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Agronegócio

Com déficit de armazenagem de 100 milhões de toneladas por safra, silos-bolsas viram alternativa

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Lucro dos produtores aumentaria em até 55% se Brasil tivesse capacidade de armazenamento de grãos adequada. No País, só 14% das fazendas têm armazéns ou silos

Apesar de bater consecutivos recordes na produção de grãos, a agricultura brasileira esbarra num antigo problema: déficit de armazenagem, que atualmente supera as 100 milhões de toneladas por safra, segundo estudo da  consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, divulgado em 2021. No Brasil, só 14% das fazendas têm armazéns ou silos. Realidade bem diferente se compararmos com países como Canadá (85%); Estados Unidos (65%) e até mesmo com nossa vizinha Argentina (40%), de acordo com o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com uma capacidade de armazenamento estático adequada, o lucro da maioria dos produtores brasileiros aumentaria em até 55%.

Com seu uso no Brasil estabelecido entre 2013 e 2014, o sistema de armazenagem por meio dos silos-bolsas, ou silos bag, vem se consolidando como uma alternativa para equacionar esse sério problema do déficit de armazenagem, frente a sistemas de armazenamento como silos fixos metálicos ou de alvenaria (concreto), ou então armazéns convencionais (sacarias). “Numa comparação com os silos metálicos estáticos, que são bastantes usados no Brasil, você tem uma redução nos custos totais, de implantação e operação, que chega  até 53%, no caso da soja, e até 60% no armazenamento do milho”, explica Jean Prado, técnico agrícola e consultor da Pacifil, uma das principais fabricantes de silos-bolsa no Brasil.

A grande importância de se investir num sistema de silo é o fato de se ter uma ferramenta que possibilitará ao produtor gerir melhor sua produção, possibilitando escolher o melhor momento de negociação, evitando as pressões naturais do mercado na época da colheita. “No Brasil, este déficit de armazenagem estática faz com que os produtores, em sua grande maioria, tenham que correr para vender sua colheita com os preços do dia, para não ter perdas. Com um sistema de armazenamento na propriedade o produtor consegue elevar sua capacidade de negociação, na medida em que se pode guardar a safra ou parte dela para negociá-la ao longo do ano”, afirma Rodrigo Viana, Coordenador de Pneus Agrícolas e Agregados da Pivot, que desde  20214 oferece o produto para os seus clientes.

Rodrigo aponta outra vantagem dos silos-bolsas, frente aos silos metálicos estáticos ou mesmo os armazéns em alvenaria. Os silos bags podem ser instalados em qualquer lugar da fazenda. Muitos produtores, inclusive, não cultivam em uma só propriedade, com as bolsas você pode se deslocar e escolher onde vai querer fazer o armazenamento. Já o silo metálico ou mesmo o armazém de grãos, uma vez instalado num lugar, não se muda. No decorrer dos anos, com o aumento da produção, fica complicado fazer essa logística de transportar o grão para onde foi instalado a estrutura, e para se ampliar a capacidade de armazenamento será necessário outro bom montante de recursos”, explica o consultor.

Durabilidade
Segundo Jean Prado, os silos-bolsas comercializados no Brasil em geral têm uma garantia de fábrica de 2 anos, em relação à durabilidade do material do qual é feito, mas a vida útil do produto pode se estender facilmente aos 10 anos ou mais. Mas, obviamente, esse não é o tempo de durabilidade que terá o grão dentro do silo bolsa. Isso dependerá, explica o técnico agrícola, do tipo de grão, do seu teor de umidade e do nível de impureza que ele terá. “Normalmente, o milho seco, por exemplo, dura pouco mais de 1 ano, e a soja entre 8 e 10 meses. Também impacta nesse tempo de armazenamento as questões do clima da região. Numa região mais úmida e chuvosa, esse tempo reduz bastante”, esclarece o especialista.

Mas esse tempo de armazenamento pode se estender significativamente se o proprietário tomar alguns cuidados e fazer a correta instalação dos seus silos-bolsas. Jean recomenda escolher um espaço com solo bem limpo e uma certa declividade para não acumular água. “Também é importante fazer um cercamento nesse local que receberá as bolas, para evitar o acesso de animais, seja de criação, ou mesmos silvestres como roedores que existem próximo às fazendas”, explica.

Outra dica importante para essa durabilidade do armazenamento do grão é seu teor de umidade do produto, que deve ser entre 13% e 14%. “Algo que ajuda muito no processo é o nível de limpeza dos grãos. Ter uma boa ferramenta de limpeza durante a colheita é necessário”, orienta Rodrigo.

Tamanho
O tamanho e a capacidade de armazenamento das bolsas é outra preocupação importante do produtor ao escolher um silo-bolsa. Historicamente, no Brasil foi definida a bolsa de 9 pés por 60 metros de comprimento como a padrão e que pode armazenar de 180 a 200 toneladas, dependendo do tipo de grão. Mas hoje, com a alta produção, muitos especialistas defendem que tal medida já está obsoleta. “Em muitos países, como Argentina e Uruguai, usam-se amplamente o sistema de silos-bolsas de 75, 100, 125 metros, e também bolsas com 10 e 12 pés, voltada para colheitadeiras bem maiores. Aqui no Brasil, já existe a comercialização dessas bolsas maiores, mas ainda são pouco usadas”, explica Jean.

Para saber o tamanho e a quantidade de silo-bolsa a ser usada, o produtor deve considerar sua produção média e a condição de grão, se seco ou úmido. “No caso de armazenamento de grãos úmidos e silagem, recomenda-se o silo-bolsa menor, de 5 e 6 pés, já que é um produto que você irá escoar mais rapidamente. Consequentemente, para os grãos secos, que podem ser armazenados por um tempo maior, recomenda-se uma bolsa maior”, orienta o consultor da Pivot.

Apesar da má imagem que se tem do plástico hoje, por causa de questões ambientais, os polietilenos usados para a fabricação de silos-bolsas têm sido cada vez mais finos e ao mesmo tempo mais resistentes. “Tem-se buscado o uso de resinas, que são bem menos agressivas ao meio ambiente. No caso da bolsa é usado um polietileno que é coextrusado em multicamadas, por isso ele tem essa alta resistência mecânica, e resina 100% virgem, que também confere uma qualidade maior ao produto final e uma resistência bem maior aos efeitos climáticos como a poeira, o calor e a umidade. Os nossos silos também recebem um tratamento anti-UV, para evitar o ressecamento da lona”, detalha Jean.

 

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Agronegócio

Agrex anuncia novidades em sua liderança

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Renato Garcia, novo head de commodities da Agrex do Brasil. Crédito: Divulgação 

Renato Garcia assumirá a posição de head de commodities e estará à frente da unidade de negócios que inclui operações de Originação, Trading/Execução, Armazenagem de grãos, Logística e a unidade de produção de Soja Desativada (JetSoja), reportando diretamente ao COO (Chief Operating Officer), Rafael Villarroel. “Essa mudança faz parte da nossa estratégia de evolução e crescimento, que visa ampliar nossa área de atuação, infraestrutura e base de clientes, aproveitar as oportunidades do momento do agro e atender ainda melhor a crescente demanda dos produtores por operações cada vez mais integradas e eficientes”, comenta Villarroel. 

Como parte dessa mudança, Kenji Akiyama, que até então acumulava a função de head de commodities com as de CSO (Chief Strategy Officer) e CCO (Chief Compliance Officer), passa a se dedicar integralmente às funções de C-Level, mantendo-se à frente de investimentos para crescimento orgânico e especialmente M&A (Mergers & Acquisitions), a fim de acelerar o crescimento do grupo. “Continuo dedicado ao desenvolvimento da Agrex do Brasil, apoiando a área de commodities agora da perspectiva estratégica de expansão das nossas operações, seja com infraestrutura ou aquisições”, diz Akiyama. 

Para Villarroel, a experiência de Akiyama e o trabalho do time de commodities foi essencial para que a Agrex alcançasse o patamar atingido hoje, não apenas em volume, mas com equilíbrio entre governança e eficiência e com grandes contribuições da unidade de negócios para o resultado da empresa. “Estou certo de que continuaremos colhendo os frutos desse trabalho, e temos grandes desafios para continuar crescendo onde a estratégia de expansão se torna cada vez mais demandante. Contar com o Renato à frente da unidade de negócios e Akiyama na gestão da nossa estratégia corporativa nos assegura que estamos no caminho certo”, acrescenta o COO da empresa que, recentemente, anunciou um aporte de R$700 Milhões com o objetivo de acelerar o crescimento das operações atuais. 

Sobre Renato Garcia 

Formado em Engenharia de Produção, com MBA em Gestão de Negócios e MBA em Comércio Internacional e Mestrado em Administração e Gestão Empresarial. Renato, vem de uma longa carreira de 27 anos na Cargill, onde atuou nas regiões MG, MATOPIBA, PA e Vale do Araguaia – MT. Com grande experiência em commodities agrícolas, Renato liderou equipes comerciais, originação de grãos, logística, armazéns, execução de trading, precificação de futuros/derivativos e operações de barter. Além disso, participou em processos de M&A/investimentos relevantes em sua posição anterior. 

Sobre a Agrex do Brasil  

Com 30 anos de experiência no setor agrícola, a Agrex do Brasil – subsidiária do Grupo Mitsubishi no setor de agronegócios brasileiro – é referência em operações integradas, solidez, qualidade e sustentabilidade. Atua nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí, Pará, Mato Grosso, Goiás e, com a marca Synagro, no Estado da Bahia. Oferecendo produtos e serviços que atendem a toda a cadeia produtiva de grãos com um portfólio completo de soluções para o produtor rural em parceria com os maiores nomes globais. O grupo também atua na produção agrícola. Sua matriz fica em Goiânia, no Estado de Goiás

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Agronegócio

Agro

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O confinamento de bois em Goiás é transformado por inovação e sustentabilidade

Fabiano Tavares explica como o confinamento de bois em Goiás foi transformado por uma combinação de tecnologia e uma abordagem focada na rentabilidade, aumentando a produção e a sustentabilidade, implementando uma dieta mais densa e operando durante todo o ano

A pecuária brasileira está em constante desenvolvimento para atender à demanda crescente por carne bovina em todo o mundo. Fabiano Tavares, zootecnista e diretor do Confinamento Pontal, é um exemplo desse movimento, liderando um confinamento em Goiás desde 1999, aumentando sua capacidade de 200 para 46 mil animais. Em resposta à crescente demanda por carne de alta qualidade, sua estratégia de intensificação e inovação impulsionou esse crescimento.

Ele explica que a adoção de uma abordagem centrada na inovação e na rentabilidade foi a chave para seu sucesso. O desenvolvimento de uma dieta mais densa para o gado reduziu significativamente as emissões de metano, um gás de efeito estufa significativo. Tavares afirma que essa mudança aumentou a eficiência do confinamento e tornou a produção mais sustentável.

Além disso, Tavares optou por operar o confinamento ao longo do ano, em vez de apenas durante a estação seca. Essa abordagem melhorou o aproveitamento das oportunidades de mercado e aumentou a estabilidade da produção. “Para minimizar os riscos e prevenir surpresas desagradáveis, analisar as tendências do mercado futuro e utilizar a bolsa de valores para proteger as margens de lucro foram peças fundamentais”, finaliza.

A pecuária de corte enfrenta desafios, como aumentar a escala e a eficiência para compensar as margens de lucro reduzidas. No entanto, a combinação de tecnologia e inovação pode transformar esses obstáculos em oportunidades de crescimento sustentável.

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Agronegócio

Esfriou: saiba qual o vinho ideal para cada tipo de corte de carne

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Bife de Chorizo

Com uma adega com mais de 130 rótulos, de diferentes países, o Pobre Juan Brasília é uma alternativa para quem quer se esquentar com uma boa taça harmonizada com sabores únicos

Adega com mais de 130 rótulos

Para os amantes de um bom vinho, não é preciso motivo ou estação do ano para apreciar a bebida. Contudo, no inverno, a vontade de consumo aumenta, já que ele é capaz de esquentar a temperatura do corpo. E engana-se quem pensa que a estação mais fria pede, apenas, por vinhos tintos. Exemplares brancos bem encorpados são ótimas alternativas também.

Pirarucu

Beber um bom vinho fica ainda melhor se harmonizado com o sabor certo, e a equipe Pobre Juan foi treinada por sommeliers para oferecer essa combinação, justamente, para destacar aquilo que a bebida e a gastronomia têm de melhor, suas nuances e particularidades.

Uvas e sabores

Muito comum na Argentina, os rótulos da uva Malbec, por serem mais encorpados, são perfeitos para degustar carnes grelhadas de sabor mais marcante e cortes com osso, como o Tomahawk e o Porterhouse.

Os vinhos da uva Cabernet Sauvignon também não passam despercebidos na hora de degustar uma boa carne e servem como sugestão para harmonizar com o Bife de Chorizo, tradicional corte do lombo bovino com uma leve capa de gordura.


Para quem prefere comer carne branca, a pedida são os vinhos brancos. Por exemplo, a uva Sauvignon Blanc harmoniza muito bem com pratos de salmão. Também é possível degustar uma taça de vinho enquanto se aprecia uma deliciosa sobremesa. Para isso, existem os rótulos que possuem um grau de doçura mais elevado.

“No inverno, é muito comum optarmos por vinhos tintos, principalmente, por sua temperatura, mas também pela concentração. Para ampliar a oferta de harmonizações, sugere-se tintos de médio corpo, mais macios e frutados. Se a escolha for por rótulos de vinho branco, recomenda-se os que têm textura rica e viscosidade, com um pouco mais de corpo e não tão gelados”, Silvano Tonelli, Diretor de Operações do Pobre Juan.

Vinhos para todos os paladares

A adega do Pobre Juan Brasília, localizada no shopping Iguatemi, é um espaço convidativo e acolhedor – e perfeito para quem ama a união do frio com o vinho. Ao todo, são mais de 130 rótulos de diferentes países e origens. Dos mais conhecidos, como Argentina, Chile, Itália, Brasil, Espanha, Portugal e França, até destinos mais inusitados, como África do Sul, Israel, Austrália e Grécia.


Surgido em 2004, na capital paulista, o Pobre Juan nasceu inspirado nas típicas casas argentinas. Hoje, com unidades espalhadas por diferentes cidades brasileiras, o restaurante é um dos mais conceituados de carnes nobres no país e ficou famoso pela parrilla premium (grelha argentina), pelos cortes selecionados e, claro, pela excelência na carta de vinhos – que também oferece opções da bebida em taça. A oferta foi pensada para harmonizar com os diferentes pratos do cardápio e atender aos mais diversos paladares.

Serviço:

Pobre Juan Brasília

Onde: Shopping Iguatemi Brasília, Lago Norte – piso térreo

Horário de funcionamento: 

Almoço: Segunda à Sexta-feira: 12h às 15h/ Sábado: 12h às 23h/ Domingo: 12h às 20h
Jantar: Segunda à Quinta: 19h às 22h/ Sexta: 19h às 23h/ Sábado: 12h às 23h/ Domingo: 12h às 20h

Para mais informações e reservas: (61) 98316-1168 e @restaurantepobrejuan
 

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