O grupo empreendedor responsável pelo Antares Polo Aeronáutico acaba de firmar uma importante parceria, que promete agregar muito ao projeto do aeroporto privado, que está sendo construído em Aparecida de Goiânia, na Grande Goiânia. O grupo formado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações acaba de contratar a Infraway Engenharia. A empresa é especializada em projetos de infraestrutura de engenharia de alta complexidade nos segmentos aeroportuário, de saneamento, rodoviário e ferroviário, atuando desde as etapas iniciais, como os estudos de viabilidade e conceituais, até o projeto executivo, com acompanhamento da obra e abertura ao tráfego. Com a contratação desse novo parceiro, o futuro aeroporto de negócios ganha um upgrade em seu projeto e toma novas proporções, visando outras perspectivas de mercado, com investimentos a curto, médio e a longo prazo.
Fundada no ano de 2014, a Infraway já atuou em mais de 50 aeroportos brasileiros, na elaboração de projetos, estudos, planos diretores e consultoria técnica. Nos últimos anos, a empresa tem trabalhado intensamente nos estudos de concessão dos aeroportos brasileiros, elaborando para o Governo Federal, estudos de viabilidade técnica para a concessão dos aeroportos da 4ª, 5º, 6ª e 7ª rodada de leilões, totalizando 51 aeroportos, o que envolve uma previsão de investimentos da ordem R$ 25 bilhões. Recentemente, a empresa foi responsável pela elaboração dos Planos de Gestão da Infraestrutura (PGI) e Planos Diretores dos aeroportos de Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Juazeiro do Norte e Campina Grande, pela elaboração dos projetos executivos para as ampliações dos aeroportos de Porto Alegre, Recife, Manaus, Maceió e pela abertura ao tráfego do São Paulo Catarina Aeroporto Executivo.
Expansão econômica, agronegócio e aviação executiva impulsionam o crescimento do setor no País
O mercado de aeronaves no Brasil está em plena ascensão, refletindo o fortalecimento da economia, a expansão do agronegócio e a crescente demanda pela aviação executiva. Dados recentes do setor indicam um aumento significativo na aquisição de aeronaves de pequeno e médio porte, além de uma ampliação no número de operações comerciais e privadas.
A aviação executiva, em particular, tem ganhado destaque como solução para a conectividade em um país com dimensões continentais e infraestrutura aeroportuária limitada em regiões remotas. Empresários e profissionais estão investindo em jatos e helicópteros para otimizar tempo e acessar localidades de difícil alcance.
Os resultados da fabricante de aeronaves Embraer destacam o momento favorável da aviação executiva. A fabricante brasileira entregou 130 jatos ao longo do ano, sendo 44 deles apenas no último trimestre de 2024, reforçando sua importância no mercado global.
O comandante Carlos Fraga, especialista em importação de aeronaves e vendas no mercado interno, destaca o papel do Brasil no cenário internacional. “O Brasil tem se destacado mundialmente pelo grande número de aquisições no mercado global. Somos uma potência altamente reconhecida e estamos sob uma tendência de aumento nos próximos anos, impulsionada por demandas internas e por nossa relevância estratégica.”
O agronegócio também impulsiona o segmento com a utilização de aeronaves para transporte de executivos, insumos e produtos agrícolas. A demanda crescente estimulou empresas de importação e venda de aeronaves a diversificarem seus portfólios e ampliarem serviços de manutenção e personalização, consolidando o Brasil como um dos mercados mais promissores da América Latina.
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) a alta demanda por aeronaves também contribui para manter o crescimento da produtividade nas principais culturas agrícolas do país. Em projeção apresentada no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil em 2024, a Sindag prevê que a frota aeroagrícola brasileira deve ultrapassar 3.000 aviões e helicópteros nos próximos três anos.
“A aviação não é apenas um meio de transporte; ela conecta negócios, encurta distâncias e movimenta a economia. É essencial para a competitividade do agronegócio brasileiro e para o acesso a mercados internacionais.”, ressalta Carlos Fraga.
Especialistas apontam que, além do crescimento econômico, o aumento na acessibilidade a financiamentos e a modernização das aeronaves também têm atraído novos compradores. Segundo a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), o Brasil já possui a segunda maior frota de aviação de negócios do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
A frota de aeronaves desse segmento cresceu 6%, atingindo 10.285 unidades. Apenas no Estado de Goiás são 1.621 aeronaves registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ocupando o 7º lugar no ranking nacional.
Com perspectivas positivas para 2025, o setor de aeronaves promete desempenhar um papel estratégico no desenvolvimento nacional, integrando regiões e acelerando negócios.
E confirmado, número representará novo recorde, batendo os 142 milhões de passageiros registrados em 2019. E Goiás, no chamado segmento da aviação de negócios se destaca como segundo maior polo de manutenção aeronáutica, conforme última edição do Anuário Brasileiro de Aviação Civil
Com uma frota de 20.886 aeronaves, a aviação civil brasileira, que reúne a aviação comercial, aviação geral e a aviação experimental, deve fechar 2024 com 145 milhões de passageiros transportados, o que representaria a superação do recorde registrado em 2019, quando 142 milhões de pessoas voaram dentro do país ou em voos internacionais que partiram do Brasil. O dado constante da mais recente edição do Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil.
A aviação geral ou aviação de negócios é a que tem maior peso dentro da aviação civil brasileira. O segmento responde por 68% de toda frota privada do país
Englobando os segmentos da aviação executiva (aviões de uso particular), serviço de táxi aéreo, serviços aéreos especializados, agro aviação e escolas de aviação, a chamada aviação geral ou aviação de negócios é a que tem maior peso dentro da aviação civil brasileira. O segmento responde por 68% de toda frota privada do país, o que inclui jatos, turboélices, aeronaves convencionais de pistão, helicópteros e drones. Também responde pela maior parte das operações de pousos e decolagens. Para se ter uma ideia, só em 2023, foram mais de 700 mil operações da aviação geral, contra 157 mil realizadas pela aviação comercial convencional, feita pelas grandes companhias aéreas.
Goiás, segundo dados da 9ª e última edição do Anuário Brasileiro de Aviação Civil, divulgado em outubro de 2024 pelo Instituto Brasileiro de Aviação (IBA), é hoje o segundo maior polo de manutenção do Brasil. O estado possui 57 bases de organizações de manutenção (OMs), ficando atrás apenas de São Paulo, com 170 bases. De olho nessa vocação econômica de Goiás para a aviação, potencializada por sua posição geográfica privilegiada no centro do país, a cidade de Aparecida de Goiânia deve se tornar em breve um novo polo aeronáutico de negócios com a construção do Antares Polo Aeronáutico.
Aeroporto executivo Com 209 hectares de área total e localização privilegiada no centro do Brasil, o polo aeronáutico privado está sendo implantado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações. O moderno aeroporto executivo é 100% privado e contará com terminal de passageiros e com toda infraestrutura completa para abrigar negócios de todos os segmentos da aviação geral como: manutenção aeronáutica, voos executivos e táxi aéreo. “Teremos condições de abrigar também indústrias de peças, hangaragem, serviços aéreos especializados, como transporte aeromédico (UTI aérea) estão no foco de atendimento do Antares em sua primeira fase”, explica Rodrigo Neiva, diretor comercial e sócio-empreendedor do polo privado.
Mas ele ressalta que o Antares é um empreendimento com planejamento e perspectivas de curto, médio e longo prazo. “É um mega projeto que ao longo de dez, 20 e até 30 anos poderá se expandir e atender outros segmentos da aviação civil, como até mesmo a aviação comercial”, completa. Em sua primeira fase de construção, o Antares contará com área de embarque e desembarque, além de toda a infraestrutura necessária para a instalação de hangares e serviços ligados à aviação, o que inclui cabeamento em fibra óptica, pavimentação asfáltica de alta qualidade, redes de água, esgoto e elétrica. A poucos minutos da capital federal e a poucas horas de voo de regiões onde estão mais de 60% do PIB do País, o Sudeste e Sul, o Antares terá uma pista de pouso com extensão de dois mil metros e a largura de 30m.
“Além da infraestrutura moderna, um diferencial importantíssimo do Antares é sua localização no centro do país, e para o agro, o ponto estratégico onde estamos é ainda mais relevante, pois estamos no Centro-Oeste, hoje a região que abriga o maior produtor de grãos do País, o estado Mato Grosso, e fazemos divisa com a mais nova fronteira agrícola do país, que é a região do Matopiba”, saliente Rodrigo Neiva.