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Medicina

HUGO reduz índice de lesões por pressão em 57% e melhora qualidade da assistência

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Desde o início da gestão Einstein, a unidade registrou também queda de 84% nas complicações associadas a lesões mais graves

Goiânia, 25 de fevereiro de 2025 – O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO), unidade do governo de Goiás, registrou queda nos índices de lesão por pressão (LPs) da unidade, um tipo de lesão de pele causado por pressão prolongada, geralmente sobre áreas ósseas. Em junho de 2024, quando o Einstein assumiu a gestão do hospital, a média era de 80 LPs no mês. Em dezembro, esse número já havia caído para 34 LPs, o que representa uma queda de 57%.

Segundo o consenso internacional de lesões por pressão – NIAP(National Injury Advisory Panel), a lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou em tecidos moles, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada a algum dispositivo médico. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta. A lesão ocorre como resultado de pressão intensa e/ou prolongada. As lesões por pressão comuns em pacientes que ficam muito tempo acamados ou na mesma posição e, além de causarem incômodo e dor, podem ser uma porta de entrada para infecções e causar deformidades permanentes.

Por isso, desde o início da gestão do Einstein, uma das principais preocupações foi a diminuição desses casos por meio da notificação e tratamento adequados. Ainda em julho, profissionais que atuam na unidade privada da organização, em São Paulo, e que são referência nacional no tema, estiveram no HUGO para treinar 100% do equipe assistencial para a prevenção de lesões e realização de curativos. Os colaboradores aprenderam a utilizar, por exemplo, o curativo a vácuo, que contribui para uma cicatrização mais rápida e reduz o risco de infecções. Atualmente, o HUGO é o único hospital da rede estadual que possui essa tecnologia, outro diferencial da unidade é que contamos com equipe de  enfermagem com especialistas em estomaterapia e dermatologia.

“O índice baixo de LPs é um importante indicador de qualidade assistencial, refletindo a efetividade das práticas de cuidado e prevenção adotadas pela equipe de saúde”, explica Thatianne Santana, enfermeira dermatológica do HUGO. Hoje, a especialidade da dermatologia na enfermagem também é um dos diferenciais do HUGO, com enfermeiras capacitadas para realizar a avaliação das feridas e indicar o tratamento adequado para cada tipo de lesão.

A redução na incidência das lesões por pressão contribuiu também com a melhora de outro indicador: a taxa de complicações relacionadas às lesões mais graves. Nesse sentido, houve uma redução de 84% em complicações de lesões por pressão estágio 3 e 4, que são lesões complicadas, pois sao lesões classificadas como never events, ou seja, não devem ocorrer, o que representa não só um avanço no atendimento aos pacientes, mas uma melhora em sua qualidade de vida.

Atuação estratégica

Uma das primeiras ações implementadas pelo Einstein ao assumir a gestão do HUGO foi levar profissionais que atuam no Einstein, em São Paulo, e que são referência na prevenção e tratamento de lesão por pressão no país, para treinar 100% da equipe assistencial para prevenir as lesões e fazer curativos. Além disso, um time do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), também administrado pela organização, que já atuava na prevenção e tratamento de LPs na unidade, contribuiu também com a capacitação dos profissionais e com o compartilhamento de boas práticas, envolvendo os processos e fluxos para classificação e tratamento.

“Dentro da metodologia de ensino do Einstein, o manejo de pacientes com lesão por pressão é abordado ainda no treinamento admissional da equipe assistencial, com conteúdo teórico e atividades práticas. São realizadas, por exemplo, simulações realísticas para limpeza e proteção da pele, fixação de dispositivos, produção de coxins e mudança de posição para evitar o colapso dos vasos sanguíneos da pele e a morte de tecidos”, explica a enfermeira estomoterapeuta do HMAP, Alexsandra Soares.

No HMAP, a taxa de LPs adquiridas no hospital está em 3,26 a cada mil pacientes. Esse número já foi duas vezes maior, antes da implantação, em outubro de 2022, do Grupo de Atenção às Estomias e Feridas (GAEFE), formado por enfermeiros estomoterapeutas que atuam no tratamento das lesões, e dos “Guardiões da Pele”, técnicos em enfermagem capacitados para a classificação e prevenção das feridas.

“A incidência de lesões por pressão impacta diretamente na qualidade e segurança do paciente por causar dor e risco de contrair infecção hospitalar, além de representar custos, já que pode colaborar para o aumento do tempo de permanência. Por isso é tão importante compartilhar a experiência Einstein nas diversas unidades”, conclui Alexsandra.

Algumas das ações que vêm sendo implementadas para diminuir a incidência das LPs no HUGO são a criação do Grupo de Enfermeiros em Atenção a Estomias e Feridas (Gaefe), para acompanhamento contínuo dos pacientes; a confecção de posicionadores personalizados para pacientes com alto risco de desenvolver as lesões; mudança frequente de posição dos pacientes nos leitos 

dos pacientes; uso de coberturas de curativos com alta tecnologia, como a terapia multicamadas e laserterapia, que auxiliam no processo de cicatrização e prevenção de novas lesões; e utilização de técnicas avançadas, como a terapia por pressão negativa com infiltração de soro, indicada para lesões de alta complexidade, proporcionando resultados mais rápidos e eficazes.

A diretora médica do HUGO, Dra. Fabiana Rolla, destaca ainda uma das iniciativas mais importantes que ocorreram: a jornada Magnet.  “Realizamos em novembro a Jornada Magnet em parceria com profissionais do Einstein Morumbi, em que os aprendizados sobre as boas práticas na prevenção, cuidado e tratamento das lesões foram apresentados seguindo os protocolos da auditoria Magnet, análise reconhecida internacionalmente por prezar pela excelência na prática de enfermagem e cuidado ao paciente. Isso garante que nosso hospital siga as melhores práticas e padrões de qualidade e segurança”, conclui.
 

Sobre o HUGO

O Hospital de Urgências de Goiás – Dr. Valdemiro Cruz (HUGO) foi inaugurado em 1991 e é o segundo maior hospital de urgência e emergência de Goiás. Além da assistência, também é um hospital de ensino, pesquisa e extensão universitária.

Em sua trajetória, se destaca por programas como o de microcirurgia, que realiza procedimentos como reconstituição de órgãos, reparação cirúrgica e reconstrução de membros inferiores, superiores da face e reimplantes. Foi considerado referência no atendimento de acidente vascular cerebral (AVC) com o projeto Angels, implantado em 2022, e reconhecido internacionalmente no socorro a vítimas de AVC isquêmico. O protocolo reduziu em mais de 86% as sequelas de pacientes e em quase 90% o índice de óbitos de vítimas de AVC. 

O HUGO possui 387 leitos para internação e um centro cirúrgico com 10 salas. Sob a gestão do Einstein, o hospital continuará realizando atendimento de serviços ambulatoriais e hospitalares 100% regulados para pacientes do SUS.


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Medicina

Fevereiro Roxo, um chamado para a qualidade de vida

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Cantora e atriz Selena Gomez

O mês é dedicado à conscientização sobre o Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia, especialista fala sobre a importância da nutrição em pacientes com as doenças 

O Fevereiro Roxo é uma campanha dedicada à conscientização sobre três doenças crônicas sem cura: Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia. Seu principal objetivo é reforçar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, permitindo que os pacientes tenham mais qualidade de vida.  

Apesar de afetarem milhões de pessoas, essas condições ainda são pouco conhecidas e cercadas de desinformação. Por isso, divulgar informações corretas é essencial para combater o preconceito, ampliar o entendimento da sociedade e promover um acolhimento mais humano para quem convive com essas doenças.

Sobre o Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, a linguagem e o comportamento. É a principal causa de demência no mundo e costuma se manifestar a partir dos 60 anos.

Seus principais sintomas são esquecimento frequente, dificuldade para se comunicar ou realizar tarefas simples e alterações de humor e comportamento. O diagnóstico é feito por exames clínicos e neurológicos. O tratamento envolve medicamentos para retardar a progressão da doença e terapias que ajudam a preservar a autonomia do paciente pelo maior tempo possível.

Segundo a Nutricionista Jaqueline Lagares, especialista em emagrecimento e sócio-proprietária do Instituto Lagares, a nutrição desempenha um papel fundamental na prevenção e no controle da doença, ajudando a proteger o cérebro, reduzir a inflamação e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, vegetais folhosos e oleaginosas, ajudam a combater os radicais livres, que danificam as células cerebrais. 

Lúpus 

O lúpus é uma doença autoimune crônica em que o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo, causando inflamação e danos em diversos órgãos. Ele pode afetar a pele, articulações, rins, coração, pulmões e o sistema nervoso, variando de pessoa para pessoa. 

Os sintomas mais comuns incluem fadiga extrema, dores articulares, lesões na pele, sensibilidade ao sol e, em alguns casos, comprometimento de órgãos internos. 

O tratamento depende da gravidade da doença e geralmente envolve medicamentos para controlar a inflamação, aliviar os sintomas e evitar complicações. Embora não tenha cura, o lúpus pode ser controlado com acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida, permitindo uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Segundo ​​a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), estima-se que o Lúpus afeta entre 150 mil a 300 mil pessoas no Brasil, principalmente mulheres jovens com idade entre 20 e 45 anos, podendo comprometer também adolescentes.

Em 2025, a  cantora e atriz Selena Gomez tornou a doença mais conhecida ao revelar seu diagnóstico. A artista declarou que luta uma batalha contra a doença em seu estágio mais grave, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), a que pode causar fadiga extrema, dores articulares e inflamações em órgãos internos. Em 2017, Selena passou por um transplante de rim, pois a doença afetou seus rins de forma severa. Além disso, ela já relatou os impactos psicológicos da condição, como ansiedade e depressão.

A Fibromialgia

A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor generalizada no corpo, sensibilidade excessiva ao toque e fadiga intensa. Além da dor persistente, os pacientes podem apresentar distúrbios do sono, dificuldades de concentração, conhecida como “névoa mental”, rigidez muscular e sintomas emocionais, como ansiedade e depressão. 

Segundo Jaqueline, a nutrição é essencial para pacientes da doença, já que ajuda a reduzir a inflamação, melhorar os níveis de energia e aliviar os sintomas. “Uma alimentação equilibrada, aliada a outros cuidados, pode fazer diferença no bem-estar de quem convive com a fibromialgia”, declara ela.

A causa exata da fibromialgia ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a um desequilíbrio na forma como o sistema nervoso processa a dor, tornando o corpo mais sensível a estímulos que normalmente não seriam dolorosos. 

O diagnóstico é clínico e baseado na avaliação dos sintomas, já que não existem exames laboratoriais específicos para detectá-la. O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo medicamentos para aliviar a dor, atividade física regular, fisioterapia, terapias complementares e mudanças no estilo de vida. Embora não tenha cura, a fibromialgia pode ser gerenciada para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Assessoria de Imprensa:

Flora Alves Assessoria

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Medicina

Hospital Santa Helena inova em oferecer cirurgia robótica

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Com a adoção da tecnologia de ponta, a unidade beneficia médicos e pacientes

O Hospital Santa Helena dá um grande passo na inovação médica ao anunciar a implementação da cirurgia robótica Da Vinci, unindo a expertise da equipe médica com essa tecnologia de ponta, revolucionando a medicina. O sistema robótico permitirá a realização de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos com maior precisão, segurança e recuperação mais rápida para os pacientes.

A cirurgia robótica tem revolucionado o campo da medicina ao oferecer um controle avançado para os cirurgiões, permitindo movimentos mais precisos e uma visão ampliada da área operada. O robô Da Vinci é equipado com quatro braços mecânicos totalmente articulados e uma câmera de alta definição, que proporciona uma visão tridimensional ampliada em até 12 vezes. Isso permite ao cirurgião realizar movimentos mais delicados e precisos, reduzindo o impacto da cirurgia no corpo do paciente.

A adoção dessa tecnologia pelo Hospital Santa Helena representa um avanço significativo na oferta de procedimentos menos invasivos. Entre os principais benefícios estão: menor tempo de internação; recuperação mais rápida; redução do risco de infecção e sangramento; maior precisão nos procedimentos e menos dor no pós-operatório

A tecnologia é especialmente eficaz em cirurgias oncológicas e urológicas, como a prostatectomia, além de intervenções ginecológicas e digestivas. Com o auxílio da robótica, o hospital ampliará a segurança e a qualidade dos procedimentos oferecidos à população.

Nos últimos anos, a cirurgia robótica tem crescido exponencialmente no Brasil. Desde sua chegada ao país, em 2008, mais de 100 mil procedimentos foram realizados com o sistema Da Vinci, e a tendência é de aumento contínuo. Em 2022, foram feitas aproximadamente 27 mil cirurgias robóticas no país, um crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior.

Compromisso com o bem-estar dos pacientes

Com essa nova tecnologia, o Hospital Santa Helena reforça seu engajamento em oferecer o que há de mais moderno na medicina, priorizando o conforto e a segurança dos pacientes. “Nosso objetivo é proporcionar um atendimento de excelência, garantindo que nossos pacientes tenham acesso às melhores e mais avançadas técnicas cirúrgicas disponíveis no mundo”, destaca a diretoria da unidade.

O urologista Flávio dos Santos – especialista em cirurgia robótica, explica que a ferramenta representa um grande avanço para as especialidades médicas cirúrgicas. “Essa tecnologia, permite que  realizemos cirurgias complexas através de pequenas incisões, com uma precisão que supera as técnicas abertas. Como consequência, além do benefício estético, temos menor ocorrência de dor, sangramento, infecções e a diminuição do tempo de hospitalização. Assim, os benefícios para os pacientes se mostram desde as fases iniciais até a longo prazo”, avalia o especialista.

A previsão é que as primeiras cirurgias robóticas no HSH comecem em março, ampliando as opções de tratamento na cidade e consolidando a unidade como referência em inovação e cuidado de alta qualidade.­­

Marilane Correntino – Assessora de imprensa do HSH

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Medicina

Férias Merecidas

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O médico dermatologista, especialista em tricologia e transplante capilar, o queridinho dos famosos, Dr. Domingos Sávio Coelho, após recesso para curtir merecidas férias, volta com força total a atender seus pacientes, não somente a nível Centro-Oeste, mais sim em todo o território nacional, não deixando de lado seus compromissos internacionais

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