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Elpidio Fiorda

Ziriguidum do D9 – Resumo de 5ª Feira, 17.03.2022

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Resumo de quinta, 17 de março de 2022

Edição de Chico Bruno

Manchetes

Valor Econômico – BC eleva juros e prevê Selic a 12,75% em maio

FOLHA DE S.PAULO – BC sobe juros para 11,75%, e taxa atinge ápice em 5 anos

O GLOBO – BC eleva juros a 11,75%, patamar mais alto em 5 anos

O ESTADO DE S.PAULO – BC eleva juro a 11,75% e indica mais altas para tentar conter inflação

CORREIO BRAZILIENSE – Brasil e EUA aumentam juros para tentar segurar inflação

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Sem sinais de trégua da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic de 10,75% para 11,75% ao ano, o maior patamar desde abril de 2017. Mesmo com o choque nos preços de combustíveis e alimentos causado pela guerra na Ucrânia, o Copom desacelerou o ritmo de alta dos juros. Nas três reuniões anteriores, o BC havia elevado a Selic em 1,50 ponto porcentual. Apesar da cautela, o BC deixou claro que poderá estender o aperto monetário para reduzir as expectativas de inflação, principalmente de 2023. Com a perspectiva de mais altas da Selic, cresce, segundo os especialistas, a atratividade das aplicações em títulos pós-fixados. Na avaliação de analistas, a luta da autoridade monetária contra o dragão da carestia pode frear a retomada econômica. O BC, ainda, sinalizou nova alta de um ponto percentual na reunião de maio. Foi a nona alta consecutiva. A disparada de preços nos Estados Unidos levou o Fed, o Banco Central americano, a subir a taxa básica da economia no país de 0,25% para 0,50% ao ano, no primeiro aumento desde 2018.

 

Rússia esboça com Ucrânia plano para fim da guerra, mas amplia ataque – Ucrânia e Rússia fizeram ontem “progressos significativos” em um plano de paz provisório de 15 pontos, incluindo um cessar-fogo e a retirada russa em troca da neutralidade ucraniana e de limites para suas Forças Armadas, segundo o jornal britânico Financial Times. No entanto, apesar do avanço, os russos continuaram a atacar deliberadamente alvos civis. Sinais de massacres ocorreram em várias partes da Ucrânia. Forças russas bombardearam um teatro em Mariupol, onde cerca de mil civis estavam abrigados. O conselho da cidade postou uma imagem do prédio destruído e disse que havia vítimas, mas não sabia o número exato. Em Chernihiv, segundo a Embaixada dos EUA, os russos mataram a tiros dez pessoas que estavam de pé na fila do pão. Autoridades ucranianas confirmaram o ataque. Segundo o serviço de emergência, cinco corpos foram encontrados em um dormitório em outra parte da cidade – incluindo três crianças. Já o Ministério da Defesa da Rússia negou que soldados do país estivessem operando na área.

 

Delator diz que Ecovias deu R$ 3 mi em caixa 2 a Alckmin – Em acordo de colaboração fechado com o Ministério Público de São Paulo, o EX-CEO do grupo Ecovias Marcelino Rafart de Seras declarou que a empresa fez repasses de mais R$ 3 milhões, via caixa 2, para campanhas do ex-governador Geraldo Alckmin. O ex-tucano é o provável candidato a vice em uma chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição ao Palácio do Planalto em outubro. O colaborador disse que isso ocorreu em razão de “uma política de boa vizinhança” com Alckmin. Na esfera criminal, a Polícia Federal em São Paulo concluiu a investigação em fevereiro e enviou o inquérito ao juízo da 1.ª Zona Eleitoral. O relatório apontou falta de provas contra o ex-governador e, por isso, ele deixou de ser indiciado. Segundo a PF, não haveria outros elementos de prova que corroborassem a palavra do delator. O Ministério Público Estadual mantém, no entanto, investigação que apura suspeita de atos dolosos de improbidade administrativa. Nesta frente, a promotoria pode pedir o pagamento de multa e a cassação dos direitos políticos. A pena de ressarcimento aos cofres públicos não prescreve, ao contrário de crimes eleitorais. As declarações foram feitas na época em que Seras fechou o acordo com o MP, em abril de 2020. Com a homologação feita pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, anteontem, os integrantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público começarão a ouvir investigados. O Estadão apurou que pelo menos 30 citados vão ser ouvidos. A decisão do conselho foi tomada por unanimidade. O ex-presidente da Ecovias vai pagar R$ 12 milhões, segundo prevê o acordo, a título de indenização ao Tesouro. Em depoimento já prestado aos promotores, o executivo chegou a afirmar que “todas as licitações de concessões de rodovias no Estado de São Paulo, entre 1998 e 1999, foram fraudadas”.

 

Alckmin diz que delação da Ecovias traz acusações injustas – O ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB, hoje sem partido) negou as acusações de Marcelino Rafart de Seras, ex-presidente da Ecovias, que citou em delação um suposto pagamento de R$ 3 milhões como caixa 2 à campanha do antigo tucano. Provável vice na chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alckmin afirmou não conhecer os termos da delação, mas lamentou que, “depois de tantos anos, mas em novo ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas”. A Polícia Federal investiga o suposto pagamento pela concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, principal ligação da cidade de São Paulo com o litoral sul do estado.

 

Justiça Eleitoral arquiva investigação contra Alckmin– O juízo da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo decidiu arquivar no dia 10 de março o inquérito da Polícia Federal (PF) que investigou o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) e provável candidato a vice na futura chapa presidencial encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva por suposto recebimento de caixa dois eleitoral de R$ 3 milhões. Conforme a investigação agora arquivada, Alckmin teria recebido os valores por meio de dois intermediários. O dinheiro teria sido entregue em duas vezes por ordem do ex-presidente da Ecovias Marcelino Rafart Seras, sendo R$ 1 milhão em 2010 e R$ 2 milhões em 2014. Nas ocasiões o político foi eleito e reeleito governador de São Paulo. Seras esteve à frente do grupo econômico por 30 anos. Conforme os autos da investigação, R$ 1 milhão teriam sido entregues para o cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro, em 2010. Em 2014, de acordo com o relato do delator, os R$ 2 milhões supostamente destinados à campanha de reeleição teriam sido entregues ao então tesoureiro do governador, Marcos Monteiro, que também ocupou a Secretaria de Planejamento em 2016 na gestão Alckmin. O Valor apurou que no dia 24 de fevereiro a promotoria eleitoral de São Paulo pediu o arquivamento do caso alegando que a investigação durou tempo demais, não trouxe elementos de prova além da palavra do delator e entendeu que não é o caso de se realizar novas diligências para buscar evidências de crime.

 

Ex-secretário de Obras do Rio cita R$ 8 milhões em propinas a Paes – O ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto relatou pagamentos de mais de R$ 8 milhões em propinas ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). O ex-chefe da pasta, condenado a 76 anos de prisão, firmou um acordo de delação premiada com a ProcuradoriaGeral da República, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, em razão da citação a nomes de conselheiros de Contas. Com base em seu relato, a Polícia Federal abriu 20 frentes de investigação sobre desvios e pagamentos de propina em obras no município. Alexandre Pinto trabalhou na prefeitura do Rio entre 2011 e 2014. À época, Paes era chefe do Executivo municipal pelo MDB e aliado do então governador Sérgio Cabral, do mesmo partido. Em pelo menos três episódios, o ex-secretário disse que Paes cobrou propinas de obras do município. Afirmou, ainda, que o prefeito direcionou licitações a empresas – parte delas, envolvida na Operação Lava Jato. Segundo o delator, Paes pediu R$ 5 milhões para sua campanha ao governo do Rio, em 2014, valor que, segundo ele, viria do contrato de R$ 39,7 milhões para a dragagem do Rio Acari. A empresa envolvida não é mencionada no documento obtido pelo Estadão.

 

Lula volta a atacar teto de gastos – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar o teto de gastos e afirmou que, em um eventual governo, irá “gastar o que for preciso gastar”. “Vamos fazer o que for necessário para melhorar a vida do povo. Vamos gastar o que for preciso gastar. Muitas vezes o gasto é investimento”, afirmou Lula em entrevista à rádio Espinharas, na Paraíba, na terça (15). Ele defendeu ainda que, muitas vezes, os gastos são investimentos. “Você não tem que limitar, porque quando limita, é para gastar menos para o benefício do povo. Eles consideram como gastos pagar aposentadoria, salários, investimentos na saúde”, seguiu.

 

Dirceu se reúne com políticos da esquerda à direita – Um dos principais articuladores da campanha vitoriosa do PT em 2002, o ex-ministro José Dirceu completou 76 anos nesta quarta-feira (16) em plena atividade política. Acompanhado a distância regulamentar pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu tem se reunido com políticos de diferentes matizes ideológicas para pregar unidade suprapartidária contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A lista de interlocutores inclui velhos adversários do PT, como o ex-senador e ex-presidente do extinto PFL Jorge Bornhausen (SC) e o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), de quem é amigo. Chefe da Casa Civil no primeiro governo Lula, Dirceu foi recebido para um almoço na casa de Aloysio Nunes. À mesa, também o ex-ministro tucano Artur Virgílio Neto (AM), um dos artífices do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ressaltando não estar trabalhando na campanha de Lula à Presidência, Dirceu defendeu uma concertação em defesa da democracia. Dois meses depois, Aloysio Nunes se reuniu com o próprio Lula. O tucano conta que, encerrada a conversa, Lula recomendou que recorresse a Dirceu caso tivesse dificuldade de localizá-lo. “Lula disse para eu procurar o Zé Dirceu para encontrá-lo. Mas não foi necessário. Já estive com Lula uma segunda vez [sem ajuda de Dirceu]”, relata Aloysio Nunes. Um crítico do PT, Bornhausen se reuniu com Dirceu em novembro de 2021, durante viagem do petista a Santa Catarina. Nas palavras de Bornhausen, foi uma conversa agradável e respeitosa, mas sem consequência. “Sempre tivemos bom relacionamento. Cada um na sua”, diz.

 

Lula enquadra PT – Com o objetivo de ampliar alianças e acenar ao centro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se movimenta para redirecionar posições de diretórios locais do PT em até sete estados nos quais o partido defende candidaturas próprias ou chapas restritas à esquerda. Além do Rio, onde Lula garantiu o apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) contra a pretensão de uma ala do partido de lançar o petista André Ceciliano ao governo, há costuras para retirar também o PT de chapas ao Executivo em Minas Gerais, Paraíba, Ceará e Mato Grosso. No Amazonas e no Rio Grande do Norte, a ideia é abrir mão da vaga ao Senado para atrair outras siglas. O aceno mais recente de Lula ocorreu em Minas, onde o ex-presidente defendeu na semana passada, em entrevista à rádio “Itatiaia”, que o PT apoie a pré-candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ao governo. O partido havia lançado no ano passado o nome do prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira. Na entrevista, Lula afirmou que o PT já deveria ter apoiado a reeleição de Kalil em 2020, em vez de lançar uma candidatura própria pouco competitiva, o que produziu, segundo o ex-presidente, uma situação “vexatória” na capital mineira. Lula, por ora, planeja manter a pré-candidatura do deputado petista Reginaldo Lopes ao Senado, numa chapa com Kalil. O petista avisou que a aliança é “uma via de mão de dupla”, um recado para o partido de Kalil, que deseja ocupar também a vaga ao Senado na chapa, lançando o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) à recondução. Segundo interlocutores do prefeito de BH, Kalil passou a avaliar uma migração para o PSB, partido nacionalmente alinhado ao PT, para facilitar um apoio de Lula no cenário de o PSD manter a candidatura de Silveira. — Esta situação (de Kalil) exige uma solução com certa maestria. Não está descartado ele vir para o PSB, fizemos o convite a ele em dezembro, numa reunião em Brasília, mas tampouco há uma sinalização concreta dele por enquanto — afirmou o presidente do PSB mineiro, deputado Vilson da Fetaemg. Intervenções da direção do PT nos estados para atender a acordos nacionais já ocorreram em outras eleições. Em 2018, o PT retirou as candidaturas de Marília Arraes ao governo de Pernambuco e de José Pimentel ao Senado pelo Ceará para evitar que o PSB declarasse apoio a Ciro Gomes (PDT). Em 2010, a cúpula petista desfez o apoio do diretório do Maranhão a Flávio Dino, à época no PCdoB, e colocou o partido na chapa de Roseana Sarney (MDB) ao governo. Em 1998, a direção nacional retirou a candidatura de Vladimir Palmeira ao governo do Rio para apoiar Anthony Garotinho (PDT).

 

Bolsonaro engrossa agenda eleitoral contra Lula com viagem à Bahia – Em mais um indicativo do forte caráter de campanha eleitoral antecipada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou em Salvador, nesta quarta-feira (16), de cerimônia de “lançamento da pedra fundamental da unidade de ressonância magnética” do Hospital Santo Antônio. O ato foi acompanhado pelo ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), também pré-candidato ao governo da Bahia, e se inseriu na tentativa do presidente de apostar em agendas no Nordeste para alavancar a popularidade na região, onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem larga vantagem nas pesquisas eleitorais. Também esteve presente no evento o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele, João Roma e Bolsonaro não utilizaram máscaras de proteção facial, que seguem obrigatórias em Salvador em espaços abertos e fechados em razão da pandemia de Covid. Os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Gilson Machado Neto (Turismo) também participaram da cerimônia. Na Bahia, Bolsonaro também almoçou com empresários. Após a solenidade de lançamento, foi ao lado de fora cumprimentar apoiadores, não falou com a imprensa e deixou o local na carroceria de uma caminhonete. O presidente também visitou a sede do Senai-Cimatec, onde foi vaiado por estudantes, para participar da assinatura de um convênio para liberação de R$ 536 milhões do Banco do Nordeste para reforma do Porto de Aratu (BA).

 

Mourão se filia a Republicanos – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se filiou ao Republicanos nesta quarta-feira (16), com promessa de lealdade e “apoio irrestrito” a Jair Bolsonaro (PL). O general não integrará a chapa na reeleição neste ano, mas disse contar com o apoio do presidente. Foi lançado também como pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. “Cheguei aqui como vice-presidente do presidente Jair Bolsonaro e ele sabe perfeitamente que tem toda a minha lealdade e apoio irrestrito em seu projeto de reeleição”, disse Mourão em seu discurso. O seu partido, contudo, ainda que faça parte da base aliada do governo, não fechou apoio à reeleição do mandatário até o momento. “Isso aí é uma questão que pertence ao presidente Marcos Pereira [do Republicanos]. A minha posição é esta. O partido pode ter outras orientações ai”, afirmou a jornalistas ao final do evento. Já o dirigente disse, em seguida, que as “conversas [com a campanha de Bolsonaro] estão muito melhores e avançando”.

 

Idosos acima de 80 anos em SP terão 4ª dose da vacina a partir de segunda – O governo de São Paulo iniciará na segunda-feira a aplicação da 4.ª dose da vacina contra covid-19 em idosos com mais de 80 anos. Como requisito, a população-alvo precisa ter recebido a 3.ª dose há ao menos quatro meses. Até o momento, como orienta o Ministério da Saúde, a 4.ª dose era recomendada pelo Estado só para pessoas imunocomprometidas com 12 anos ou mais. “Estão aptos a receber a 4.ª dose a partir de segunda-feira, 21 de março, 900 mil idosos que residem no Estado de São Paulo que têm mais de 80 anos”, disse ontem o governador João Doria (PSDB), durante o anúncio da expansão da campanha de imunização, no Palácio dos Bandeirantes. Secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn explicou que o público que será vacinado a partir de segunda, pela idade, tem a chamada imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imune. “Por isso, igualmente a esses grupos de imunodeprimidos, merece uma dose de reforço, garantindo, assim, que não haja impacto de internações e mortes”, disse.

 

Europa registra alta em casos de covid; Brasil relata queda – A curva global de infecções por covid-19 voltou a subir, puxada pela nova alta de casos em países da Europa e na Ásia, especialmente na China. Devido à tendência, autoridades chinesas decretaram lockdowns. Na Europa, autoridades também temem que a doença volte com força em um momento de flexibilização das restrições. No Brasil há queda dos registros e flexibilizações das restrições, e especialistas não acreditam em uma nova onda, como a causada pela Ômicron no início do ano. Ontem, o País registrou 354 novas mortes. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 345, a menor desde 25 de janeiro. “Sou moderadamente otimista. As flexibilizações ainda são precoces e desnecessárias, principalmente no uso de máscara em lugares fechados, o que nos deixa mais vulneráveis. Porém, não dá para fazer comparação entre nós e os países da Europa que têm taxas de vacinação bem inferiores às nossas”, aponta Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, infectologista e epidemiologista da Unesp.

 

Conversas da terceira via avançam sem Moro e ligam sinal de alerta entre aliados – Conselheiros de Sérgio Moro (Podemos) recomendaram que ele participe das conversas que estão sendo realizadas entre MDB, PSDB e União Brasil sobre a definição de um candidato único da chamada terceira via. As siglas trabalham com a perspectiva de apoiar um nome só para a disputa do Planalto até o início de junho. A avaliação é que Moro, atualmente estagnado nas pesquisas de intenção de voto, pode ficar alijado da decisão, caso não se aproxime desde já do grupo que trabalha ainda com os nomes de Simone Tebet (MDB) e João Doria (PSDB) para o posto. O coordenador da campanha do ex-juiz, Luis Felipe Cunha, foi o indicado para ser o interlocutor com o grupo de partidos. O Podemos, partido de Sérgio Moro, não tem participado dessas conversas. Justamente por isso, seus aliados defendem que ele marque posição. Quem não é visto não é lembrado. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não é considerado nos cálculos do grupo por não ter até este momento definido se vai disputar as eleições ou não e também por ter ganhado a pecha de “mau perdedor”.

 

Cabo Anselmo é enterrado com nome falso – Depois de uma vida na clandestinidade, José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, foi enterrado nesta quarta-feira, 16, com o nome falso de Alexandre da Silva Montenegro. Foi com esse nome que o maior traidor da história da esquerda durante o regime militar foi sepultado no cemitério Montenegro, em Jundiaí, no interior paulista. Em março de 1964, Anselmo integrava a associação de marinheiros no Rio quando liderou uma greve dos militares, que acabou servindo de estopim para o golpe militar que depôs o presidente João Goulart. A quebra da hierarquia na Marinha, representada pelo movimento dos marinheiros ajudou a galvanizar a oficialidade das três Forças contra o presidente. Cassado e preso, o marinheiro fugiu da prisão e foi a Cuba, onde treinou guerrilha. De volta ao Brasil, foi preso pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Fazia então parte da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um grupo esquerdista que pegou em armas contra a ditadura. Anselmo topou um acordo com Fleury. Aceitou delatar seus colegas em troca de proteção. O marinheiro foi responsável direto desbaratamento da VPR e de parte da VAR-Palmares, além de provocar prisões de militantes em outras organizações clandestinas. Entre os delatados por Anselmo estava a guerrilheira Soledad Barret Viedma, que foi executada pelos policiais de Fleury enquanto estava grávida de Anselmo, no episódio conhecido como massacre da Chácara São Bento, quando seis integrantes da VPR foram mortos em Pernambuco. Anselmo se tornou protegido de Fleury e de outros ex-agentes o Departamento de ordem Política e Social (Dops), como o delegado Carlos Alberto Augusto, o carteira Preta, único agente da ditadura até hoje condenado criminalmente pela Justiça em razão de crimes no período. Em 2019, foi homenageado por deputados bolsonaristas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ex-marinheiro permaneceu próximo a ambientes e personagens da extrema-direita, como o escritor Olavo de Carvalho. Ele teria tido um mal súbito na terça-feira. Levado a um hospital em Jundiaí, morreu no mesmo dia.

 

Bolsonaro soube antes de reajuste e quis interferir – O presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu que foi avisado com antecedência sobre os reajustes nos preços dos combustíveis e que tentou interferir para adiá-los. O chefe do Executivo voltou aos ataques à Petrobras, acusando a estatal de “crime” contra a população, e ameaçou de demissão o presidente da empresa, o general Joaquim Silva e Luna. Bolsonaro relatou ter enviado um pedido informal a Silva e Luna para que o aumento fosse atrasado em um dia, tempo suficiente para aprovar os projetos do governo sobre o tema no Congresso. E completou que “se pudesse interferir, as decisões seriam outras”. “Chegou para nós que eles iam ajustar na quinta-feira da semana passada. Foi feito pedido para que deixasse para o dia seguinte, atrasasse um dia. Não nos atenderam”, reclamou Bolsonaro, em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte. “Por um dia, a Petrobras cometeu esse crime contra a população, desse aumento absurdo no preço dos combustíveis. Isso não é interferir na Petrobras na ação governamental. É apenas bom senso, poderiam esperar.” A intenção de Bolsonaro era de que a elevação só ocorresse após a aprovação, pelo Congresso, do Projeto de Lei Complementar 11/2020, que altera a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes nos combustíveis. Assim, o impacto seria menor no bolso dos brasileiros. O texto recebeu o aval de Senado e Câmara na quinta-feira, horas depois de a estatal anunciar aumento de 18,7% na gasolina, 24,9%, no diesel; e 16%, no gás de cozinha nas refinarias. O presidente sancionou o projeto no dia seguinte. O chefe do Executivo enfatizou que, por ele, a estatal “poderia ser privatizada hoje” para “ficar livre do problema”. Também cobrou da empresa a redução dos preços, já que vem caindo a cotação do petróleo no mercado internacional. “Quando eles deram o aumento, o preço do petróleo, lá fora, estava em US$ 130. Hoje, está em US$ 100. Agora, eu pergunto à Petrobras — porque eu não tenho ascendência sobre ela, eu não mando na Petrobras: vão reduzir o aumento absurdo concedido na semana passada ou está muito bom para todos vocês da Petrobras?”, disparou.

 

Impostos não são os vilões – O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel refutou que os impostos sejam os responsáveis diretos pelos elevados preços da gasolina. Ele destacou que tributos representam apenas uma parte, e não necessariamente a maior. “Na verdade, o preço da gasolina está subindo pela instabilidade do valor do petróleo no mercado internacional e da política que adotamos de definição dos preços no mercado interno em função dos praticados no mercado internacional”, afirmou, em entrevista ao programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília. Maciel lembrou que o Brasil exporta petróleo. “Se é exportador, por que temos problemas? Porque a nossa capacidade de refino é inferior à demanda nacional, um ponto antigo e não resolvido”, disse. Ele criticou a falta de planejamento do Brasil. “O país não tem um plano, enfrenta dificuldades, numa absoluta improvisação.” O especialista é contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110, da reforma tributária. O texto estava previsto para ser votado ontem, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas acabou adiado para a próxima semana, diante da resistência de parlamentares à matéria. “Acho uma proposta mal elaborada, mal discutida. Uma proposta que produz um enorme deslocamento de carga tributária de uns setores para outros sem nenhum propósito”, frisou. Na avaliação de Maciel, a unificação de impostos como PIS e Cofins não faz sentido, pois os dois tributos têm a mesma finalidade. “São iguais. Então, na verdade, o objetivo não é fazer uma fusão, é aumentar a carga tributária sobre pequenos e médios contribuintes e determinados setores”, ressaltou.

 

PT tropeça nas próprias pernas – A liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas não é sinal de que está tudo às mil maravilhas no PT. Dos seis maiores colégios eleitorais do país, em quatro o partido enfrenta dificuldades em organizar a vida. Corre o risco de perder, ou já perdeu, aliados no plano estadual — em alguns locais, perde até mesmo no plano nacional. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia estão nessa conta. Quem acompanha de perto, Pernambuco está na mesma situação. Na Bahia, por exemplo, onde o PT comanda há 16 anos, o lançamento de uma candidatura própria tirou o PP da aliança e — como o leitor da coluna já sabe — fez jus à fama de que os petistas não são generosos na relação. Em São Paulo, o PSB não vai apoiar Fernando Haddad. No Rio de Janeiro, há dificuldades em fechar a chapa entre PT e PSB. Para completar, em Pernambuco, embora Humberto Costa tenha desistido da candidatura ao governo, ainda não está tudo resolvido. O vice-governador da Bahia, João Leão, fechou o apoio a ACM Neto (União Brasil) ao governo estadual, e promete continuar apoiando Lula ao Planalto. Na prática, porém, muita gente duvida que esse apoio se mantenha ao longo da campanha, caso Lula sofra alguma queda nas pesquisas. Afinal, faltam sete meses para a eleição e muita gente lembra que, na campanha de 1994, por essa época do ano, Lula era favorito e os ventos mudaram. Mas nada garante que não possam mudar novamente este ano. Não por acaso, Jair Bolsonaro estava ontem na Bahia. Sabe como é: onde o PT apresentar problemas, os adversários de Lula vão investir ainda mais pesado.

 

Militares querem moderação no aniversário do golpe de 64 – Generais do entorno do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm defendido um tom mais moderado nos discursos do próximo 31 de março, data que marca os 58 anos da instauração da ditadura militar no Brasil. Será o último aniversário do golpe na atual gestão do presidente. De acordo com um general ouvido pelo Painel, não há intenção de repetir, em ano eleitoral, o discurso que vigorou até o último 7 de setembro, quando o presidente ameaçou não cumprir ordens de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em um carro de som, acompanhado de ministros militares. Há uma atenção em não dar munição aos adversários, principalmente à esquerda e ao PT. Um ministro militar afirma não é o momento de discursos mais contundentes sobre o assunto. E acrescenta que quando Bolsonaro fala na data de 31 de março atualmente, refere-se ao prazo para a desincompatibilização de ministros que vão disputar a eleição e definição de substitutos, uma das suas principais preocupações no momento.

 

Conferência do Brasil nos EUA ignora Bolsonaro – Após duas edições online por causa da pandemia, a Brazil Conference, realizada por estudantes e pesquisadores brasileiros de universidades na região de Boston (EUA), voltará a ser presencial em 2022. O evento, organizado por integrantes de instituições como Universidade Harvard, MIT e Universidade de Boston, exigirá comprovante de vacinação para liberar o acesso do público e palestrantes aos debates. O principal destaque da edição deste ano, que ocorre em 9 e 10 de abril, são sabatinas com pré-candidatos à Presidência da República, feitas individualmente. Já confirmaram participação presencial Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos). Em formato virtual falarão Simone Tebet (MDB) e João Doria (PSDB). Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a princípio aceitou tomar parte virtualmente, mas poderá ainda enviar um representante em seu lugar.

 

Bolsonaristas culpam Flávia Arruda – Representantes da ala ideológica do bolsonarismo colocaram na conta da ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, a aprovação de forma arrasadora pelo Senado da chamada Lei Paulo Gustavo, que garante R$ 3,86 bilhões para a Cultura. Foram 74 votos a favor e nenhum contra. Segundo o jornal digital Brasil Sem Medo, fundado pelo filósofo Olavo de Carvalho (morto em janeiro), a ministra comandou a articulação junto ao centrão, bloco integrado por seu partido, o PL. Ela deve se desincompatibilizar até o final do mês, para disputar o Senado pelo Distrito Federal. “A aprovação do projeto anulará reformas que estão combatendo abusos da Lei Rouanet, devolvendo o dinheiro da Cultura à esquerda e seus currais eleitorais”, disse o jornal.

 

Lira elimina máscara obrigatória, e PT quer sessões presenciais – A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de revogar a exigência de uso de máscaras na Casa aumentou a indignação da oposição com o fato de as sessões de votação ainda seguirem parcialmente virtuais. A decisão de Lira foi publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (16). “Tirou a máscara e não volta o presencial”, diz o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). A principal reclamação é que as votações podem ser feitas virtualmente pelos parlamentares, mas os debates em plenário têm de ocorrer presencialmente. “Isso facilita que o governo passe a boiada em diversos projetos, porque limita a atuação nossa e de outros partidos de oposição em plenário”, afirma Zarattini. O PT diz já ter feito reclamação formal a Lira para que o funcionamento da Casa volte a ser pleno. “É uma incoerência ser virtual para algumas coisas e presencial para outras”, declara o parlamentar.

 

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Elpidio Fiorda

Antares amplia pista e área de pátio para atender e-commerce e se tornar aeroporto público privado

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Empreendimento que está construído em Aparecida de Goiânia irá atender também à demanda da aviação regional, com pista de pouso ampliada para receber aeronaves de maior porte, dentre outras melhorias

O Conselho Administrativo do Antares Polo Aeronáutico definiu uma série de melhorias para a ampliação do empreendimento que está sendo construído em Aparecida de Goiânia (GO). O objetivo do plano de expansão é atender à demanda do e-commerce, que necessita de áreas para construir galpões e realizar a parte logística de armazenagem e distribuição de produtos. Com a ampliação, o Antares – primeiro polo aeronáutico do Centro-Oeste -, irá tornar-se um aeroporto público privado, ampliando a capacidade operacional.

O foco do planejamento de expansão do Antares é oferecer mais opções de conectividade aérea e fomentar a aviação regional, que deverá ser beneficiada com o novo decreto que o governo pretende editar para liberar voos comerciais em aeródromos.

“Passamos por um momento de modernização na aviação brasileira, que tem muito potencial para crescer ainda mais. Num universo de mais de 5.600 municípios brasileiros, somente pouco mais de 100 são atendidos por voos regulares da aviação comercial, deixando aproximadamente mais de 5 mil cidades fora dessa rota aérea”, disse Rodrigo Bernardes Neiva, Diretor Comercial do Antares.

Segundo o executivo, a aviação regional carece de incentivos para crescer, pela falta de terminais aéreos e voos domésticos para regiões mais afastadas dos grandes centros. “O Antares visualiza um mercado pouco explorado e oferece estrutura de ponta para esses negócios”, disse.



Melhorias no aeroportoNa prática, a pista de pouso manterá sua extensão de 1,8 quilômetro, mas será mais larga passando 30m para 45m de largura, o que possibilitará a operação de aeronaves de maior porte. Já o PCN (Número de Classificação do Pavimento) passa de 30 para 43. Esse é um cálculo que avalia a condição estrutural das pistas de pouso e decolagem em aeroportos, para assegurar a integridade da pista e segurança operacional das aeronaves. Outra mudança no projeto é sobre o pátio de aeronaves que de seus atuais 11 mil m², agora pode ter sua área ampliada para até 22 mil m², conforme a demanda. Em algumas quadras a largura das calçadas também será maior, passando de 7,5m para 12,5m.

O aeroporto será capaz de receber voos em VFR (Regras de Voo Visual), podendo chegar à IFR sem precisão. O VFR é quando o piloto tem de manter uma distância pré-determinada de nuvens e deve manter-se em áreas com um mínimo de visibilidade, ou seja, consegue controlar visualmente a altitude das aeronaves. Com essas mudanças, o aeroporto do Antares Polo Aeronáutica terá capacidade para receber aeronaves de grande porte, como por exemplo, um Boing 737 800.

Já o IFR sem precisão são Regras de Voo Por Instrumento. Nesse sistema, o piloto é capaz de conduzir a aeronave orientando-se pelos instrumentos de bordo, ao invés de guiar-se por referências visuais exteriores à aeronave.



O projeto do Antares será construído em cinco fases. A primeira etapa deve ser concluída em 2024 e prevê a entrega da pista de pouso, área de embarque e desembarque e 72 lotes entregues de 1.000m² a 1.500 m² de área, com toda a infraestrutura necessária, como energia elétrica, sistema de abastecimento de água, pavimentação asfáltica e área fechada com portaria monitorada. Para quem precisa de um terreno maior, o Antares possui áreas com mais de 100 mil m² disponíveis.

Os proprietários de áreas no Antares Polo Aeronáutico ainda contará com 100% de segurança jurídica e patrimonial, e já recebe o lote com escritura. O Antares oferece 20 anos de incentivos fiscais no Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (ITU) e no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Sobre o AntaresO Centro-Oeste concentra grande parte da movimentação da aviação executiva no Brasil e o Antares quer absorver parte dos 63 mil pousos e decolagens realizados na região todos os anos.

Capitaneado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e a RC Bastos Participações, o empreendimento vai ocupar uma área de 209 hectares e deve atrair empresas de táxi-aéreo, serviços aeromédicos, manutenção em aviões, logística, operadoras de aviação regional, aviação agrícola, hangaragem e escolas para formação de pilotos. A expectativa é atrair também empresas para a estrutura de apoio do polo aeronáutico com comércio, restaurantes, hotel e indústrias, em especial fábrica de peças aeronáuticas.

O empreendimento contará também com terminal de embarque e desembarque, posto para abastecimento, pista de acesso aos hangares (taxiway), área para Fixed Base Operator (FBO), estacionamento para visitantes e área para helicentro, além de outros serviços relacionados direta e indiretamente à aviação geral, que poderão adquirir áreas para se instalarem dentro do sítio aeroportuário. Mais informações https://antaresaeroporto.com.br/ @antarespoloaeronautico.

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Elpidio Fiorda

Confira dicas para harmonizar vinhos com chocolate e deixar a Páscoa mais gostosa

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Páscoa é praticamente sinônimo de ovos de chocolate e ninguém vê a hora de saborear essas delícias. O que pouca gente se lembra é que eles ganham um toque de sabor se acompanhados de um bom vinho. Isso porque a prática de harmonizar a bebida com pratos salgados já é bastante comum, enquanto que com doces é pouco usual. Vale ressaltar que, além de deliciosa, a combinação de vinho e chocolate é benéfica para a saúde, por ambos serem ricos em flavonóides e polifenóis, que ajudam a combater o envelhecimento. 

Deu para ver que motivos não faltam para saborear essa combinação. Mas para que essa experiência seja o mais agradável possível ao paladar, é essencial buscar equilíbrio e complementação entre os sabores dos alimentos e bebidas. Isto implica numa equação entre sabor marcante, teor de gordura e açúcar, que o sommelier da Grand Cru Goiânia, Artur Belati, ajuda a resolver. 

Algumas regras de ouro na harmonização vão garantir uma experiência deliciosa. A primeira delas é o equilíbrio do chocolate com o vinho. “Quanto mais doce for o chocolate, mais doce o vinho deverá ser para que a experiência não se torne ‘cansada’ e estimule a próxima mordida”, orienta Artur. Outra dica é combinar bebidas com boa acidez, que limpam a untuosidade deixada pelo chocolate. 

Para cada tipo, há uma indicação. Com o chocolate ao leite, que é mais doce e gorduroso, a sugestão é que seja acompanhado de um vinho do estilo do Porto jovem, que trará notas de frutas vermelhas e mesma intensidade de açúcar. O Niepoort Ruby é um exemplo. 

Já com o branco, feito a partir da manteiga de cacau, são duas possibilidades. Vinhos brancos de colheita tardia, que além do dulçor, possuem uma acidez vibrante que limpará o paladar, como o Kracher Spatlese, fabricado na Áustria. Outra sugestão é o espumante Nocturno Moscatel, que trará a refrescância das bolhas para neutralizar a manteiga. 

Com menos gordura e mais cacau, o chocolate meio amargo permite a combinação com vinhos tintos secos, encorpados e com taninos redondos. O San Marzano Taló Primitivo de Manduria é um rótulo com essas características. O do tipo amargo também permite arriscar os vinhos tintos encorpados, como os das uvas Cabernet Sauvignon e Tannat. 

Apesar das regras e sugestões, o sommelier Artur Belati, que atua na área desde 2017, lembra que cada paladar é único e subjetivo. “Por isso, sugerimos que aproveite essa data para experimentar novos sabores e combinações ousadas”. 

Sobre a Grand Cru

Maior importadora de vinho do país com mais de 20 anos no mercado e 120 lojas em território nacional, a Grand Cru possui em sua recém inaugurada loja, no Setor Marista, mais de 2.500 rótulos, entre brancos, tintos, espumantes e rosés. Oferece também o primeiro Wine Bar de autoatendimento de toda a capital. 

Conta com restaurante e ambientes para degustação de pratos harmonizados, confrarias, cursos, eventos e treinamentos, além de estacionamento próprio. A adega Grand Cru Goiânia funciona de segunda a sábado, das 9h às 23h. Já o restaurante de segunda a sábado, das 11h30 às 15h e das 19h00 às 23 horas, com menu de entradas e petiscos das 15h às 19 horas.

Fotos: Divulgação

Serviço

Grand Cru Goiânia

Onde: Rua 1136, nº 70, Setor Marista, Goiânia (GO).

Facebook: facebook.com/grandcru.go

@grandcru.goiania

Site: https://www.grandcru.com.br/

Telefone: (62) 3291-7429

#UmBrindeAoAgora

*Assessoria de Imprensa:*

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Comportamento

City Soluções Urbanas promove bate papo com consultora de imagem e estilo Paulla Leles

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A City Soluções Urbanas promove na próxima quinta-feira (14/4), a partir das 14 horas, um bate papo sobre imagem corporativa no decorado do Legacy City Home. Voltado para colaboradores, o encontro vai contar com a presença da consultora de imagem e estilo Paulla Leles. Influenciadora digital, Paulla é a responsável pelo perfil do Instagram @mulheres_40, no qual compartilha dicas de moda, lifestyle e empoderamento para mulheres desta faixa etária.

A iniciativa reforça uma das prioridades da City, que é a constante capacitação de seu time, a fim de oferecer aos clientes atendimento de excelência na oferta de produtos de alto padrão. Aperfeiçoamento que se agrega ao DNA de inovação e cultura do extraordinário da empresa, a fim de proporcionar, tanto em seus lançamentos, quanto no relacionamento com seus clientes, projetos de vanguarda e experiências diferenciadas.

Em dez anos de existência, a City tornou-se o maior player da atualidade em Goiânia em número de unidades de compactos de luxo lançadas. Pelo terceiro ano consecutivo, foi líder no mercado premium (apartamentos acima de 300m²). Lançou R$1 bilhão em valor geral de vendas (VGVs), sendo que quase meio bilhão deste quantitativo foi vendido em 2021, ano de lançamento de três empreendimentos. 

*Serviço*

Evento: City Soluções Urbanas promove bate papo com consultora de imagem e estilo Paulla Leles

Quando: Quinta-feira (14/4), a partir das 14 horas

Onde: Decorado do Legacy City Home – Alameda Cel. Eugênio Jardim, 286 – St. Marista, Goiânia – GO

Contato: (62) 98285-3602

Email: contato@cityinc.com.br 

Instagram: @cityinc

Sites: https://www.cityinc.com.br/

*Assessoria de imprensa*: 

Palavra Comunicação 

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