Notícias
Em casa e na escola: brincadeiras ao ar livre trazem benefícios para o desenvolvimento infantil
De olho na importância de promover o contato com a natureza na infância, incorporadoras projetam residencial com foco no lazer naturalizado. Com a mesma preocupação, escolas estendem atividades das crianças para fora da sala e incentivam brincadeiras “à moda antiga
diferença entre os tipos de interação das crianças de hoje em relação às gerações passadas vem preocupando especialistas em infância do mundo todo, uma vez que a prática de atividades ao ar livre tem diminuído progressivamente. Segundo estudo publicado na Educational Research, o acesso ao ambiente natural estimula o desenvolvimento saudável dos pequenos em todas as suas dimensões: física, emocional, intelectual e social. Contudo, nas grandes cidades, é comum que se more em apartamentos, com pouco ou quase nenhum acesso a ambientes externos que favoreçam as brincadeiras ao ar livre. Para solucionar esse impasse, novos projetos de residenciais verticais têm buscado oportunizar o contato infantil com a natureza.
É o caso do Mediterranè, primeiro lançamento do ano de uma parceria entre GPL Incorporadora, SOMOS Desenvolvimento Imobiliário e Partini Incorporadora. Além da localização estratégica deste residencial favorecer as atividades externas, já que o prédio estará próximo do Parque Flamboyant e da Praça das Artes, o projeto ainda buscou alinhar um resgate do contato com a natureza, mesmo para quem mora em apartamento. “Há previsão para horta, árvores frutíferas e diversas outras plantas, para que a natureza não esteja presente somente fora, mas também dentro do condomínio”, conta Guilherme Pinheiro, diretor de novos negócios da GPL Incorporadora e responsável pela concepção do produto.
De acordo com Guilherme, a ideia foi incentivar a disseminação do que ele chama de lazer naturalizado, por meio do qual a inserção de elementos naturais propõe uma integração completa entre diversão e natureza, o que potencializa a imaginação e os momentos compartilhados em família. Nesse sentido, ele destaca o espaço infantil do empreendimento, que foi idealizado a partir de estudos de desenvolvimento das crianças. “Na proposta de playground naturalizado, as crianças poderão brincar como antigamente, utilizando elementos como água e areia, além de explorar a criatividade e a imaginação, por meio de brincadeiras lúdicas ao ar livre, que promovam o aprimoramento das diversas capacidades cognitivas da infância”, ressalta.
Estímulo e investigação
Brincar fora de casa com outras crianças e em contato com a natureza traz muitos benefícios para a saúde mental e física das crianças. Por essa razão, ao escolher um lugar para morar, esse deve ser um dos critérios prioritários das famílias. Entretanto, essa preocupação não se restringe aos núcleos familiares, pois os ambientes escolares também contribuem com o desenvolvimento infantil e podem colaborar com o estímulo a essas atividades que exploram o ambiente de forma espontânea, para promover uma infância mais saudável e equilibrada.
No Colégio Externato São José, por exemplo, a Educação Infantil tem interações e brincadeiras como os eixos estruturantes do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças. “Garantimos diferentes formas de brincar, concebendo como ação essencial para o desenvolvimento integral dos alunos. Então, oportunizamos o brincar livre e momentos nos quais acontecem brincadeiras e jogos com objetivos específicos de aprendizagem. As crianças participam de vivências, experiências nas quais elas imaginam, investigam, criam, expressam suas ideias, constroem noções, conceitos, afetos, habilidades, atitudes e valores, construindo sua identidade”, explica Tatiana Santana, diretora pedagógica do Colégio Externato São José.
A educadora ainda reforça a importância do contato direto com a natureza e os elementos naturais nesse processo. “O Projeto de Investigação é uma atividade por meio da qual os alunos são convidados a investigar e compreender o que está ao redor, a exemplo de como nascem a frutas e vegetais, avaliando seus sabores e texturas, se dedicando aos cuidados com o plantio na horta escolar, a produção de receitas com a nutricionista do restaurante interno da escola, desenhos de observação e rodas de conversas. Nesse contexto, por trás do que pode parecer uma simples brincadeira, está o estímulo ao desenvolvimento da intelectualidade e da curiosidade, das noções de espaço e respeito ao alimento, à preservação”, complementa Tatiana.
Lazer naturalizado
O Colégio Integrado Flamboyant Kids, unidade voltada para a Educação Infantil e Ensino Fundamental I, tem como um dos pilares a promoção do contato das crianças com a natureza e a vivência do brincar livre. A escola conta com um pomar no parque onde elas têm acesso direto a plantas, árvores e terra, explorando sensações naturais como cheiros, texturas e cores ao caminhar descalços. Além disso, atividades como o cultivo de sementes em canteiros, com o plantio de abóboras, girassóis e temperos, fazem parte do cotidiano dos alunos. A Vila, com suas casinhas, igrejinha e praça, estimula a criação de histórias e brincadeiras, enquanto a quadra e o pátio são espaços para jogos tradicionais, como bola, pique-esconde e pular corda. A escola também resgata brincadeiras antigas, como corre-cotia e passa-anel, com a participação ativa das professoras. “Essas experiências ao ar livre são essenciais para o desenvolvimento das crianças, estimulando tanto o aprendizado quanto o bem-estar, e criando um ambiente de descobertas e convivência saudável”, destaca a diretora da unidade, Stephanie Siqueira.
No Brasil já foram notificados mais de 64 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, em 2025 Com a chegada do inverno e a intensificação do tempo seco, o Hospital Santa Helena reforça o alerta sobre os cuidados com a saúde respiratória da população.
As temperaturas mais baixas e o ar seco favorecem a disseminação de vírus causadores de infecções como gripe, resfriado comum, covid-19 — que ainda não está totalmente controlada — além de outras enfermidades como sinusite, rinite, asma e bronquite, cujas ocorrências aumentam significativamente nesta época do ano.Segundo o pneumologista José Renan V. da Costa Júnior, diversos fatores tornam o inverno um período crítico para a saúde respiratória.
“A combinação entre clima seco e frio reduz a eficiência das defesas naturais do organismo, especialmente dos cílios da mucosa respiratória, facilitando a ação de vírus e bactérias”, explica.Entre os principais vírus respiratórios circulantes estão o Influenza (causador da gripe), o Vírus Sincicial Respiratório (importante causador de bronquiolite em crianças), Parainfluenza, Adenovírus e o próprio SARS-CoV-2, responsável pela covid-19.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil já foram notificados mais de 64 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, este ano.
Além dos efeitos fisiológicos do clima, os hábitos comportamentais adotados nessa estação também favorecem a propagação dos vírus.
O confinamento em ambientes fechados e com pouca ventilação, comum durante o frio, especialmente em escolas, contribui para o aumento das transmissões, assim como o agravamento da poluição do ar.
Grupos de risco merecem atenção especial. De acordo com o Dr. José Renan, alguns grupos apresentam maior vulnerabilidade às infecções respiratórias e suas possíveis complicações.
São eles: crianças menores de 2 anos, idosos, pessoas imunossuprimidas (como portadores do HIV) e aqueles com comorbidades, especialmente doenças pulmonares crônicas.
A principal forma de transmissão desses vírus é por gotículas respiratórias, liberadas quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Por isso, medidas preventivas são essenciais para conter a disseminação. Medidas de prevençãoA vacinação é, de longe, a principal forma de prevenção.
Estão disponíveis imunizantes contra a Influenza, Covid-19 e Vírus Sincicial Respiratório, cada um com indicações específicas conforme a faixa etária e grupo de risco.Também existem as medidas não farmacológicas como: Uso de máscaras por pessoas sintomáticas; Higienização frequente das mãos;
Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar (etiqueta respiratória); manter os ambientes ventilados, com janelas e portas abertas sempre que possível; Uso de filtros HEPA e irradiação UV, especialmente em ambientes hospitalares.A epidemiologia das infecções respiratórias é influenciada por diversos fatores como idade, clima, estado de saúde e intervenções em saúde pública.
A prevenção eficaz depende da combinação entre vacinação, cuidados de higiene, controle ambiental e atenção médica adequada.
“Em casos específicos, como na infecção por Influenza, o tratamento precoce pode ser indicado, sempre sob orientação médica. A automedicação é contraindicada, pois pode provocar resistência aos medicamentos e gerar desabastecimento”, avalia o médicoO Hospital Santa Helena reforça que a conscientização e o cuidado coletivo são fundamentais para enfrentar os desafios respiratórios do inverno com segurança e saúde.
Marilane Correntino
Assessoria de imprensa do HSH
