As estatísticas mostram que os homens morrem mais cedo: de cada três mortes, duas são de homens. Os óbitos de homens são mais elevados que os das mulheres em todas as faixas etárias, menos acima dos 80 anos, porque dificilmente eles chegam a essa idade. Segundo dados do IBGE, os homens brasileiros vivem em média 7,1 anos menos que as mulheres e uma das principais causas desse quadro é o fato de serem mais negligentes nos cuidados relacionados à saúde.
Em geral, os homens acham que nunca vão adoecer, fazem diagnóstico tardio de doenças graves, não seguem o tratamento recomendado, estão mais expostos aos acidentes de trabalho e trânsito, usam álcool e drogas em maior quantidade e não praticam atividade física com regularidade.
Essa resistência dos homens em procurar ajuda médica é devida a causas sociais, e em parte, ao machismo ainda muito presente na sociedade. Uma das faces desse comportamento é o mito da infalibilidade masculina. Ir ao médico é uma situação em que o homem corre o risco de se ver frágil e receber um diagnóstico que pode abalar a impressão de invencibilidade. No meu consultório, é comum atender homens que só foram à consulta pela insistência de uma mulher, seja a esposa, a mãe ou a filha. E muitos pacientes só decidem procurar atendimento quando apresentam sintomas graves.
Vale ressaltar que o diagnóstico tardio das doenças compromete a qualidade de vida e as possibilidades de cura.
Se os homens tentam ficar longe de consultas relativas à saúde do corpo, no caso da saúde mental o cenário é ainda pior.
A maioria tenta fazer compensações para lidar com os problemas antes de, efetivamente, reconhecerem que precisam de ajuda profissional. Frequentemente o álcool e o cigarro são usados como válvulas de escape para os problemas emocionais, o que só agrava o cenário, já que o uso abusivo de álcool e o tabagismo, além de trazerem problemas familiares e sociais, são causadores de várias doenças físicas, entre elas o câncer.
Neste novembro azul, em que o foco, mais uma vez, é a prevenção ao câncer de próstata, deixo o meu alerta para a necessidade urgente de atenção à saúde masculina.
Esse tipo de câncer atinge, em média, um em cada seis homens e, no Brasil, é o segundo mais letal. Entretanto, se for diagnosticado no início, o câncer de próstata tem tratamento e cura. Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas, por isso é muito importante que homens com mais de 40 anos consultem um especialista para os exames de rotina e avaliação da sua saúde como um todo.
Para prevenir o aparecimento do câncer de próstata e outras doenças, é fundamental também adotar um estilo de vida mais saudável, optar por alimentação equilibrada, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, praticar atividade física e cuidar da saúde mental.
Alcançar longevidade, com qualidade de vida, depende muito da nossa atitude.
Com três anos e dois de gestão do HMAP, houve redução da fila de espera por cirurgias e a introdução de tecnologias de ponta no cuidado com os pacientes, como a cirurgia robótica
Agora, unidade assume oficialmente também a gestão definitiva do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO), em Goiânia
Ao longo dos últimos três anos, o Hospital Israelita Albert Einstein tem contribuído com avanços significativos na saúde pública e privada do Centro-Oeste brasileiro, especialmente em Goiás. Nesse período, após a inauguração do Einstein Goiânia e o início da gestão do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), a organização tem promovido um impacto positivo na vida da população ao combinar tecnologia de ponta, práticas de gestão eficientes e o compromisso com a humanização, além da capacitação de profissionais da região. Desde 2021, já foram realizadas mais de 15 mil cirurgias, 20 mil atendimentos no pronto-socorro, 113 mil consultas e 1,3 milhão de exames.
“Já é possível notar o impacto do Einstein em todo o sistema de saúde goiano, público e privado, e isso vem do nosso compromisso com a excelência e com a eficiência, ao implementar tecnologias e inovações que melhoram a vida das pessoas e que reduzem os custos com saúde”, diz Sidney Klajner, presidente da organização.
O Einstein Goiânia, inaugurado há três anos, foi a primeira unidade do Einstein fora de São Paulo. Com 18.000 m², o hospital conta com pronto-atendimento 24 horas, unidades de terapia intensiva (UTI), pediatria, hemodinâmica, oncologia e hematologia, incluindo transplante de medula óssea. Em 2022, foi implementada na unidade a primeira plataforma de cirurgia robótica de Goiás, com a qual já foram realizadas mais de mil cirurgias. Esse marco tecnológico possibilita procedimentos complexos ao combinar a precisão dos robôs com a experiência dos cirurgiões, reduzindo complicações e o tempo de recuperação dos pacientes. A cirurgia robótica no Einstein Goiânia tem se destacado especialmente no tratamento de doenças da próstata, e também em procedimentos ginecológicos, torácicos e do aparelho digestivo.
“Capacitamos centenas de profissionais para atuar neste modelo de cirurgia, pois sabemos que, quando indicada, promove mais segurança para o paciente, com cortes precisos e menores chances de complicação, como infecção e sangramento. Além disso, exige um menor tempo de internação, o que impacta no giro de leitos e na sustentabilidade do sistema como um todo”, afirma Felipe Piza, diretor médico do Einstein Goiânia e do HMAP.
Outro importante marco foi a inauguração, no final de 2023, de um centro de ensino que realiza cursos de pós-graduação nas áreas de saúde e administração hospitalar, além de diversos cursos de curta duração. Entre os programas ofertados estão Gestão em Saúde, Cuidados Paliativos, Excelência Operacional – Lean Six Sigma, Terapia Intensiva, Cardiologia e Emergências Pediátricas. Atualmente, são 25 cursos de pós-graduação e de curta duração com inscrições abertas para as próximas turmas.
Também em 2023, a organização inaugurou a Unidade da Inovação em Goiânia, no mesmo prédio onde fica o hospital, com o objetivo de apoiar e desenvolver novas tecnologias que possam beneficiar o setor de saúde na região. Um dos focos são tecnologias com uso de inteligência artificial, onde as soluções possam auxiliar desde o diagnóstico de doenças, até melhorar a experiência do paciente. Atualmente, três projetos estão em andamento: dois em desenvolvimento, o primeiro focado na identificação automatizada de problemas relacionados ao coração, e o segundo no monitoramento de apneia em bebês durante a internação; e um em fase de implementação, voltado para a avaliação com feedback em tempo real sobre a qualidade da lavagem das mãos das equipes médicas e multidisciplinares no centro cirúrgico.
O serviço de pediatria chegou em março de 2024, com atendimento integrado e multiprofissional de casos de baixa e alta complexidades. A humanização no cuidado. com ações como o uso de capa de super-herói no centro cirúrgico e a entrega de um certificado de coragem para o paciente após um exame, é um diferencial que proporciona um ambiente acolhedor e seguro para as crianças e suas famílias.
Gestão inovadora e eficiente
Desde que assumiu a gestão do HMAP, em junho de 2022, o Einstein implementou um modelo de gestão que aprimorou a qualidade e segurança do cuidado e, ao mesmo tempo, otimizou recursos. Como resultado, nos primeiros seis meses de gestão, as filas de UTI da unidade foram reduzidas e a capacidade de atendimento dos leitos, dobrada. Já a fila para cirurgias eletivas foi eliminada em menos de um ano, feito alcançado graças a iniciativas como mutirões cirúrgicos, que priorizaram demandas urgentes, como cirurgias ortopédicas e urológicas.
Além disso, o tempo de permanência dos pacientes no hospital foi reduzido de 9,5 para 5 dias. No primeiro mês de operação (junho), foram dadas 218 altas hospitalares; em novembro, foram 907 – o quádruplo. Em relação à mortalidade, em junho de 2022 a taxa era de 15,3%. Seis meses depois, em novembro de 2022, a taxa já havia caído para 3,6%. Em junho de 2022, o HMAP contava com cerca de 2.657 pacientes/dia internados. Em junho de 2023, a unidade chegou a 5.090 pacientes/dia. Já a meta de reinternações da unidade, que é de, no máximo, 20%, nunca chegou a 10%, desde o início da gestão Einstein.
A hemodinâmica foi outra importante conquista no HMAP. A área é responsável por realizar técnicas cirúrgicas minimamente invasivas para diagnosticar e tratar doenças que afetam coração, cérebro e outros órgãos. Em especial, houve ganho considerável no tratamento de pacientes com infarto: em 2023, foram feitos 2.593 procedimentos, número 5,6 vezes maior que o de 2022.
Um dos desdobramentos de maior eficiência na hemodinâmica do HMAP é o projeto Supra, que propõe a identificação precoce via inteligência artificial de sintomas de infarto com supradesnível do segmento ST, uma síndrome coronariana aguda que bloqueia o fluxo sanguíneo para o músculo do coração. “A rapidez e assertividade da atuação da equipe no manejo do paciente define como será a qualidade de vida do doente no pós-operatório e é por isso que o projeto é tão importante”, destaca Felipe Piza.
O modelo de gestão implementado pelo Einstein em sua unidade de Goiânia e no HMAP não só melhorou os serviços hospitalares, mas também influenciou positivamente todo o ecossistema de saúde da região. Em Aparecida de Goiânia, por exemplo, a taxa de ocupação do hospital aumentou de 50% para mais de 70%, refletindo um maior aproveitamento dos recursos disponíveis e uma resposta mais eficaz às necessidades da população. Entre 2022 e 2023, o número de cirurgias no HMAP saltou de 2.147 para 7.506, enquanto os atendimentos no pronto-socorro aumentaram de 354 para 2.162, um crescimento de 510,7%. Além disso, a capacidade de realização de exames mais que dobrou, passando de 226.092 para 463.133.
Do total de pacientes atendidos pelo HMAP, considerando o período de julho de 2023 a junho de 2024, 83% das internações são de moradores de Aparecida de Goiânia. Em relação ao atendimento ambulatorial, esse número sobe para 95% dos atendimentos.
De acordo com Sidney Klajner, todos esses resultados são fruto de uma gestão que integra tecnologia, qualidade e humanização. “A sinergia entre os serviços público e privado permite que inovações e melhores práticas sejam compartilhadas, para que o paciente no serviço público possa absorver todas as inovações e melhores processos da parte privada, beneficiando assim toda a comunidade. O impacto positivo na saúde da população do Centro-Oeste é um testemunho do compromisso contínuo da organização em promover melhorias sustentáveis e inovadoras no sistema de saúde brasileiro”, conclui.
Novo desafio
Agora, se soma a essa trajetória a gestão do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO). A administração do Einstein na unidade começou emergencialmente em junho e tornou-se definitiva no mês de agosto.
O contrato assinado com o Governo de Goiás tem duração de no mínimo três anos. O Einstein assumiu o HUGO com aproximadamente 60% de ocupação – hoje, a unidade já opera com 90%. Desde o início do contrato emergencial, a organização vem priorizando adequações urgentes de infraestrutura, higienização, melhorias nos protocolos de atendimentos e da operação em geral, garantindo, ao mesmo tempo, a continuidade do cuidado de cada paciente com qualidade e segurança.
Desde 4 de junho, já foram realizadas mais de 3.644 cirurgias. Ao todo, foram mais de 8.833 pacientes atendidos na emergência, mais de 10.464 consultas ambulatoriais e 3.713 saídas hospitalares. Ao mesmo tempo, foram implementadas medidas relacionadas à eficiência operacional, como adequações físicas e a revisão e otimização de processos para o cuidado com o paciente.
Com o anúncio do Governo de Goiás, no final do mês de agosto, de um plano de investimento de 100 milhões de reais para a unidade de saúde, serão feitas obras para a adequação de ambientes como Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e a Central de Material Esterilizado (CME), além da finalização da UTI 5, que começou a ser construída em 2022.
Além disso, serão feitas reformas no centro cirúrgico e no heliponto, adequações nas instalações elétricas e do sistema de combate a incêndios, implementação de uma sala de hemodinâmica, entre outras iniciativas. As obras permitirão ainda a instalação, no pronto-socorro, de uma tomografia que será doada pelo Einstein, melhorando o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC.
No dia 11 de outubro, o mundo se une para abordar a obesidade, uma grave crise de saúde pública. O cirurgião bariátrico Thiago Becker destaca que essa condição vai além da estética, gerando complicações sérias como diabetes e doenças cardiovasculares. Com um aumento de 67,8% nos casos de obesidade no Brasil entre 2006 e 2018, a conscientização é urgente. Dr. Becker enfatiza a necessidade de educar adultos e crianças sobre hábitos saudáveis. A cirurgia bariátrica pode ser uma solução, mas requer mudanças de estilo de vida e suporte psicológico. Avanços tecnológicos têm tornado os procedimentos mais seguros e a recuperação mais rápida, oferecendo novas esperanças aos pacientes.
O médico dermatologista especialista em tricologia e transplante capilar, o renomado Dr. Domingos Sávio Coelho, recebeu em seu consultório a cantora Maiara para dar continuidade aos seus tratamentos capilares