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Medicina

Descubra quais são as atividades físicas indicadas para a coluna

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Médico Túlio Rocha – neurocirurgião especialista em coluna

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 85% das pessoas no mundo já tiveram, têm ou terão dor na coluna. No Brasil, 27 milhões de pessoas sofrem de doenças crônicas na coluna

Para muitos brasileiros, o ano só começa ‘de verdade’ depois do Carnaval. É hora de investir nos cuidados com a saúde, praticar atividades físicas e buscar uma alimentação saudável. E para quem tem problema na coluna ou sente dores ou desconforto nas costas, existem atividades ideais para tratar da coluna ou mitigar os problemas.

Má postura, sedentarismo, obesidade, lesões, fraturas, até problemas mais sérios de saúde, como a hérnia de disco, por exemplo, entre outros fatores, podem causar dores nas costas e problemas na coluna. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 85% das pessoas no mundo já tiveram, têm ou terão dor na coluna. No Brasil, 27 milhões de pessoas sofrem de doenças crônicas na coluna.

Dois terços da população brasileira sentem dor lombar, 8,7% dos jovens entre 18 e 29 anos têm problemas de coluna; 26,6% das pessoas com mais de 60 anos têm problemas de coluna. A dor lombar é o problema de coluna mais comum. Por conta desses números, é importante ficar atento à saúde da coluna para corrigir problemas o quanto antes e evitar doenças futuras.

O neurocirurgião especialista em coluna Túlio Rocha indica algumas atividades físicas específicas para melhorar a saúde da coluna, especialmente as que trabalham a postura. Entre elas, natação, hidroginástica, musculação, pilates, ginástica holística, alongamentos, yoga e Reeducação Postural Global (RPG) são indicadas para prevenir e tratar problemas na coluna.

“As dores nas costas são comuns em grande parte da população, seja de maneira isolada ou crônica. Suas causas vão desde a má postura a outras situações. Se você sente dores nas costas com frequência, é muito importante que procure um médico para investigar a causa do problema. Somente ele vai poder indicar o tratamento mais adequado para o seu caso e autorizar a realização de alguma atividade física”, orienta o especialista em coluna Túlio Rocha.

O médico destaca que as atividades físicas podem ser um complemento ao tratamento das suas dores nas costas, mas quando realizadas sem o conhecimento médico, podem agravar ainda mais os sintomas ou mascarar algum problema mais sério. Por isso, antes de iniciar qualquer atividade, procure o médico e peça a orientação adequada.

Cinco atividades físicas indicadas

A princípio pode se pensar que a musculação é prejudicial para quem sente dores nas costas, mas o fato é que se o indivíduo fizer os exercícios com o acompanhamento de um profissional que indique os movimentos adequados e pegar leve no peso, ela pode ajudar bastante. Isso porque a musculação vai fortalecer a musculatura do corpo, trazendo mais firmeza e estabilidade para a coluna.

As atividades embaixo da água são excelentes para melhorar a respiração, resistência e postura de seus praticantes e são muito indicadas para quem sofre com lesões na coluna ou em outras partes do corpo, pois a água diminui o impacto dos movimentos. Por ser um exercício leve e eficaz, a hidroginástica é um dos mais recomendados para quem tem problemas na coluna.

Túlio Rocha afirma que assim como a hidroginástica, a natação oferece todos os benefícios de um esporte aquático e por isso também é indicado para diminuir as dores nas costas, já que seus movimentos fortalecem especialmente a parte superior do corpo e os exercícios de respiração melhoram a postura.

“Tanto a natação quanto a hidroginástica são responsáveis por fortalecer a musculatura da coluna, aliviando as dores e até mesmo amenizando os problemas na coluna. Ambas as atividades são excelentes para melhorar o condicionamento físico e a capacidade respiratória do paciente”, explica o especialista em coluna

A caminhada é o exercício mais simples de ser feito e que pode trazer grandes resultados. Porém, como é uma atividade que normalmente é feita sem o acompanhamento de um profissional, é muito comum errar na postura e perder todos os seus benefícios.

“Algo que não pode faltar é um bom alongamento de aproximadamente 15 minutos antes de iniciar a caminhada. Invista também na escolha de um tênis adequado para a prática e evite dar passos muito longos ou pisadas muito fortes. Fique atento à postura, mantendo a coluna ereta, mas sem curvá-la para trás e evite movimentos excessivos nos quadris”, alerta o médico.

O pilates é uma atividade física que incentiva bastante a boa postura, o que minimiza os riscos de desenvolvimento de problemas na coluna. Os exercícios do pilates também fortalecem a musculatura do tronco e das pernas, exigindo muito equilíbrio e alongamento de seus praticantes, resultando em menos dores na coluna.

Para proteger a coluna

Túlio Rocha explica que existem hábitos e ações para proteger a coluna. Entre as dicas, o médico esclarece que a melhor maneira de se deitar de lado é com um travesseiro entre a cabeça e o ombro e outro entre as pernas. “Evite dormir de bruços, isso força a coluna e dificulta a respiração”, destaca.

Ao recolher um objeto pesado do chão, abaixe com as pernas flexionadas. Ao trabalhar em frente a uma mesa ou digitando no computador, mantenha as costas retas, encostadas ao encosto da cadeira e as pernas debaixo da mesa, evitando cruzá-las.

Ao dirigir por horas seguidas, é importante manter as costas retas, perfeitamente apoiadas no encosto. Não carregue mochilas ou sacolas com o peso de um só lado. A mochila deverá ser apoiada nos dois ombros e as sacolas divididas nas duas mãos.

Exercícios que devem ser evitados

O neurocirugião especialista em coluna alerta que se o indivíduo sofre de problemas na coluna, é fundamental evitar exercícios de alto impacto, como corridas e saltos, e movimentos bruscos que possam causar lesões ou agravar sua condição. “Portanto, invista em atividades de baixo impacto e foque na qualidade do movimento”, aconselha.

Túlio Rocha reforça que os exercícios físicos são fortemente indicados para compor o tratamento de quem tem dor nas costas. Apesar disso, alguns exercícios mal executados podem até desencadear um problema ou, ainda, surtir efeito reverso e agravar o incômodo. Por isso, é preciso ter cuidado. “Para se proteger, o primeiro passo é buscar orientação profissional qualificada de profissionais, de diferentes nichos da saúde”, orienta

O especialista em coluna lista os exercícios que devem ser evitados: exercícios de alto impacto, como corridas e aulas com muitos pulos, exercícios aeróbicos prolongados, movimentos bruscos, levantamento de pesos pesados que deixem a coluna em hiperflexão e movimentos que forçam a flexão espinal. “É importante evitar o esforço quando está em uma crise aguda de dor ou quando o movimento te causa desconforto”, destaca o médico.

Dicas para evitar problemas na coluna

Túlio Rocha listou algumas orientações para evitar danificar as estruturas das costas, porque exercícios físicos mal executados ou contraindicados podem até desencadear um problema ou, ainda, agravar o incômodo.

  1. Evite levantar pesos pesados que deixem a coluna em hiperflexão

Além de aumentar a pressão nas costas, os exercícios com levantamento livre de pesos também podem fazer com que o indivíduo prenda a respiração. Isso eleva ainda mais a pressão no abdômen e pode levar a mais dores nas costas.

Em vez disso, utilize as máquinas da academia para fazer exercícios com pesos, respeitando as orientações de ergonomia. Elas são mais seguras e deixam as costas menos vulneráveis. Comece com pesos leves e aumente gradativamente. Nesse processo, também é importante alimentar-se adequadamente, pois isso ajudará no fortalecimento muscular.

  1. Evite abdominais com hiperextensão da coluna

Movimentos que arqueiam as costas para trás podem piorar a dor nas costas porque pressionam as articulações da coluna. Invista em abdominais com as costas deitadas no chão, como a elevação pélvica, roll up ou boxeador. Sempre pergunte sobre a execução perfeita ao seu professor da academia. Cuidado para não flexionar o pescoço.

  1. Se já estiver com dores nas costas, evite correr em terrenos irregulares

O impacto repetitivo dos pés nos cascalhos ou ondulações da rua podem causar lesões em suas costas, tensionando os discos ou músculos. Prefira caminhar, pois a caminhada oferece menos impactos e tem a capacidade de tonificar e fortalecer a parte inferior das costas e os músculos das pernas. Essa opção tende a ser suave para as costas e, dependendo do caso, pode até favorecer a recuperação de uma lesão. Utilize um calçado apropriado.

  1. Evite começar um exercício sem ter feito alongamentos e aquecimentos

Quando praticados com regularidade, a dupla aquecimento mais alongamento auxilia na melhora da postura, no aumento da flexibilidade e na prevenção de lesões. Pés, pernas, joelhos, quadris, braços, cotovelos, punhos e pescoço devem ser contemplados. Depois dessa sequência, inicie os aquecimentos, que podem incluir caminhada, polichinelos e agachamentos, por exemplo.

  1. Sinta o seu corpo e não ignore seus sinais

Desenvolva o hábito de perceber o seu corpo durante o exercício físico. Na maioria dos casos, a dor não surge de repente, mas cresce gradualmente, depois de vários dias. Ao notar uma dor suspeita na academia que não tenha relação com o esforço muscular, pare o que está fazendo e procure o professor, pedindo a ele que explique novamente a biomecânica daquele movimento.

Serviço
Pauta: Atividades físicas indicadas para melhorar a saúde da coluna
Especialista: Médico Túlio Rocha – neurocirurgião especialista em coluna

Assessoria de Imprensa
Palavra Comunicação

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Medicina

Março azul-marinho: HMAP é referência no tratamento de lesões intestinais e prevenção do câncer colorretal

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O câncer colorretal – ou câncer de intestino – é o segundo mais comum entre homens e mulheres. Apesar da alta incidência, as chances de cura podem chegar a 90% quando a doença é diagnosticada em fase inicial, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). No Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), unidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), construído e mantido pela Prefeitura e administrado pelo Einstein, a detecção precoce do câncer de intestino é facilitada pela realização de colonoscopias, exame que permite visualizar todo o intestino grosso, que inclui cólon e reto. Somente no ano passado, o HMAP realizou 1.626 colonoscopias. A infraestrutura do hospital permite tratamento de lesões em estágio inicial com procedimentos minimamente invasivos como a mucosectomia, um procedimento endoscópico que remove lesões superficiais e menores, e de Dissecção Endoscópica Submucosa (ESD), uma cirurgia endoscópica capaz de tratar lesões maiores e até mesmo malignas. De acordo com a médica endoscopista da unidade, Daniela Medeiros, a unidade está entre os poucos hospitais do estado que realizam o procedimento de ESD pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É um tratamento inovador e complexo do ponto de vista técnico, mas minimamente invasivo, o que significa riscos menores, menor tempo de internação e eficácia comparável ao tratamento cirúrgico convencional”, esclarece. No ano passado, o HMAP realizou 11 ESD.


Sobre o HMAP

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) foi inaugurado em dezembro de 2018 e é o maior hospital do Estado feito por uma prefeitura. Administrado pelo Einstein desde junho de 2022, foi construído numa área superior a 17 mil metros quadrados, onde atua com mais de 1.100 colaboradores para o atendimento de casos de alta complexidade, incluindo hemodinâmica e cirurgia bariátrica, além de várias especialidades cirúrgicas e diagnósticas. A estrutura contempla 10 salas de cirurgia e 235 leitos operacionais, sendo 10 de UTI pediátrica, 39 de UTI adulto, 31 de enfermaria pediátrica, e 155 leitos de clínica médica/cirúrgica.


Trata-se da primeira operação de hospital público feita pelo Einstein fora da cidade de São Paulo. Nos primeiros seis meses de gestão, as filas de UTI da unidade foram reduzidas consideravelmente e a capacidade de atendimento dos leitos, dobrada. Já as longas filas de espera para cirurgias eletivas foram diminuídas em menos de um ano, feito alcançado graças a iniciativas como mutirões cirúrgicos, que priorizaram demandas urgentes. Nos primeiros seis meses de gestão Einstein, o tempo de permanência dos pacientes no hospital também foi reduzido de 9,5 para 5 dias. Em relação à mortalidade, em junho de 2022 a taxa era de 15,33% e, seis meses depois, de 3,6%.


FatoMais Comunicação

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Medicina

Hospital Santa Helena realiza ação de conscientização sobre saúde renal

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Ação alusiva ao Dia Mundial do Rim contou com orientações, distribuição de informativos, água e um espaço instagramável

Em alusão ao Dia Mundial do Rim, celebrado na segunda quinta-feira de março, o Hospital Santa Helena, de Goiânia, promoveu uma importante ação de conscientização no dia 14 de março, voltada para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças renais. A iniciativa foi coordenada pelo setor de Educação Permanente e contou com a participação ativa da equipe médica da unidade.

Durante a ação, a profissional da Educação Permanente, Fabrícia Cândida e os médicos Gustavo Souza (nefrologista) e Flávio Marques (urologista) orientaram pacientes e acompanhantes do pronto-socorro e ambulatórios, compartilhando informações valiosas sobre os cuidados com a saúde dos rins.  Foram abordados temas como hábitos saudáveis para preservar a função renal, os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças renais e a importância da realização de exames periódicos, especialmente o exame de creatinina — essencial para avaliar o funcionamento dos rins.

Este ano, a campanha traz como tema: “Seus rins estão OK? Faça exame de creatinina para saber”. Para chamar a atenção da população, a Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados (Fenapar) instalou um rim gigante na entrada do hospital, servindo como um símbolo educativo e interativo. Além disso, foram distribuídos copinhos de água personalizados com a logo da campanha, reforçando a importância da hidratação como uma das medidas fundamentais para prevenir doenças renais.

O espaço ao redor do rim gigante também ganhou um toque especial: foi transformado em um ambiente instagramável, onde colaboradores, pacientes e visitantes puderam tirar fotos e compartilhar o momento nas redes sociais, ajudando a ampliar ainda mais o alcance da mensagem da campanha.

“Os rins desempenham funções essenciais no organismo, como a filtragem do sangue, eliminação de toxinas, regulação de minerais e ativação da vitamina D. Por isso, é fundamental cuidar bem deles”, explicou o nefrologista Gustavo.

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição silenciosa, que pode evoluir de forma grave sem apresentar sintomas nos estágios iniciais. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), cerca de 50 mil pessoas morrem por ano no Brasil devido a complicações renais, muitas vezes sem sequer terem acesso à diálise ou ao transplante.

A ação foi bem recebida pela comunidade. O casal Deuzeli Rodrigues e Aroldo Estevam elogiou a iniciativa, e a paciente Maria das Graças destacou a importância da prevenção. “Para mim foi de grande valia, porque eu já tive esses problemas que vocês estão tentando prevenir. Por falta de informação, acabei perdendo um rim, e hoje preciso redobrar os cuidados. Essa campanha pode ajudar muita gente a evitar o que eu passei”, afirmou.

A presidente da Fenapar, Maria de Lourdes Alves, também esteve presente na ação e ressaltou a importância da parceria com o Hospital Santa Helena. “Ficamos muito felizes com o engajamento do hospital nesta campanha. Unir forças com instituições de saúde é fundamental para levar informação à população e incentivar hábitos que realmente salvam vidas”, destacou.

“O Hospital Santa Helena preza pela promoção da saúde e a educação preventiva,  e nesta campanha, específica, reforçamos que o cuidado com os rins deve ser constante e começa com informação e atitude”, destacou a colaboradora Fabrícia.

Marilane Correntino

Assessoria de imprensa do HSH

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Medicina

Excesso de tela pode estar relacionado à puberdade precoce

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Endocrinologista pediátrica orienta sobre a condição e quando os pais devem buscar acompanhamento profissional

Estudo apresentado durante o 62º Encontro Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica trouxe à tona uma preocupação crescente entre especialistas: o impacto da luz azul emitida por dispositivos eletrônicos no desenvolvimento infantil. A pesquisa, realizada com ratos, demonstrou que a exposição a essa luz pode estar associada a um crescimento ósseo mais rápido e ao início precoce da puberdade.

Os resultados do estudo levantam questionamentos importantes sobre os efeitos do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes, que cada vez mais cedo têm acesso a smartphones, tablets e outros dispositivos. Por isso, a puberdade precoce, caracterizada pelo desenvolvimento de características sexuais secundárias antes da idade esperada, tem sido um tema de crescente preocupação entre pais e profissionais de saúde.

“A puberdade precoce é definida como o início do desenvolvimento puberal antes dos 8 anos em meninas e antes dos 9 anos em meninos”, explica a endocrinologista pediátrica Marília Barbosa. “Isso inclui o aparecimento de pelos pubianos e axilares, crescimento dos seios em meninas e aumento do volume testicular em meninos.”

As causas da puberdade precoce podem variar. Em alguns casos, a condição é idiopática, ou seja, não há uma causa identificável. Em outros, pode ser desencadeada por fatores genéticos, tumores cerebrais, lesões no sistema nervoso central ou exposição a hormônios sexuais.

O diagnóstico envolve uma avaliação clínica completa, exames de sangue para medir os níveis hormonais, radiografias para avaliar a idade óssea e, em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética do cérebro. Já o tratamento depende da causa da condição, não sendo necessário alguns casos, mas em outros com prescrição de medicamentos para retardar o desenvolvimento puberal.

“A puberdade precoce pode ter várias consequências”, alerta a endocrinologista pediátrica. “Pode levar a um crescimento acelerado, mas também a um fechamento precoce das epífises ósseas, resultando em baixa estatura na idade adulta. Além disso, pode causar problemas emocionais e sociais, como baixa autoestima e dificuldades de adaptação social”, reforça.

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