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Gastronomia

‘Mantecatura’: o segredo italiano para um macarrão mais gostoso

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Com o tempo, o orgulho pátrio nos impulsiona a fazermos perguntas com a intenção de rebater a sabedoria de uma combativa cozinheira italiana. Mas se tanto defendem o arroz preparado com caldo, por que a massa é cozida só com água?” Porque lá também preparam o macarrão, ou seja, o cozinham com algo além da água da torneira. Chamam o processo de mantecatura, que vem de mantecare, que em italiano significa “dar forma a uma mistura homogênea, cremosa e uniforme”.

O segredo de cozinhar a massa em duas fases

mantecatura habitualmente tem pouco espaço na cozinha italiana, mas agora volta a ser praticada. É uma espécie de segredo que vem das receitas da avó e que agora estão recuperando muitos restaurantes. Eu curiosa que sou, preparei toda a massa, e uma das minhas últimas receitas são os pappardelle com ostras e cogumelos. Neste caso, o que fiz foi reservar a água das ostras para dar um toque único à massa. Primeiro cozinhei os pappardelle em água com sal, da maneira habitual, depois, quando, faltava um pouquinho para estar al dente, joguei na água das ostras para que pegasse mais sabor de mar, junto com uns cogumelos boletus e queijo fresco de burrata da Puglia. Servi a massa sobre uma nata de repolho roxo, katsuobushi (bonito seco) e uma redução de molho de ostras com um toque de hortelã, ficou divino.

A chave da mantecatura é justamente essa segunda fase, em que, acrescenta-se “um vinho, algum cítrico, um pouco de queijo…” para conseguir que o prato de massa chegue à mesa com um extra. Outro truque fundamental é “que a temperatura do molho em que você colocará a massa se mantenha a 80 graus. Dessa maneira, a massa irá absorvendo o sabor do líquido onde vai terminar de cozinhar e irá soltando amido para obter essa textura um pouco mais densa. Logicamente, você deve levar em conta que se trata de uma cocção um pouco mais lenta, e os três minutos necessários para estar terminada em água fervendo podem ser agora seis, por exemplo”. Quem estiver a fim de provar deve saber que o processo se simplifica quando a massa é fresca em lugar de seca, e quando é de boa qualidade. De fato, com a mantecatura você percebe de verdade a diferença entre a massa boa e a má. Cozinhar essa massa diretamente em um caldo de peixe muito reduzido, o resultado são pratos de um sabor muito poderoso. “Em alguns guisados de grãos, por exemplo de feijões ou lentilhas, também acrescento um punhado de massa no final. Isto é só um exemplo para entender que o clichê de que a massa só se cozinha em água com um pouco de sal não vale sempre.

O molho de tomate, melhor no começo que no final

Como encaixa um dos acompanhantes mais fiéis da massa, o molho de tomate, no excitante universo da mantecatura? Vou lhes dizer como preparar espaguete ao pommodoro. Esprema o suco de um tomate fresco e, por outro lado, assa no forno uns tomates San Marzano até que se reduzam como se fossem um concentrado. Na hora de cozinhar a massa, a cozinhe durante alguns minutos em água e quando já estiver praticamente no ponto a retire e coloque numa frigideira com o suco de tomate e duas colheradas de nosso concentrado caseiro. A massa absorve o sabor de tomate nesta fase final.

Fazer um caldo curto de presunto onde cozinhamos o tagliatelle fresco que acompanha com um prato de ramon. Desta maneira, a massa adquire um sabor fantástico. Uma ideia para testar em casa.

Mas nem tudo é coisa de cozinha fulgurante, pois a caseira também pode se enriquecer com alguma receita para risotear a massa e conseguir um prato vistoso para nos deliciarmos em casa como se estivéssemos numa osteria siciliana. Que falta nos faz…

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Gastronomia

Rota Gastronômica Pantaneira por Paulo Machado

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Chef Paulo Machado e a jornalista Tati Feldens – idealizadores do roteiro – apresentam uma obra que mergulha nos sabores e saberes do Pantanal

A riqueza gastronômica do Pantanal, uma das maiores e mais impressionantes regiões alagáveis do planeta, ganhará destaque no livro “Rota Gastronômica Pantaneira por Paulo Machado”, uma publicação que promete levar os leitores a uma viagem sensorial pelos sabores únicos e influências étnicas da culinária local.

Com a curadoria do Chef Paulo Machado, reconhecido por sua profunda expertise nos sabores pantaneiros, e textos da jornalista Tati Feldens, o livro apresenta não apenas as receitas que compõem a primeira edição da Rota Gastronômica Pantaneira, que percorreu dez empreendimentos turísticos pantaneiros em 2022 em busca dos sabores regionais, resultando em uma série documental disponível no YouTube e outra veiculada pela TV Morena, afiliada da rede Globo em MS, mas também outros preparos que enaltecem a diversidade culinária da região.

“O Pantanal é uma verdadeira riqueza gastronômica, que reflete não apenas os ingredientes naturais abundantes, mas também as influências culturais das comunidades que habitam essa área tão singular”, destacam o Chef Paulo Machado. “Com este livro, queremos não apenas compartilhar receitas, mas também contar histórias e preservar tradições culinárias únicas.”

Ao longo da publicação, que conta com prefácio assinado por Bruno Wendling, Diretor Presidente na Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, os leitores serão conduzidos por uma jornada culinária que revela os segredos por trás de pratos típicos do Pantanal, como o tradicional macarrão de comitiva, a deliciosa sopa paraguaia e os irresistíveis pratos de influência, como o Mutabal e a Sopa Bori Bori.

“É uma honra colaborar com este projeto que valoriza não apenas a gastronomia, mas também a identidade e a história do Pantanal sul-mato-grossense”, ressalta a jornalista Tati Feldens. “Através das histórias e das receitas compartilhadas neste livro, esperamos despertar o interesse e o apreço pelo patrimônio gastronômico e cultural dessa região tão especial.”

O livro “Rota Gastronômica Pantaneira por Paulo Machado” é um convite para explorar os aromas, os sabores e as tradições de uma das áreas mais fascinantes do Brasil. Uma publicação imperdível organizada pelo Instituto Paulo Machado em parceria com Márcia Marinho que estará disponível em livrarias de Mato Grosso do Sul e através da Amazon a partir do segundo semestre de 2024, marcando um novo capítulo na valorização e difusão da gastronomia pantaneira para o mundo.

A obra conta com fotografia de Elis Regina, projeto gráfico de Fernando Pissuto Trevisan e investimento do Fundo de Investimentos Culturais de MS, Fundação de Cultura de MS e Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Para mais informações sobre o livro e eventos de lançamento, acesse o perfil oficial da Rota Gastronômica Pantaneira no Instagram.

Sobre a Rota Gastronômica Pantaneira

A Rota Gastronômica Pantaneira nasce em 2022 da vontade do Chef Paulo Machado em mostrar o quanto o Pantanal é rico em histórias, ingredientes e influências culturais. Para esta odisseia, Paulo convidou a jornalista Tati Feldens, viajante de mão cheia e grande entusiasta de rotas gastronômicas pelo país e pelo mundo, para ajudar nessa tarefa, que contou com o apoio do SEBRAE de Mato Grosso do Sul e da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul.

O roteiro propõe uma imersão nos rituais de alimentação em dez empreendimentos típicos do Pantanal, através da convivência com a população local e da descoberta de suas relações com ingredientes autóctones e técnicas culinárias, com o objetivo de resgatar, preservar e dinamizar a cultura gastronômica do Estado através do turismo de experiência. Em 2023 a Rota Gastronômica Pantaneira ganhou uma segunda etapa, a edição Águas, com outros dez empreendimentos contemplados. Neste mesmo ano ocorreu a inscrição do projeto do livro “Rota Gastronômica Pantaneira” no Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC-MS), trabalho que será lançado no segundo semestre de 2024.

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Dia das Mães no Outback

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O Dia das Mães está chegando e o Outback Steakhouse, marca do grupo Bloomin’ Brands, está pronto para tornar essa data ainda mais especial oferecendo uma experiência gastronômica única para famílias que desejam celebrar esse dia de uma maneira memorável. No dia 12 de maio, ao pedir dois pratos principais em qualquer uma das unidades participantes, elas serão agraciadas com uma surpresa especial como forma de homenagear sua importância e dedicação. Para participar, basta pedir dois pratos principais e apresentar o post da promoção para o garçom. Em Goiás, a marca conta com três unidades em Goiânia, no Passeio das Águas Shopping, Goiânia Shopping e Flamboyant Shopping, e uma no interior na cidade de Alexânia no Outlet Premium Brasília.

Sobre o Outback

O Outback Steakhouse possui 165 restaurantes no Brasil e está presente em 67 cidades, 21 estados brasileiros e no Distrito Federal. No mundo está em 23 países nas Américas, Ásia e Oceania. O primeiro restaurante no País foi inaugurado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 1997. Com seus cortes de carne especiais e aperitivos icônicos como a Bloomin’ Onion, o Outback caiu no gosto do brasileiro pela qualidade e sabor marcante da sua culinária, somados à descontração no atendimento e às instalações aconchegantes. Inspirado na Austrália, o restaurante enfatiza vários aspectos da cultura australiana, como esporte, pontos turísticos, paisagens icônicas, tradições e lazer. 

Além disso, a marca oferece uma experiência única, divertida e de altíssimo padrão que, no Brasil, ficou conhecida como #MomentoOutback. A rede Outback Steakhouse pertence ao grupo Bloomin’ Brands, que ainda conta com as marcas Abbraccio e Aussie. 

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Informações para a imprensa:
FatoMais Comunicação

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Rondelli Cremosi é o novo prato do Festival Italiano de Nova Veneza

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Concurso foi realizado entre os moradores da cidade para eleger uma nova iguaria para o cardápio do maior evento gastronômico do Estado de Goiás

Massa fresca recheada com frango cremoso, regado a um molho branco e queijo catupiry, gratinado ao forno e salpicado de manjericão. Hummm… Salivou aí? Então agende-se para degustar esta iguaria no 18º Festival Italiano de Nova Veneza, que acontece de 6 a 9 de junho, na pequena cidade de Nova Veneza, situada a menos de 30 quilômetros de Goiânia. 

O prato, batizado como Rondelli Cremosi, é de  autoria de Heloise Gomes Duarte, vencedora do concurso de massas realizado  para incrementar o menu da Cantina da Nonna, a cozinha oficial do Festival Italiano de Nova Veneza. No total 14 cozinheiras da cidade participaram e submeteram suas criações a 18 jurados, em duas etapas. 

“Eu não imaginava que iria ganhar e fui uma das últimas a inscrever no concurso. Meus amigos me incentivaram porque quando a gente se reúne, sou em que assume a cozinha”, conta e diz que escolheu a receita porque o prato de inspiração italiana ainda não integra o cardápio do festival. 

O concurso foi idealizado pela organização do 18º Festival Italiano de Nova Veneza, e realizado em parceria com a Marajoara Laticínios, patrocinadora oficial do evento. O objetivo foi trazer inovação para o cardápio, dando oportunidade para a população da cidade. 

“Fomos bastante procurados por chefs e cozinheiros de fora, mas somente cozinheiros da cidade puderam participar porque queremos incentivar o envolvimento cada vez maior dos moradores com o festival”, disse Maria do Carmo Basílio, ao lembrar que cerca de 60% da população da cidade é composta por descendentes italianos, e a cidade é considerada a maior representação da imigração italiana no centro-oeste brasileiro. 

Entre os jurados, estiveram chefs, influenciadores de gastronomia, jornalistas e representantes da cultura italiana.  A diretora cultural da Associação Italiana de Goiás, Graça Antinarelli, é descendente italiana e aprendeu com a mãe a autêntica culinária dos seus ascendentes.  “Ao degustar os pratos apresentados pelas participantes, fiquei impressionada com o capricho, sabor e fidelidade à tradição gastronômica italiana de cada receita”, pontuou.

O jornalista Adriano Regis, que assinou o quadro Prato do Dia na TV Anhanguera por sete anos e trouxe mais de 400 receitas de cozinhas das mais diversas especialidades para o público, contou que foi difícil fazer uma escolha entre tão bons competidores. “Comendo até ficar triste, que a disputa foi bem acirrada, em décimos, eu diria, bem apertada, essa votação. Os cinco pratos se destacaram pela criatividade, pela escolha dos ingredientes, a combinação de sabores e a apresentação impecável”, comentou.

A vencedora do concurso terá sua receita no cardápio e receberá uma placa de homenagem durante o próximo festival. Ela também recebeu da Marajoara Laticínios um prêmio de R$ 1000. A indústria também decidiu premiar os segundo e terceiro lugares com R$ 500 e R$ 250 respectivamente. 

Com cerca de 10 mil habitantes, a população de Nova Veneza é multiplicada pelo menos por 10 todos os anos na época da festa. São os turistas que visitam a cidade para desfrutar da gastronomia e cultura da cidade. Para Heloísa, a vencedora do concurso, o festival é importante porque traz oportunidade de trabalho e renda para os moradores, e o concurso teve o papel de despertar também  o empreendedorismo em todas as participantes. 

Neste sentido, a jurada da primeira etapa do concurso, a chef de cozinha Juliana Castelo Branco, incentivou as participantes a continuarem investindo na área gastronômica. “Espero que vocês vejam este concurso como a primeira porta para uma grande carreira na gastronomia”, disse, na oportunidade.

COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS
Raquel Pinho e equipe

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