Tendência no universo da cervejaria, o growler pode ser reabastecido várias vezes e já é o queridinho dos amantes de bebidas artesanais em Goiânia e no país
Muito comum em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, o growler, além de uma prática divertida e prazerosa para quem gosta de cerveja e chope, torna o consumo dessas bebidas sustentável, com o menor consumo de garrafas de vidro ou latas de alumínio. São garrafões retornáveis que garantem a bebida fresca, mais barata e parceiros do meio ambiente. Os growlers, que já são encontrados no Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, estão ganhando cada vez mais adeptos em Goiânia.
Com os growlers, os cervejeiros reutilizam um recipiente próprio, que variam de 1 a 5 litros, para o armazenamento de cervejas e chopes especiais que saem direto das torneiras nas tap rooms. Os vasilhames podem ser encontrados em materiais como aço inox, porcelana e em pet descartável. Ah, e o cliente paga apenas pelo líquido. “Os growlers são uma febre no mercado cervejeiro pois possibilitam que as pessoas apreciem os mais variados tipos de chope em casa sem precisar locar ou ter uma chopeira. Facilitam muito a vida pois são comercializados em variados volumes, podem ser armazenados em geladeira e mantém a bebida fresca por até sete dias”, explica o empresário Felipe Fortunato, proprietário da franquia Cervejaria Louvada, que acaba de ser inaugurada em Goiânia.
A Cervejaria oferece o taproom, uma loja com torneiras de seus vários estilos de chopps para os clientes degustarem ali mesmo e viverem uma nova e saborosa experiência. Após escolher o sabor de sua preferência, o growler permite levar até 2 litros para casa. O cliente também encontra mais de 20 rótulos disponíveis também em garrafas. Os valores dos chopes e cervejas variam entre R$ 8 e R$ 20,00. Marcas goianas, como a Cervejaria Colombina, também seguem o mesmo modelo.
“Para nós, independente da escolha do cliente, o melhor de tudo isso é poder levar o melhor dos nossos produtos para o consumidor da forma que ele preferir. Seja no nosso taproom ou na sua casa, confortavelmente, apreciando um rótulo especial”, destaca o empresário.
Quem criou e quem usa o growler?
Sabe-se que o growler é uma criação americana, apesar de ser um estilo de armazenamento de cerveja também muito utilizado na Europa. Ele foi criado no século 19 para que a população americana conseguisse consumir suas cervejas em casa, já que naquela época as cervejas pasteurizadas em garrafas não eram tão comuns.
Com a popularização do consumo de cerveja em garrafa, os growlers perderam espaço, retornando a circular nas cidades americanas e europeias dentro do universo das cervejas especiais – também chamadas de craft beers –, quando voltou a efervescer nessas partes do mundo.
O growler para cerveja chegou ao Brasil junto com essa nova maneira de consumir e saborear cervejas e chopes especiais. Atualmente, boa parte dos bares e lojas especializadas nessa bebida já oferece a opção de comprar suas cervejas favoritas “on tap”, isto é, direto da torneira de chope ou de cerveja.
Posso colocar qualquer tipo de cerveja no growler?
O growler foi planejado especificamente para as cervejas oferecidas em torneiras, como é feito com os chopes. Para usá-lo é muito simples, basta procurar as lojas e cervejarias que contam com o serviço de cerveja “on tap” e pedir para encher o seu recipiente.
Quais os cuidados que preciso ter com esse recipiente?
Para garantir que o growler para cerveja ou chope seja capaz de manter o sabor e aroma da bebida, é preciso ficar atento a alguns cuidados básicos:
Limpe sempre o recipiente após o uso. Lave com água e uma pequena gota de detergente. Evite o uso de produtos de limpeza ou álcool;
Valorize o enxágue correto do material para não deixar sobrar nem um pouquinho de espuma ou detergente em seu interior;
Cuidado ao manipular o recipiente, especialmente os growlers de cerâmica: qualquer rachadura ou trincadinha pode prejudicar a pressão interna, que favorece o armazenamento da bebida;
Passe um pouco de água no growler antes de levá-lo para encher, mesmo que esteja limpo, para ajudar a remover qualquer poeira ou resíduo que possa estar depositado no seu interior.
Montagem dirigida por Fábio Porchat reúne nove esquetes cômicas que misturam textos inéditos e roteiros escritos há 20 anos, nos dias 6 e 7 de dezembro, no Teatro Goiânia. Os ingressos já estão disponíveis no site Ingresso Digital
Nos dias 6, às 19h e 7 de dezembro, às 18h, o palco do Teatro Goiânia recebe a comédia “Agora É Que São Elas!”, protagonizada por Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco. Em cena, as atrizes se transformam em vinte personagens, entre femininos e masculinos, que conduzem nove esquetes escritos e dirigidos por Fábio Porchat.
A montagem se destaca pelo humor de identificação, que traz situações cotidianas e personagens reconhecíveis, sempre com espaço para improvisação. Cada apresentação se torna única, já que as cenas podem ganhar novas nuances a cada noite.
Os ingressos estão disponíveis no site Ingresso Digital (https://www.ingressodigital.com/), com valores entre R$ a R$ , de acordo com o setor escolhido na plateia e o tipo de ingresso (inteira, social ou meia). Também está disponível a opção de ingresso social, que garante desconto para todos que levarem 1 kg de alimento não perecível, que deverá ser entregue na portaria do evento, junto à validação do ingresso.
Para compor o espetáculo, Porchat reuniu textos inéditos e outros que remontam aos anos de 2004 e 2005, período em que era estudante da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro. Algumas das histórias foram originalmente encenadas ao lado do colega e amigo Paulo Gustavo.
“Foi muito lindo revisitar esses textos escritos há 20 anos, que eu fiz na escola pro meu colega Paulo Gustavo. E foi bom ver que esse material ainda é atual, funciona e é engraçado. Se estivermos conectados ao que acontece ao nosso redor, vamos entender o Brasil, os costumes e as pessoas que estão à nossa volta”, conta o diretor.
Entre os destaques está “Superstição”, que mostra o reencontro de duas amigas com visões opostas sobre crenças populares: uma devota de todos os rituais e outra totalmente cética. Já em “Selfie”, uma fã (Priscila) aborda uma atriz famosa (Maria Clara) em um restaurante, mas, ao tentar registrar a foto, começa a apontar defeitos na artista que admira. O esquete mais recente, “Meu bebê”, traz Júlia e Priscila como um casal que compara seu filho de oito meses com os das amigas, em uma competição implícita pelo título de criança mais inteligente.
Com diálogos afiados e situações que refletem a vida real, “Agora É Que São Elas!” oferece ao público goiano duas noites de humor inteligente, capaz de arrancar risadas ao mesmo tempo em que expõe fragilidades e manias tão humanas quanto atuais.
SERVIÇO
Agora É Que São Elas – Goiânia
Data: 6 e 7 de dezembro
Horário: 18h e 19h
Local: Teatro Goiânia (R. 23, 252 – St. Central, Goiânia)
Há artistas que não vêm ao mundo para enfeitar paredes. Vêm para ferir a superfície, para abrir fendas onde antes havia apenas uma imagem apaziguada. Erasmo Gama é desses. Sua arte não se oferece de imediato. Ela não grita. Ela sussurra e exige escuta. Quando estive diante das obras dele, senti que não bastava olhar. Era preciso entrar. Caminhar para dentro da cor, do corpo, do traço. Era preciso me despir das leituras prontas, da pressa cotidiana, da fadiga dos olhos acostumados a ver muito e sentir pouco. Erasmo pinta o silêncio humano, aquele que mora entre uma respiração e outra, aquele que acontece quando a alma se recolhe para sobreviver ao mundo. Seus rostos, às vezes diluídos, às vezes suspensos no quase-nada, não estão posando para nós: Eles existem, e existir nunca é leve. Há uma dor silenciosa em sua paleta. Mas é uma dor que não grita, não sangra, não faz espetáculo. É uma dor mansa, como quem já entendeu que a vida é bruta e sagrada ao mesmo tempo. Os corpos que ele pinta não carregam peso no gesto, carregam peso na alma. Há um recolhimento. Um pudor. Uma solidão tão profunda que quase escutamos o eco do pensamento. Erasmo olha para o mundo de dentro. E esse olhar exige coragem, a coragem de ver o que não é dito, o que não se exibe, o que não se mostra para sobreviver às relações. Sua arte é metafísica: não comenta o mundo, pergunta-o. Não desenha a vida, interroga-a. E, quando nos deparamos com suas figuras suspensas no tempo, sentimos que estamos diante de nós mesmos, mas nós como raramente nos vemos: vulneráveis, desarmados, inteiros. Percebi, enquanto observava, que ele não pinta a dor, ele pinta o depois da dor. O momento em que a alma se recompõe em silêncio, sem espetáculo, sem dramatização. O momento em que a vida segue, mesmo ainda latejando. Erasmo Gama não quer nos agradar. Ele quer nos atravessar. E atravessou. Saí dali diferente, como quem tocou uma ferida antiga e, ao invés de sangrar, compreendeu. Compreendi minha própria solidão. Eu não sabia, ao me aproximar das obras de Erasmo Gama, que algo em mim iria se mover de um jeito tão íntimo. Não era sobre forma ou técnica. Não era sobre o entendimento que se aprende nos livros ou nas salas brancas dos museus. O que ele pinta, não pedem explicação. Eles existem. Existe neles uma dor quieta, um eco de vida vivida, uma memória que não se grita, e eu reconheci tudo isso. Porque também já vivi silêncios que ninguém viu. Também já carreguei lágrimas que não chegaram a cair. Também já sentei diante da vida tentando entender onde foi que a alma ficou cansada. Erasmo não pinta sofrimento. Ele pinta o depois. Aquele instante onde a gente entende que a dor não nos destrói, ela nos molda. Ela ferve, depura, reconfigura. E, quando passa, deixa um vazio manso. Um vazio que não ameaça, acolhe. Eu olhava aquelas figuras suspensas no tempo e sentia que não era a obra que eu via. Era eu. Eu, com minhas memórias. Eu, com minhas perdas. Eu, com as palavras que calei para sobreviver. Eu, com a força que nasceu justamente quando pensei que não tinha mais nenhuma. E foi ali, sem ninguém perceber, que algo se abriu dentro de mim. Uma espécie de reconciliação. Uma conversa entre o que eu fui e o que eu ainda estou aprendendo a ser. Erasmo não faz arte para decorar paredes. Ele faz arte para abrir frestas. Para que o mundo entre. Para que a alma respire. Para que a gente se reconheça onde já não sabia mais se encontrar. Saí dali tocada. Não emocionada. Transformada. Porque existem artistas que pintam o mundo de fora. E existem artistas, raros, que pintam o mundo que existe dentro de nós. Erasmo Gama é desse último tipo. E eu o encontrei. Ou talvez…um cachorro de rua Caramelo, nos fez encontrar a poesia da vida. Cada um a sua maneira. Renata Soares sua esposa, com sua sensibilidade, é o portal da arte de Erasmo. Compreendi, que os dois se completam em um amor de nunca deixar a mão do outro. Compreendi esses instantes onde o mundo fica suspenso e só resta o coração como bússola. A arte dele não se explica. Se respira. Se escuta. Se leva consigo. E quem a leva, já não volta igual. Porque ver uma tela de Erasmo Gama é ser vista por ele. E, no fim, é isso que a arte verdadeira faz: Ela nos revela.
Se você quiser conhecer a obra do Erasmo Gama, ele estará dia 08/11 as 11hs ao lado de vários artistas na exposição Poíesis + Livro de Artista. Local: Ed. Buena Vista Office Design Avenida T4,619 Salas 704-705 – Setor Bueno
Projeto REEXISTIR celebra sua quarta edição neste sábado (18), em Goiânia
O Projeto REEXISTIR chega à sua quarta edição neste sábado, 18 de outubro, no Complexo Conecte Arte, localizado no bairro Jardim América, em Goiânia (GO). O evento vem se firmando como um dos mais importantes movimentos de valorização da cultura local, promovendo arte, diversidade e resistência cultural por meio de múltiplas expressões artísticas.
Palco do Complexo Conecte Arte no Jardim America em Goiânia
Consolidado como ponto de cultura reconhecido no Estado de Goiás, o REEXISTIR tem como propósito criar um espaço de expressão, pertencimento e transformação social, valorizando artistas independentes e ampliando o acesso à cultura.
A programação desta edição reúne uma rica mistura de linguagens — música, artes visuais, performances e circo, proporcionando ao público uma experiência sensorial e inspiradora.
Entre os destaques musicais, estão as talentosas cantoras selecionadas, Fernanda Felipe e Isadora Pinheiro, que se apresentam com repertórios autorais e releituras de clássicos da música brasileira.
Cantoras Selecionadas – Fernanda Felipe e Isadora Pinheiro
Na atração circense selecionada, o público poderá se encantar com a irreverência e o talento da Cia de Palhaços, que promete arrancar risadas e despertar o lúdico com performances cheias de poesia e humor.
A atração circense selecionada, Cia de Palhaços
O palco também recebe a participação especial das cantoras convidadas, Rainy Ághata e Regina Jardim, que completam a noite com interpretações potentes e cheias de emoção.
Cantoras Convidadas
Rainy Ághata
Regina Jardim
O acompanhamento musical será feito por uma banda formada por Leandro Mourão (violão), Arthur Ornelas (teclado) e Rafa Teixeira (percussão), músicos reconhecidos no cenário artístico goiano por sua versatilidade e sensibilidade.
A banda que acompanha as atrações artísticas. Rafa Teixeira, Arthur Ornelas e Leandro Mourão.
Além das apresentações, o evento abre espaço para artes visuais, intervenções urbanas e exposições que dialogam com temas de inclusão, sustentabilidade e resistência cultural.
O Projeto REEXISTIR é uma realização da Associação SuperAção Criativa, com produção executiva da empresa Cereja do Cerrado Produções. A iniciativa foi contemplada pelo Edital de Pontos de Cultura – GO, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Edital nº 018/2024).
O evento é gratuito e aberto ao público, reafirmando o compromisso do projeto com a democratização do acesso à cultura e o fortalecimento da arte como instrumento de transformação social.