Elpidio Fiorda
Ziriguidum do D9 – Resumo de 3ª Feira, 15.03.2022
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Resumo de terça, 15 de março de 2022
Edição de Chico Bruno
Manchetes
Valor Econômico – Guerra joga mais incerteza sobre fusões e aquisições
O GLOBO – Proposta para baixar gasolina gera impasse entre Planalto e Guedes
O ESTADO DE S.PAULO – Isenção de impostos da gasolina pode gerar rombo de R$ 27 bilhões
CORREIO BRAZILIENSE – Preço da gasolina coloca a Petrobras no olho do furacão
FOLHA DE S.PAULO – Delação da Ecovias atinge PSDB, PT e União Brasil em SP
Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia
As incertezas da guerra – A guerra da Ucrânia começa a ter reflexos nas operações de fusões e aquisições (M&As, na sigla em inglês) no Brasil, segundo bancos de investimentos e escritórios especializados. Nos primeiros 20 dias de conflito não houve negócios cancelados, mas sim reavaliações de preços dos ativos à venda, sobretudo nas áreas de petróleo, gás e commodities agrícolas, que se valorizaram. No fim de janeiro, quando a questão da Ucrânia ainda era uma tensão geopolítica, a Petrobras e a Eneva encerraram, sem acordo, as negociações para a venda do Polo de Urucu, que pertence à estatal, na Bacia do rio Solimões, no Amazonas. O Valor apurou que a alta do petróleo foi crucial. Quando a Eneva começou a negociar, em fevereiro de 2021, o preço do barril do Brent estava em US$ 40. Em janeiro chegou a US$ 90. Ontem, o barril encerrou a quase US$ 107. Investidores russos que prospectam negócios no país também podem ter de rever suas estratégias. No mês passado, a russa Acron anunciou acordo com a Petrobras para comprar uma unidade de fertilizantes em Três Lagoas (MS), mas o mercado ainda aguarda o desfecho das negociações. Companhias russas podem ter dificuldade para obter liquidez e realizar pagamentos entre bancos internacionais. Ativos de gás também devem passar por reavaliação de preços. Já valorizados antes da guerra, projetos de energia renovável devem seguir atraindo investidores, sobretudo estrangeiros. Mas, de acordo com um banqueiro de investimento, dois clientes que fechariam negócios neste semestre, para evitar a volatilidade da eleição, decidiram adiar, mesmo que fiquem para 2023.
Imposto zero – O plano do governo de zerar o PIS/Cofins da gasolina encontra resistência na equipe econômica, que defende a medida apenas se o barril de petróleo bater US$ 140 — ele bateu US$ 130 na semana passada e ontem fechou em US$ 106. O corte de impostos federais sobre a gasolina, que correspondem a R$ 0,69 por litro, teria um impacto de R$ 30 bilhões nas contas públicas. Em ano eleitoral, o governo já havia eliminado o PIS/Cofins do diesel e do querosene de aviação. O Ministério Público, junto ao TCU, quer que a Corte investigue o presidente Bolsonaro por interferência na Petrobras ao criticar a política de preços da estatal.
Mais um rombo à vista – O presidente Jair Bolsonaro, ao defender a suspensão dos tributos sobre a gasolina, deixou claro que, em busca da reeleição, não vai seguir a orientação da equipe econômica de evitar uma desoneração indiscriminada dos combustíveis após o reajuste de preços da semana passada. O Ministério da Economia, que calcula que a isenção da gasolina poderá custar R$ 27 bilhões em arrecadação, avalia que a medida é pouco eficiente e embute o risco de permanência mesmo após o fim da guerra na Ucrânia. O Ministério prefere conceder subsídios para a população mais pobre via programa Auxílio Brasil e bolsa-caminhoneiro. O Congresso já aprovou a desoneração do diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação, ao custo de R$ 20 bilhões.
Olho do furacão – Depois de Bolsonaro e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ontem foi a vez de a Petrobras se tornar alvo de críticas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devido ao megaaumento de até 24,9% no preço dos combustíveis. Ele lembrou que a companhia tem “função social”. Sob pressão do Planalto, o ministro Paulo Guedes admitiu subsidiar o valor do diesel, mas só em caso de calamidade, se a guerra se prolongar. Inconformados com os aumentos, caminhoneiros recorreram à Justiça pedindo o fim da paridade de preço de importação, adotada pela Petrobras. Pela previsão do mercado, o megarreajuste terá impacto de quase um ponto percentual na inflação deste ano.
Pedágio eleitoral – Uma delação premiada feita por representante da concessionária Ecovias atinge políticos de grandes partidos, como PSDB, PT e União Brasil, com implicações para um tema sensível nas eleições deste ano ao Governo de São Paulo. As acusações envolvem a concessão responsável pelas rodovias Anchieta e Imigrantes, ligações da capital do estado com o litoral sul e que abrigam as praças de pedágios com a tarifa individual mais alta do estado: R$ 30,20 para carros. O valor cobrado dos motoristas na malha rodoviária paulista é alvo de seguidos embates políticos ou eleitorais desde a década de 1990, quando os primeiros contratos foram firmados, inclusive com a Ecovias, pelo governo Mario Covas (PSDB). Desta vez, a discussão pode ser ampliada pelo conteúdo da delação da concessionária, que levou ao Ministério Público Estadual relatos de pagamento de propina e caixa dois para políticos paulistas em 1999 e 2014, conforme trecho ao qual a Folha teve acesso. Entre os nomes citados estão o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), e os atuais deputados estaduais Edmir Chedid (União Brasil), Roberto Morais (Cidadania) e Luiz Fernando (PT), além de ex-deputados que se notabilizaram por críticas às concessões paulistas. Pelo acordo de delação, a Ecovias aceita ressarcir R$ 650 milhões aos cofres paulistas. O nome do executivo da concessionária que listou as acusações é mantido em sigilo. A delação está inserida em investigações espalhadas nas esferas eleitoral, cível e criminal —neste último caso, porém, parte das acusações já prescreveu. Em 2020, a Ecovias assinou acordo cível com a Promotoria paulista em que afirma ter havido formação de cartel, pagamento de propinas e repasses de caixa dois em 12 contratos de concessão rodoviária firmados em São Paulo.
Luna na linha de fogo – A disparada dos preços dos combustíveis — acentuada com os reajustes de 18,7% na gasolina; 24,9%, no diesel; e 16%, no gás de cozinha, anunciados na semana passada — colocou a Petrobras na mira de múltiplos ataques. Do presidente Jair Bolsonaro ao Congresso, passando por entidades de classes e pré-candidatos ao Planalto, a pressão é grande sobre a empresa. Em meio à saraivada de críticas, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) saiu em defesa do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna — cuja demissão é avaliada por Bolsonaro —, e da empresa. Mourão enfatizou a determinação do dirigente da estatal. “Silva e Luna é resiliente, sempre foi. Como bom nordestino, aguenta pressão”, frisou, na chegada ao Palácio do Planalto. Ele se referiu ao fato de o general ser pernambucano de Barreiros. Para o vice-presidente, seria um erro a eventual interferência na política de valores dos combustíveis adotada pela Petrobras. “Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa, e o término sempre vai ser uma bagunça”, frisou.
Não adianta tirar o general – Mesmo com toda a confusão e reclamações do presidente Jair Bolsonaro a respeito do preço dos combustíveis, os mais próximos do chefe do Executivo consideram que trocar o presidente da Petrobras, o general Silva e Luna, não resolverá o problema. A alta do dólar que, certamente, viria nesse momento, por causa da troca na empresa, seria mais um fator para elevar o valor dos combustíveis na bomba.
PP desfaz parceria de 14 anos com o PT-BA – O PP decidiu desembarcar da gestão do governador Rui Costa (PT) na Bahia. Vice-governador do estado, João Leão entregou, ontem, uma carta ao petista na qual pede exoneração do comando da Secretaria de Planejamento (Seplan). Outros secretários do partido devem fazer o mesmo, e a sigla vai traçar um cronograma para entrega de cargos no segundo e terceiro escalões. A tendência é Leão selar aliança com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil). O vice-governador deve ser candidato ao Senado na chapa de ACM Neto, que fez o convite a ele na semana passada. Com a saída do PP do governo baiano, chega ao fim uma parceria de 14 anos do partido com o PT — cuja base perdeu quatro deputados federais (Cláudio Cajado, Cacá Leão, Ronaldo Carletto e Mário Negromonte Junior) e oito estaduais (Nelson Leal, Eduardo Salles, Antônio Henrique Jr, Robinho, Luiz Augusto, Niltinho, Aderbal Caldas e Dal). “Após amplo debate e consultas às lideranças progressistas, decidimos, por unanimidade, nos afastar da aliança atual e buscar outros caminhos onde possamos continuar trabalhando pelo povo baiano (…). Quero ressaltar que nos 14 anos de aliança com os governos do PT, jamais faltou da nossa parte lealdade, dedicação, apoio parlamentar e espírito público”, disse Leão, em nota que justificou o rompimento.
PSDB luta para manter Leite – O PSDB ainda luta para manter o governador gaúcho Eduardo Leite em seus quadros. De acordo com fontes do próprio partido, há a possibilidade até mesmo de um acordo para que ele seja apresentado como o nome da legenda para a corrida presidencial, substituindo o governador de São Paulo, João Doria — que, apesar de ter vencido as prévias, no ano passado, vem apresentando um modesto resultado nas pesquisas de intenção de votos. A ideia não é somente evitar que Leite troque o ninho tucano pelo PSD, mas que seja lançado à corrida presidencial pelo partido de Gilberto Kassab e mostre mais consistência eleitoral do que Doria. O deputado federal e presidente do PSDB-RS Lucas Redecker se reunirá com o governador nos próximos dias para ter uma conversa que classificou como definitiva.
Trio forte deixa Paulo Guedes sob pressão – Quando a Presidência da República, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados se unem em torno de uma causa, é difícil perder a briga. A máxima, sempre dita em conversas políticas, vale, agora, para a crise do preço dos combustíveis e deixa claro, na avaliação de muitos, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não terá grande poder de manobra para evitar o subsídio governamental voltado a segurar os preços dos combustíveis. A análise dos políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro é de que, se a guerra perdurar, terá de haver o subsídio para que os preços não subam ainda mais, comprometendo de vez o controle da inflação, o que atinge todos os brasileiros. E quanto mais próximo da eleição, mais a área econômica será pressionada nesse sentido e terá de arrumar dinheiro para atender a essa demanda. O preço dos combustíveis é, hoje, a maior preocupação do Planalto.
Marielle: após 4 anos, quem a queria morta? – Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes? A pergunta continua sem resposta quatro anos depois dos assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro e do motorista que trabalhava para ela. O crime, cometido no bairro do Estácio, região central da capital fluminense, até o momento não condenou ninguém. O sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa e o também ex-PM Élcio de Queiroz — o primeiro apontado por ter feito os disparos que mataram a vereadora e o segundo de dirigir o carro usado no assassinato —, estão sob custódia desde 2019. Até hoje não foram encontrados a arma e o carro usado no crime. Ronnie e Élcio serão levados a júri popular, onsiderando situação de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe — emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas. O julgamento, porém, permanece sem data marcada. Depois de 1.462 dias — contagem feita pelo site do Instituto Marielle Franco —, as investigações do crime deram poucas respostas. Pior, as apurações são repletas de fatores incomuns: cinco delegados já estiveram no comando das investigações; além disso, as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile abandonaram, voluntariamente, a forçatarefa que apurava o caso, em julho de 2021, por motivo de “risco de interferência externa”. À época procuradora-geral da República, Raquel Dodge pediu, em 2019, a ederalização do crime argumentando que, 18 meses depois dos assassinatos, a polícia carioca não dera respostas satisfatórias sobre o episódio. Mas, no ano seguinte, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido e manteve as apurações no Rio de Janeiro.
TCU inabilita Sérgio Gabrielli – Um dos principais aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli não participará de um eventual governo do petista, ao menos no que depender o Tribunal de Contas da União (TCU). No dia 9, a Corte o inabilitou para o exercício de cargos em comissão e funções de confiança federais por oito anos. Ele, mais seis pessoas e quatro empreiteiras, entre elas a Camargo Corrêa, foram responsabilizados por prejuízos entre 2008 e 2014 na Repar, a refinaria do Paraná, e condenados a ressarcir R$ 704 milhões à estatal, em apuração decorrente da Lava Jato. O valor ainda será corrigido. Embora sem participação direta nas obras tidas como superfaturadas, Gabrielli foi considerado conivente com irregularidades. Procurado, Gabrielli disse que irá recorrer da decisão ainda no TCU e na Justiça. “Decisão arbitrária, que não tipifica uma acusação individual a mim. A tipificação em relação à minha pessoa é absolutamente genérica”, afirma.
Datena confirma candidatura ao Senado na chapa de Garcia – O apresentador José Luiz Datena bateu o martelo pela candidatura ao Senado na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB), descartando a pequena possibilidade que ainda havia de sair para vice-governador. Ele diz também que recusou as investidas do presidente Jair Bolsonaro (PL), do ministro Tarcísio Gomes (Infraestrutura), do presidente do PSD, Gilberto Kassab, e do presidenciável Ciro Gomes (PDT). “Recebi vários convites, fiquei lisonjeado com todos eles. Sou um crítico do governo Bolsonaro, e o Tarcísio me convidou para ser senador. Sou crítico do governo Doria, e o Rodrigo me convidou também. Se as pessoas que eu critico me convidaram, é porque estou fazendo algo certo, estou do lado do povo”, disse Datena ao Painel. Ele deverá concorrer pelo União Brasil, sucessor do antigo PSL, ao qual era filiado.
Governo diz que não bancou ida de Carlos Bolsonaro à Rússia – O governo de Jair Bolsonaro (PL) informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que não houve gastos com a ida do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) à Rússia no mês passado. O filho do mandatário acompanhou a comitiva presidencial, ainda que não tenha cargo na gestão federal. A informação foi enviada nesta segunda-feira (14) ao ministro Alexandre de Moraes, relator no STF do inquérito sobre a atuação de uma milícia digital voltada a ataques contra a democracia. Não foi indicado, porém, como as despesas de transporte, hospedagem e consumo do vereador carioca foram custeadas. A viagem ocorreu entre os dias 14 e 17 de fevereiro. Perguntas sem resposta – Por que Carlos Bolsonaro integrou à comitiva presidencial na Rússia? Quem custou a ida de Carlos à Rússia? O que Carlos fez durante a viagem? O governo disse que tratou de fertilizante durante a viagem. Por que a ministra responsável pelo tema não estava presente?
Repressão de Putin e sanções levam milhares de russos a buscar o exílio – Dezenas de milhares de russos fugiram para Istambul desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no mês passado, indignados com o que consideram uma guerra criminosa, preocupados com o recrutamento, a possibilidade de uma fronteira fechada ou com o fato de seus meios de subsistência não serem mais suficientes. E eles são apenas a ponta do iceberg. Outras dezenas de milhares viajaram para países como Armênia, Geórgia, Usbequistão, Quirguistão e Casaquistão, que normalmente mandam imigrantes para a Rússia. Embora nem se compare ao êxodo de 2,8 milhões de ucranianos, muitos equiparam a fuga de russos à ocorrida em 1920, quando mais de 100 mil opositores dos bolcheviques, durante a guerra civil, partiram para a então Constantinopla. “Nunca houve algo assim antes em tempos de paz”, disse Konstantin Sonin, economista russo da Universidade de Chicago. “Não há guerra em território russo.” “Eles não apenas tiraram nosso futuro”, disse Polina Borodina, dramaturga de Moscou que fugiu para a capital turca. “Eles tiraram nosso passado.” A velocidade e a escala da guerra refletem a mudança tectônica que a invasão desencadeou na Rússia.
Partidos preveem disputas estaduais com ‘traições consentidas’ – Líderes e dirigentes dos partidos envolvidos na disputa presidencial deste ano preveem uma campanha marcada por “traições consentidas” aos seus futuros candidatos e avaliam que será impossível criar mecanismos para garantir, nos Estados, a lealdade aos palanques nacionais. A leitura do mundo político é de que a proibição das coligações proporcionais, a cláusula de barreira e a polarização consolidada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) resultaram em um descolamento mais acentuado das candidaturas regionais dos postulantes ao Palácio do Planalto. “Não é um fenômeno novo, mas neste ano está mais antecipado e acentuado. Como ninguém (além de Lula e Bolsonaro) fura a barreira dos 10% (nas pesquisas de intenção de voto), os partidos já trabalham com a lógica de segundo turno. Com a cláusula de barreira e o financiamento público de campanha, o tamanho da bancada passou a ser vital. Ninguém quer ver seu partido minguar nos Estados”, disse o cientista político Vitor Marchetti, professor da Universidade Federal do Grande ABC. Estacionados nas pesquisas de intenção de voto, os pré-candidatos da chamada terceira via são os mais vulneráveis e já admitem que seus partidos vão fazer vista grossa para eventuais traições nos Estados.
Controle da comunicação gera disputa interna no PT – A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto enfrenta uma disputa de bastidores pelo comando da comunicação. De um lado está o coordenador da área na equipe de Lula, Franklin Martins, e, de outro, o secretário do PT, Jilmar Tatto. Os dois protagonizam divergências sobre como conciliar a propaganda de Lula e do partido na corrida presidencial. A ordem do marketing da campanha é investir na marca Lula, e não na imagem do PT, uma vez que o ex-presidente diz ser pré-candidato de “um movimento para reconstruir a democracia”. É com esse mote que Lula, favorito nas pesquisas, tenta atrair aliados e montar uma frente contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que vai concorrer à reeleição. Ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no segundo governo Lula, de 2007 a 2010, Franklin quer ter o controle sobre todas as ações envolvendo o ex-presidente. Tatto, por sua vez, reclama de interferência e exige autonomia para administrar as redes sociais, a TVPT – canal do partido no Youtube –, a rádio e o aplicativo da sigla. A principal novidade sob sua direção, no momento, é o podcast para evangélicos, previsto para ser lançado neste mês com o pastor Paulo Marcelo. O PT repassou à equipe de Franklin três trabalhos que estavam a cargo da comunicação do partido: o monitoramento do que é falado sobre Lula e a legenda nas redes sociais, a plataforma de denúncias sobre fake news e o site do ex-presidente. Antes, os dados eram enviados ao Diretório Nacional, a parlamentares e ao núcleo da campanha. O Estadão apurou que Franklin considerou as informações estratégicas e decidiu que deveriam ficar apenas com sua equipe. A decisão desagradou a Tatto. Em conversas reservadas, dirigentes afirmaram que não há “dois dinheiros”, um para fazer serviço para Lula e outro para o partido. O trabalho de monitoramento é pago com o Fundo Partidário. Na avaliação de petistas, contratar duas análises seria fazer o mesmo serviço duas vezes, já que Lula e o PT estão vinculados. Neste ano, o PT receberá R$ 594,4 milhões de recursos públicos, incluindo o fundo eleitoral.
Assédio do PL tira deputados do PP em SP – O avanço do PL sobre parlamentares da base de Bolsonaro tem deixado lacunas e até mesmo abismos em outros partidos. O Progressistas do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em São Paulo, por exemplo, vive uma debandada. Três dos quatro deputados da bancada paulista deixaram ou estão para sair do partido nesta janela partidária, restando apenas o presidente estadual, Guilherme Mussi, que não deve concorrer à reeleição. A legenda negociava a filiação de Eduardo Bolsonaro e de Carla Zambelli, ambos ainda no União, puxadores de votos bolsonaristas, para reforçar o PP. No entanto, as conversas esfriaram e a ida dos dois para o PL é dada como certa nos bastidores da sigla do presidente. Ricardo Izar foi o primeiro deputado paulista a deixar o PP e se mudar para o Republicanos. Já Fausto Pinato está para selar sua ida para o União Brasil. Por fim, Guilherme Derrite deve ir para o PL. O PP em São Paulo deve apostar suas fichas no deputado estadual Coronel Telhada para a Câmara Federal. À Coluna, Mussi diz que já era esperada uma reformulação dos quadros e que deve filiar de dois a três deputados nas próximas semanas.
Moraes dá cinco dias para que Ministério informe sobre extradição – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou informações do Ministério da Justiça a respeito do processo de extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e deu cinco dias para que a pasta preste informações sobre o procedimento. Em outubro, Moraes determinou a prisão preventiva do blogueiro além de ordenar, ao Ministério da Justiça, início imediato do processo de extradição. Até agora, no entanto, o processo não foi concluído. “Oficie-se ao Secretário Nacional de Justiça para que, no prazo de 5 (cinco) dias, informe acerca do andamento do pedido de extradição de ALLAN LOPES DOS SANTOS, investigado nestes autos, incluídas informações acerca das medidas adotadas no âmbito do Ministério da Justiça para a sua efetivação junto ao Governo dos Estados Unidos. Publique-se. Brasília, 11 de março de 2022”, diz o documento, que veio a público nesta segunda-feira. A Secretaria Nacional de Justiça é comandada atualmente por José Vicente Santini, amigo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em novembro de 2021, a Polícia Federal chegou a comunicar o Supremo que apurava uma suposta tentativa de interferência de Santini no processo de extradição do blogueiro.
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Elpidio Fiorda
Antares amplia pista e área de pátio para atender e-commerce e se tornar aeroporto público privado
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3 anos agoon
abril 14, 2022Empreendimento que está construído em Aparecida de Goiânia irá atender também à demanda da aviação regional, com pista de pouso ampliada para receber aeronaves de maior porte, dentre outras melhorias
O Conselho Administrativo do Antares Polo Aeronáutico definiu uma série de melhorias para a ampliação do empreendimento que está sendo construído em Aparecida de Goiânia (GO). O objetivo do plano de expansão é atender à demanda do e-commerce, que necessita de áreas para construir galpões e realizar a parte logística de armazenagem e distribuição de produtos. Com a ampliação, o Antares – primeiro polo aeronáutico do Centro-Oeste -, irá tornar-se um aeroporto público privado, ampliando a capacidade operacional.
O foco do planejamento de expansão do Antares é oferecer mais opções de conectividade aérea e fomentar a aviação regional, que deverá ser beneficiada com o novo decreto que o governo pretende editar para liberar voos comerciais em aeródromos.
“Passamos por um momento de modernização na aviação brasileira, que tem muito potencial para crescer ainda mais. Num universo de mais de 5.600 municípios brasileiros, somente pouco mais de 100 são atendidos por voos regulares da aviação comercial, deixando aproximadamente mais de 5 mil cidades fora dessa rota aérea”, disse Rodrigo Bernardes Neiva, Diretor Comercial do Antares.
Segundo o executivo, a aviação regional carece de incentivos para crescer, pela falta de terminais aéreos e voos domésticos para regiões mais afastadas dos grandes centros. “O Antares visualiza um mercado pouco explorado e oferece estrutura de ponta para esses negócios”, disse.
Melhorias no aeroportoNa prática, a pista de pouso manterá sua extensão de 1,8 quilômetro, mas será mais larga passando 30m para 45m de largura, o que possibilitará a operação de aeronaves de maior porte. Já o PCN (Número de Classificação do Pavimento) passa de 30 para 43. Esse é um cálculo que avalia a condição estrutural das pistas de pouso e decolagem em aeroportos, para assegurar a integridade da pista e segurança operacional das aeronaves. Outra mudança no projeto é sobre o pátio de aeronaves que de seus atuais 11 mil m², agora pode ter sua área ampliada para até 22 mil m², conforme a demanda. Em algumas quadras a largura das calçadas também será maior, passando de 7,5m para 12,5m.
O aeroporto será capaz de receber voos em VFR (Regras de Voo Visual), podendo chegar à IFR sem precisão. O VFR é quando o piloto tem de manter uma distância pré-determinada de nuvens e deve manter-se em áreas com um mínimo de visibilidade, ou seja, consegue controlar visualmente a altitude das aeronaves. Com essas mudanças, o aeroporto do Antares Polo Aeronáutica terá capacidade para receber aeronaves de grande porte, como por exemplo, um Boing 737 800.
Já o IFR sem precisão são Regras de Voo Por Instrumento. Nesse sistema, o piloto é capaz de conduzir a aeronave orientando-se pelos instrumentos de bordo, ao invés de guiar-se por referências visuais exteriores à aeronave.
O projeto do Antares será construído em cinco fases. A primeira etapa deve ser concluída em 2024 e prevê a entrega da pista de pouso, área de embarque e desembarque e 72 lotes entregues de 1.000m² a 1.500 m² de área, com toda a infraestrutura necessária, como energia elétrica, sistema de abastecimento de água, pavimentação asfáltica e área fechada com portaria monitorada. Para quem precisa de um terreno maior, o Antares possui áreas com mais de 100 mil m² disponíveis.
Os proprietários de áreas no Antares Polo Aeronáutico ainda contará com 100% de segurança jurídica e patrimonial, e já recebe o lote com escritura. O Antares oferece 20 anos de incentivos fiscais no Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (ITU) e no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Sobre o AntaresO Centro-Oeste concentra grande parte da movimentação da aviação executiva no Brasil e o Antares quer absorver parte dos 63 mil pousos e decolagens realizados na região todos os anos.
Capitaneado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e a RC Bastos Participações, o empreendimento vai ocupar uma área de 209 hectares e deve atrair empresas de táxi-aéreo, serviços aeromédicos, manutenção em aviões, logística, operadoras de aviação regional, aviação agrícola, hangaragem e escolas para formação de pilotos. A expectativa é atrair também empresas para a estrutura de apoio do polo aeronáutico com comércio, restaurantes, hotel e indústrias, em especial fábrica de peças aeronáuticas.
O empreendimento contará também com terminal de embarque e desembarque, posto para abastecimento, pista de acesso aos hangares (taxiway), área para Fixed Base Operator (FBO), estacionamento para visitantes e área para helicentro, além de outros serviços relacionados direta e indiretamente à aviação geral, que poderão adquirir áreas para se instalarem dentro do sítio aeroportuário. Mais informações https://antaresaeroporto.com.br/ @antarespoloaeronautico.
Elpidio Fiorda
Confira dicas para harmonizar vinhos com chocolate e deixar a Páscoa mais gostosa
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3 anos agoon
abril 12, 2022Páscoa é praticamente sinônimo de ovos de chocolate e ninguém vê a hora de saborear essas delícias. O que pouca gente se lembra é que eles ganham um toque de sabor se acompanhados de um bom vinho. Isso porque a prática de harmonizar a bebida com pratos salgados já é bastante comum, enquanto que com doces é pouco usual. Vale ressaltar que, além de deliciosa, a combinação de vinho e chocolate é benéfica para a saúde, por ambos serem ricos em flavonóides e polifenóis, que ajudam a combater o envelhecimento.
Deu para ver que motivos não faltam para saborear essa combinação. Mas para que essa experiência seja o mais agradável possível ao paladar, é essencial buscar equilíbrio e complementação entre os sabores dos alimentos e bebidas. Isto implica numa equação entre sabor marcante, teor de gordura e açúcar, que o sommelier da Grand Cru Goiânia, Artur Belati, ajuda a resolver.
Algumas regras de ouro na harmonização vão garantir uma experiência deliciosa. A primeira delas é o equilíbrio do chocolate com o vinho. “Quanto mais doce for o chocolate, mais doce o vinho deverá ser para que a experiência não se torne ‘cansada’ e estimule a próxima mordida”, orienta Artur. Outra dica é combinar bebidas com boa acidez, que limpam a untuosidade deixada pelo chocolate.
Para cada tipo, há uma indicação. Com o chocolate ao leite, que é mais doce e gorduroso, a sugestão é que seja acompanhado de um vinho do estilo do Porto jovem, que trará notas de frutas vermelhas e mesma intensidade de açúcar. O Niepoort Ruby é um exemplo.
Já com o branco, feito a partir da manteiga de cacau, são duas possibilidades. Vinhos brancos de colheita tardia, que além do dulçor, possuem uma acidez vibrante que limpará o paladar, como o Kracher Spatlese, fabricado na Áustria. Outra sugestão é o espumante Nocturno Moscatel, que trará a refrescância das bolhas para neutralizar a manteiga.
Com menos gordura e mais cacau, o chocolate meio amargo permite a combinação com vinhos tintos secos, encorpados e com taninos redondos. O San Marzano Taló Primitivo de Manduria é um rótulo com essas características. O do tipo amargo também permite arriscar os vinhos tintos encorpados, como os das uvas Cabernet Sauvignon e Tannat.
Apesar das regras e sugestões, o sommelier Artur Belati, que atua na área desde 2017, lembra que cada paladar é único e subjetivo. “Por isso, sugerimos que aproveite essa data para experimentar novos sabores e combinações ousadas”.
Sobre a Grand Cru
Maior importadora de vinho do país com mais de 20 anos no mercado e 120 lojas em território nacional, a Grand Cru possui em sua recém inaugurada loja, no Setor Marista, mais de 2.500 rótulos, entre brancos, tintos, espumantes e rosés. Oferece também o primeiro Wine Bar de autoatendimento de toda a capital.
Conta com restaurante e ambientes para degustação de pratos harmonizados, confrarias, cursos, eventos e treinamentos, além de estacionamento próprio. A adega Grand Cru Goiânia funciona de segunda a sábado, das 9h às 23h. Já o restaurante de segunda a sábado, das 11h30 às 15h e das 19h00 às 23 horas, com menu de entradas e petiscos das 15h às 19 horas.
Fotos: Divulgação
Serviço
Grand Cru Goiânia
Onde: Rua 1136, nº 70, Setor Marista, Goiânia (GO).
Facebook: facebook.com/grandcru.go
@grandcru.goiania
Site: https://www.grandcru.com.br/
Telefone: (62) 3291-7429
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Comportamento
City Soluções Urbanas promove bate papo com consultora de imagem e estilo Paulla Leles
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3 anos agoon
abril 12, 2022A City Soluções Urbanas promove na próxima quinta-feira (14/4), a partir das 14 horas, um bate papo sobre imagem corporativa no decorado do Legacy City Home. Voltado para colaboradores, o encontro vai contar com a presença da consultora de imagem e estilo Paulla Leles. Influenciadora digital, Paulla é a responsável pelo perfil do Instagram @mulheres_40, no qual compartilha dicas de moda, lifestyle e empoderamento para mulheres desta faixa etária.
A iniciativa reforça uma das prioridades da City, que é a constante capacitação de seu time, a fim de oferecer aos clientes atendimento de excelência na oferta de produtos de alto padrão. Aperfeiçoamento que se agrega ao DNA de inovação e cultura do extraordinário da empresa, a fim de proporcionar, tanto em seus lançamentos, quanto no relacionamento com seus clientes, projetos de vanguarda e experiências diferenciadas.
Em dez anos de existência, a City tornou-se o maior player da atualidade em Goiânia em número de unidades de compactos de luxo lançadas. Pelo terceiro ano consecutivo, foi líder no mercado premium (apartamentos acima de 300m²). Lançou R$1 bilhão em valor geral de vendas (VGVs), sendo que quase meio bilhão deste quantitativo foi vendido em 2021, ano de lançamento de três empreendimentos.
*Serviço*
Evento: City Soluções Urbanas promove bate papo com consultora de imagem e estilo Paulla Leles
Quando: Quinta-feira (14/4), a partir das 14 horas
Onde: Decorado do Legacy City Home – Alameda Cel. Eugênio Jardim, 286 – St. Marista, Goiânia – GO
Contato: (62) 98285-3602
Email: contato@cityinc.com.br
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