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Medicina

Hospital Santa Helena realiza primeiras cirurgias robóticas e marca novo capítulo na história da saúde goiana

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Com essa implantação,  a unidade se torna o primeiro hospital 100% goiano a oferecer o que há de mais moderno e seguro para os seus pacientes,combinando inovação, cuidado humanizado e compromisso com a vida.

A tecnologia robótica já é uma realidade no Hospital Santa Helena de Goiânia, que une inovação e humanização para cuidar e salvar vidas. Na segunda-feira, 10 de março, a unidade deu um passo histórico ao realizar suas primeiras cirurgias robóticas, marcando um novo momento na oferta de procedimentos menos invasivos e mais seguros à população.

O primeiro procedimento realizado foi uma segmentectomia pulmonar — cirurgia que consiste na remoção de um dos segmentos do pulmão. Tradicionalmente, essa cirurgia exigia uma toracotomia, com incisão de 12 a 15 cm na parede lateral do tórax e afastamento das costelas. Agora, com o uso da cirurgia robótica, o mesmo procedimento pode ser feito por pequenas incisões, com menos dor, menor tempo de internação e risco reduzido de complicações no pós-operatório.

A paciente, uma mulher de 32 anos, foi a primeira a se beneficiar da nova tecnologia. A cirurgia foi conduzida pelo cirurgião torácico Dr. João Paulo Dutra, que também coordena o Programa de Cirurgia Robótica do hospital. Segundo ele, a introdução da tecnologia representa um salto na qualidade do cuidado prestado aos pacientes. “Com o auxílio do robô Da Vinci, conseguimos realizar movimentos mais delicados e precisos, o que garante mais segurança e melhores resultados para quem está na mesa cirúrgica”, destaca.

O robô Da Vinci é equipado com quatro braços mecânicos articulados e uma câmera de alta definição com visão tridimensional ampliada em até 12 vezes. Essa combinação permite ao cirurgião operar com extrema precisão, reduzindo significativamente o impacto da cirurgia no corpo do paciente.

Avanço que transforma vidas
A adoção da cirurgia robótica pelo HSH representa um avanço significativo para a saúde regional. Entre os principais benefícios dessa modalidade estão: menor tempo de internação; recuperação mais rápida; redução do risco de infecções e sangramentos; maior precisão nos procedimentos; menos dor no pós-operatório.

A tecnologia é especialmente eficaz em cirurgias oncológicas e urológicas, como a prostatectomia, além de ser amplamente utilizada em procedimentos ginecológicos e do aparelho digestivo.

Acesso ampliado para mais pessoas
Um dos grandes diferenciais do Hospital Santa Helena é o seu compromisso com a democratização do acesso à cirurgia robótica. Além de atender pacientes particulares, a unidade possui parceria com diversos convênios médicos, ampliando a possibilidade de que um maior número de pessoas possa se beneficiar dessa inovação.

“O objetivo é tornar a cirurgia robótica uma alternativa acessível, com excelência e qualidade, para quem precisa”, reforça a direção da unidade.

Nos últimos anos, a cirurgia robótica tem ganhado espaço no Brasil. Desde a chegada do sistema Da Vinci ao país, em 2008, mais de 100 mil procedimentos já foram realizados. Em 2022, foram cerca de 27 mil cirurgias robóticas, um crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior — tendência que segue em expansão.

Com a implantação dessa tecnologia, o Hospital Santa Helena reafirma seu papel de vanguarda na medicina, oferecendo o que há de mais moderno e seguro para os seus pacientes, combinando inovação, cuidado humanizado e compromisso com a vida.

Marilane Correntino

Assessora de imprensa do HSH

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Medicina

Projeto Supra

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O Projeto Supra foi implantado em agosto de 2023 no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) e completou recentemente 300 atendimentos. A proposta é que os sintomas de infarto com supradesnível do segmento ST, uma síndrome coronariana aguda que bloqueia o fluxo sanguíneo para o músculo do coração, sejam identificados precocemente. 

Assim que o paciente chega numa UPA ou Cais de Aparecida de Goiânia ou é atendido pelo SAMU com suspeita de infarto, inicia-se o protocolo do Supra. É feito, então, um eletrocardiograma em aparelhos que enviam o exame através de uma plataforma de telemedicina para ser avaliado por cardiologistas do Einstein, em São Paulo. O laudo é devolvido em até 7 minutos e, havendo alteração compatível com infarto agudo do miocárdio, um alerta é disparado para todos os envolvidos: a unidade onde está o paciente, regulação do município, o HMAP e o SAMU, que leva o paciente até o hospital em até 40 minutos.

Ao chegar na unidade, a equipe médica já tem informações suficientes para atender aquele paciente de forma ágil. Quanto mais rápida a intervenção, maior a retomada do fluxo sanguíneo no coração. “Além de salvar vidas, a angioplastia precoce melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes e diminui a ocorrência de complicações graves, como insuficiência cardíaca pós-infarto, arritmias e choque cardiogênico, proporcionando uma recuperação mais rápida e com menos sequelas”, explica Maurício Boaventura,. Todos os fluxos, processos e protocolos do projeto foram desenvolvidos pela equipe do Einstein, seguindo diretrizes internacionais.

Hemodinâmica – o projeto Supra foi desenvolvido logo após a inauguração oficial da ala de hemodinâmica do HMAP, em 2023. O setor já realizou mais de 4.500 procedimentos como angioplastias, cateterismos, implantação de stents, implantes de marca-passo definitivo e outras intervenções ligadas à saúde cardiovascular. Antes do funcionamento da unidade de hemodinâmica no HMAP, pacientes de Aparecida com infartos ou problemas circulatórios aguardavam vagas de internação em outras cidades. Agora, além dos moradores de Aparecida, são atendidos casos eletivos e urgentes de outras 26 cidades da macrorregião estadual Centro-Sul, trazendo um impacto significativo na saúde regional.

Sobre o HMAP

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) foi inaugurado em dezembro de 2018 e é o maior hospital do Estado feito por uma prefeitura. Administrado pelo Einstein desde junho de 2022, foi construído numa área superior a 17 mil metros quadrados, onde atua com mais de 1.100 colaboradores para o atendimento de casos de alta complexidade, incluindo hemodinâmica e cirurgia bariátrica, além de várias especialidades cirúrgicas e diagnósticas. A estrutura contempla 10 salas de cirurgia e 235 leitos operacionais, sendo 10 de UTI pediátrica, 39 de UTI adulto, 31 de enfermaria pediátrica, e 155 leitos de clínica médica/cirúrgica. 

Trata-se da primeira operação de hospital público feita pelo Einstein fora da cidade de São Paulo. Nos primeiros seis meses de gestão, as filas de UTI da unidade foram reduzidas consideravelmente e a capacidade de atendimento dos leitos, dobrada. Já as longas filas de espera para cirurgias eletivas foram diminuídas em menos de um ano, feito alcançado graças a iniciativas como mutirões cirúrgicos, que priorizaram demandas urgentes. Nos primeiros seis meses de gestão Einstein, o tempo de permanência dos pacientes no hospital também foi reduzido de 9,5 para 5 dias. Em relação à mortalidade, em junho de 2022 a taxa era de 15,33% e, seis meses depois, de 3,6%.


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Medicina

Descubra quais são as atividades físicas indicadas para a coluna

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Médico Túlio Rocha – neurocirurgião especialista em coluna

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 85% das pessoas no mundo já tiveram, têm ou terão dor na coluna. No Brasil, 27 milhões de pessoas sofrem de doenças crônicas na coluna

Para muitos brasileiros, o ano só começa ‘de verdade’ depois do Carnaval. É hora de investir nos cuidados com a saúde, praticar atividades físicas e buscar uma alimentação saudável. E para quem tem problema na coluna ou sente dores ou desconforto nas costas, existem atividades ideais para tratar da coluna ou mitigar os problemas.

Má postura, sedentarismo, obesidade, lesões, fraturas, até problemas mais sérios de saúde, como a hérnia de disco, por exemplo, entre outros fatores, podem causar dores nas costas e problemas na coluna. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 85% das pessoas no mundo já tiveram, têm ou terão dor na coluna. No Brasil, 27 milhões de pessoas sofrem de doenças crônicas na coluna.

Dois terços da população brasileira sentem dor lombar, 8,7% dos jovens entre 18 e 29 anos têm problemas de coluna; 26,6% das pessoas com mais de 60 anos têm problemas de coluna. A dor lombar é o problema de coluna mais comum. Por conta desses números, é importante ficar atento à saúde da coluna para corrigir problemas o quanto antes e evitar doenças futuras.

O neurocirurgião especialista em coluna Túlio Rocha indica algumas atividades físicas específicas para melhorar a saúde da coluna, especialmente as que trabalham a postura. Entre elas, natação, hidroginástica, musculação, pilates, ginástica holística, alongamentos, yoga e Reeducação Postural Global (RPG) são indicadas para prevenir e tratar problemas na coluna.

“As dores nas costas são comuns em grande parte da população, seja de maneira isolada ou crônica. Suas causas vão desde a má postura a outras situações. Se você sente dores nas costas com frequência, é muito importante que procure um médico para investigar a causa do problema. Somente ele vai poder indicar o tratamento mais adequado para o seu caso e autorizar a realização de alguma atividade física”, orienta o especialista em coluna Túlio Rocha.

O médico destaca que as atividades físicas podem ser um complemento ao tratamento das suas dores nas costas, mas quando realizadas sem o conhecimento médico, podem agravar ainda mais os sintomas ou mascarar algum problema mais sério. Por isso, antes de iniciar qualquer atividade, procure o médico e peça a orientação adequada.

Cinco atividades físicas indicadas

A princípio pode se pensar que a musculação é prejudicial para quem sente dores nas costas, mas o fato é que se o indivíduo fizer os exercícios com o acompanhamento de um profissional que indique os movimentos adequados e pegar leve no peso, ela pode ajudar bastante. Isso porque a musculação vai fortalecer a musculatura do corpo, trazendo mais firmeza e estabilidade para a coluna.

As atividades embaixo da água são excelentes para melhorar a respiração, resistência e postura de seus praticantes e são muito indicadas para quem sofre com lesões na coluna ou em outras partes do corpo, pois a água diminui o impacto dos movimentos. Por ser um exercício leve e eficaz, a hidroginástica é um dos mais recomendados para quem tem problemas na coluna.

Túlio Rocha afirma que assim como a hidroginástica, a natação oferece todos os benefícios de um esporte aquático e por isso também é indicado para diminuir as dores nas costas, já que seus movimentos fortalecem especialmente a parte superior do corpo e os exercícios de respiração melhoram a postura.

“Tanto a natação quanto a hidroginástica são responsáveis por fortalecer a musculatura da coluna, aliviando as dores e até mesmo amenizando os problemas na coluna. Ambas as atividades são excelentes para melhorar o condicionamento físico e a capacidade respiratória do paciente”, explica o especialista em coluna

A caminhada é o exercício mais simples de ser feito e que pode trazer grandes resultados. Porém, como é uma atividade que normalmente é feita sem o acompanhamento de um profissional, é muito comum errar na postura e perder todos os seus benefícios.

“Algo que não pode faltar é um bom alongamento de aproximadamente 15 minutos antes de iniciar a caminhada. Invista também na escolha de um tênis adequado para a prática e evite dar passos muito longos ou pisadas muito fortes. Fique atento à postura, mantendo a coluna ereta, mas sem curvá-la para trás e evite movimentos excessivos nos quadris”, alerta o médico.

O pilates é uma atividade física que incentiva bastante a boa postura, o que minimiza os riscos de desenvolvimento de problemas na coluna. Os exercícios do pilates também fortalecem a musculatura do tronco e das pernas, exigindo muito equilíbrio e alongamento de seus praticantes, resultando em menos dores na coluna.

Para proteger a coluna

Túlio Rocha explica que existem hábitos e ações para proteger a coluna. Entre as dicas, o médico esclarece que a melhor maneira de se deitar de lado é com um travesseiro entre a cabeça e o ombro e outro entre as pernas. “Evite dormir de bruços, isso força a coluna e dificulta a respiração”, destaca.

Ao recolher um objeto pesado do chão, abaixe com as pernas flexionadas. Ao trabalhar em frente a uma mesa ou digitando no computador, mantenha as costas retas, encostadas ao encosto da cadeira e as pernas debaixo da mesa, evitando cruzá-las.

Ao dirigir por horas seguidas, é importante manter as costas retas, perfeitamente apoiadas no encosto. Não carregue mochilas ou sacolas com o peso de um só lado. A mochila deverá ser apoiada nos dois ombros e as sacolas divididas nas duas mãos.

Exercícios que devem ser evitados

O neurocirugião especialista em coluna alerta que se o indivíduo sofre de problemas na coluna, é fundamental evitar exercícios de alto impacto, como corridas e saltos, e movimentos bruscos que possam causar lesões ou agravar sua condição. “Portanto, invista em atividades de baixo impacto e foque na qualidade do movimento”, aconselha.

Túlio Rocha reforça que os exercícios físicos são fortemente indicados para compor o tratamento de quem tem dor nas costas. Apesar disso, alguns exercícios mal executados podem até desencadear um problema ou, ainda, surtir efeito reverso e agravar o incômodo. Por isso, é preciso ter cuidado. “Para se proteger, o primeiro passo é buscar orientação profissional qualificada de profissionais, de diferentes nichos da saúde”, orienta

O especialista em coluna lista os exercícios que devem ser evitados: exercícios de alto impacto, como corridas e aulas com muitos pulos, exercícios aeróbicos prolongados, movimentos bruscos, levantamento de pesos pesados que deixem a coluna em hiperflexão e movimentos que forçam a flexão espinal. “É importante evitar o esforço quando está em uma crise aguda de dor ou quando o movimento te causa desconforto”, destaca o médico.

Dicas para evitar problemas na coluna

Túlio Rocha listou algumas orientações para evitar danificar as estruturas das costas, porque exercícios físicos mal executados ou contraindicados podem até desencadear um problema ou, ainda, agravar o incômodo.

  1. Evite levantar pesos pesados que deixem a coluna em hiperflexão

Além de aumentar a pressão nas costas, os exercícios com levantamento livre de pesos também podem fazer com que o indivíduo prenda a respiração. Isso eleva ainda mais a pressão no abdômen e pode levar a mais dores nas costas.

Em vez disso, utilize as máquinas da academia para fazer exercícios com pesos, respeitando as orientações de ergonomia. Elas são mais seguras e deixam as costas menos vulneráveis. Comece com pesos leves e aumente gradativamente. Nesse processo, também é importante alimentar-se adequadamente, pois isso ajudará no fortalecimento muscular.

  1. Evite abdominais com hiperextensão da coluna

Movimentos que arqueiam as costas para trás podem piorar a dor nas costas porque pressionam as articulações da coluna. Invista em abdominais com as costas deitadas no chão, como a elevação pélvica, roll up ou boxeador. Sempre pergunte sobre a execução perfeita ao seu professor da academia. Cuidado para não flexionar o pescoço.

  1. Se já estiver com dores nas costas, evite correr em terrenos irregulares

O impacto repetitivo dos pés nos cascalhos ou ondulações da rua podem causar lesões em suas costas, tensionando os discos ou músculos. Prefira caminhar, pois a caminhada oferece menos impactos e tem a capacidade de tonificar e fortalecer a parte inferior das costas e os músculos das pernas. Essa opção tende a ser suave para as costas e, dependendo do caso, pode até favorecer a recuperação de uma lesão. Utilize um calçado apropriado.

  1. Evite começar um exercício sem ter feito alongamentos e aquecimentos

Quando praticados com regularidade, a dupla aquecimento mais alongamento auxilia na melhora da postura, no aumento da flexibilidade e na prevenção de lesões. Pés, pernas, joelhos, quadris, braços, cotovelos, punhos e pescoço devem ser contemplados. Depois dessa sequência, inicie os aquecimentos, que podem incluir caminhada, polichinelos e agachamentos, por exemplo.

  1. Sinta o seu corpo e não ignore seus sinais

Desenvolva o hábito de perceber o seu corpo durante o exercício físico. Na maioria dos casos, a dor não surge de repente, mas cresce gradualmente, depois de vários dias. Ao notar uma dor suspeita na academia que não tenha relação com o esforço muscular, pare o que está fazendo e procure o professor, pedindo a ele que explique novamente a biomecânica daquele movimento.

Serviço
Pauta: Atividades físicas indicadas para melhorar a saúde da coluna
Especialista: Médico Túlio Rocha – neurocirurgião especialista em coluna

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Medicina

HUGO reduz índice de lesões por pressão em 57% e melhora qualidade da assistência

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Desde o início da gestão Einstein, a unidade registrou também queda de 84% nas complicações associadas a lesões mais graves

Goiânia, 25 de fevereiro de 2025 – O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO), unidade do governo de Goiás, registrou queda nos índices de lesão por pressão (LPs) da unidade, um tipo de lesão de pele causado por pressão prolongada, geralmente sobre áreas ósseas. Em junho de 2024, quando o Einstein assumiu a gestão do hospital, a média era de 80 LPs no mês. Em dezembro, esse número já havia caído para 34 LPs, o que representa uma queda de 57%.

Segundo o consenso internacional de lesões por pressão – NIAP(National Injury Advisory Panel), a lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou em tecidos moles, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada a algum dispositivo médico. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta. A lesão ocorre como resultado de pressão intensa e/ou prolongada. As lesões por pressão comuns em pacientes que ficam muito tempo acamados ou na mesma posição e, além de causarem incômodo e dor, podem ser uma porta de entrada para infecções e causar deformidades permanentes.

Por isso, desde o início da gestão do Einstein, uma das principais preocupações foi a diminuição desses casos por meio da notificação e tratamento adequados. Ainda em julho, profissionais que atuam na unidade privada da organização, em São Paulo, e que são referência nacional no tema, estiveram no HUGO para treinar 100% do equipe assistencial para a prevenção de lesões e realização de curativos. Os colaboradores aprenderam a utilizar, por exemplo, o curativo a vácuo, que contribui para uma cicatrização mais rápida e reduz o risco de infecções. Atualmente, o HUGO é o único hospital da rede estadual que possui essa tecnologia, outro diferencial da unidade é que contamos com equipe de  enfermagem com especialistas em estomaterapia e dermatologia.

“O índice baixo de LPs é um importante indicador de qualidade assistencial, refletindo a efetividade das práticas de cuidado e prevenção adotadas pela equipe de saúde”, explica Thatianne Santana, enfermeira dermatológica do HUGO. Hoje, a especialidade da dermatologia na enfermagem também é um dos diferenciais do HUGO, com enfermeiras capacitadas para realizar a avaliação das feridas e indicar o tratamento adequado para cada tipo de lesão.

A redução na incidência das lesões por pressão contribuiu também com a melhora de outro indicador: a taxa de complicações relacionadas às lesões mais graves. Nesse sentido, houve uma redução de 84% em complicações de lesões por pressão estágio 3 e 4, que são lesões complicadas, pois sao lesões classificadas como never events, ou seja, não devem ocorrer, o que representa não só um avanço no atendimento aos pacientes, mas uma melhora em sua qualidade de vida.

Atuação estratégica

Uma das primeiras ações implementadas pelo Einstein ao assumir a gestão do HUGO foi levar profissionais que atuam no Einstein, em São Paulo, e que são referência na prevenção e tratamento de lesão por pressão no país, para treinar 100% da equipe assistencial para prevenir as lesões e fazer curativos. Além disso, um time do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), também administrado pela organização, que já atuava na prevenção e tratamento de LPs na unidade, contribuiu também com a capacitação dos profissionais e com o compartilhamento de boas práticas, envolvendo os processos e fluxos para classificação e tratamento.

“Dentro da metodologia de ensino do Einstein, o manejo de pacientes com lesão por pressão é abordado ainda no treinamento admissional da equipe assistencial, com conteúdo teórico e atividades práticas. São realizadas, por exemplo, simulações realísticas para limpeza e proteção da pele, fixação de dispositivos, produção de coxins e mudança de posição para evitar o colapso dos vasos sanguíneos da pele e a morte de tecidos”, explica a enfermeira estomoterapeuta do HMAP, Alexsandra Soares.

No HMAP, a taxa de LPs adquiridas no hospital está em 3,26 a cada mil pacientes. Esse número já foi duas vezes maior, antes da implantação, em outubro de 2022, do Grupo de Atenção às Estomias e Feridas (GAEFE), formado por enfermeiros estomoterapeutas que atuam no tratamento das lesões, e dos “Guardiões da Pele”, técnicos em enfermagem capacitados para a classificação e prevenção das feridas.

“A incidência de lesões por pressão impacta diretamente na qualidade e segurança do paciente por causar dor e risco de contrair infecção hospitalar, além de representar custos, já que pode colaborar para o aumento do tempo de permanência. Por isso é tão importante compartilhar a experiência Einstein nas diversas unidades”, conclui Alexsandra.

Algumas das ações que vêm sendo implementadas para diminuir a incidência das LPs no HUGO são a criação do Grupo de Enfermeiros em Atenção a Estomias e Feridas (Gaefe), para acompanhamento contínuo dos pacientes; a confecção de posicionadores personalizados para pacientes com alto risco de desenvolver as lesões; mudança frequente de posição dos pacientes nos leitos 

dos pacientes; uso de coberturas de curativos com alta tecnologia, como a terapia multicamadas e laserterapia, que auxiliam no processo de cicatrização e prevenção de novas lesões; e utilização de técnicas avançadas, como a terapia por pressão negativa com infiltração de soro, indicada para lesões de alta complexidade, proporcionando resultados mais rápidos e eficazes.

A diretora médica do HUGO, Dra. Fabiana Rolla, destaca ainda uma das iniciativas mais importantes que ocorreram: a jornada Magnet.  “Realizamos em novembro a Jornada Magnet em parceria com profissionais do Einstein Morumbi, em que os aprendizados sobre as boas práticas na prevenção, cuidado e tratamento das lesões foram apresentados seguindo os protocolos da auditoria Magnet, análise reconhecida internacionalmente por prezar pela excelência na prática de enfermagem e cuidado ao paciente. Isso garante que nosso hospital siga as melhores práticas e padrões de qualidade e segurança”, conclui.
 

Sobre o HUGO

O Hospital de Urgências de Goiás – Dr. Valdemiro Cruz (HUGO) foi inaugurado em 1991 e é o segundo maior hospital de urgência e emergência de Goiás. Além da assistência, também é um hospital de ensino, pesquisa e extensão universitária.

Em sua trajetória, se destaca por programas como o de microcirurgia, que realiza procedimentos como reconstituição de órgãos, reparação cirúrgica e reconstrução de membros inferiores, superiores da face e reimplantes. Foi considerado referência no atendimento de acidente vascular cerebral (AVC) com o projeto Angels, implantado em 2022, e reconhecido internacionalmente no socorro a vítimas de AVC isquêmico. O protocolo reduziu em mais de 86% as sequelas de pacientes e em quase 90% o índice de óbitos de vítimas de AVC. 

O HUGO possui 387 leitos para internação e um centro cirúrgico com 10 salas. Sob a gestão do Einstein, o hospital continuará realizando atendimento de serviços ambulatoriais e hospitalares 100% regulados para pacientes do SUS.


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