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Ziriguidum do D9 – Resumo de Domingo – 10.04.2022
Publicado
4 anos agoon
Por
Elpidio Fiorda
Resumo de domingo, 10 de abril de 2022
Edição de Chico Bruno
Manchetes
Valor Econômico – Não circula hoje
O GLOBO – Bolsonaro mira renda do eleitor com pacote de R$ 160 bilhões
FOLHA DE S.PAULO – Bolsonaro afrouxa licitações para acelerar verba a aliados
O ESTADO DE S.PAULO – Com 3,5 mil escolas inacabadas, governo dá aval a mais 2 mil
CORREIO BRAZILIENSE – Alimentação faz brasileiros se endividarem no cartão de crédito
Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia
Em modo campanha – O presidente Jair Bolsonaro se lança à reeleição com a candidatura turbinada por um pacote de bondades que já soma R$ 160 bilhões. Medidas como o Auxílio Brasil, vale-gás, linhas de consignado e acesso ao FGTS miram o bolso da população, afetado pela inflação e pelo desemprego, e tentam melhorar desempenho de Bolsonaro especialmente junto aos eleitores mais pobres e mulheres. A tática não é nova: estudo mostra que todos os ocupantes do Palácio do Planalto que disputaram um segundo mandato ampliaram gastos que impactaram a renda e a pobreza no ano de eleições.
Bolsonaro acelera emendoduto – A gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a usar em larga escala uma manobra licitatória para dar vazão aos recursos bilionários das chamadas emendas parlamentares, distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos e que dão sustentação ao governo no Congresso. A estratégia deixa em segundo plano o planejamento, a qualidade e a fiscalização, abrindo margem para serviços precários, desvios, superfaturamentos e corrupção. A essência do emendoduto é o afrouxamento do controle sobre obras de pavimentação da estatal federal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), hoje sob o comando do centrão. Questionada, a companhia afirma que age com abordagem técnica e com interesse social. Na manobra disseminada pela gestão Bolsonaro, as licitações são realizadas com a utilização de modelos e dados fictícios que valem para estados inteiros. Depois que os locais são escolhidos, em geral pelos padrinhos das emendas parlamentares, as futuras obras é que devem se encaixar nas propostas vencedoras nessas licitações. Atualmente, a emenda de relator é peça-chave no jogo político em Brasília, pois é distribuída por governistas em votações importantes no Congresso. O dinheiro disponível neste ano é de R$ 16,5 bilhões. O modelo adotado por Bolsonaro para atender ao centrão foi ampliado após o plenário do TCU ter dado aval à prática em meados do ano passado, apesar dos alertas de sua própria área técnica e também da CGU (Controladoria-Geral da União). Com a liberação dos ministros do TCU, o número de licitações desse tipo na Codevasf saltou de 29 em 2020 para 99 no ano passado, um aumento de 240%. Pela lógica da Codevasf e do TCU, o mais importante é servir de via rápida para que os congressistas possam destinar o dinheiro público, o que na prática ocorre em especial por meio das chamadas emendas de relator.
“Escolas fakes”, by Ciro Nogueira – Apesar da falta de recursos para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de outras 2 mil unidades. Bom para mostrar no palanque de campanha, o projeto não tem recursos previstos no orçamento, o que deve aumentar o estoque de escolas não entregues pelo governo e esqueletos de obras inacabadas. Mesmo assim, os colégios já são anunciados por deputados e senadores aos seus eleitores. O esquema de “escolas fake” tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por meio de um apadrinhado. O fundo precisaria ter R$ 5,9 bilhões para tocar todas as novas escolas contratadas. Com o orçamento atual, levaria 51 anos para isso. Ao priorizar obras novas em detrimento das iniciadas, o governo fere leis orçamentárias. Em publicação em seu Instagram, o deputado Zé Mário (MDB-GO) diz aos seus seguidores que conseguiu R$ 6,93 milhões para construir uma escola rural no interior do município de Morrinhos, em Goiás. “Recurso viabilizado junto ao FNDE”, escreveu, com uma foto sua em que aparece sorridente. Na verdade, o governo liberou apenas R$ 30 mil e não há previsão orçamentária de que o restante do valor sairá. “Eu não tenho como iniciar uma obra desse valor”, disse o prefeito Joaquim Guilherme (PSDB). “Com esse pequeno empenho que foi feito aí?” Procurado, o deputado Zé Mário alegou que a publicação foi erro de sua assessoria. No Paraná, o prefeito do município de Ubiratã, Fábio D’Alécio (Cidadania), recebeu autorização para construção de uma escola de R$ 3,2 milhões. Até agora, foram empenhados, isto é, reservados, R$ 5 mil. “Do ponto de vista global, realmente as contas parecem que não estão casando”, afirmou o prefeito ao Estadão. “Dá a impressão de que é um compromisso só político e não técnico. A expectativa minha é a de que o convênio tenha começo, meio e fim. Agora, não tenho como avaliar se isso vai, de fato, acontecer.” Correligionário de Ciro Nogueira, o deputado Vicentinho Junior (Progressistas-TO) disse aos seus eleitores nas redes sociais que conseguiu R$ 206 milhões para construção de 25 escolas, 12 creches e três quadras poliesportivas para 38 cidades do seu Estado. Deu inúmeras entrevistas sobre a suposta conquista. Os empenhos (reserva) que ele obteve, contudo, foram de R$ 5,4 milhões. Valor equivalente a 2,6% do total. Com essa cifra, não é possível construir uma única escola. É mais uma promessa falsa. O volume de recursos ultrapassa tudo o que o FNDE tem para investir este ano de recursos próprios.
Comida à prazo – A escalada da inflação, que acumulou o índice de 11,3% em 12 meses, impulsionada, em grande parte, pelos alimentos e pelo transporte, está provocando o endividamento para pagar a conta do supermercado. Segundo levantamentos, 69% das compras no crédito destinam-se às necessidades básicas, e 77,5% das famílias estão com débitos. A situação de instabilidade econômica leva consumidores a perderem as referências e a capacidade de realizar um planejamento do orçamento familiar.
Quase pronta – Em Uruçuca, na Bahia, a nova escola está orçada em R$ 18,58 milhões – dos quais R$ 13,1 milhões já foram pagos. A obra está 85% pronta, mas a demora para a conclusão dos trabalhos frustra os moradores, pois o esforço da comunidade pela construção se arrasta desde 2012. Pelo projeto, a escola atenderá cerca de 2 mil crianças na comunidade de Serra Grande, um distrito do município. A arquiteta do projeto, Beatriz Goulart, disse que a unidade foge do padrão tradicional do FNDE. “As pessoas da comunidade decidiram que queriam fazer uma escola diferente e, na época, o FNDE achou interessante construir lá a primeira escola sustentável financiada por eles”, disse ela. “A obra começou, e a gente achou que era um milagre. Mas aí começaram a atrasar muito os pagamentos e, desde julho de 2021, eles não pagam mais nada.” Beatriz relatou que, na comunidade, a impressão é de que MEC e FNDE pararam de trabalhar. “As pessoas com quem conversávamos lá sumiram, simplesmente não respondem mais”, afirmou a arquiteta. Agora a comunidade tenta concluir o trabalho com dinheiro privado e da prefeitura. A Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que transferências de verbas federais devem priorizar recursos para concluir obras iniciadas, e não para novos projetos, com vistas a promover a funcionalidade da infraestrutura já instalada.
Mercado financeiro vê ‘apagão de dados’ do BC – O mercado financeiro está no escuro com o “apagão de dados” do Banco Central, que deixou de publicar indicadores e projeções por causa da greve dos servidores. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no começo de maio, também pode ter sua preparação afetada pelo movimento dos funcionários do órgão, que pedem um reajuste salarial de 26,6%. Em média, um analista do BC ganha R$ 26,3 mil mensais. As decisões do Copom são embasadas em um conjunto de apresentações técnicas do corpo funcional do BC, que tratam da evolução e de perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados. “O mercado está no escuro. Isso é verdade. Por outro lado, o BC já telegrafou a alta para 12,75% em maio (aumento de 1 ponto porcentual), o que fica mais incerto são os próximos passos”, disse o economista Alexandre Schwartsman, que já esteve em uma das cadeiras do Copom. O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Souza Leal, disse que o mercado acompanha a greve de “soslaio”, dado que ainda falta tempo para a reunião. “Mas não é uma situação confortável, além de ser inédita.” Numa das maiores greves da categoria, no governo Lula, em 2007, ocorreram atrasos no Boletim Focus, mas a realização do Copom foi preservada.
TCU pede devolução de R$ 3 bi destinados pelo Turismo – O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a devolução de R$ 3,4 bilhões em verbas emergenciais enviadas pelo Ministério do Turismo a bancos públicos para socorrer o setor em meio à pandemia. Com a decisão, a cifra deve ser devolvida pelas instituições financeiras diretamente ao Tesouro Nacional para que seja destinada a finalidades mais urgentes. A decisão atende a um pedido da auditoria do TCU. Relator do processo, o ministro Marcos Bemquerer concluiu que o Ministério do Turismo cometeu irregularidades na administração da verba de R$ 5 bilhões do Fundo Geral de Turismo (Fungetur), ligado ao Ministério. O dinheiro serviria para socorrer estabelecimentos como hotéis, bares e restaurantes em dificuldade financeira por causa da pandemia. A auditoria constatou que até outubro do ano passado que R$ 2 bilhões repassados pelo Fungetur estavam parados no caixa de bancos que deveriam ter emprestado a verba ao setor do Turismo. Em outra frente, a auditoria questiona que o empenho excessivo da verba aos bancos fez com que o governo virasse o ano de 2020 com R$ 1,4 bilhão em restos a pagar. Ou seja, um saldo prometido pelo Planalto a estas instituições que ainda não havia sido pago. O valor a ser restituído ao Tesouro advém da soma dos R$ 2 bilhões ociosos nos bancos com o R$ 1,4 bilhão em restos a pagar que devem ser cancelados.
Saques em dinheiro vivo por partidos nos últimos 7 anos chegam a R$ 5,3 mi – Partidos sacaram R$ 5,3 milhões em dinheiro vivo das suas contas nos últimos sete anos, aponta levantamento feito pelo Transparência Partidária. Desse total, R$ 3,8 milhões vieram de recursos públicos (fundos eleitoral ou partidário) e o restante não tem identificação de fonte. O recorte apontou 97 saques acima de R$ 10 mil, sendo o maior no valor de R$ 158 mil. A prática não é ilegal, mas tem regras. Siglas podem tirar dinheiro para compor uma caixinha de despesas de pequeno valor, que não excedam R$ 400. “Em tese, essas transações teriam de ser objeto de diligência no exame das contas realizado pela Justiça Eleitoral”, disse o fundador do Transparência, Marcelo Issa. Para Issa, é preciso aprimorar a regulação e os mecanismos de registro desse tipo de transação, para se ter mais transparência e melhor controle. “Ainda mais com mecanismos eletrônicos de pagamento que permitem mais transparência e rastreabilidade.” O PT é o campeão dos saques com R$ 1,4 milhão, seguido pelo Progressistas com R$ 963 mil. Foram ainda encontrados 73 saques com identificação do responsável no período, a grande maioria no Rio Grande do Sul. O PT disse que, embora não haja ilegalidade, vem adotando medidas que reduziram este recurso, como o uso de cartão de débito para pagamento de refeições de funcionários e dirigentes em viagens a serviço do partido e que total de saques em espécie em 2021 e 2022 foi zero.
Bolsonaro reforça palanques estaduais – Fortalecidas com o encerramento da janela partidária, as legendas de centro-direita começam a se debruçar no passo seguinte: consolidar os palanques estaduais para a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Na comparação com a eleição de 2018, há uma diferença clara: os palanques ligados ao presidente ficaram mais robustos e mais ligados à política tradicional. Bem diferente das eleições passadas, quando o então candidato ao Planalto se projetou com um discurso antipolítica. Em 2022, é possível vislumbrar cenários mais consolidados de apoio ao presidente. A popularidade de Jair Bolsonaro cresce nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, mas enfrenta dificuldades no Nordeste, majoritariamente favorável ao pré-candidato do PT, o ex-presidente Lula. Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, Bolsonaro está preparando candidaturas que podem atrapalhar a vida dos favoritos nas pesquisas. Ministros bem avaliados foram instados a entrar na disputa eleitoral. Além de azeitar as candidaturas estaduais, a estratégia bolsonarista inclui outras armas. A máquina de propaganda governamental opera em ritmo intenso, e um pacote de bondades para o eleitor vem sendo desembrulhado na medida em que o staff político do presidente identifica alguma oportunidade de conquistar votos. Para o ex-ministro da Cidadania João Roma (Republicanos), que vai concorrer ao governo da Bahia, as eleições gerais sempre começam a ser definidas pela disputa à Presidência da República. “Na outra eleição (2018), Bolsonaro era avulso, poucos acreditavam que ele ganharia. Mas, agora, é o presidente em reeleição. Ocupou esse espaço e os palanques regionais robustecidos mostram isso”, avaliou o ex-ministro ao Correio.
Rosa Weber nega pedido da AGU sobre redes sociais – A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para proibir a suspensão de redes sociais e aplicativos de mensagem em caso de descumprimento de decisões judiciais. O governo acionou o STF depois que o ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear as operações do Telegram no Brasil por ignorar determinações da Justiça para combater notícias falsas. Antes que a ordem fosse cumprida, o aplicativo russo comunicou que cumpriria as obrigações. A representação da AGU, no entanto, foi enviada em outro processo, que já tratava do tema. O pano de fundo da ação são decisões de instâncias inferiores que mandaram bloquear o WhatsApp por não fornecer mensagens de pessoas investigadas criminalmente que tiveram o sigilo quebrado pela Justiça. Em sua decisão, Rosa Weber afirmou que a AGU tentou usar outro processo para ‘questionar a validade jurídica’ da decisão de Moraes. A jurisprudência do tribunal afasta a revisão de decisões individuais de um ministro pelos colegas. “Por se mostrar manifestamente inadmissível a via processual eleita para a veiculação do pleito formulado, não conheço do pedido de tutela de urgência incidental deduzido pelo senhor advogado-Geral da União”, escreveu. A ministra ainda afirmou que a Advocacia-Geral da União, que representa judicialmente o Planalto, deve ‘defender a integridade da ordem jurídica em abstrato’ e não ‘buscar a tutela individual de interesses concretos e específicos’.
O vaivém da CPI do MEC – As suspeitas de corrupção no Ministério da Educação provocaram uma queda de braço no Senado Federal. Governo e oposição travam uma disputa em torno da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Após o depoimento de prefeitos e integrantes da pasta na Comissão de Educação do Senado, havia uma expectativa de que se chegaria a um número de assinaturas suficientes para a criação da CPI. Mas o desenrolar não foi bem assim. Ontem, dois senadores do Podemos retiraram a assinatura do requerimento para a criação da CPI do MEC. Styvenson Valentim (Podemos-AC) seguiu o colega de Casa e correligionário Oriovisto Guimarães (PR) e não aderiu ao movimento para instaurar uma investigação no Senado neste ano eleitoral. Com isso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tem 25 das 27 assinaturas necessárias para protocolar junto à Mesa Diretora do Senado a instalação da comissão. O processo de conquista de assinaturas causou cizânia entre os parlamentares após a senadora Rose de Freitas (MDB-ES) acusar em plenário, na última quinta-feira, que sua assinatura foi fraudada para integrar a lista para a criação da CPI. Ela acusa que o processo, realizado eletronicamente por meio do Sistema de Envios de Documentos Legislativo (Sedol), não teria sido assinado por ela ou por alguém sob sua instrução. Em resposta à declaração de Rose, Randolfe publicou um vídeo no qual acusa o governo de tentar criar uma “cortina de fumaça” para que as investigações não corram no Senado. “Após o recebimento da assinatura, de imediato, anunciamos que tínhamos alcançado as 27 assinaturas, o mínimo constitucional exigido para que fosse instalada a CPI”, contou o senador. “Logo em seguida, começou uma grande cortina de fumaça, montada pelo Palácio do Planalto, por Jair Bolsonaro e por seus partidários nas redes sociais. Dizia que a assinatura da senadora Rose de Freitas havia sido falsificada e que além disso, isso acabaria acarretando a cassação do nosso mandato”, disse o líder da oposição. “Dois dias depois da assinatura, no dia 6, a mesma senadora ou alguém designado por seu gabinete encaminhou um novo documento, pedindo a retirada da assinatura no requerimento da CPI”, completou. Randolfe disse que nunca mencionou o nome da parlamentar como uma das que subscreveram o requerimento da CPI e informou que já solicitou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que verifique o Protocolo da Internet (IP) de onde foi feita a assinatura. O Correio tentou etrar em contato com a senadora Rose de Freitas. Até o fechamento desta edição, não obteve resposta.
Expor o flamenguista e atingir o palmeirense – Assim, os petistas têm se referido ao ex-ministro da Infraestrutura e pré-candidato de Jair Bolsonaro ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Visto como um dos nomes que tem mais potencial para crescer nas pesquisas, pois é pouco conhecido e começa a disputa na casa dos 10%, ele virou o principal alvo dos adversários. “Ele torce para o Flamengo, não torce para nenhum time paulista. E nem sabe onde ficam as cidades paulistas”, diz o secretário-geral do PT, Paulo Teixeira.A ideia do PT desde já é transformar os futuros debates de conhecimentos gerais sobre o estado de São Paulo. E se o ex-ministro errar, o entusiasmo de hoje se transformará na maior frustração para a base governista e, apostam os petistas, afetará a campanha do presidente Jair Bolsonaro no maior colégio eleitoral do país. Os parlamentares do Republicanos, partido ao qual ex-ministro está filiado para concorrer ao governo estadual, acreditam que há tempo para Tarcísio conhecer todos os recantos do maior colégio eleitoral do país, a fim de evitar constrangimentos.
Ciro blindado – Nas conversas mais reservadas do governo, o relatório da Polícia Federal contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, é tratado como “investidas com viés eleitoral” e não abala a relação de Nogueira com o presidente Jair Bolsonaro. Acrescenta-se ainda que o relatório surge exatamente dois dias depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que Ciro era “craque” na articulação política. No bolsonarismo raiz, porém, a história é outra. Alguns bolsonaristas vão defender que o episódio seja usado para reduzir o poder do Centrão no governo. Só tem um probleminha nessa intenção: o Centrão é hoje o que dá lastro ao presidente Jair Bolsonaro no Congresso.
PM de SP contradiz Tarcísio de Freitas – Levantamento da Polícia Militar de São Paulo sobre o uso de câmeras nas fardas de integrantes da corporação contradiz a posição do pré-candidato a governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de que elas representam perigo para a segurança dos agentes. Segundo os dados, o uso de câmeras pelos policiais aumenta a proteção da tropa. Nos últimos três anos (2019-2021), entre os meses de junho e outubro, as ocorrências de resistência às abordagens policiais caíram 32,7% nos batalhões que usam a tecnologia. Nas unidades que não a utilizam, a queda foi de 19,2%.
Centro-direita isola eleição local, afaga Lula e evita Bolsonaro no Nordeste – Candidatos a governador de partidos de centro-direita no Nordeste iniciaram a pré-campanha com uma estratégia de isolar a eleição local do cenário polarizado entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) e adotar uma postura de neutralidade em relação ao pleito nacional. Sem uma referência na eleição nacional e competindo com adversários do campo da esquerda, pré-candidatos da União Brasil como ACM Neto (Bahia), Miguel Coelho (Pernambuco), Sílvio Mendes (Piauí) e Rodrigo Cunha (Alagoas) trabalham para não terem seus nomes associados a Bolsonaro, que tem baixa popularidade na região. Ao mesmo tempo, parte deles tenta buscar pontes com o eleitorado lulista. De forma comedida ou escancarada, elogiam o ex-presidente e repetem o discurso de boa relação institucional com Lula.
Bolsonaro é visto como ruim ou péssimo por quase metade em SP e RJ – O presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantém com avaliação majoritariamente negativa em dois dos maiores colégios eleitorais do país, de acordo com o Datafolha. Pesquisa do instituto feita de terça (5) a quinta-feira (7) aponta que 49% dos entrevistados do estado de São Paulo e 48% do Rio de Janeiro consideram seu governo ruim ou péssimo. Os que classificam a gestão como ótima ou boa são 28% entre os paulistas e 27% entre os fluminenses. A avaliação regular está em 23% tanto em São Paulo como no Rio. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, no levantamento em São Paulo e de três pontos percentuais no do Rio. O Datafolha ouviu nesta rodada 1.218 pessoas no estado do Rio e outras 1.806 no estado de São Paulo.
Alckmin: Doria ‘comprou prefeitos’ com repasse de verbas – O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), provável vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusou neste sábado o seu ex-colega de partido João Doria (PSDB) de “comprar prefeitos”. O ex-tucano também criticou a elevação de impostos no estado de São Paulo. Ao discursar no evento de debate sobre o programa de governo da pré-candidatura de Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo, Alckmin abordou a forma como a atual gestão investiu recursos públicos e disse: — Como aplicou o dinheiro? Fisiologismo, política do século XIX, dinheiro público que precisa ser respeitado. Você comprar prefeito? É inacreditável. Eu fui prefeito do MDB no auge da ditadura e não chegava a esse ponto. Você pôr a faca no peito e dizer que se ele não mudar de partido, não recebe dinheiro público, dinheiro do povo, pago com sacrífico de impostos. Não é possível isso. É preciso mudar — disse o ex-governador, sem citar o nome de Doria, que deixou o comando do estado no último dia 31 para disputar a Presidência da República.
‘No ano que vem, teremos um novo presidente’, diz Jorge Paulo Lemann – O empresário Jorge Paulo Lemann, que participou da oitava edição da Brazil Conference, neste sábado, ao responder o que gostaria de ter feito daqui a um ano, disse que há eleições acontecendo no país e que “teremos um novo presidente”. O evento é promovido pela comunidade brasileira de estudantes de Harvard e MIT, em Boston, nos Estados Unidos. —Temos uma eleição em curso no Brasil. No ano que vem, teremos um novo presidente — afirmou Lemann. — Meu objetivo básico é tentar melhorar a educação no Brasil. Temos um kit sobre como aprimorar a educação no Brasil, e estou ansioso para apresentar esse kit e as coisas em que temos trabalhado nos últimos anos. Homem mais rico do país segundo a revista “Forbes”, o empresário participou do evento ao lado de um novo bilionário brasileiro na lista da publicação, Henrique Dubugras, e de Justin Mateen, cofundador do aplicativo Tinder, debatendo a inovação nos modelos de trabalho pós-Covid.
VOCÊ PODE GOSTAR
OCEO do grupo Odilon Santos, Odilon Santos Neto, recebeu das mãos do presidente da BYD Brasil, Tyler Li (à esquerda) e do diretor comercial da fabricante, Bruno Paiva (à direita), o prêmio Protagonismo ESG BYD 2025, na categoria Mobilidade Sustentável. O reconhecimento se deve à incorporação de 29 ônibus elétricos articulados BYD adquiridos pela Rápido Araguaia e inseridos no BRT Leste-Oeste (Eixo Anhanguera) ao longo deste e do próximo ano. A solenidade foi realizada no dia 9 de dezembro, em São Paulo. Criado pela BYD, o Prêmio Protagonismo ESG valoriza empresas que adotam soluções sustentáveis por meio de tecnologias como energia solar, armazenamento inteligente, equipamentos elétricos, veículos pesados zero emissão e infraestrutura de recarga.
Luciana Porto – Kasane
Assessora de imprensa
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Essas são algumas tendências para os espaços corporativos após pandemia.
Publicado
6 horas agoon
dezembro 15, 2025Por
Elpidio Fiorda
Demanda por salas comerciais cresce e incorporadoras investem em novos projetos, mais confortáveis e amplos
Errou quem pensou que o mercado de imóveis corporativos iria declinar no período após a pandemia. De fato, no pós-imediato algumas empresas mantiveram suas equipes em home office, mas o momento do retorno chegou, há algum tempo, para a grande maioria. Agora com novas demandas, os imóveis comerciais precisam oferecer um formato que atenda às necessidades do usuário, que busca por conforto e dinamismo para desenvolver sua rotina de trabalho.

O gerente comercial da Euro Incorporações, Henrique Campelo, observa que ainda persiste uma herança da pandemia, que é o modelo híbrido, mas nem todas as atividades puderam se encaixar, como as atividades da área da saúde, por exemplo, que muitas vezes exige o contato direto com o consumidor. Além disso, a presença física continua sendo fundamental para as equipes, o que gerou uma alta na demanda de salas comerciais no retorno e a busca por espaços mais atuais, modernos, confortáveis, flexíveis e maiores.
Os gráficos mostram o aumento contínuo e sustentado na busca por imóveis comerciais em Goiânia. Dados de estudo de mercado feito pela Brain para a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), em junho deste ano, mostram a ascensão.
O setor de imóveis comerciais não teve nenhum lançamento na cidade em 2019, momento pré-pandemia, mas foi retomado com 81 unidades lançadas em 2020; 172 em 2021; 383 em 2022; chegando ao volume de 1.150 unidades lançadas só na capital em 2023. Neste ano, o setor recebeu, até junho, o lançamento de 851 unidades comerciais. O volume de vendas também passa pela forte retomada. Em 2023, foram comercializadas 958 salas corporativas em Goiânia; em 2024 foram 394 e neste ano já passam de 620.

Uma das heranças do período de isolamento foi o desejo por espaços menos adensados, mais humanizados, que geram sensação de conforto, acolhimento e facilidade – que vem sendo contemplado por novos projetos. Um exemplo é o complexo de uso misto Euro Towers, no Park Lozandes, em Goiânia. O projeto, lançado em 2022 e que tem previsão de entrega para maio e novembro de 2026 , conta com 733 unidades distribuídas em duas torres, sendo uma totalmente comercial e outra mista, com unidades residenciais e comerciais. O espaço oferece como diferencial, além da vista livre e da modernidade do projeto arquitetônico, o tamanho das salas e lajes disponíveis, que variam de 40 a 770 m².
Com mall térreo com 14 lojas, com fachada ativa (integrada com a rua), vagas rotativas na rua, porte-cochère, e acesso fácil com proximidade a diversos serviços públicos e privados, o empreendimento foi aprovado pelo consumidor. Mais de 80% das unidades comerciais já estão vendidas e as lajes maiores foram comercializadas rapidamente, segundo o gerente comercial Henrique Campelo. “Este foi um projeto pensado para oferecer o conforto e a sensação de bem-estar que as pessoas estão buscando no ambiente de trabalho, que passou a ser mais valorizado como local de permanência, pertencimento e descompressão nos últimos anos”, destaca ele.
O advogado Luiz Gustavo Dias é um exemplo. Ele decidiu investir na compra de três salas comerciais no Euro Towers. Ele e seus sócios irão transferir o escritório de advocacia que hoje opera no setor Sul, para o edifício, no Park Lozandes. Entre os atrativos para a mudança, ele destaca a localização. “A proximidade com os órgãos do judiciário é muito importante para nós, além disso a região é muito valorizada e o projeto vai atender a uma alta demanda, que encontra pouca oferta na região”, destacou ele.
Além disso, fatores como menor incidência solar direta e ter um espaço integrado e amplo contaram muitos pontos positivos. “O ambiente ideal para o escritório, justamente foi um dos motivos de termos escolhido essas três salas em conjunto, que são totalmente integradas, sem pilares, assim, o formato da sala contribui com nosso conceito de trabalho e a concepção decorativa”, destacou ele. Além disso, o fato do prédio oferecer as paredes externas com mais vidro, aumenta a sensação de amplitude do espaço e melhora o conforto visual, conforme o advogado.
COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS
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Ciência cidadã: com apoio do Sicoob UniCentro Br e Grupo Saga, Projeto Peixara ganha capacitação para guias no Rio Araguaia
Publicado
6 horas agoon
dezembro 15, 2025Por
Elpidio Fiorda
ção contou com cinco dias de treinamento para guias de pesca esportiva e demais atividades turísticas da região direcionado a mulheres ribeirinhas. Há quatro anos, iniciativa recebe apoio da cooperativa financeira para produção de materiais educativos e manutenção das expedições.
O Projeto Peixara surgiu em 2021, a partir da preocupação de pescadores esportivos do Rio Araguaia com a preservação do peixe Piraíba, espécie-alvo da prática e de grande importância ecológica, social e econômica para a bacia. Desde sua criação, o programa recebe patrocínio do Sicoob UniCentro Br para a manutenção de suas atividades, especialmente no período de alta temporada, registrado entre os meses de junho e agosto. Neste final de ano, a parceria ganhou mais um capítulo e uniu forças com o Grupo Saga para uma ação de capacitação dos ribeirinhos que atuam como guias de pesca esportiva na região, constituindo uma das vertentes do projeto: a Ciência Cidadã.
Conforme citado no Termo Aditivo UFMT/2025, do Ministério da Pesca e Aquicultura, estudos apontam que as atividades turísticas no Rio Araguaia chegam a movimentar mais de R$ 17 bi, ao longo do ano. De acordo com a coordenadora técnica do Projeto Peixara, Lisiane Hahn, a função do Guia de Pesca Esportiva é primordial para esse processo, porque é responsável por toda a orientação ao público. Nesse cenário, ela conta que existem muitas mulheres que pilotam barcos, conhecem os tipos de peixes e são receptivas ao público, mas enfrentam dificuldades para entrar no mercado, principalmente por ser uma área predominantemente masculina. “Contudo, nota-se uma procura maior pela pesca esportiva por parte famílias, casais e grupos femininos que estão frequentando o Rio Araguaia, o que confere uma maior abertura para essas mulheres no mercado”, explica.
Com isso, Lisiane conta que foi identificada uma demanda social por maior inclusão das mulheres na pesca esportiva e a necessidade de fortalecer a autoconfiança. “A proposta foi apresentada ao Sicoob UniCentro Br e ao Grupo Saga, que prontamente apoiaram a iniciativa”, revela. Ao todo foram 15 mulheres interessadas em ingressarem no mercado e que participaram de uma semana de atividades, cuja programação incluiu aulas sobre empoderamento feminino; atendimento ao cliente; planejamento financeiro; direitos e deveres na pesca esportiva; mídias sociais; noções básicas de navegação segura; biologia, ecologia e conservação dos peixes; e melhores práticas na pesca esportiva.
Segundo o educador financeiro do Sicoob UniCentro Br, Gabriel Garola, que foi um dos mentores da capacitação, a cooperativa ficou responsável pelas aulas de educação financeira. “Nós orientamos especialmente a gestão das finanças direcionada ao fluxo de renda que os guias possuem e a importância de saber fazer um bom planejamento”, destaca. Ele complementa que o equilíbrio financeiro é o que pode garantir a sustentação das atividades profissionais e a conciliação com a vida pessoal dessas mulheres. “Iniciar em uma nova área profissional, sem uma organização das finanças, traria muita instabilidade para elas exercerem esse papel no mercado. Então, a educação financeira é fundamental para uma gestão eficaz de recursos e até a possibilidade de realizar investimentos, como a aquisição de uma canoa, de um motor, para ampliar os negócios. Além disso, o planejamento financeiro é essencial para o período da piracema, garantindo a continuidade das atividades financeiras na região”, pontua.
Ciência cidadã
Para além da dimensão social dessa capacitação, Lisiane Hahn lembra que essa vertente do Projeto Peixara, o Ciência Cidadã, envolve a participação de não cientistas na geração de dados para a pesquisa. “Guias de pesca esportiva são capacitados em boas práticas e na coleta de informações, como o ‘tagueamento’ das espécies com marcas plásticas para identificação e estudo de movimento, coleta de amostras para análise de DNA e registro das medidas dos peixes capturados”, ressalta. Dessa forma, ela observa que esses profissionais coletam informações essenciais para a conservação e manejo, por meio da constatação da pesca predatória, além dos impactos das altas temperaturas e da redução da profundidade do rio na fisiologia e sobrevivência das espécies.
No fenômeno natural da Piracema, por exemplo, no qual os peixes migram rio acima para se reproduzirem, há a proibição da pesca em diversas regiões do Brasil, que é uma medida essencial para a manutenção da biodiversidade aquática. Lisiane observa que é por meio da contribuição dos guias que são registrados esses deslocamentos e os movimentos sincronizados entre indivíduos e o uso de afluentes para reprodução, além da orientação aos turistas para não realizarem a pesca. “Conservação e desenvolvimento podem coexistir na bacia, desde que as atividades turísticas sejam realizadas com critérios e foco no peixe e no rio, base da geração de renda. A pesca esportiva aproxima as pessoas da natureza e tem grande potencial para despertar a consciência coletiva sobre a conservação de ambientes e espécies”, arremata.
Sobre o Projeto Peixara
Sob coordenação técnica da bióloga e doutora em Ecologia, Lisiane Hahn, o Projeto Peixara é uma iniciativa que tem por objetivo a conservação dos peixes e a manutenção da pesca no Rio Araguaia. A equipe do projeto é composta por pesquisadores das áreas de Biologia e Ecologia de Peixes, por guias de pesca capacitados pelo projeto e por um diverso grupo de pessoas (empresários, profissionais liberais, estudantes). As expedições dos pesquisadores ocorrem em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e são apoiadas pelo Ministério da e Agricultura, outros órgãos do setor público e por instituições privadas, dentre elas o Sicoob UniCentro Br.
Sobre o Sicoob UniCentro Br
É uma cooperativa financeira de livre admissão que tem como objetivo administrar os recursos financeiros dos cooperados, proporcionando maior rentabilidade e justiça financeira a todos. Fundada há 33 anos, em Goiânia, a instituição administra R$ 9,8 bilhões em ativos e conta com mais de 117 mil cooperados no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Em 2025, conquistou pelo quarto ano consecutivo o selo “Lugares Incríveis para Trabalhar”, pelo quinto ano consecutivo a certificação GPTW (Great Place to Work) e, pelo segundo ano consecutivo, integrou o ranking das 150 empresas “Lugares Mais Incríveis para Trabalhar”, reconhecimentos que destacam organizações com excelência na gestão do clima organizacional e na experiência dos colaboradores.
Geovana Nascimento – Kasane