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A poesia do vinho Bandeiras e Intrépido do Cerrado: amar, sorrir e cantar.

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O que é bom na vida? Em uma infinidade de coisas todas dispostas para diferentes gostos e aptidões posso citar, com absoluta certeza, que dentre elas estão: filmes, música, comida, viagens, livros e vinhos. O vinho tem um lugar privilegiado. E é, em sua capacidade de motivar narrativas, incrivelmente amplo. Pode-se intuir que a necessidade de correlacionar sentimentos, situações essencialmente introspectivas e momentos de profunda alegria e festividade incluem a capacidade de traduzir em uma única palavra todo um conjunto de diferentes sensações. No vinho está a verdade.

 

Bandeiras e Intrépido. Vinhos da Pireneus feitos em Goiás

 

Nestas minhas andanças degustando vinho, e celebrando a vida, eu encontrei o Vinho Intrépido e Bandeiras. O dr Marcelo Souza proprietário da vinícola é corajoso, destemido, valente, arrojado, audaz, bravo, ousado, audacioso, um apaixonado por vinhos da região do cerrado goiano,as condições da região são ideais para produção das uvas – verão quente, seco e com noites frias, clima semelhante às áreas mediterrâneas. Ele tornou a terra produtiva para as vinhas, aproveitando o clima seco e utilizando tecnologia israelense assim, iniciou a produção deste memorável vinho: Pirineus. O Bandeiras, é melhor que os Barbera  italianos, ele está tornando-se lenda. O vinho me fez empunhar uma taça de cristal, observar o brilho do vinho que cintilou e combinou harmoniosamente as sensações de olfato e paladar após a gloriosa degustação. O icônico vinho ‘Bandeiras’, da uva Barbera, safra 2018. Com acidez refrescante, bem estruturado e com taninos macios. Divino!!

 

Nessa noite o Intrépido —, ao som da rolha ser retirada, eu senti no rosto como a carícia de uma brisa de verão. Há, um syrah alegre com toques de frutas vermelhas bem maduras, me fez dar saltos e cambalhotas em meu mar secreto, ricocheteando nas paredes da minha alma, desse castelo elástico que é meu paladar. O Vinho Intrépido da vinícola Pirineus, me fez em algum momento, usufruir de meus prazeres de forma tranquila, e na segunda taça minhas especulações floresceram com aquela liberdade chamada poesia. Meus pensamentos se desdobraram com frases cabendo em cada verso ou transbordando para o verso seguinte a fim de oferecer uma variedade agradável. O Intrépido veio para ficar em um lugar privilegiado nos prazeres à mesa. Ele tem a necessidade de correlacionar sentimentos, situações essencialmente introspectivas e momentos de profunda alegria e festividade que incluem  todo um conjunto de diferentes sensações.

O conhecido sommelier Manoel Beato, do restaurante Fasano, disse que os vinhos da vinícola Pirineus “são uma aberração de tão bom”. Eu concordo com ele, tem um segredo que eu não consegui decifrar. O interessante, é que a cada taça, quero continuar tentando. Vinho Intrépido, você precisa ler, entender, logo experimentar e se apaixonar. Ele mantém a qualidade e as propriedades das colheitas. O Intrépido que a vida me reservou e um traço de alegria que ele me tatuou no coração.

 

Jornalista e sommeliere Edna Gomes

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Viver…

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Não quero ser melhor que os outros, apenas quero ser sempre melhor do que eu mesmo. Assim estarei me superando. Você tem o direito de falar o que pensa, Mas não tem o direito de julgar quem não conhece Liberdade de expressão é um direito de todos, mas não lhe dá o direito de inventar histórias sobre o outro. Eu posso ser bem melhor do que sou, preciso ser. Posso dar bem mais, ser bem mais.  É sempre nossa exigência. Esquecemos que somos humanos com erros e acertos. ERRAMOS!!!

O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor e sem educação. Gratidão deve vir antes de tudo e o agradecimento acompanhado do abraço apertado de acolhimento. Temos sim, o direito de sentir as tristezas, lamúrias, mas não nos dá o direito de carregar as sombras. Precisamos da luz, vitamina D e humor. Isso nos trás a paz nos céus azuis, e somos nós que devemos sentir o palco da vida com holofote.

Faço o meu caminho, pisando no chão que me é exposto. E não me venham com histórias penosas, telefone sem fio da vida do outro, de fracassos, e energia ruim, detesto-as. Tenho tentado seguir em frente e procurar outras paisagens. As vezes, me exausto da vida. Me dou este direto de vez em quando. Mas não posso me dar o luxo de parar o ponteiro do relógio. 

Se quiser me acompanhar, tem assento vago, só lembrando que a viagem não sai de nenhuma estação, e nenhuma zona de guerra, nem da zona de conforto porque não é interessante passar a vida desconfortável. Com sonhos que morrem. Viaje comigo sem controle remoto, seja suave no caminho e o foda-se engatilhado.

Jornalista Edna Gomes

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Pianista Virgínia Hogan 

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O maestro gesticula Mozart enquanto a pianista, com toda sua delicadeza, se debruça sobre o piano para arrancar suas notas. Em um jantar no Rio de Janeiro, conheci a musicista Virginia Hogan. Uma mulher delicada, bonita, cheia de charme com um sorriso único, dedilhava seu carisma para sua platéia. Todos conectados, o universo estava naquele palco ao som de seu piano, eu fechei meus olhos e pude ouvir a poesia do mundo. E foi ali que eu nasci de novo. Um piano, a pianista é tudo tão mágico. Assim como ela, eu também escorregava as mãos sobre a vida. Tentava com persistência e coragem encontrar o ponto de começo ou, ao menos, a ponta do fio que desenrolava todo o resto. A mim me encantava que a primeira nota do soneto fosse a primeira consoante do que a força que seu dom musical me causava, eu queria escutar cada estrofe, o ritmo de suas mãos do teclado do piano. Ela toca mil sinfonias de poemas que não fizeram do tempo um inimigo que  apagasse dos seus sonhos. E era assim, na agilidade como pianista, que ela bombardeia o coração de todos. A platéia escutava no silêncio do céu. Usava a poesia de seu piano como um caminho para as estrelas, até o afeto da sensibilidade cheio de sinfonia. Contava os versos, os equívocos, a camada fina de tecido que separa o toque dos nossos corações. Cada nota tocada de Virgínia Hogan, eu não consigo pensar em mais nada, somente nos toques suaves de uma excelente pianista. Luzes se acendem, e todo o cenário aparece, e a Virgínia aparece, tocando a melodia de amor e de suas tragédias que permite a movimentação dos seus dedos nos acordes eruditos de seu piano e sua expressão da vida. E o que pode uma mulher quando um deus em seu fascínio a invade, pela alma, com “Beethoven” em seu piano? Virginia nos leva a reflexão.

No show, a pianista estará acompanhada por Boaz Sharon, os maestros Lee Mills e Anderson Alves e receberá a soprano Maria Gerk. Dia 22 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro às 19:hs

Jornalista Edna Gomes

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O Mundo tem sentido?

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A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, de estar em um evento e ouvir um grupo de pessoas conversarem sobre alguns assuntos – ⁠⁠a desinformação não se trata da falta de informação apenas mas também da absorção de informações equivocadas. Elas estavam em suas bolhas, porque ou não liam, ou se iludiam a algo que andava pelo universo, responsável pelo acontecimento que eles tanto temiam. Nada daquela conversa se entendia comigo: o mundo era deles, era para eles: o “eu”.

Mas, uma noite, levantei-me da cama, enrolada num lençol, fui à janela para me apresentar à força do universo. Aquela conversa que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era uma coruja branca, pousada no coqueiro. Era um presságio, que voava pela noite, sozinha, ao meu encontro? Ouvir os presságios daquelas pessoas  – sempre tem um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andam tão estranhas? A mim não me causa medo nenhum. Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. 

O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros.  Talvez uma das melhores sensações da vida, não somos impulsionados pela realidade, mas sim por nossa percepção da realidade

Ter a minha própria opinião, meus próprios gostos, não indo na maré da “grande maioria”  ou dos babões de plantão, é reconfortante. Não vou apenas por que você quer que eu vá. Não falo apenas o que você quer ouvir. E assim, vamos construindo o mundo, entendendo e respeitando as pessoas como únicas, cada qual com as suas verdades. 

Edna Gomes

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