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O manto diáfano da fantasia. Coluna Carlos Brickmann

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EDIÇÃO DOS JORNAIS DE DOMINGO, 17 DE ABRIL DE 2022


Tudo que se faz na campanha eleitoral, hoje, relembra o excelente Eça de Queiroz, em A Relíquia: “sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”. Começa que, para boa parte dos partidos e de seus dirigentes, não faz a menor diferença quem ganhará as eleições: quem vai governar, ganhe quem ganhar, será o Centrão. O Centrão governou com Dilma, o Centrão governou com Lula, o Centrão governa com Bolsonaro.

Às vezes é engraçado. Geraldo Alckmin, sempre discretíssimo em seus discursos, agora grita “Viva Lula, Viva Lula!” E qual é a graça? É que deixou o PSDB, mas o PSDB não o deixou. No discurso dirigido a trabalhadores, deu vivas também “à luta de vocês”. Um dia ele acorda e fala em “nós”.


Há também o Paulinho da Força, que se diz indignado por ter sido vaiado num evento petista. Paulinho cresceu na política sindical como adversário do PT e de Lula, cansou de ser vaiado por petistas. Agora, de tão indignado, pensa em transferir o apoio de seu partido, o Solidariedade, de Lula para Bolsonaro. Talvez não queira dizer que seu velho amigo Ciro Nogueira, chefe de fato do governo Bolsonaro, lhe mostra bons e abundantes argumentos para mudar de lado.

Não falta, claro, um general: Augusto Heleno, que cantava “Se gritar Pega, Centrão/não fica um, meu irmão”. O general anda quieto, ultimamente. Como ele mesmo disse, antes de cantar contra o Centrão, “foda-se!”

Petrofake

Bolsonaro demitiu o general que ele mesmo tinha nomeado para presidir a Petrobras e o substituiu por um profissional do ramo, José Mauro Ferreira Coelho. Como na época em que nomeou o general, declarou-se indignado com o preço dos combustíveis. Dependendo da evolução do preço mundial do petróleo, continuará indignado. Finge que não sabe que a Petrobras tem ações negociadas em Bolsa, no Brasil e nos Estados Unidos. Se resolver dar uma acochambrada nos preços para facilitar a vida do Governo brasileiro, tomará processos milionários dos acionistas prejudicados. Perfeito: ele finge que tomou providências e tudo continua como está. O preço da gasolina no Brasil, em média, é de R$ 7,498 o litro, no posto. É o mais alto, corrigida a inflação, que já houve no país. E se o preço do petróleo cair no Exterior? O combustível não vai baixar, não. Servirá “para cobrir prejuízos passados”.

Terceira via

A história do Brasil mostra que eleições com dois candidatos fortes são a forma predominante: Dutra x Brigadeiro, Getúlio x Brigadeiro, Juscelino x Juarez Távora, Jânio x Lott. Em 1989, houve três nomes: Collor, Brizola e Lula. Depois, Fernando Henrique x Lula, Fernando Henrique x Lula, Lula x Serra, Lula x Alckmin, Dilma x Aécio, Bolsonaro x Haddad. Terceira via? Não seria impossível – mas como imaginar que João Doria e Simone Tebet, com seus partidos estilhaçados, consigam se firmar? Quem conhece Janones e Luciano Bivar?

Todos os partidos da terceira via têm o mesmo objetivo: eleger parlamentares e com isso garantir uma boa parcela dos bilionários fundos públicos destinados à política. E, como objetivo paralelo, bancadas grandes ajudam a negociar participações no futuro governo, seja qual for.

O nosso dinheiro

Financiamento público de campanha deu nisso: não é importante ganhar, porque a farta verba de subsistência cobre bem os gastos; E, como este é o pensamento predominante, o importante é saber que o presidente eleito precisará alugar apoios não apenas para governar, mas também para não ser derrubado.

Mais ainda: quando alguém se exceder muito na rapina e for surpreendido, terá a proteção dos cem anos de perdão (desculpe! dos cem anos de sigilo) para que as investigações sejam muito dificultadas.

Pesquisa – e daí?

Lula melhorou bem na pesquisa PoderData encerrada nesta semana. Sua rejeição caiu 6% em um mês. Na pesquisa anterior, de março, 44% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Este número agora é de 38%. E daí?

Daí, nada. Alexandre Cordeiro, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, foi colocado na autarquia numa negociação de Ciro Nogueira com o Governo Dilma Rousseff. Ciro já era o poderoso chefão dos Progressistas e disse, em gravação de 2017, a Joesley Batista, da JBS, que Cordeiro era “seu menino” e que tinha “botado ele lá”.

Função do Cade: investigar acusações de cartel e decidir sobre fusões de empresas. O presidente do Conselho, que Ciro aponta como “seu menino”, é o fiscal mais poderoso do país. Ciro manda com Bolsonaro, como mandava com Dilma.

Uma boa notícia

A Folha de S.Paulo está lançando nova edição de 100 anos de capas do jornal. Um pouco de marketing pessoal: este colunista, em pouco menos de dez anos de Folha, é responsável por algumas das reportagens assinadas de primeira página que aparecem no livro das 100 mais.

Acho que vale a pena.

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Remoção e transplante de sobrancelhas crescem com busca por naturalidade.

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Há pouco tempo, tatuar as sobrancelhas era febre. Hoje, virou arrependimento coletivo.

A tendência que marcou uma geração deixou um efeito colateral inesperado. Procedimentos como micropigmentação, microblading e tatuagens definitivas, além de alterarem a cor ao longo dos anos, também enfraquecem os fios e podem comprometer o ciclo de crescimento.

Quando o pigmento começa a desaparecer, muitas pessoas percebem que a sobrancelha não voltou como antes, os fios perderam força para crescer.

Com isso, a procura por remoção e reconstrução disparou. Na Nabeauty, referência na técnica Flow Removal, o laser Q-Switched fragmenta o pigmento sem danificar a pele ou os folículos.

O processo permite que os fios naturais retomem seu crescimento gradualmente, preservando a estrutura da sobrancelha.

Segundo a especialista Karoline Gama, os principais motivos da busca são pigmentos que oxidaram para tons azulados ou avermelhados, desenhos assimétricos e mudanças de estilo.

O protocolo é personalizado, com média de três a cinco sessões.

Mas para quem perdeu volume ao longo dos anos ou teve falhas agravadas pelos procedimentos antigos, o transplante de sobrancelhas se tornou a solução definitiva.

O cirurgião plástico, Dr. Cleber Stuque, utiliza a técnica FUE para extrair fios finos da região posterior do couro cabeludo e implantá-los seguindo o formato natural da sobrancelha.

O especialista acrescenta que a procura por esses procedimentos sobe entre 15% e 20% nos meses de novembro e dezembro.

O transplante é feito com fios longos, permitindo visualizar de imediato a direção do crescimento e garantindo naturalidade desde o início.

O resultado definitivo aparece a partir de seis meses, com pós-operatório simples e recuperação rápida.

Entre remover o que não representa mais e reconstruir o que se perdeu, cresce um movimento que valoriza o natural, o real e o harmonioso.

Com tecnologia avançada e profissionais especializados, procedimentos que antes eram tabu hoje devolvem expressão, identidade e autoestima através da moldura mais poderosa do rosto: as sobrancelhas.

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Dois dias de casa cheia e muita emoção no Teatro Rio Vermelho!

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O espetáculo de Natal do Allegro, a Vila dos Desejos, encantou crianças, jovens e adultos com fadas, bailarinas, guardiões e soldadinhos em uma jornada para reacender a luz do Natal e entregar cartinhas ao Papai Noel.
Uma apresentação cheia de magia, amor, amizade, perdão e esperança. O Natal é o momento de renascer a fé e a esperança na humanidade.

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“Casa como destino”, conceito abraça rotina de goianiense em busca de qualidade de vida.

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Pesquisa revela que o brasileiro tem, em média, 43 anos da vida ocupados pela rotina, e imóveis passam a oferecer experiências completas para reduzir o estresse urbano

A rotina do brasileiro está cada vez mais comprimida. Uma pesquisa do Instituto Ipsos, realizada com o Nubank, mostra que 74% do tempo ao longo da vida é ocupado com os trabalhos externo e doméstico, estudos, além de deslocamento –  o equivalente a 43 anos, conforme a idade  média nacional. A mesma pesquisa revela que o trânsito é motivo de desagrado para mais de 40% dos entrevistados. Em Goiânia, essa realidade aparece de forma evidente, um sintoma da extensa frota de veículos que circulam pela capital. 

A pesquisa Viver nas Cidades, também realizada pela Ipsos, revelou que 51% dos goianienses se locomovem diariamente com o uso de veículos particulares ou de aplicativos, o que ultrapassa a estatística de pessoas que usam o transporte coletivo. “O desgaste provocado pelo deslocamento entre destinos é um dos fatores que eleva a necessidade do goiano de encontrar o que é essencial a poucos metros de distância, e isso está provocando grandes mudanças na oferta de imóveis atual”, explica Victor Albuquerque, sócio da Legado Incorporadora.

Victor Albuquerque, sócio da Legado Incorporadora, explica como a demanda do goiano provoca diferentes formatos de moradia e nova fase do mercado imobiliário
Eduarda Leite

*Espaços comuns cada vez mais valorizados*

Com essa rotina cada vez mais acelerada e o desgaste de estar refém de grandes trajetos para viver o dia a dia, os goianos estão valorizando imóveis que ofereçam experiências completas sem sair da porta de entrada, ou seja: a casa deixa de ser dormitório e se torna um destino. “Hoje em dia, é difícil encontrar ambientes de lazer de qualidade, espaços para atividades físicas, e até para o trabalho perto de casa. Então, imóveis que já oferecem tudo isso estão sendo mais procurados, e o mercado dos imóveis está investindo nesse novo padrão de comportamento”, explica Victor.

A exemplo disso, Legado Incorporadora, em parceria com o Grupo Custódio, lança o Biografia Parque Flamboyant, o novo empreendimento do Jardim Goiás que será lançado ao público neste dia 13 de dezembro, com atributos inéditos não apenas para o bairro, mas também para a cidade. Localizado a 500 metros do Parque Flamboyant e somente a 200 metros da Praça das Artes, o condomínio residencial terá uma área de lazer com 2.600 m², composta pelo SPA Beach Club, no primeiro pavimento, e pelo Rooftop 360°, no topo.

“A ideia do Spa Beach Club é, realmente, trazer um resort para dentro de casa”, pontua Victor Albuquerque. No ambiente, haverá uma estrutura de lazer completa com quadra de beach tennis, banheira de gelo para recovery, sauna a vapor, sala de massagem, fitness outdoor e indoor, sala de reuniões, estúdio de coworking e mercado compacto, além de uma adega exclusiva para moradores.

No Rooftop 360°, um dos principais diferenciais é o observatório espacial. O empreendimento será entregue com telescópios nesta área de lazer para observação das estrelas e do skyline, em conjunto com um sky bar, pista de cooper nas alturas e ambientes de descompressão. 

Os futuros moradores do empreendimento serão presenteados com um livro autobiográfico, segundo o legado do Biografia Parque Cascavel, vencedor do Prêmio Master Imobiliário 2025, que vendeu 100% de suas unidades após somente quatro horas desde o lançamento. O novo Biografia se ergue em uma zona de desaceleração, mas a partir de um projeto aprovado anteriormente, o que reabre as portas para quem ainda sonha em residir em um dos bairros mais bem localizados de Goiânia.  O residencial terá 200 apartamentos, com duas suítes (65 m²) e três suítes (82 m²).

“Essa tipologia é um grande atrativo para quem sempre sonhou em morar na região do Jardim Goiás, pois lá há uma concentração de um público com poder aquisitivo mais elevado, e uma oferta de apartamentos a partir de 100 m², no mínimo. Trazemos no Biografia Parque Flamboyant um acabamento de primeira linha, mas com o metro quadrado mais acessível. Então, tem tudo para ser mais um sucesso de vendas”, continua Victor.

O lançamento no Jardim Goiás segue a linha do Biografia Parque Cascavel, também da Legado Incorporadora, que vendeu 100% das unidades em apenas 4 horas após o lançamento e ganhou o  Prêmio Master Imobiliário 2025.

Biografia Parque Flamboyant é um exemplo de como o mercado se adaptou às novas demandas de comportamento do morador de grandes centros urbanos
Divulgação

COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS

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