De volta ao aconchego
O retorno às origens, buscando na terra e na ancestralidade encontrar um equilíbrio entre o passado e o futuro. Essa é a proposta da CASACOR Goiás 2021, que mergulha no tema ‘A Casa original’ na procura por respostas aos avanços da modernidade e da hiperconectividade e traz reflexões sobre o mundo tecnológico e contemporâneo.
A mais completa mostra de arquitetura e decoração das Américas, realizada em uma área de 6.600 m² anexa ao Flamboyant Shopping, exibe 45 ambientes, que refletem o momento atual: a busca pelo que realmente importa, o aconchego do lar, o menos é mais, o afeto. Os 65 profissionais que participam dessa edição trazem para o público projetos com forte resgate às raízes e à simplicidade.
Os espaços da edição 2021 são de grande proporção, boa parte deles conta com mais de 100m². O uso de elementos naturais como pedras e plantas é um dos pontos de conexão entre os ambientes.
‘A Casa Original’, nas palavras de Eliane Martins, franqueada da CASACOR Goiás ao lado da sócia, Sheila de Podestá, é uma resposta a nossa necessidade de estar sempre conectado e em constante mudança. “Isso também nos causa uma sensação de instabilidade. Seja pelo ímpeto de acompanhar os passos dessa rápida evolução ou pelo sentimento que brota e das consequências desse viver mais frenético”, reflete.
Segundo Eliane, o visitante será conduzido por uma verdadeira viagem pelos ambientes projetados pelos arquitetos, designers e paisagistas que fazem parte da edição 2021, a 24ª da CASACOR Goiás.
Além de referência para arquitetura, design e paisagismo, a CASACOR Goiás é um ponto de encontro já tradicional na cidade. Todos os anos, a mostra atrai visitantes em busca não apenas das novidades do segmento, mas também para um passeio, um bate-papo com os amigos, um happy hour ou jantar sofisticado.
Um dos destaques dessa edição é o Juá, restaurante do chef Junior Marinho, que traz para a mostra um cardápio moderno e contemporâneo, uma marca da sua personalidade. É um menu criativo, autoral, fresco, regional e com utilização de técnicas elaboradas.
Já o Sushi Bar é assinado por Jun Sakamoto, o precursor da alta gastronomia japonesa do Brasil. Jun leva para a mostra uma prévia do restaurante que será aberto em breve no Flamboyant. O espaço foi pensado para mesclar sofisticação e descontração, com drinques e entradas de inspiração japonesa, perfeito para reunir amigos para um happy hour ou aperitivos antes do jantar.
Também no mix gastronômico está a Doce Doce, que deixa a mostra todos os anos mais gostosa. Sua clássica coxinha com catupiry é um dos itens mais pedidos da casa, além das delícias da pâtiserrie, como verrines, éclairs e outros doces da culinária francesa. No espaço também será servido chás da Moncloa e carta de vinhos assinada pela Adega Cave Época.
Quem também participa da mostra é a sorveteria ALATA, do chef Ian Baiocchi. Com criações inusitadas, ingredientes regionais e uma pegada moderna e super instagramável,
ALATA completa o mix gastronômico da CASACOR Goiás.
Apesar dos desafios de realizar a mostra 2021, Eliane Martins aposta em um evento seguro, bonito e cheio de alegria. Ela acrescenta que a entrega digital nesta edição será muito maior, em virtude dos novos tempos e demandas. “Disponibilizaremos um tour virtual 3D da mostra, gratuito”, conta. Outra preocupação é limitar o número de visitantes da mostra: serão 200 pessoas por período com tempo máximo de permanência de 2h30.
Sobre a CASACOR
A CASACOR é uma das empresas do Grupo Abril, é reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas. Anualmente, o evento reúne renomados arquitetos, designers de interiores e paisagistas em 21 praças nacionais e mais seis internacionais.
Serviço
Quando: 28 de agosto a 12 de outubro
Horários: terça a sexta, das 15h às 22h. E aos sábados e domingos, das 12h às 22h. Tempo total máximo de permanência na mostra é 2h30.
Onde: área anexa ao Flamboyant Shopping. Entrada pelo Garden do Shopping
Valores da visitação: R$70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia entrada. Visitantes com direito a desconto de ½ entrada devem apresentar documento com foto na bilheteria CASACOR Goiás. Os descontos não são cumulativos.Crianças até 10 anos não pagam. Crianças acima de 10 anos pagam meia-entrada.
Vendas antecipadas para a visitação da CASACOR Goiás 2021. Os ingressos da edição serão 100% digitais. A mostra será realizada de 28 de agosto a 12 de outubro, em área anexa ao Flamboyant Shopping, sendo a entrada pelo Garden Shopping. A visita seguirá todos os protocolos de segurança e proteção relacionados à Covid-19.
Para adquirir seu ingresso, acesse o site: https://casacorgoias.byinti.com/
A mostra é totalmente acessível e segura conforme os decretos em vigor e implantação de medidas sanitárias contra a COVID-19.
Montagem dirigida por Fábio Porchat reúne nove esquetes cômicas que misturam textos inéditos e roteiros escritos há 20 anos, nos dias 6 e 7 de dezembro, no Teatro Goiânia. Os ingressos já estão disponíveis no site Ingresso Digital
Nos dias 6, às 19h e 7 de dezembro, às 18h, o palco do Teatro Goiânia recebe a comédia “Agora É Que São Elas!”, protagonizada por Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco. Em cena, as atrizes se transformam em vinte personagens, entre femininos e masculinos, que conduzem nove esquetes escritos e dirigidos por Fábio Porchat.
A montagem se destaca pelo humor de identificação, que traz situações cotidianas e personagens reconhecíveis, sempre com espaço para improvisação. Cada apresentação se torna única, já que as cenas podem ganhar novas nuances a cada noite.
Os ingressos estão disponíveis no site Ingresso Digital (https://www.ingressodigital.com/), com valores entre R$ a R$ , de acordo com o setor escolhido na plateia e o tipo de ingresso (inteira, social ou meia). Também está disponível a opção de ingresso social, que garante desconto para todos que levarem 1 kg de alimento não perecível, que deverá ser entregue na portaria do evento, junto à validação do ingresso.
Para compor o espetáculo, Porchat reuniu textos inéditos e outros que remontam aos anos de 2004 e 2005, período em que era estudante da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro. Algumas das histórias foram originalmente encenadas ao lado do colega e amigo Paulo Gustavo.
“Foi muito lindo revisitar esses textos escritos há 20 anos, que eu fiz na escola pro meu colega Paulo Gustavo. E foi bom ver que esse material ainda é atual, funciona e é engraçado. Se estivermos conectados ao que acontece ao nosso redor, vamos entender o Brasil, os costumes e as pessoas que estão à nossa volta”, conta o diretor.
Entre os destaques está “Superstição”, que mostra o reencontro de duas amigas com visões opostas sobre crenças populares: uma devota de todos os rituais e outra totalmente cética. Já em “Selfie”, uma fã (Priscila) aborda uma atriz famosa (Maria Clara) em um restaurante, mas, ao tentar registrar a foto, começa a apontar defeitos na artista que admira. O esquete mais recente, “Meu bebê”, traz Júlia e Priscila como um casal que compara seu filho de oito meses com os das amigas, em uma competição implícita pelo título de criança mais inteligente.
Com diálogos afiados e situações que refletem a vida real, “Agora É Que São Elas!” oferece ao público goiano duas noites de humor inteligente, capaz de arrancar risadas ao mesmo tempo em que expõe fragilidades e manias tão humanas quanto atuais.
SERVIÇO
Agora É Que São Elas – Goiânia
Data: 6 e 7 de dezembro
Horário: 18h e 19h
Local: Teatro Goiânia (R. 23, 252 – St. Central, Goiânia)
Há artistas que não vêm ao mundo para enfeitar paredes. Vêm para ferir a superfície, para abrir fendas onde antes havia apenas uma imagem apaziguada. Erasmo Gama é desses. Sua arte não se oferece de imediato. Ela não grita. Ela sussurra e exige escuta. Quando estive diante das obras dele, senti que não bastava olhar. Era preciso entrar. Caminhar para dentro da cor, do corpo, do traço. Era preciso me despir das leituras prontas, da pressa cotidiana, da fadiga dos olhos acostumados a ver muito e sentir pouco. Erasmo pinta o silêncio humano, aquele que mora entre uma respiração e outra, aquele que acontece quando a alma se recolhe para sobreviver ao mundo. Seus rostos, às vezes diluídos, às vezes suspensos no quase-nada, não estão posando para nós: Eles existem, e existir nunca é leve. Há uma dor silenciosa em sua paleta. Mas é uma dor que não grita, não sangra, não faz espetáculo. É uma dor mansa, como quem já entendeu que a vida é bruta e sagrada ao mesmo tempo. Os corpos que ele pinta não carregam peso no gesto, carregam peso na alma. Há um recolhimento. Um pudor. Uma solidão tão profunda que quase escutamos o eco do pensamento. Erasmo olha para o mundo de dentro. E esse olhar exige coragem, a coragem de ver o que não é dito, o que não se exibe, o que não se mostra para sobreviver às relações. Sua arte é metafísica: não comenta o mundo, pergunta-o. Não desenha a vida, interroga-a. E, quando nos deparamos com suas figuras suspensas no tempo, sentimos que estamos diante de nós mesmos, mas nós como raramente nos vemos: vulneráveis, desarmados, inteiros. Percebi, enquanto observava, que ele não pinta a dor, ele pinta o depois da dor. O momento em que a alma se recompõe em silêncio, sem espetáculo, sem dramatização. O momento em que a vida segue, mesmo ainda latejando. Erasmo Gama não quer nos agradar. Ele quer nos atravessar. E atravessou. Saí dali diferente, como quem tocou uma ferida antiga e, ao invés de sangrar, compreendeu. Compreendi minha própria solidão. Eu não sabia, ao me aproximar das obras de Erasmo Gama, que algo em mim iria se mover de um jeito tão íntimo. Não era sobre forma ou técnica. Não era sobre o entendimento que se aprende nos livros ou nas salas brancas dos museus. O que ele pinta, não pedem explicação. Eles existem. Existe neles uma dor quieta, um eco de vida vivida, uma memória que não se grita, e eu reconheci tudo isso. Porque também já vivi silêncios que ninguém viu. Também já carreguei lágrimas que não chegaram a cair. Também já sentei diante da vida tentando entender onde foi que a alma ficou cansada. Erasmo não pinta sofrimento. Ele pinta o depois. Aquele instante onde a gente entende que a dor não nos destrói, ela nos molda. Ela ferve, depura, reconfigura. E, quando passa, deixa um vazio manso. Um vazio que não ameaça, acolhe. Eu olhava aquelas figuras suspensas no tempo e sentia que não era a obra que eu via. Era eu. Eu, com minhas memórias. Eu, com minhas perdas. Eu, com as palavras que calei para sobreviver. Eu, com a força que nasceu justamente quando pensei que não tinha mais nenhuma. E foi ali, sem ninguém perceber, que algo se abriu dentro de mim. Uma espécie de reconciliação. Uma conversa entre o que eu fui e o que eu ainda estou aprendendo a ser. Erasmo não faz arte para decorar paredes. Ele faz arte para abrir frestas. Para que o mundo entre. Para que a alma respire. Para que a gente se reconheça onde já não sabia mais se encontrar. Saí dali tocada. Não emocionada. Transformada. Porque existem artistas que pintam o mundo de fora. E existem artistas, raros, que pintam o mundo que existe dentro de nós. Erasmo Gama é desse último tipo. E eu o encontrei. Ou talvez…um cachorro de rua Caramelo, nos fez encontrar a poesia da vida. Cada um a sua maneira. Renata Soares sua esposa, com sua sensibilidade, é o portal da arte de Erasmo. Compreendi, que os dois se completam em um amor de nunca deixar a mão do outro. Compreendi esses instantes onde o mundo fica suspenso e só resta o coração como bússola. A arte dele não se explica. Se respira. Se escuta. Se leva consigo. E quem a leva, já não volta igual. Porque ver uma tela de Erasmo Gama é ser vista por ele. E, no fim, é isso que a arte verdadeira faz: Ela nos revela.
Se você quiser conhecer a obra do Erasmo Gama, ele estará dia 08/11 as 11hs ao lado de vários artistas na exposição Poíesis + Livro de Artista. Local: Ed. Buena Vista Office Design Avenida T4,619 Salas 704-705 – Setor Bueno
Projeto REEXISTIR celebra sua quarta edição neste sábado (18), em Goiânia
O Projeto REEXISTIR chega à sua quarta edição neste sábado, 18 de outubro, no Complexo Conecte Arte, localizado no bairro Jardim América, em Goiânia (GO). O evento vem se firmando como um dos mais importantes movimentos de valorização da cultura local, promovendo arte, diversidade e resistência cultural por meio de múltiplas expressões artísticas.
Palco do Complexo Conecte Arte no Jardim America em Goiânia
Consolidado como ponto de cultura reconhecido no Estado de Goiás, o REEXISTIR tem como propósito criar um espaço de expressão, pertencimento e transformação social, valorizando artistas independentes e ampliando o acesso à cultura.
A programação desta edição reúne uma rica mistura de linguagens — música, artes visuais, performances e circo, proporcionando ao público uma experiência sensorial e inspiradora.
Entre os destaques musicais, estão as talentosas cantoras selecionadas, Fernanda Felipe e Isadora Pinheiro, que se apresentam com repertórios autorais e releituras de clássicos da música brasileira.
Cantoras Selecionadas – Fernanda Felipe e Isadora Pinheiro
Na atração circense selecionada, o público poderá se encantar com a irreverência e o talento da Cia de Palhaços, que promete arrancar risadas e despertar o lúdico com performances cheias de poesia e humor.
A atração circense selecionada, Cia de Palhaços
O palco também recebe a participação especial das cantoras convidadas, Rainy Ághata e Regina Jardim, que completam a noite com interpretações potentes e cheias de emoção.
Cantoras Convidadas
Rainy Ághata
Regina Jardim
O acompanhamento musical será feito por uma banda formada por Leandro Mourão (violão), Arthur Ornelas (teclado) e Rafa Teixeira (percussão), músicos reconhecidos no cenário artístico goiano por sua versatilidade e sensibilidade.
A banda que acompanha as atrações artísticas. Rafa Teixeira, Arthur Ornelas e Leandro Mourão.
Além das apresentações, o evento abre espaço para artes visuais, intervenções urbanas e exposições que dialogam com temas de inclusão, sustentabilidade e resistência cultural.
O Projeto REEXISTIR é uma realização da Associação SuperAção Criativa, com produção executiva da empresa Cereja do Cerrado Produções. A iniciativa foi contemplada pelo Edital de Pontos de Cultura – GO, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Edital nº 018/2024).
O evento é gratuito e aberto ao público, reafirmando o compromisso do projeto com a democratização do acesso à cultura e o fortalecimento da arte como instrumento de transformação social.