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Economia

Mudanças na lei e investimentos privados estimulam expansão da aviação regional

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Mesmo sendo um país de dimensões continentais, com mais de 5.500 cidades, o Brasil carece de voos regionais. Além de atualização na legislação, grandes empreendimentos privados buscam incentivar esse nicho

Apenas 100 cidades brasileiras, das 5.570 existentes, possuem voos regulares, apesar do país ter dimensões continentais. Um indicativo de que a aviação regional tem recebido pouca ou quase nenhuma atenção dos investimentos públicos ao longo de décadas é o índice de voos comerciais de curta distância frente ao total dos deslocamentos aéreos. No Brasil, essa média está em 12%, menos da metade do padrão mundial que é de 30%, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear).

“Existe um dado, que se não me engano é da própria Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], que dá conta que o Brasil, há 40 anos, contava com cerca de 400 aeroportos, onde você podia receber voos comerciais. Hoje você tem menos de 100 aeroportos autorizados a receber voos comerciais. Portanto, os voos regionais são um serviço que deixou de existir no Brasil, por falta de investimentos públicos e privados”, afirma Rodrigo Neiva, incorporador e diretor comercial do Antares Polo Aeronáutico, um mega empreendimento aeroportuário que está sendo construído na cidade de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia. O aeroporto, que está sendo construído estrategicamente no coração do País, é o resultado do projeto de um grupo de empresários goianos que, não só ama a aviação, mas aposta no setor como um grande vetor de integração e desenvolvimento nacional.

Com investimentos na ordem de R$ 100 milhões, o Antares é um empreendimento 100% privado que visa, entre outras coisas, servir de conectividade aérea, especialmente do sudoeste ao norte e nordeste brasileiro. Além da aviação executiva, o moderno aeroporto, que deve iniciar suas operações no ano de 2024, será voltado também para a manutenção de aeronaves, operações logísticas, capacitação de pilotos e para voos regionais. “Aqui em Goiás mesmo, onde estamos, se você precisar, por exemplo, não há um voo de Goiânia para Rio Verde. Mas isso não quer dizer que não haja mercado para isso. Se você abrir uma rota de voo regional e colocar uma aeronave de 15 ou 20 lugares, você vai conseguir voar com ela lotada, porque certamente você vai ter muita gente que irá preferir um voo de 40 minutos ou menos do que uma viagem de três horas numa estrada”, argumenta o empresário.

Rodrigo Neiva cita outro dado importante, desta vez da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), que demonstra o quão positivo é o impacto econômico nas regiões servidas por voos regulares. “Cidades que contam com serviços regulares de aviação tiveram no período entre 2010 e 2018  um crescimento médio anual de 2,08%, enquanto outras do mesmo porte, mas que não têm aviação, cresceram em média 1,61% no mesmo período. Se os municípios com aviação crescessem dentro das mesmas taxas dos que não possuem voos regulares, cerca de R$ 3,1 bilhões deixariam de ser adicionados anualmente ao PIB brasileiro”, informa Neiva.

Mudanças
Por meio de mudanças na legislação, investimentos estratégicos em infraestrutura e privatizações, o governo federal tenta mudar esse cenário. Recursos públicos alocados em equipamentos de navegação aérea, reforma e construção de novos aeroportos, nas cinco regiões do País, chegaram a R$ 1 bilhão, entre 2019 e 2021, segundo dados do Ministério da Infraestrutura (MInfra).

Segundo o ministério, boa parte desses recursos foram direcionados à aviação regional, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e da Infraero. O objetivo é aumentar a conectividade e possibilitar a ampliação da oferta de voos em todos os 27 estados e Distrito Federal. A meta é preparar o Brasil para chegar em 2025 com 200 cidades oferecendo voos regulares. “O governo federal está viabilizando uma grande transformação no setor aéreo, com a melhoria da infraestrutura, do ambiente de negócios e com a desburocratização de processos, buscando ampliar a presença desse modal no interior do Brasil”, salienta o secretário executivo do MInfra, Marcelo Sampaio.

Muitas dessas mudanças na aviação brasileira estão partindo do Voo Simples, um programa do Ministério da Infraestrutura, lançado em outubro de 2020 e implementado ao longo de 2021, que visa desburocratizar a aviação civil brasileira. Aproximadamente, 90% das 69 iniciativas previstas no programa já foram iniciadas ou concluídas. “Passamos hoje por um momento de modernização da aviação no Brasil, dando flexibilidade e apoio a quem quer investir no País. Portanto, a intenção do Programa Voo Simples é justamente desburocratizar o dinamizar economicamente o setor”, afirma o empresário Rodrigo Neiva, ao elogiar as mudanças promovidas pelo programa.

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Economia

Procred 360: MEIs  terão acesso a nova linha de crédito com taxa reduzida

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Presidente do Sescon-Goiás, Edson Cândido Pinto esclarece quais são os diferenciais e reforça que essa é uma possibilidade de aliviar para os empreendedores, permitindo que a economia gire

Microempreendedores Individuais (MEIs) e microempresas poderão ter acesso a linhas de crédito, com taxas de juros reduzidas e condições especiais. O benefício faz parte do Procred 360, que é um programa criado pelo governo federal em abril, mas que passa a valer neste mês de julho. Essa nova alternativa de crédito surge para os empreendedores que, por diversas razões, não foram atendidos de maneira eficaz pelo Pronampe. Para acessar os recursos, os empreendedores devem solicitar o crédito diretamente nas instituições bancárias.

Vale ressaltar que em Goiás, conforme dados do portal Gov.br, há  565.758 MEIs registrados. Isso faz com que  o estado seja o maior em número de MEIs da região Centro-Oeste que possui 1,32 milhão de microempreendedores individuais optantes por esse regime tributário. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado de Goiás (Sescon-Goiás), Edson Cândido Pinto, uma das vantagens do Procred 360 é a flexibilidade nos prazos de pagamento e as taxas menores quando comparadas com as taxas praticadas atualmente no mercado. “Isso possibilita aliviar o peso financeiro sobre os ombros dos empreendedores e contribui para fazer a economia girar”, argumenta.

O diferencial, de acordo com Edson Cândido, é que os empreendedores poderão pagar o empréstimo em até 60 meses com a taxa de juros limitada a 5% + a taxa Selic. “Esse valor já é mais atrativo, pois em comparação com o Pronampe que tem taxa de 6% ao ano mais Selic, será mais vantajoso para o empreendedor”, orienta o presidente do Sescon-Goiás.

Incentivo aos MEIs, pequenas empresas e às mulheres empreendedoras

Além dos MEIs, a linha é destinada também para empresas com faturamento anual de R$ 360 mil. O valor dos empréstimos terá um teto de acordo com os ganhos do negócio. Conforme explica a superintendente do Sescon-Goiás, Sucena Hummel, as empresas poderão solicitar crédito equivalente a até 30% do faturamento anual referente ao ano anterior. Outro ponto que Sucena Hummel destaca é em relação a empreendimentos liderados por mulheres. “Para as empreendedoras, será possível solicitar  empréstimos equivalentes a até 50% do faturamento. Pode ser negócios que tenham sócias majoritárias, sócias administradoras ou que tenham o ‘Selo Mulher Emprega Mais’, todos esses terão esse diferencial, podendo pegar empréstimos maiores”, esclarece.

Planejamento

Embora sejam opções de créditos facilitados e com taxa de juros menores, os empreendedores precisam ficar atentos para não se endividar. “O benefício oferece um fôlego e permite se organizar, pagar o que está atrasado ou até mesmo planejar o futuro da empresa investindo em equipamentos ou produtos, mas é preciso se planejar. Ter tudo anotado e saber como vai pagar posteriormente. Apesar das facilidades, não deixa de ser um empréstimo que precisará ser pago, por isso, planejar-se é fundamental”, alerta Edson Cândido. A superintendente também reforça que é imprescindível além de um planejamento financeiro adequado. “Ter controle e cuidado para garantir a saúde financeira do seu negócio e sempre contar com o auxílio de um profissional contábil é um diferencial”, complementa Sucena Hummel.

Johny Cândido

Assessor de imprensa – Jornalista 

Registro Profissional nº GO 02807

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Economia

Aquecimento do Varejo

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Novo Mundo destaca aumento nas vendas durante o periodo

De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), durante os meses de junho e julho, coincidindo com a temporada de praias, observa-se um aumento na procura por produtos essenciais para atividades ao ar livre. Entre os itens mais procurados estão caixas e bolsas térmicas, churrasqueiras, cadeiras de praia e panelas elétricas, que registram um crescimento significativo nas vendas. O relatório do Ministério do Turismo aponta ainda um incremento de mais de 50% nas vendas de artigos de caça, pesca e acampamento.

Bruno Lobo, Gerente de marketing da NovoMundo.Com, um dos principais varejistas do Centro-Norte do país, destaca a crescente demanda observada nas lojas da rede. “Há um aumento expressivo na busca por equipamentos essenciais em acampamentos como colchonetes, panelas elétricas, ventiladores, caixas de som, estes itens são muito procurados por aqueles que planejam acampar. Os produtos oferecem conforto e praticidade para os clientes, que buscam aproveitar suas férias ao máximo,” explica. Comparado ao ano anterior, a rede NovoMundo.Com espera um crescimento nas vendas desses itens de cerca de 15%. “Essa tendência de aumento reflete-se tanto nas nossas vendas físicas quanto no comércio eletrônico, indicando um forte impulso em ambos os canais,” conclui.

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Economia

Goiânia sobe no ranking nacional 

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Goiânia sobe no ranking nacional de valorização do imóvel

Capital goiana ainda segue como uma das capitais mais baratas do país para se comprar um imóvel, porém, saiu da vice-lanterna e avançou mais três posições na valorização imobiliária em três anos, aponta pesquisa Fipezap. Só em 2022, a alta foi de 20,91%, bem acima da média nacional da pesquisa, que registrou o acúmulo de 6,16%, superando também a inflação do período

Goiânia tem se destacado no cenário imobiliário nacional, por manter o setor aquecido. Premissas fortes como o bônus demográfico (quando se tem mais pessoas economicamente ativas) e o déficit imobiliário, tanto qualitativo como quantitativo, são pontos favoráveis para que a capital goiana figure entre os principais municípios quando falamos em valorização de imóveis. A capital atingiu um novo patamar nos últimos três anos. Dados da pesquisa FipeZap, de dezembro de 2022, apontam que Goiânia subiu três posições no ranking dos preços do metro quadrado ao longo do período. 

Ela aparece atualmente como a 5ª capital com o valor mais em conta, em relação ao metro quadrado, com o valor de R$ 6.182, ficando à frente de Campo Grande (MS), Salvador (BA), João Pessoa (PB) e Manaus (AM). Em novembro de 2019, ela era a 2ª mais barata, com o metro quadrado a R$ 4.211. Só ficava à frente de Campo Grande. 

A pesquisa é feita em capitais e 50 municípios. Quando se considera todas as cidades, Goiânia saiu da 35ª posição no ranking de preços e foi para a 22ª, avançando em 18 posições. A valorização total no período foi de 46,80%, superior à inflação do período. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro de 2019 a dezembro de 2022 ficou em 23,71%.

Em relação ao ano de 2022, a valorização dos imóveis em Goiânia foi a segunda do País entre as capitais, considerando os últimos resultados, o Índice FipeZAP+ de Venda Residencial. A majoração foi de 20,91%, bem acima da média nacional da pesquisa, que registrou o acúmulo de 6,16%, superando a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+5,79%), bem como a variação do IGP-M/FGV (+5,45%). 

*Adequação*

O aumento do metro quadrado pode soar como uma despesa maior para o consumidor, mas, na verdade, é uma adequação de valores, conforme explica o especialista em mercado imobiliário e sócio-diretor da URBS Alphamall e Imobi, Pedro Teixeira. Além de absorver as altas de insumos, o especialista lembra que Goiânia tinha uma média do metro quadrado bastante defasada em relação aos produtos que entregava. 

“Goiânia ficou por muitos anos com uma média de metro quadrado defasado em relação aos produtos que ela entregava. Na capital se comprava produtos muito bons, por uma média baixa, e isso gera uma problema: se a receita é baixa, não há como as incorporadoras continuar acompanhando as novas tendências. Para que o mercado da cidade continue alinhado com o que há de melhor, para que incorporadores e construtores consigam entregar produtos que vão de encontro às novas tendências nacionais e internacionais, é preciso precificar. Considero essa valorização positiva, porque abre portas para que o mercado evolua mais”, afirma ele. 

De acordo com Pedro Teixeira, a valorização do metro quadrado em Goiânia é o reflexo de que o mercado imobiliário na cidade está aquecido e em ascensão. Segundo ele, um ponto que explicita esse crescimento é a idade da cidade. Por ser uma capital muito nova, se comparada com as cidades de referência, como São Paulo e Rio de Janeiro, o município tem maior potencial de expansão. 

“Em São Paulo, por exemplo, o mercado está bastante saturado, em alguns casos, para se construir um bom produto é necessário destruir um prédio pronto, porque não tem mais área, não tem para onde crescer, está tudo adensado. Aqui isso é diferente, ainda temos diversos espaços em áreas nobres da cidade, então é natural que pela idade, como o mercado é muito novo, ainda temos muito para onde crescer”, ressalta. 

*Patrimônio valorizado*

O gerente comercial da Consciente Construtora e Incorporadora, Maurício D’Ângelo, aponta que a alta de valores deve ser entendida não apenas como despesa maior, mas também valorização do patrimônio do comprador. Segundo ele, ainda que diante de um período de instabilidade política e financeira, como o atual, investir no mercado imobiliário é um bom negócio, por ter como certa a valorização ao longo do tempo. 

“Se as pessoas deixam de comprar imóveis, perdem e muito na valorização, que é algo certo. O investimento em imóveis é seguro. Atualmente, vivemos um momento de instabilidade política, instabilidade das bolsas, entre outros fatores, e o imóvel continua sendo a opção mais segura, tanto do ponto de vista da rentabilidade, como para a valorização”, conclui ele. 

COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS
Raquel Pinho e equipe

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