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Artista plástica goiana Eloisa Lobo inaugura exposição individual em Salvador

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Nome em ascensão nos circuitos nacional e internacional das artes, goiana mistura referências pessoais às tradições baianas para criar coreografias por meio de seus característicos traços trêmulos e lúdicos

Conhecida por suas obras de arte com traços marcantes e pelo teor lúdico de suas criações, a artista plástica goiana Eloisa Lobo apresenta pela primeira vez uma exposição individual na capital baiana. Intitulada ‘Coreografia’, a mostra será inaugurada no dia 18/10, na TRIA Galeria de Arte, em Salvador, levando o público a uma viagem sensorial a partir de um espetáculo de dança visual, onde cores e formas se movem e se entrelaçam. São mais de 30 obras inéditas, entre pinturas, gravuras e esculturas, como adianta Lobo, que revela ter mesclado suas referências do coração do Cerrado às tradições baianas para conceber a exposição, que representa ainda um olhar intimista para a vida da artista.

“A exposição ‘Coreografia’ é um convite para dançar comigo entre o lúdico e o rítmico. Quem vive de arte flutua, viaja dançando na imaginação de asas abertas pela imensidão azul entre o céu do Cerrado e o mar de Salvador”, conjectura. Na mostra, Eloisa traduz essas palavras em imagens que capturam o fluxo contínuo da vida e da arte. As obras trazem o movimento que remete ao fundo do mar, às ondas, ao nado dos peixes que, sob a ótica da artista, passam a voar. Salvador, cidade de raízes profundas e ritmos únicos, sempre esteve intrinsecamente ligada a Eloisa. “As sensações que me invadem sempre que crio para a Bahia são únicas. Para quem não sabe, assino Freitas e o sobrenome dessa família linda que tenho vem de lá. É como trazer a dança dos traços de volta para casa, onde a arte e o movimento se encontram de maneira muito natural”, revela.

Dança de traços

Com um estilo muito próprio, que mescla traços delicados, cores foscas e uma abordagem lúdica, Eloisa transforma cada pincelada em poesia, cada tonalidade em uma emoção. A exposição ‘Coreografia’ traz um manifesto artístico que reflete a jornada da artista pelo mundo dos espetáculos, seu tema principal. “Em vez de se referir apenas a uma sequência de passos de dança, ‘Coreografia’ sugere a ideia de uma composição harmoniosa onde cada detalhe contribui para uma experiência estética rica e integrada. A exposição explora como a arte pode se manifestar de maneira dinâmica, similar a uma performance coreográfica”, caracteriza a artista.

A dança dos traços da artista sugere que as obras têm um movimento fluido e vibrante, enquanto retratam emoções que enfatizam o impacto sobre o espectador, criando uma conexão de sentimento e significado. Os trabalhos de Eloisa são marcados por traços trêmulos, com silhuetas sutis, mãos e pés alongados, uma paleta de cores única e tons desenvolvidos pela própria artista. Eloisa cria suas próprias cores para atender às suas necessidades artísticas, utilizando uma abordagem psicodinâmica e de colorismo fosco e delicado.

Segundo Eloisa, três das obras se destacam. A primeira, batizada com o mesmo nome da mostra, ‘Coreografia’, que traz o início de tudo, uma epifania de movimentos que partem dela onde mostra traços que se fundem e criam um efeito de movimento que traduz os passos de dança; a segunda, intitulada ‘Vômito’, na qual a arte é expelida de maneira delicada de uma silhueta humana e simboliza tudo o que a própria artista externaliza por meio da sua arte; e a terceira é a obra de arte ‘Geométrico’, que apresenta os tradicionais ladrilhos portugueses e foi feita a partir de uma ampla pesquisa histórica sobre a chegada dos portugueses em Salvador.

Em movimento

Nome em ascensão no circuito nacional e internacional das artes, com mais de 25 anos de carreira, Eloisa Lobo retornou recentemente de uma temporada de pesquisa na Europa, onde aprofundou suas técnicas e poéticas. Sua primeira mostra individual, intitulada ‘Espetáculo’, que apresentava o cotidiano a partir das emoções do circo, foi apresentada na Época Galeria de Arte, em 2018. Em 2021, Lobo apresentou em São Paulo a sua individual ‘Ela e Ela’, que retratava o espetáculo da vida a partir do movimento suave das bailarinas e do caráter lúdico do universo circense; já em 2022, integrou a mostra coletiva ‘Maravilhas do México’, em Brasília, cidade onde se mantém em destaque nos maiores redutos de arte. Em 2023, foi a primeira artista goiana a ser escolhida pelo Anuário de Arquitetura da Bahia para estampar a capa do anuário e criar uma homenagem à cultura baiana, destacando seu aprimoramento e inovação.

“Eu tenho vivido um processo de amadurecimento ao longo dos últimos anos, desde a minha primeira exposição, na qual apresentei o meu circo, passando pela representatividade sobre a mulher com a mostra ‘Ela e Ela’. E agora eu trago o movimento forte dos traços da minha arte e coloco ordem no caos. São referências pessoais que deixo fluir como algo tangível e visualmente impactante. É como ouvir uma música e deixar o corpo seguir o compasso, mas aqui, os pincéis são os verdadeiros bailarinos que agora apresento ao público baiano”, filosofa a artista, que também tem obras expostas nas principais mostras de arquitetura e decoração do país, como a Casas Conceito, também em Salvador. A exposição ‘Coreografia’ por Eloisa Lobo permanece aberta ao público até 9 de novembro, com entrada franca.

Serviço: Exposição Coreografia por Eloisa Lobo

Quando: de 18/10 a 09/11

Onde: TRIA Galeria de Arte – Rua do Timbó, 368 – Caminho das Árvores, Salvador – BA, 41820-660

Horários: de segunda a sexta, das 9h às 19h e aos finais de semana, das 9h às 14h

Entrada gratuita

Sobre Eloisa Lobo

Natural de Goiânia, Eloisa Lobo é formada em Artes Visuais (FAVGO), com especialização em Pintura, pós-graduada em Marketing e Comunicação pela USP Cambury. Ministrou aulas em algumas faculdades de Goiás e sempre esteve envolvida com artes em diversos momentos de sua vida, observando, ensinando ou praticando. Passou pelos processos de desenho, aquarela, escultura, gravura, instalação e artes gráficas. Mora em Goiânia Goiás onde, em seu ateliê, vive pela e para a arte.

Lucas Pereira

Assessor de imprensa

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Arte

“Agora É Que São Elas!”

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Montagem dirigida por Fábio Porchat reúne nove esquetes cômicas que misturam textos inéditos e roteiros escritos há 20 anos, nos dias 6 e 7 de dezembro, no Teatro Goiânia. Os ingressos já estão disponíveis no site Ingresso Digital

Nos dias 6, às 19h e 7 de dezembro, às 18h, o palco do Teatro Goiânia recebe a comédia “Agora É Que São Elas!”, protagonizada por Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco. Em cena, as atrizes se transformam em vinte personagens, entre femininos e masculinos, que conduzem nove esquetes escritos e dirigidos por Fábio Porchat.

A montagem se destaca pelo humor de identificação, que traz situações cotidianas e personagens reconhecíveis, sempre com espaço para improvisação. Cada apresentação se torna única, já que as cenas podem ganhar novas nuances a cada noite.

Os ingressos estão disponíveis no site Ingresso Digital (https://www.ingressodigital.com/), com valores entre R$ a R$ , de acordo com o setor escolhido na plateia e o tipo de ingresso (inteira, social ou meia). Também está disponível a opção de ingresso social, que garante desconto para todos que levarem 1 kg de alimento  não perecível, que deverá ser entregue na portaria do evento, junto à validação do ingresso.

Para compor o espetáculo, Porchat reuniu textos inéditos e outros que remontam aos anos de 2004 e 2005, período em que era estudante da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro. Algumas das histórias foram originalmente encenadas ao lado do colega e amigo Paulo Gustavo.

“Foi muito lindo revisitar esses textos escritos há 20 anos, que eu fiz na escola pro meu colega Paulo Gustavo. E foi bom ver que esse material ainda é atual, funciona e é engraçado. Se estivermos conectados ao que acontece ao nosso redor, vamos entender o Brasil, os costumes e as pessoas que estão à nossa volta”, conta o diretor.

Entre os destaques está “Superstição”, que mostra o reencontro de duas amigas com visões opostas sobre crenças populares: uma devota de todos os rituais e outra totalmente cética. Já em “Selfie”, uma fã (Priscila) aborda uma atriz famosa (Maria Clara) em um restaurante, mas, ao tentar registrar a foto, começa a apontar defeitos na artista que admira. O esquete mais recente, “Meu bebê”, traz Júlia e Priscila como um casal que compara seu filho de oito meses com os das amigas, em uma competição implícita pelo título de criança mais inteligente.

Com diálogos afiados e situações que refletem a vida real, “Agora É Que São Elas!” oferece ao público goiano duas noites de humor inteligente, capaz de arrancar risadas ao mesmo tempo em que expõe fragilidades e manias tão humanas quanto atuais.

SERVIÇO

Agora É Que São Elas – Goiânia

Data: 6 e 7 de dezembro

Horário: 18h e 19h

Local: Teatro Goiânia (R. 23, 252 – St. Central, Goiânia)

Ingressos: https://www.ingressodigital.com/evento/17837,17838/agora-e-que-sao-elas

Johny Cândido

Assessor de imprensa – Jornalista 

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Erasmo Gama, o silêncio que pinta o mundo por dentro

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Artista Plásstico Erasmo Gama

Há artistas que não vêm ao mundo para enfeitar paredes. Vêm para ferir a superfície, para abrir fendas onde antes havia apenas uma imagem apaziguada. Erasmo Gama é desses. Sua arte não se oferece de imediato. Ela não grita. Ela sussurra e exige escuta. Quando estive diante das obras dele, senti que não bastava olhar. Era preciso entrar. Caminhar para dentro da cor, do corpo, do traço. Era preciso me despir das leituras prontas, da pressa cotidiana, da fadiga dos olhos acostumados a ver muito e sentir pouco. Erasmo pinta o silêncio humano, aquele que mora entre uma respiração e outra, aquele que acontece quando a alma se recolhe para sobreviver ao mundo. Seus rostos, às vezes diluídos, às vezes suspensos no quase-nada, não estão posando para nós: Eles existem, e existir nunca é leve. Há uma dor silenciosa em sua paleta. Mas é uma dor que não grita, não sangra, não faz espetáculo. É uma dor mansa, como quem já entendeu que a vida é bruta e sagrada ao mesmo tempo. Os corpos que ele pinta não carregam peso no gesto, carregam peso na alma. Há um recolhimento. Um pudor. Uma solidão tão profunda que quase escutamos o eco do pensamento. Erasmo olha para o mundo de dentro. E esse olhar exige coragem, a coragem de ver o que não é dito, o que não se exibe, o que não se mostra para sobreviver às relações. Sua arte é metafísica: não comenta o mundo, pergunta-o. Não desenha a vida, interroga-a. E, quando nos deparamos com suas figuras suspensas no tempo, sentimos que estamos diante de nós mesmos, mas nós como raramente nos vemos: vulneráveis, desarmados, inteiros. Percebi, enquanto observava, que ele não pinta a dor, ele pinta o depois da dor. O momento em que a alma se recompõe em silêncio, sem espetáculo, sem dramatização. O momento em que a vida segue, mesmo ainda latejando. Erasmo Gama não quer nos agradar. Ele quer nos atravessar. E atravessou. Saí dali diferente, como quem tocou uma ferida antiga e, ao invés de sangrar, compreendeu. Compreendi minha própria solidão. Eu não sabia, ao me aproximar das obras de Erasmo Gama, que algo em mim iria se mover de um jeito tão íntimo. Não era sobre forma ou técnica. Não era sobre o entendimento que se aprende nos livros ou nas salas brancas dos museus. O que ele pinta, não pedem explicação. Eles existem. Existe neles uma dor quieta, um eco de vida vivida, uma memória que não se grita, e eu reconheci tudo isso. Porque também já vivi silêncios que ninguém viu. Também já carreguei lágrimas que não chegaram a cair. Também já sentei diante da vida tentando entender onde foi que a alma ficou cansada. Erasmo não pinta sofrimento. Ele pinta o depois. Aquele instante onde a gente entende que a dor não nos destrói, ela nos molda. Ela ferve, depura, reconfigura. E, quando passa, deixa um vazio manso. Um vazio que não ameaça, acolhe. Eu olhava aquelas figuras suspensas no tempo e sentia que não era a obra que eu via. Era eu. Eu, com minhas memórias. Eu, com minhas perdas. Eu, com as palavras que calei para sobreviver. Eu, com a força que nasceu justamente quando pensei que não tinha mais nenhuma. E foi ali, sem ninguém perceber, que algo se abriu dentro de mim. Uma espécie de reconciliação. Uma conversa entre o que eu fui e o que eu ainda estou aprendendo a ser. Erasmo não faz arte para decorar paredes. Ele faz arte para abrir frestas. Para que o mundo entre. Para que a alma respire. Para que a gente se reconheça onde já não sabia mais se encontrar. Saí dali tocada. Não emocionada. Transformada. Porque existem artistas que pintam o mundo de fora. E existem artistas, raros, que pintam o mundo que existe dentro de nós. Erasmo Gama é desse último tipo. E eu o encontrei. Ou talvez…um cachorro de rua Caramelo, nos fez encontrar a poesia da vida. Cada um a sua maneira. Renata Soares sua esposa, com sua sensibilidade, é o portal da arte de Erasmo. Compreendi, que os dois se completam em um amor de nunca deixar a mão do outro. Compreendi esses instantes onde o mundo fica suspenso e só resta o coração como bússola. A arte dele não se explica. Se respira. Se escuta. Se leva consigo. E quem a leva, já não volta igual. Porque ver uma tela de Erasmo Gama é ser vista por ele. E, no fim, é isso que a arte verdadeira faz: Ela nos revela.

Se você quiser conhecer a obra do Erasmo Gama, ele estará dia 08/11 as 11hs ao lado de vários artistas na exposição Poíesis + Livro de Artista. Local: Ed. Buena Vista Office Design Avenida T4,619 Salas 704-705 – Setor Bueno

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Projeto REEXISTIR celebra sua quarta edição neste sábado (18), em Goiânia

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Projeto REEXISTIR celebra sua quarta edição neste sábado (18), em Goiânia

O Projeto REEXISTIR chega à sua quarta edição neste sábado, 18 de outubro, no Complexo Conecte Arte, localizado no bairro Jardim América, em Goiânia (GO). O evento vem se firmando como um dos mais importantes movimentos de valorização da cultura local, promovendo arte, diversidade e resistência cultural por meio de múltiplas expressões artísticas.

Palco do Complexo Conecte Arte no Jardim America em Goiânia

Consolidado como ponto de cultura reconhecido no Estado de Goiás, o REEXISTIR tem como propósito criar um espaço de expressão, pertencimento e transformação social, valorizando artistas independentes e ampliando o acesso à cultura.

A programação desta edição reúne uma rica mistura de linguagens — música, artes visuais, performances e circo, proporcionando ao público uma experiência sensorial e inspiradora.

Entre os destaques musicais, estão as talentosas cantoras selecionadas, Fernanda Felipe e Isadora Pinheiro, que se apresentam com repertórios autorais e releituras de clássicos da música brasileira.

Cantoras Selecionadas – Fernanda Felipe e Isadora Pinheiro

Na atração circense selecionada, o público poderá se encantar com a irreverência e o talento da Cia de Palhaços, que promete arrancar risadas e despertar o lúdico com performances cheias de poesia e humor.

A atração circense selecionada, Cia de Palhaços

O palco também recebe a participação especial das cantoras convidadas, Rainy Ághata e Regina Jardim, que completam a noite com interpretações potentes e cheias de emoção.

Cantoras Convidadas

Rainy Ághata

Regina Jardim

O acompanhamento musical será feito por uma banda formada por Leandro Mourão (violão), Arthur Ornelas (teclado) e Rafa Teixeira (percussão), músicos reconhecidos no cenário artístico goiano por sua versatilidade e sensibilidade.

A banda que acompanha as atrações artísticas. Rafa Teixeira, Arthur Ornelas e Leandro Mourão.

Além das apresentações, o evento abre espaço para artes visuais, intervenções urbanas e exposições que dialogam com temas de inclusão, sustentabilidade e resistência cultural.

O Projeto REEXISTIR é uma realização da Associação SuperAção Criativa, com produção executiva da empresa Cereja do Cerrado Produções. A iniciativa foi contemplada pelo Edital de Pontos de Cultura – GO, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Edital nº 018/2024).

O evento é gratuito e aberto ao público, reafirmando o compromisso do projeto com a democratização do acesso à cultura e o fortalecimento da arte como instrumento de transformação social.

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