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Comportamento

Millennials e geração Z: por que elas são a ‘geração deprimida’

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O fato é que o uso de antidepressivos é cada vez maior, cada vez se busca mais assistência psicológica e há cada vez mais expressões conscientes de ansiedade e tristeza nestas gerações. Vamos por partes para descobrir que fatores influenciam nisso.

Antes de mais nada, vamos começar definindo o que é o transtorno depressivo maior.

Ele se manifesta como um conjunto de sintomas, dentre os quais podemos destacar um estado de ânimo deprimido durante a maior parte do dia, redução do interesse pelas atividades que antes traziam prazer, perda ou aumento de peso, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpabilidade excessiva, redução da capacidade de pensar ou concentrar-se e pensamentos de morte recorrentes.

Há várias razões pelas quais a geração millennial e a geração Z são denominadas conjuntamente de geração deprimida. Vamos analisar os diferentes fatores que podem estar influenciando isso:

Pandemia, coronafobia e solidão

Não podemos menosprezar a influência que a pandemia de covid-19 teve sobre a população em geral — incluindo quadros desagradáveis, como de coronafobia (ansiedade excessiva em relação a contrair o coronavírus), ansiedade, fadiga pandêmica (reação de esgotamento diante de uma adversidade constante e não resolvida) etc.

Diante de tal cenário, a pergunta é: essas situações teriam afetado particularmente estas duas gerações?

A solidão possui relação direta com a tristeza. É verdade que isso se aplica a qualquer idade, mas a necessidade de se relacionar com os demais é maior na juventude. E é por isso que as medidas específicas de prevenção do contágio do coronavírus afetaram particularmente esta população.

Ansiedade social

Por outro lado, a solidão desse momento se contrapõe agora com o retorno à vida social, muitas vezes provocando ansiedade entre adolescentes e jovens. A isso se chama ressaca social.

Minha experiência pessoal no consultório revelou que muitas pessoas dessa idade manifestam desde então a sensação de não conseguir “conectar-se” com seus pares.

Elas sentem que não se divertem em situações sociais com muita gente e sofrem ansiedade quando estão rodeadas de pessoas que acabaram de conhecer.

Redes sociais

As redes sociais se converteram em um refúgio para muitos jovens que se sentem mal.

Cabe destacar que o uso adequado das redes sociais é positivo. Graças a elas, em parte, a desconexão social durante o confinamento não foi total.

Mas há dois fatores que podem afetar negativamente os jovens:

– Uso excessivo ou como forma de evitar momentos de ansiedade. Isso pode fazer com que se refugiem nas redes para evitar situações sociais presenciais.

– Uso enviesado. Essa situação poderia expô-los apenas a conteúdos com os quais possam se comparar negativamente, incluindo publicações que demonstrem expressões de dor emocional por pessoas desconhecidas (por exemplo, imagens de automutilações).

Frustração profissional

Os millennials foram educados em uma “meritocracia” muito voltada para o sucesso socioeconômico e profissional condicionado ao esforço. A maioria deles certamente ouviu frases como “se você se esforçar, conseguirá o que deseja”.

É uma geração que se esforçou para atingir seus objetivos de vida, mas, em muitos casos, com resultados frustrantes. Os estudos universitários foram equiparados ao sucesso profissional, mas, ao final do período de estudos, ocorreu uma crise econômica que não permitiu a eles se desenvolver no trabalho. Agora, eles podem ter medo de que o mesmo aconteça devido à pandemia.

Preocupações globais

Entre os assuntos que preocupam os millennials e a geração Z, encontram-se o feminismo, a eco-ansiedade, os direitos LGBTQIA+, a migração…

São gerações que se preocupam com o global, e não apenas com o particular. Pensam mais além e sentem ansiedade por mais coisas do que as particulares e individuais.

Estas preocupações globais e a possibilidade de se comunicar pelas redes oferecem a eles uma sensação de pertencimento que é muito positiva. Faz com que se sintam parte de um todo e compreendidos pelos demais.

Mas eles não só se preocupam, como também procuram soluções. E, muitas vezes, sentem uma responsabilidade excessiva por situações que são globais e de mais difícil solução, o que, por fim, causa ansiedade.

Maior reconhecimento dos próprios sintomas

Uma das razões pelas quais se fala mais em depressão e ansiedade nestas gerações é o fato de que as pessoas que sofrem desses transtornos discutem a questão com mais naturalidade e reconhecem mais facilmente seus sintomas.

De fato, a saúde mental já é um assunto bastante comentado nas redes sociais, plataformas em que há maior presença de jovens.

Isso é positivo porque, quando uma pessoa reconhece que não está bem, ela pode pedir ajuda.

Na verdade, foram estas gerações que quebraram o tabu que rondava os cuidados com a saúde mental.

Agora são eles que mais (e mais abertamente) falam em fazer terapia. Também são os que mais a recomendam e mais reconhecem seus próprios problemas.

Esta é a geração deprimida porque é a geração que reconhece seu mal-estar sem vergonha, nem medo.

* Begoña Albalat Peraita é psicóloga clínica e professora na Universidade Internacional de Valência, na Espanha.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).

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Comportamento

Condomínio.

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Entenda os direitos e deveres de quem mora em condomínio

Advogado especialista em mercado imobiliário orienta sobre as condições dos condôminos

No início deste mês de julho, uma câmera de segurança registrou parte da confusão entre o porteiro de um condomínio e um morador. Na noite da confusão, a irmã do advogado Guilherme Haruki Bergamasco havia reservado uma churrasqueira, para confraternizar com um grupo de amigos e parentes.

Quando o porteiro avisou que eram 22h, e a festa tinha que ser encerrada, as agressões começaram. Guilherme foi o primeiro a discutir e foi retirado de perto do porteiro. Em seguida, Thiago, que é irmão dele, empurrou a vítima contra o muro.

Os condomínios são escolhidos por muitas pessoas pela praticidade e a segurança. Porém, todo morador precisa saber quais são seus direitos e deveres para poder conviver bem no local e evitar problemas.

Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OA

É importante que o morador fique atento ao que está definido na convenção, “A convenção é um documento público regido pelas mais altas normas, como a Constituição Federal e o Código Civil de Condomínios. O objetivo deste documento é definir normas e diretrizes que visam garantir o bom funcionamento e a convivência harmoniosa entre moradores e inquilinos”, explica.

O advogado reforça que quem pretende morar em condomínio deve conhecer esse documento, pois nele constam todas as regras para uma boa convivência entre os moradores para que não haja desentendimentos. “Todas as responsabilidades do imóvel e todas as obrigações do proprietário estão definidas na convenção. Se as regras não forem seguidas, o inquilino será notificado”, continua.

Diego ainda explica que quando os moradores discordam de uma regra, eles têm o direito de convocar uma assembleia para exigir mudanças. “Na assembleia, os moradores são chamados e as mudanças são decididas através de uma votação. Se a maioria concordar, a ata da reunião deve ser registrada e entregue a todos os condôminos. A partir daí, cabe ao síndico analisar se há mudança”, afirma.

Direitos dos condôminos

1- Usar, fruir e livremente dispor das suas unidades: O condômino tem o direito de usar seu imóvel quando necessário, desde que respeite as regras do condomínio e demais condôminos.

2- Usufruir das partes comuns do condomínio: Além de desfrutar de uma unidade própria, os condôminos também têm direito ao uso de áreas comuns, como salões de festas, academias e piscinas.

3- Participar e votar nas assembleias: Os condôminos têm o direito de participar das assembleias e votar, mas com um adendo: devem estar de acordo com as obrigações do condomínio.

4- Alugar sua vaga na garagem: Os inquilinos também podem alugar vagas de estacionamento na garagem, dando preferência a outros inquilinos em detrimento de estranhos.

5- Alugar seu imóvel para terceiros: Os proprietários também têm o direito de alugar seu imóvel para terceiros, sempre respeitando o disposto na lei de inquilinato.

6- Candidatar-se a síndico: O Código Civil estabelece que o conselho deve eleger um administrador para administrar o condomínio. Qualquer inquilino tem o direito de se candidatar a esta posição. Porém, vale lembrar que o cargo também pode ser preenchido por alguém que não seja morador, como um síndico profissional.

7- Candidatar-se a Conselho Fiscal: Da mesma forma, a lei também prevê que os condomínios possam ter um conselho fiscal, eleito pela assembleia, composto por três membros. Compete ao conselho fiscal pronunciar-se sobre as contas do administrador judicial e qualquer condómino pode candidatar-se ao cargo de administrador.

Deveres dos condôminos

1- Contribuir para as despesas do condomínio: Isso significa que o proprietário é legalmente obrigado a pagar a taxa do condomínio, que é uma parte do custo.

2- Pagar juros e multas caso esteja inadimplente: Se o proprietário da unidade deixar de pagar a contribuição fixa, é considerado inadimplente e sujeito a multas.

3- Não realizar obras que comprometam a segurança da edificação: O condômino não pode simplesmente fazer a reforma que ele quer. Você precisa se certificar de que ela não coloque em risco a propriedade ou a segurança de seus vizinhos.

4- Não alterar a cor da fachada, das partes e esquadrias externas: Alteração da fachada costuma ser uma dor de cabeça. De acordo com o Código Civil, os proprietários são obrigados a não alterar a aparência padrão.

5- Dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação e não prejudicar o sossego dos demais: Os proprietários são obrigados a respeitar o uso pretendido do edifício (por exemplo, você não pode usar um imóvel residencial como ponto comercial). Da mesma forma, ele não pode usar sua unidade de maneira que prejudique a boa moral, a paz, a saúde e a segurança de outras pessoas.

Johny Cândido

Assessor de imprensa – Jornalista 

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Comportamento

Biologia quântica, ramo da ciência que pode revelar por que estamos vivos

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Muitas pessoas podem responder que são fórmulas complicadas que explicam processos muito complexos relacionados a partículas subatômicas, gravidade, energia, movimento de galáxias, buracos negros e tudo o que tenha a ver com espaço-tempo e tamanho do universo.

Algo mais ou menos como as ideias de Albert Einstein. Mas essa não seria uma resposta muito distante da realidade.

Afinal, o pai da Teoria da Relatividade lançou as bases para a física estatística e a mecânica quântica, parte da física moderna e que é muito diferente daquela levantada por Isaac Newton séculos atrás.

O físico teórico iraquiano-britânico Jim Al Khalili levantou a questão em 2015 com uma pergunta durante uma palestra: “E se o mundo quântico desempenhasse um papel importante no funcionamento de uma célula viva?”

Algo tão pequeno pode nos ajudar a entender por que estamos vivos?

Por muitos anos, a comunidade científica foi direta: a biologia era uma ciência tão complexa que não tinha nada a ver com o mundo quântico.

Hoje, essa ideia é vista como equivocada. Na verdade, a mecânica quântica desempenha um papel tão importante nos processos biológicos que é vital para a fotossíntese das plantas ou a respiração celular.

Este ramo da ciência é conhecido como biologia quântica. E entendê-lo abriria as portas para inúmeras respostas e processos que ainda não entendemos completamente, desde compreender como funcionam as mutações até a criação de novos medicamentos ou melhorias na computação quântica.

Por ora, os cientistas estão apenas tentando entender a verdadeira dimensão da biologia quântica. Afinal, durante muito tempo ela foi considerada sem importância. Há cerca de uma década é que este campo da ciência começou a emergir novamente.

Um ramo que pode se beneficiar é a farmacologia, onde a quiralidade desempenha um papel importante.

Outra é a computação quântica. “No ponto onde estamos, vamos tentar encontrar bons sistemas para fazer o processamento quântico”, diz Mujica. “Já existem computadores quânticos, mas são muito limitados. São brinquedos muito avançados e extremamente caros”, acrescenta.

O que agora é evidente é o papel crucial que a física quântica tem em nos ajudar a entender como funcionam os processos biológicos muito importantes que tornam a vida possível.

Portanto, não se trata tanto de procurar outros planetas, mas também de dar uma olhada profunda em nós mesmos.

Fonte: BBC Brasil

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Comportamento

City Soluções Urbanas promove bate papo com consultora de imagem e estilo Paulla Leles

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A City Soluções Urbanas promove na próxima quinta-feira (14/4), a partir das 14 horas, um bate papo sobre imagem corporativa no decorado do Legacy City Home. Voltado para colaboradores, o encontro vai contar com a presença da consultora de imagem e estilo Paulla Leles. Influenciadora digital, Paulla é a responsável pelo perfil do Instagram @mulheres_40, no qual compartilha dicas de moda, lifestyle e empoderamento para mulheres desta faixa etária.

A iniciativa reforça uma das prioridades da City, que é a constante capacitação de seu time, a fim de oferecer aos clientes atendimento de excelência na oferta de produtos de alto padrão. Aperfeiçoamento que se agrega ao DNA de inovação e cultura do extraordinário da empresa, a fim de proporcionar, tanto em seus lançamentos, quanto no relacionamento com seus clientes, projetos de vanguarda e experiências diferenciadas.

Em dez anos de existência, a City tornou-se o maior player da atualidade em Goiânia em número de unidades de compactos de luxo lançadas. Pelo terceiro ano consecutivo, foi líder no mercado premium (apartamentos acima de 300m²). Lançou R$1 bilhão em valor geral de vendas (VGVs), sendo que quase meio bilhão deste quantitativo foi vendido em 2021, ano de lançamento de três empreendimentos. 

*Serviço*

Evento: City Soluções Urbanas promove bate papo com consultora de imagem e estilo Paulla Leles

Quando: Quinta-feira (14/4), a partir das 14 horas

Onde: Decorado do Legacy City Home – Alameda Cel. Eugênio Jardim, 286 – St. Marista, Goiânia – GO

Contato: (62) 98285-3602

Email: contato@cityinc.com.br 

Instagram: @cityinc

Sites: https://www.cityinc.com.br/

*Assessoria de imprensa*: 

Palavra Comunicação 

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