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Ziriguidum do D9
Published
3 anos agoon
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Edna Gomes
Resumo de segunda-feira, 31 janeiro de 2022
Edição de Chico Bruno
Manchetes
Valor Econômico – Projetos de portos privados devem atrair R$ 9,5 bilhões
O ESTADO DE S.PAULO – Crise joga famílias nas ruas e barracas se espalham por SP
CORREIO BRAZILIENSE – Volta às aulas, hoje, é teste para crianças (e para o trânsito)
O GLOBO – Custo de manter carro no Brasil dobra em sete anos
FOLHA DE S.PAULO – Militares obedecerão a Lula ou qualquer outro, diz líder da FAB
Destaques de primeiras páginas e do editor
Portos privados – Em uma nova safra de investimentos no setor portuário, ao menos 30 projetos de terminais de uso privado foram autorizados em 2021 ou estão em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para aprovação neste ano. Os valores envolvidos chegam a R$ 9,5 bilhões. Os dados são da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), levantados a partir de chamadas públicas e do Diário Oficial da União. Os terminais de uso privado (TUPs) são aqueles fora dos portos organizados – geridos pelas Companhias Docas ou pelos Estados – e têm regulação mais flexível do que os arrendamentos de áreas públicas. Movimentam cerca de dois terços das cargas portuárias no Brasil, principalmente minérios e combustíveis. O presidente da ATP, Murillo Barbosa, diz que o interesse dos investidores é maior por terminais privados, pois não é preciso aguardar um processo licitatório pelo governo. Outro atrativo é a possibilidade de movimentar cargas de terceiros. O que só foi permitido em 2013, pela Lei dos Portos. Nos cálculos do Ministério da Infraestrutura, diferentes daqueles da ATP, 53 projetos de terminais privados aguardam aprovação e preveem aportes de R$ 38,8 bi. “O Estado deixa de ser a amarra para o investimento. O desafio passa a ser o licenciamento ambiental e a viabilidade econômica do projeto”, avalia o secretário nacional de Portos, Diogo Piloni. Muitos projetos autorizados param no meio do caminho ou ficam anos sem definição por restrições do meio ambiente ou falta de capital para as obras. Para consultor e ex-presidente do Porto de São Sebastião, Frederico Bussinger, um dos fatores mais importantes para o sucesso de um TUP é a garantia de carga. Por isso, diz, terminais associados à produção do próprio dono tendem a sair com mais facilidade. Caso das instalações para escoamento de grãos de grupos como Cargill e Louis Dreyfus.
A saída é a rua – O desemprego e o aumento no custo de vida na pandemia jogaram ao relento famílias inteiras em São Paulo, um fenômeno marcado pela alteração do perfil da população de rua e de suas moradias improvisadas, aponta censo da Prefeitura. Disparou o número de barracas ou lonas presas a árvores, que tomam a paisagem urbana e se espalham pela periferia, informa Gonçalo Junior. Há pelo menos 6,7 mil pontos na cidade com esse tipo de estrutura precária, 3,3 vezes mais do que em 2019. Dos 31,8 mil moradores de rua da capital paulista, 28,6% vivem com pelo menos uma pessoa da família, ante 20% registrados em levantamento anterior. Parte segue para bairros mais afastados nas zonas norte, sul e leste, onde eles encontram alguma ajuda. Catorze distritos nessas regiões viram a população de rua mais do que dobrar desde 2019.
Testes no DF – A analista de projetos Fabiana Borja Alves está apreensiva em mandar o filho Gabriel, 11 anos, de volta às aulas presenciais nesta segunda-feira. Ela tem confiança na vacina e nas máscaras, mas sabe que o distanciamento não será possível devido à lotação das salas. O temor da mãe tem fundamento. Hoje é dia de retorno à sala de aula para 280 mil alunos de mais de 380 escolas do DF. Depois de dois anos em esquema híbrido, com parte do ano letivo em ensino remoto, os pequenos voltam às escolas no momento em que a pandemia atinge pico de casos com a circulação da variante ômicron do coronavírus. A mudança também afetará o trânsito, que retoma o fluxo normal de tráfego. Com os sucessivos isolamentos e sistema de trabalho remoto para muitos pais, as ruas de Brasília viviam período de calmaria desde março de 2020, início das restrições ao ensino presencial na cidade.
Custa carro ter carro – O custo de manter um carro na garagem aumentou nos últimos sete anos, segundo pesquisa realizada pelo Ibmec a pedido do GLOBO, que considerou fatores como combustível, IPVA, seguro, estacionamento e inspeção. O aumento pesou mais sobre os proprietários de carros populares, cuja despesa com manutenção aumentou 90,5% desde 2015, para uma média de R$ 1.210 mensais, valor do salário mínimo. O gasto pode superar as despesas de educação dos filhos. Especialistas apontam para a necessidade de melhorar o transporte público.
Sem problemas – Questionado se irá prestar continência caso o hoje favorito nas pesquisas eleitorais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou outro candidato tome o lugar de Jair Bolsonaro (PL) em 2023, Carlos de Almeida Baptista Junior é direto. “Lógico. Nós prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre”, disse. Se a resposta parece óbvia, os três anos de governo do capitão reformado do Exército em que os militares voltaram aos holofotes da política a fazem necessária neste 2022. Não foram poucos, nesse período, que viram com temor a proximidade das Forças Armadas das ideias autoritárias e golpistas do presidente. E Baptista não é um militar qualquer. É, desde a crise que derrubou a cúpula da Defesa em abril, o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira). Mais que isso, o tenente-brigadeiro-do-ar sempre é citado nos meios militares como o mais bolsonarista dos três chefes que ascenderam na ocasião. Ele dá de ombros. “Não sei de onde saiu isso. Esse clichê me foi colocado uma hora depois da minha indicação”, disse à Folha em entrevista no seu gabinete, na quinta-feira passada (27). Depois ele sugere a origem: sua atuação nas redes sociais, onde interage com postagens da órbita bolsonarista. “Como comandante da FAB, sempre ratifiquei a posição apartidária da Força. Uma coisa é falar de política, outra é de política partidária”, diz. Em julho passado, Baptista Junior gerou polêmica ao reforçar a crítica feita por Walter Braga Netto (Defesa) à CPI da Covid. Citando militares investigados no Ministério da Saúde, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), falou em “lado podre” das Forças. O brigadeiro, que havia coassinado a nota de Braga Netto com os outros dois comandantes, concedeu entrevista dizendo que “homem armado não faz ameaça”. O comandante diz que estava certo. Sua fala sobre a eleição vem na sequência de um movimento em que Exército e Marinha sinalizaram descolamento de Bolsonaro, como a Folha mostrou recentemente. É uma sinalização institucional a Lula, presidenciável ao qual os militares são mais refratários, e a outros candidatos. Questionado sobre o fato de que a FAB permite que militares não vacinados contra Covid-19 trabalhem, desde que assinem termos, ele diz os protocolos de saúde são rígidos. Até dezembro, 93% dos 66 mil militares da Força haviam tomado ao menos uma dose, e 65%, as duas. O comandante também falou sobre a carta na qual anunciou o corte de parte da encomenda da aviões de transporte KC-390 da Embraer, primeira rusga pública da Força com a empresa que foi dela de 1969 a 1994. “A partir de hoje, eu sou o cliente”, afirma.
Aliados de Alckmin sem dúvidas de que ele será vice de Lula – Interlocutores de Geraldo Alckmin que estiveram com ele nas últimas semanas dizem não ter dúvidas de que ele será vice na chapa presidencial de Lula (PT), ainda que o ex-governador não explicite suas intenções com todas as palavras. Nas conversas, Alckmin fala em temas nacionais e em seus possíveis destinos partidários, sem menção à disputa pelo governo de São Paulo. Lula prefere que ele vá para o PSD, Alckmin é próximo do PSB e o Solidariedade tem forte base sindical, da qual o ex-tucano se aproximou. Em reunião recente com o Solidariedade, ele disse que deve definir a nova sigla em março. Alckmin afirmou à Folha, há duas semanas, que achou positiva a declaração de Lula em defesa de uma aliança entre os dois. “Da minha parte não existe nenhum problema de fazer aliança com Alckmin e ter ele de vice. Nós vamos construir um programa de interesse para a sociedade brasileira. Não abro mão de que a prioridade é o povo brasileiro. Espero que o Alckmin esteja junto, sendo vice ou não sendo vice, porque me parece que ele se definiu em fazer uma oposição não apenas ao Bolsonaro, mas ao ‘dorismo’ aqui em São Paulo”, afirmou Lula.
Bolsonaro não cumprirá metas ambientais para entrar na OCDE – Coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil, André Freitas comentou a iniciativa da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) ao Painel e disse que não há motivos para acreditar que o governo Bolsonaro cumprirá as metas ambientais necessárias para ser aprovado como integrante do grupo de países ricos. Ao citar a desestruturação das instituições e políticas de proteção ao meio ambiente, Freitas afirma que não há motivos para acreditar que o presidente vá dar início a “remontagem do que ele próprio destruiu.” “E mesmo com uma reeleição, ele [Bolsonaro] deixa claro que tem uma política antiambiental”, argumenta. Para Freitas, o grande problema é que para o público em geral a decisão da OCDE pode soar como argumento para o governo afirmar que “está tudo bem” e que só “a esquerda que acha que não estamos no caminho certo”. “A capacidade de se constranger do governo Bolsonaro já se esgotou, mas agora tem alguns que insistem em levá-lo a sério”, afirma.
Socialistas vencem eleições em Portugal e conquistam maioria absoluta – O Partido Socialista, no poder desde 2015, venceu as eleições legislativas de Portugal neste domingo (30) e garantiu, sozinho, maioria absoluta no Parlamento —resultado considerado surpreendente. Com mais de 99% dos votos apurados, a legenda do premiê António Costa conquistou quase 42% dos votos e ao menos 117 dos 230 assentos na Assembleia da República. Pesquisas de intenção de voto divulgadas na última semana da campanha projetavam um empate técnico entre o PS e o maior partido da oposição, o PSD (Partido Social-Democrata). Desde 1976, houve apenas quatro maiorias absolutas em Portugal, sendo quatro do PSD. O Partido Socialista também realizou o feito em 2005, com José Sócrates, figura hoje em desgraça na política portuguesa por conta de acusações de corrupção e favorecimento ilícito. Os social-democratas aparecem com 27,8% dos votos e garantiram, por enquanto, uma bancada de 71 deputados. Em discurso após a confirmação da vitória socialista, Rui Rio, presidente da legenda, assumiu a derrota do PSD. “Houve um voto útil à esquerda absolutamente esmagador. Ou seja: a esquerda mobilizou-se através do voto no Partido Socialista para evitar que o PSD pudesse indicar o primeiro-ministro. Não houve isso no campo da direita”, afirmou. Uma grande mudança na composição do Parlamento ficará por conta do aumento expressivo da bancada do partido da extrema direita Chega, que assumiu o posto de terceira maior força política do país. A legenda, que foi criada e entrou na Assembleia da República em 2019, teve pouco mais de 7% dos votos. Com isso, o Chega, que tem atualmente apenas um deputado, garantiu ao menos 12 representantes —apenas uma mulher— no Parlamento. O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português (PCP) votaram contra o Orçamento de Estado para 2022 apresentado pelo Executivo, o que acabou levando à rejeição da proposta e a uma crise que abalou as estruturas da geringonça, apelido dado à aliança entre os tradicionalmente divididos partidos da esquerda portuguesa. Com o resultado na votação do Orçamento, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições. Durante a campanha, o premiê António Costa insistiu no discurso de responsabilização política dos antigos parceiros à esquerda. A estratégia parece ter funcionado, uma vez que as pesquisas indicam uma grande transferência de votos, sobretudo do Bloco de Esquerda para os socialistas.
Passaporte vacinal, atacado por Bolsonaro, é comum em outros países – O passaporte vacinal, chamado de “coleira” pelo presidente Jair Bolsonaro, já foi adotado por líderes de diferentes matizes políticas ao redor do mundo como medida para frear a disseminação da Covid e, principalmente, incentivar a adesão à campanha de imunização. Os principais exemplos estão em países que possuem parcela robusta da população com esquema vacinal completo —normalmente, acima de 70%, índice elogiado por especialistas em saúde pública. É o caso de Portugal (90%), Chile (88%), França (76%), Itália (76%), Reino Unido (71%), Grécia (70%) e Israel (65,4%).
Wagner vai à filiação de Contarato ao PT após aproximar senador da sigla – O senador Jaques Wagner (BA) foi a única liderança nacional do PT a viajar para Vitória (ES) na sexta-feira (28) para participar da cerimônia de filiação do senador Fabiano Contarato (ex-Rede). O evento foi misto, com dirigentes e Lula participando virtualmente. Wagner, que ajudou a aproximar Contarato do partido, representou a cúpula petista presencialmente.
Ômicron em alta já faz governos atrasarem a volta às aulas – Grande parte das redes públicas já iniciou ou prevê retomar aulas presenciais nas próximas semanas, mas a variante Ômicron atrasará a volta às escolas em ao menos uma rede estadual (Tocantins) e de todos ou parte dos alunos de quatro capitais (Belo Horizonte, Manaus, Belém, São Luís), além de Teresina, que terá rodízio. No interior e em regiões metropolitanas, há adiamentos do ensino presencial para abril. Apesar da escalada do coronavírus no País, especialistas apontam que a educação deve ser priorizada – a maioria dos governos não tem adotado restrições mais duras em relação a shows, festas e jogos de futebol, por exemplo. Pesquisas mostram que é possível reduzir o risco de transmissão com protocolos, como testagem e máscaras reforçadas. O Brasil foi um dos países que ficaram mais tempo com colégios fechados, com grandes prejuízos de aprendizagem.
PSDB e Doria tentam fechar federação com o Cidadania – O PSDB aguarda a definição do Cidadania e espera em breve consolidar uma federação partidária nas eleições deste ano. Para os tucanos, o acordo simbolizaria a primeira convergência à pré-candidatura do governador de São Paulo, João Doria. O partido presidido por Roberto Freire, no entanto, terá de superar resistências internas. Na prática, como o modelo só permite um candidato, a avaliação nas duas legendas é de que a junção sepultaria a postulação do senador Alessandro Vieira (SE), pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo Cidadania. Ontem, durante live promovida pelo grupo Parlatório, Doria voltou a defender a união de pré-candidatos do “centro liberal-social” e disse que o PSDB “está adicionando” o Cidadania. A executiva nacional tucana aprovou na semana passada, por unanimidade, o entendimento para a formação de uma federação partidária com o Cidadania. O governador paulista chegou a publicar uma mensagem cumprimentando o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e Freire “pela ótima decisão de criar uma federação partidária”. A manifestação, contudo, foi prontamente contestada por Vieira, que incluiu o Podemos – que tem como pré-candidato o ex-juiz Sérgio Moro – como opção de acordo.
OAB projeta comando mais distante da ‘polarização política’ – Apoiado por 26 dos 27 dirigentes estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o criminalista José Alberto Simonetti vai assumir o comando nacional da entidade. Hoje, está prevista a votação no plenário da OAB, em Brasília, que deve confirmá-lo como presidente para o triênio 2022/2024. Ele é o único candidato na disputa interna. Aos 43 anos, Beto Simonetti, como é conhecido, vai suceder a Felipe Santa Cruz, que chega ao fim de um mandato combativo contra o presidente Jair Bolsonaro, sobretudo pela gestão da pandemia de covid-19, e agora tem planos de disputar o governo do Rio. Diferentemente do antecessor, de quem recebeu apoio, Simonetti tem perfil mais corporativista e vem sinalizando aos pares que pretende manter a OAB distante da polarização política, independentemente do resultado das eleições de outubro. Sob a gestão de Santa Cruz, a OAB denunciou o governo Jair Bolsonaro à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) por “violações” e “omissão” na crise sanitária e chegou a pautar um pedido de impeachment do presidente, que não prosperou. A oposição aberta ao Palácio do Planalto gerou desgaste com setores mais moderados da entidade e fez com que a discussão passasse ao largo das eleições nas seccionais. Embora demonstre disposição de permanecer distante da discussão político-partidária, o Estadão apurou que Simonetti avalia colocar em debate, ainda em 2022, um tema igualmente capaz de mobilizar a advocacia: a proposta de eleição direta para escolha do presidente da OAB. Atualmente, a votação fica a cargo dos 81 conselheiros federais eleitos pela classe – são quase 1,3 milhão de advogados no Brasil.
Movimentos pró-impeachment de Dilma agora se dividem entre Bolsonaro e Moro – A empresária Rosangela Lyra surpreendeu amigos ao revelar, em conversas privadas, que pretende votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo no primeiro turno das eleições deste ano. Fundadora do Política Viva, entidade que criou em 2013 após encerrar um período de 28 anos no posto de diretora da Dior na América Latina, Rosangela se notabilizou por fazer oposição ao PT em movimentos da sociedade civil. “O objetivo é tirar Bolsonaro do segundo turno e evitar mais um mandato desse governo, a maior ameaça à nossa liberdade desde a ditadura”, disse a empresária. Seu posicionamento atual, porém, destoa do de líderes que, assim como ela, foram às ruas pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), destituída do cargo pelo Congresso em 2016. A maior parte dos grupos que naquele momento se uniram em favor da bandeira antipetista hoje orbita em torno do projeto presidencial do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) ou trabalha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O racha dos líderes pró-impeachment de Dilma ganhou novo capítulo na semana passada, quando o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua embarcaram oficialmente na pré-candidatura de Moro, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro. Os dois grupos deram guarida ao atual governo em nome do discurso anticorrupção e da agenda liberal abraçados pelo atual chefe do Executivo na campanha que pavimentou seu caminho rumo ao Palácio do Planalto. Posteriormente, no entanto, saltaram do barco e chegaram a subscrever pedidos de impeachment de Bolsonaro, após perceberem que as promessas não seriam levadas adiante.
Polêmica nas pautas – O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma as atividades e sessões de julgamentos nesta terça-feira em meio aos preparativos para o ano eleitoral e envolto em embates com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que na última sexta-feira descumpriu ordem judicial dada pelo ministro Alexandre de Moraes ao se recusar a prestar depoimento à Polícia Federal. Na pauta estão assuntos cruciais para o meio político, como federações partidárias e fundo eleitoral, além de assuntos polêmicos , como rachadinhas e operações policiais em favelas do Rio durante a pandemia. Na sessão que marca a abertura do ano Judiciário, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, deverá fazer um discurso pedindo prudência no ano eleitoral — um reflexo da expectativa de acirramento de ânimos com a proximidade da campanha. A solenidade será feita por videoconferência em razão das novas medidas de restrição adotadas pelo STF diante do aumento de casos de Covid-19, e deve contar com a presença de Bolsonaro e dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na última sexta-feira, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu para o plenário do STF examinar o despacho do ministro Moraes que determinava o interrogatório de Bolsonaro no inquérito que apura o vazamento de documentos sigilosos de investigação sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes rejeitou o pedido e manteve a obrigação do depoimento. Além do impasse jurídico com Bolsonaro, que aumenta as tensões entre o STF e o presidente, o tribunal estará no centro das atenções do mundo político ao julgar questões essenciais para a disputa eleitoral deste ano. Na próxima quinta-feira, por exemplo, está marcado o julgamento da ação proposta pelo PTB que questiona a constitucionalidade das federações partidárias. O GLOBO apurou que os ministros devem manter, na linha do que foi definido pelo ministro Luís Roberto Barroso em uma liminar de dezembro, a validade da união das legendas que, pelo mecanismo, precisam permanecer juntas por pelo menos quatro anos.
Repaginados – Queimados pela Operação Lava-Jato, chefes políticos nacionais derrotados nas urnas em 2018 se preparam para voltar repaginados nas eleições deste ano. Para se distanciar dos erros passados e do desgaste acumulado, nomes como os ex-senadores Eunício de Oliveira (MDB), Delcídio Amaral (PTB) e Romero Jucá (MDB), o ex-deputado Cándido Vaccarezza (Avante) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) aproveitam o enfraquecimento da operação para apostar no reposicionamento político e, em alguns casos, mudanças cosméticas na forma como se apresentam ao eleitorado.
Fala de Freixo favorável a Haddad abre crise no PSB – Declaração do deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) favorável à pré-candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo abriu uma crise entre os socialistas. Após reação do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que se disse “estarrecido”, Freixo recuou, afirmando que não vai mais se envolver na eleição paulista. Na tentativa de apaziguar os ânimos, o deputado enviou ainda uma mensagem ao ex-governador Márcio França, seu correligionário, que pretende disputar o cargo. Os dois partidos negociam uma aliança nacional, mas a conversa travou porque nenhum dos lados abre mão de ser cabeça de chapa no maior colégio eleitoral do país. Freixo trocou o PSOL pelo PSB em junho do ano passado para disputar o governo do Rio e é visto como um outsider na nova sigla. O deputado chegou à legenda com a bênção do ex-presidente Lula, que já declarou apoio a ele na campanha para o Palácio Guanabara. As declarações de Freixo a favor de Haddad irritaram a cúpula do PSB e o entorno de França.
Congresso retorna no compasso da eleição – O clima de incertezas sobre o quadro eleitoral, em especial em relação à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, desarrumou a base e a oposição no Congresso, comprometendo o bom andamento das pautas neste retorno dos trabalhos. Deputados que em muitas votações apoiavam os projetos do governo planejam se distanciar, de olho na sobrevivência eleitoral. E, nesse sentido, nem o PL, partido de Bolsonaro, e nem o PP, do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, votarão fechados com os desejos do Planalto. Parte das bancadas do PSDB e do DEM, que davam lastro em algumas questões econômicas, tendem a se afastar de vez. Não há consenso sequer para definir se a reforma tributária deve começar na Câmara ou no Senado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pré-candidato ao Planalto, já disse com todas as letras que esse tema será prioridade dos senadores neste primeiro semestre. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defende uma proposta diferente daquela que tramita por lá e não se cansa de se referir ao Senado como “Casa revisora”, numa indicação de que dará preferência ao texto que está na Câmara. O primeiro movimento da semana será uma reunião entre Pacheco e Lira para tentar chegar a um acordo em relação aos próximos passos da tributária e avaliar, ainda, o que pode ser feito para tentar reduzir o preço dos combustíveis, um tema que interessa a todos num ano eleitoral. Também está no radar dos parlamentares a derrubada dos vetos ao Orçamento, com vistas à recomposição de valores destinados à educação, por exemplo. Porém, fora desses assuntos que ajudam a aliviar o bolso do eleitor, as dificuldades serão grandes. Se Bolsonaro não se recuperar logo diante do eleitorado, não se vota mais nada de interesse exclusivo do Poder Executivo, conforme avaliam os integrantes da base. O que os governistas falam reservadamente, os oposicionistas dizem de peito aberto: “Não vejo clima para grandes avanços na agenda do país”, destaca o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Governo de olho em questões espinhosas – O Congresso retoma as atividades nesta semana com assuntos problemáticos para o Palácio do Planalto, que podem causar desconforto na base governista e, com isso, respingar no Palácio do Planalto. Uma delas é o da legalização dos jogos de azar: de interesse direto do Centrão, a tramitação do projeto de lei deixou a bancada evangélica em pé de guerra. Jair Bolsonaro, logo que soube da manobra do comandante da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que o PL tramitasse, anunciou que se for aprovado, vai vetá-lo. Ou seja: o presidente compra briga com os partidos que lhe dão sustentação ou com um grupo religioso que, se não é unanimemente governista no Parlamento, tem uma vasta parcela que o respalda. Mas esse não é o único problema no horizonte do governo. Tem outro PL com potencial para tirar o sono de Bolsonaro, o que autoriza a privatização dos Correios. Para a equipe econômica, a aprovação é um ponto de honra, mas há setores no próprio governo — como os militares — que torcem o nariz. Além disso, trata-se de uma estatal a menos para o grupo político que apoia Bolsonaro controlar. Para piorar, funcionários dos Correios são visceralmente contra a privatização.
Churrasco para fechar o passeio – O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou o domingo para dar um passeio de moto com o filho, o vereador Carlos, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, além de outros assessores. A primeira parada foi na DAF-DF, uma área agrícola próxima a São Sebastião. Ali, ele visitou um supermercado e permitiu que os proprietários tirassem fotos ao lado dele — que, depois, postaram nas rede sociais. Em seguida, Bolsonaro seguiu para o Jardim Botânico, onde parou para comer churrasco em uma tenda. As imagens da refeição do presidente causaram polêmica. Ele foi criticado pela maneira como comia. Porém, houve quem enxergasse nos ataques uma forma de preconceito, uma vez que Bolsonaro é considerado um homem despojado e sem vaidades.
Linha dura contra fake news – O atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, deixa a função no próximo dia 22 de fevereiro. Na sequência, o ministro Edson Fachin assume o posto até agosto, enquanto o ministro Alexandre de Moraes será vice-presidente até assumir o cargo. Segundo especialistas, ambos são juristas linha dura e que têm batido de frente com o Palácio do Planalto e alertado sobre os riscos das fake news para a democracia. Para os analistas consultados pelo Correio, o pleito deste ano será tenso e com frequentes judicializações. Apesar disso, apontam que o Tribunal está mais bem preparado para os desafios e apertará cerco contra as mentiras e desinformações que se espalharão nas redes sociais. Philipe Benoni, especialista em direito público, acredita que em 2022 o TSE estará ainda mais vigilante e atento as fake news.
Doria: 3ª via pede paciência – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse, ontem, que é preciso paciência para construir uma terceira via fortalecida para as eleições à Presidência neste ano. Numa live promovida pelo grupo Parlatório, com a participação dos ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB), ele destacou que uma candidatura única de terceira via não é algo obrigatório, mas “faz sentido”. “Temos dois extremos liderando a campanha nessa fase pré-eleitoral: (Jair) Bolsonaro e Lula. São dois que frequentam o extremo e temos o campo que pode ser a terceira via. Será um pesadelo se voltarmos a ter Lula como presidente ou se mantivermos Bolsonaro”, provocou. O tucano afirmou que o governo atual vem cometendo sucessivos erros. “Vamos manter a economia sob controle, desestatizar, manter o funcionamento da máquina pública e um bom diálogo com o legislativo”, salientou. Doria ressaltou que, atualmente, há um volume grande de capital disponível no mercado internacional e que o Brasil está perdendo oportunidades de investimentos. E que, se eleito, privatizará a Petrobras. “Vamos colocar a Petrobras para ser privatizada para que a companhia possa se tornar mais competitiva, em um possível split de três ou quatro empresas”, afirmou.
Aceno de Tasso a Simone Tebet reacende clima de prévias no PSDB – Gerou desconforto entre tucanos as recentes declarações do ex-presidente da PSDB Tasso Jereissati (CE) de que vê Simone Tebet (MDB), e não seu correligionário João Doria, como nome mais competitivo da terceira via para a disputa presidencial. Entre aliados do governador paulista e mesmo entre quem preferia o gaúcho Eduardo Leite como representante do partido na disputa pelo Planalto, a avaliação é de que o clima de prévias ainda não acabou. As falas de Jereissati tiveram grande repercussão durante a semana passada em grupos do partido e lideranças se agilizaram para tentar botar panos quentes e evitar que elas criassem clima de desânimo na corrida eleitoral de Doria. “Tasso exalou um espírito revanchista, e não um espírito partidário”, disse o deputado federal Danilo Forte (PSDB-CE). “Não é uma postura digna da história respeitosa que ele construiu na política. Isso fragiliza e pode desestimular a campanha de João Doria”.
Presidente interina do PTB se demite – O presidente afastado do PTB, Roberto Jefferson, anunciou ontem, por meio de uma carta encaminhada aos membros do partido, a demissão de Graciela Nienov — que assumiu o lugar dele depois que foi preso pela acusação de participar de uma suposta milícia digital que realizou ataques às instituições democráticas. O texto foi motivado por áudios vazados em que Graciela afirmou ter marcado reunião com o ministro Alexandre de Moraes — que mandou prendê-lo.
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Evento acontece neste sábado (23) e domingo (24), a partir das 17h, com realização da SD Ballet
O Shopping Cerrado recebe nos dias 23 e 24 de novembro mais uma edição do Festival de Ballet Infantil. As apresentações acontecem a partir das 17h, na praça de alimentação do mall, com a participação de cerca de 80 crianças.
O evento é realizado pela SD Ballet, companhia que está entre as maiores escolas de ballet do Brasil. A escola utiliza um sistema de ensino próprio que alia disciplina e técnica do ballet clássico a exercícios lúdicos e divertidos.
Esta é a sexta edição do festival, que já passou por Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco, entre outros estados. O evento em Goiás contará com a participação de bailarinas das unidades da SD Ballet do Shopping Cerrado e do Colégio Simetria.
Segundo Hindira Karoline, diretora regional da SD Ballet em Goiás, o evento prioriza a leveza e a celebração do trabalho desenvolvido durante o ano, proporcionando às famílias a oportunidade de prestigiar as coreografias dos filhos. Todos os participantes recebem medalhas e certificados.
O Shopping Cerrado fica na Avenida Anhanguera nº 10.790, no Setor Aeroviário, em Goiânia.
Festival de Natal
Com o Festival de Ballet Infantil, o Shopping Cerrado encerra seu Festival de Natal de 2024, iniciado em 16 de novembro. O evento contou com oito dias de apresentações gratuitas, como corais, espetáculo teatral, show, dança e apresentações diversas, em parceria com lojistas, instituições e escolas da região.
SERVIÇO
6º Festival de Ballet Infantil do Estado de Goiás
Data: 23 e 24 de novembro de 2024
Horário: a partir das 17h
Local: Shopping Cerrado – Praça de Alimentação (Avenida Anhanguera nº 10.790, no Setor Aeroviário, Goiânia – GO)
Mais informações: instagram @shoppingcerrado @sdballetgoias
Entrada gratuita
OlhO Comunicação Estratégica
Empresária Helen Simone promove palestra sobre etiqueta empresarial, nesta segunda-feira (25)
O evento será realizado na sala Órion, no Hotel TransaméricaNesta segunda-feira (25), a empresária Helen Simone promove uma palestra sobre etiqueta empresarial com a especialista em comportamento humano Claudia Matarazzo em Goiânia. A iniciativa, em parceria com a Summer e com o decorador Alessandro Gemus, integra as ações voltadas para a construção do Instituto Sonhar Vidas. O evento será realizado no Hotel Transamérica, no Setor Marista. A palestra abordará aspectos essenciais para a comunicação eficiente entre empresas e clientes. Além disso, a palestrante compartilhará orientações sobre o uso adequado das redes sociais, promovendo uma presença online mais elegante e eficaz.Os ingressos estão à venda de forma on-line pelo site:
https://www.sympla.com.br/claudia-matarazzo—etiqueta-empresarial__2658746
Sobre o Instituto Sonhar VidasCriado pela empresária Helen Simone, à frente da Summer, e embaixadora do Instituto Sonhar Vidas que tem como missão amparar mães e bebês que necessitam de cuidados em UTI Neonatal. Atualmente, o instituto está em fase de arrecadação de recursos para a finalização de sua sede, contando com o apoio de arquitetos goianos no desenvolvimento dos ambientes do espaço.
Serviço: Palestra sobre etiqueta empresarial com Claudia Matarazzo em GoiâniaData: 25 de novembroHorário: 19hLocal: Sala Órion – Hotel Transamérica – Órion Business & Health Complex, Av. Portugal, 1148 – St. MaristaIngressos:
https://www.sympla.com.br/claudia-matarazzo—etiqueta-empresarial__2658746
Crédito da foto: Cristiano Borges
Promete unir galeria de arte e música no mesmo lugar
Vernissage Club funcionará na Praça do Cruzeiro e traz um modelo exclusivo de conceito. Goiânia agora conta com um novo conceito de club que promete revolucionar a experiência de entretenimento ao integrar música e arte visual em um ambiente único e imersivo. A inauguração aconteceu neste final de semana, o club — batizado de Vernissage — traz a ideia de unir o impacto de diferentes formas de expressão artística em um único espaço, permitindo que os visitantes vivenciem arte e música simultaneamente.Inspirado em festivais e exposições de arte imersiva, o projeto tem como objetivo conectar os sentidos dos goianos por meio de uma narrativa que rompe com a divisão entre galeria de arte e pista de dança. “Queremos que as pessoas, enquanto estão na pista, sintam-se parte de uma exposição viva, onde a arte visual e as expressões artísticas circenses e performáticas interajam com a música”, explicam os sócios, Luan S. Barbosa, Rogério Andrade (também dono de um bar que integra galeria de arte) e Raphael de Oliveira Sarpe.Ainda de acordo com os empresários, a proposta se diferencia pela experiência sensorial: os clientes poderão contemplar esculturas, quadros e outras obras artísticas enquanto dançam, sendo impactados por uma mistura cuidadosa de iluminação e música que não interfere nas telas ou esculturas. A experiência ganha ainda mais intensidade com espaços instagramáveis, onde o público pode tocar, pintar e interagir com as obras de maneira única.
Curadoria artística e musical de alta qualidade
A curadoria da Vernissage será dinâmica, com exposições de artistas locais, nacionais e até internacionais. A cada dois meses, uma nova exposição tomará conta do espaço, trazendo novas narrativas visuais. Já a música terá noites voltadas para gêneros específicos: um dedicado à música eletrônica, com DJs de destaque no cenário nacional e internacional, e outro dedicado à música urbana, com gêneros como hip-hop, trap e funk.Com uma programação de qualidade e curadoria que atende a múltiplos gostos, o Vernissage espera atrair um público diverso, de conhecedores de arte a amantes da música. “Queremos desmistificar a ideia de que a arte deve ser apreciada apenas em galerias formais. Em nosso espaço, o público poderá contemplar obras de forma nova e descomplicada, enquanto se diverte e interage com o ambiente”, afirmam os sócios.
Conexão com a cena local e compromisso cultural
A proposta vai além do entretenimento. Após a inauguração, o Vernissage espera alinhar parcerias com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e pontos de cultura locais para incentivar o acesso à arte e dar visibilidade aos artistas da região. A ideia é que o espaço seja não apenas um club, mas também uma plataforma de expressão para a cultura goianiense.
Inauguração e funcionamento
A inauguração oficial aconteceu nos dias 15 e 16 de novembro (sexta e sábado), das 22h às 6h. O club funcionará regularmente às sextas e sábados.O significado do nome Vernissage — A abertura de uma exposição de arte — reflete o propósito da casa, que se propõe a ser um ponto de encontro entre música e arte visual.
Serviço:Inauguração do Vernissage Club
Funcionamento: Sexta e sábados das 22h às 6h
Onde: Pr. do Cruzeiro, 121 – St. Sul, Goiânia – GO, 74093-320
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