Dizem que cada vida é um livro aberto, no qual escrevemos nossa história. A analogia não é sem sentido, uma vez que livros trazem novas perspectivas à cada página, e nossa vida, a cada dia, se abre para novos episódios ora bons, ora ruins, mas sempre evoluindo; muitas vezes com flashbacks de quem fomos outrora, tantas outras com ansiedade pelo porvir, como testemunhamos na trajetória de tantos personagens.
Nas páginas da História, há livros que revelam aos nossos olhos genialidades humanas cujas palavras escritas se tornam espelhos das nossas almas. Aqueles que se deparam com algumas destas mentes de profunda sensibilidade param diante das páginas, fecham os olhos e encontram explicações inquestionáveis para aquilo que expõe a nudez das nossas próprias fraquezas e a imensidão das nossas forças. A verdadeira literatura possui esta grandeza; os livros eternos resistem ao tempo e à modernidade, provando-nos que o homem, por maiores que sejam suas conquistas, permanece o mesmo, com angústias e desejos demonstrados desde qualquer primórdio.
Nos livros antigos, tanta sabedoria resplandece e o homem contemporâneo se deleita diante dos provérbios e ensinamentos estoicos, como se eles fossem uma descoberta revolucionária. Das páginas da filosofia, séculos são mitigados, trazendo até nós elucidações que ainda perturbam, pois tantas perguntas ainda procuram por suas respostas.
Nos escritos científicos, há aprendizagens que completam quebra-cabeças multiformes, e que satisfazem um pouco a sede de uma mente que nunca se sacia.
E olhar para o longínquo passado e imaginar as necessidades que nossos ancestrais possuíam a ponto de trazer vida às primeiras formas de escrita deve encher de gratidão nosso coração riquíssimo em linguagens, pois são estas línguas escritas, em todas as suas complexidades, que nos ajudam a manifestar aquilo que tanto arde dentro de nós e a receber toda a grandiosidade traçadas por excelsas mãos.
Stephanie Siqueira é diretoria do Colégio Integrado unidade Kids
Érica Caetano
Assessora de Imprensa