Cerca de 17% da população brasileira é formada por jovens entre 14 e 24 anos. Desse grupo, 5,2 milhões estão desempregados. Neste 24 de abril, Dia Nacional do Jovem Trabalhador, vale lembrar que preocupação com empregabilidade nessa faixa de idade é antiga
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, dos mais de 200 milhões de habitantes do Brasil, 17% são jovens com idades entre 14 a 24 anos. Desse grupo, 5,2 milhões, ou 55%, estão desempregados. Já a pesquisa Empregabilidade Jovem Brasil, realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e referente ao primeiro trimestre de 2023, mostrou que 23% das jovens mulheres ocupadas e 37% dos homens ocupados na mesma faixa de idade não concluíram o Ensino Médio. Entre os jovens considerados desocupados, 38% das mulheres não terminaram essa etapa da escolaridade, e 46% dos homens também não concluíram. O levantamento do CIEE ainda revela que apenas 9% das jovens ocupadas e 5% dos jovens ocupados têm ensino superior.
Neste próximo dia 24 de abril, quando celebra-se o Dia Nacional do Jovem Trabalhador, vale lembrar que a fomentação da empregabilidade entre os jovens é uma preocupação antiga Brasil, pois já no início dos anos 1940, com o Decreto-lei nº 5.452, referente à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), já se estabelecia normas e obrigações para contratação de pessoas nessa faixa etária. Atualmente, as contratações dos jovens aprendizes são realizadas por intermédio da Lei da Aprendizagem 10.097/2000. “Essa lei tem como objetivo promover a formação profissional e gerar oportunidades para os jovens no mercado de trabalho. Empresas de médio e grande porte precisam promover a contratação de aprendizes”, explica a analista de recursos humanos Laura Helena Longo.
A especialista, que responde pela gestão de RH da Localiza Imóveis, esclarece que os jovens aprendizes devem ser contratados por uma empresa terceirizada especializada no assunto. No caso da Localiza, onde Laura atua, é o Centro Salesiano do Adolescente Trabalhador de Goiânia (Cesam) que faz essa intermediação entre os jovens trabalhadores e a companhia. “O nosso papel, enquanto empresa, é desenvolver competências, responsabilidades, senso organizacional e sentimento de pertencimento. Fazemos questão de inseri-los em todas as atividades”, conta Laura. Exemplo disso é a auxiliar de escritório Kauany Sthefany da Silva Brito, que anos teve seu primeiro contato com o mercado de trabalho na Localiza Imóveis aos 17 anos.
Hoje com 18 anos, ela diz que tal oportunidade lhe trouxe muita bagagem profissional. “Nesse período em que estou aqui eu aprendi a ter um bom posicionamento com as pessoas, a me comunicar melhor e a me posicionar melhor no exercício das minhas funções. Hoje estou muito feliz de poder estar vivendo tal experiência”, revela. Atualmente, já efetivada, a auxiliar de escritório afirma que quer melhorar cada vez mais como profissional. “Com meu esforço e dedicação eu conquistei o meu objetivo, que era ser contratada e poder contribuir com o crescimento da empresa”, informa
A analista de RH Laura Helena Longo afirma que muitos dos jovens aprendizes que passaram pela Localiza Imóveis também conseguiram seu primeiro emprego efetivo. “E sempre que surge uma oportunidade interna que acreditamos que eles atendam os requisitos, fazemos a avaliação e oferecemos a proposta de efetivação”, complementa.
