No próximo dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. A data foi criada para conscientizar e chamar atenção da população sobre os cuidados e controle efetivos desse tipo de doença. O câncer de cabeça e pescoço é o quinto mais comum no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, causando cerca de 10 mil mortes ao ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A data integra a campanha Julho Verde.
A médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta explica que um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio
A data foi originada no congresso mundial da especialidade, realizado em 2014, pela Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço (IFHNOS). O objetivo da ação é fortalecer os sistemas de saúde e introduzir abordagens de conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço.
De acordo com a médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta, essa campanha é importantíssima, pois um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio. “Em 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço, a doença é descoberta tardiamente. Esse fator é responsável por um impacto negativo na sobrevida do paciente”, explica.
Segundo o Inca, para cada ano do triênio 2023-2025, são esperados no Brasil quase 50 mil casos novos de câncer na região da cabeça e do pescoço. De acordo com o IFHNOS, anualmente, cerca de 700 mil novos casos são diagnosticados no mundo.
Os tumores de cabeça e pescoço são aqueles que se manifestam, inicialmente, em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireóide, seios paranasais, fossas nasais e glândulas salivares. “O papel do otorrinolaringologista pode ser crucial no diagnóstico e tratamento do câncer de cabeça e pescoço, pois geralmente somos a primeira especialidade médica a avaliar os sintomas relacionados à doença”, destaca Juliana Caixeta.
A médica alerta para os sinais que requerem a necessidade de uma consulta médica. “Sintomas como lesões de pele que não cicatrizam, que têm uma consistência mais endurecida, bordas e coloração irregulares, feridas persistentes na boca, dor de garganta persistente, dificuldade para engolir, engasgos, nódulos ou caroços no pescoço que estão aumentando de tamanho e rouquidão persistente por mais de 15 dias podem ser indícios de câncer nas regiões da cabeça e do pescoço”.
O consumo de tabaco e álcool agrava o risco de câncer de cabeça e de pescoço, aumentando em cinco vezes o risco de câncer na região. “O maior fator de risco é o tabagismo, responsável por 97% dos diagnósticos de câncer de laringe”, destaca a médica Juliana Caixeta. A incidência da doença é maior em pessoas acima de 50 anos.
Juliana Caixeta destaca que outra grande causadora do câncer de cabeça e pescoço é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que tem contribuído para o aumento na incidência da doença em jovens nos últimos anos, em virtude da falta de uso de preservativos na prática do sexo oral, por exemplo.
A detecção precoce dos diferentes tipos de câncer de cabeça e pescoço, assim como de qualquer outra condição clínica, assegura um tratamento mais eficaz e diminui significativamente os riscos de agravamento.
“Nos casos de câncer de cabeça e pescoço, essa identificação rápida é extremamente importante pois ela pode impedir que a pessoa precise passar por cirurgias que podem impactar diretamente os sentidos da fala, olfato e visão, afetando diretamente a qualidade de vida do paciente, muitas vezes de forma definitiva”, alerta a médica Juliana Caixeta.
Serviço
Dia Mundial da Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço
Quando: 27 de julho
Fonte: médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta
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