados sob a pele para elevar os tecidos, gerando um efeito lifting.
Segundo a Drª Andrielle Fernandes, cientista especialista em estética avançada integrativa, quando posicionados adequadamente, esses fios conferem uma aparência mais firme ao rosto, aprimorando a elasticidade da pele ao estimular a produção natural de colágeno.
“O fio de sustentação é inserido na área a ser tratada, com a quantidade variando de acordo com a região e o resultado desejado. Existem protocolos mínimos para alcançar o efeito desejado e, quanto maior a quantidade de fios, maior será o estímulo ao colágeno e a tração (no caso dos fios de tração)”, explica.
Há uma ampla gama de tipos e modelos de fios de sustentação disponíveis no mercado. Eles são classificados em fios absorvíveis, como os fios de PDO e os fios Aptos, e em fios não absorvíveis, como os fios russos e de ouro.
Fios de PDO
Empregados nos tratamentos estéticos mais eficazes, os fios de PDO, que são fios de Polidioxanona – uma substância biocompatível e absorvível – têm como finalidade estimular a produção de colágeno. Dependendo do tipo de fio utilizado, eles podem exercer tração e reposicionar a pele ou ainda promover um efeito de preenchimento, graças ao aumento do colágeno na área tratada.
O efeito de rejuvenescimento promovido pelo procedimento de implante de fios pode ocorrer de duas maneiras distintas. “A primeira se dá pela inserção dos fios em si, onde a tração mecânica criada pelas ‘garras’ que se fixam nos tecidos faciais proporciona um efeito de sustentação. Isso puxa os tecidos, resultando em um efeito imediato, embora sutil, de lifting, que diminui a flacidez”, continua.
Além disso, a Polidioxanona, que compõe os fios, é uma substância que estimula a atividade das fibras elásticas e dos fibroblastos, as células responsáveis pela produção de colágeno, durante todo o tempo em que o fio permanece implantado nos tecidos.
Embora o procedimento tenha sua complexidade, trata-se de uma técnica minimamente invasiva que utiliza anestesia local. “Após o planejamento do tratamento e a marcação do mapeamento facial, que é adaptado para cada paciente, os fios são introduzidos na camada SMAS (Sistema Muscular Aponeurótico) por meio de microcânulas, através de pequenas perfurações na pele do rosto”, finaliza.
Como as microcânulas possuem um diâmetro muito reduzido, as pequenas incisões tendem a fechar rapidamente, evitando marcas ou cicatrizes. Contudo, a quantidade de fios empregada varia conforme o grau de flacidez e a área a ser tratada, assim como a avaliação do profissional responsável pelo procedimento.
Áreas que os fios podem ser utilizados
● Contornos do rosto (malar, mandíbula, etc) para redefinição;
● Sulcos faciais (“bigode chinês”, “linha de marionete”, “bochechas de buldogue”);
● Pescoço e papada;
● Glabela (entre sobrancelhas);
● Olhos (“pés de galinha”);
● No corpo (braços, abdômen, interno de coxas, etc);
● Nádegas.
Johny Cândido
Jornalista
Registro Profissional nº GO 02807