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Vinhos

O velho e bom vinho do Novo Mundo

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Os países que formam a região do Novo Mundo são, há mais de um sé­culo, observadores atentos das tradições vitícolas europeias. Apesar de mais novas, as indús­trias vinícolas sempre estive­ram atentas à Europa e saben­do aproveitar o conhecimento e capacidade de trabalho dos imigrantes, suas informações técnicas, além das referências provenientes dos vinhos impor­tados. Mesmo com o incremen­to da planta industrial conhe­cida pelos economistas como a nova concorrência, o prestígio e a qualidade dos vinhos fran­ceses continuam em alta e re­ferencial de preferência.
O mapa geográfico dos vi­nhos pelo mundo, assim como a bebida, está em perpétua mu­tação e, sempre para melhor. As vinícolas do Novo Mundo des­tacam-se em alguns rótulos em meio a variados nomes advin­dos dos quatro cantos do plane­ta e impressionam em idioma francês. São as cepas, trans­plantadas para quase todos os países produtores, a exemplo dos tradicionais Chardonnay e também o Cabernet Sauvig­non, iguarias que indicam o es­tilo, o aroma e a fama do vinho. As garantias são dadas, portan­to, pelos nomes da Cepa e do produtor – presentes nos rótu­los –, mais do que pelo Terroir, termo francês frequente nos ró­tulos impressos mundo afora. Na Europa, a ênfase na prove­niência dá uma indicação su­plementar sem influir na qua­lidade do vinho.
Essa fantástica diversidade cria, porém, alguns problemas para os consumidores. Como saber quais são os melhores vi­nhos? Procure saber sobre o trabalho dos enólogos em des­taque e o primor de algumas vinícolas. Na Argentina, por exemplo, gosto muito dos vi­nhos da vinícola Alto Las Hor­nigas. Ela já recebeu elogios do crítico Robert Parker, com des­taque para o reserva. Impossível não amar os vinhos do Catena Zapata, tais como o premium Catena Zapata e Angélica Za­pata. Outra vinícola especial, a Luigi Bosca destaca-se com o Finca Los Nobles. Por últi­mo a Vinícola Cobos e sua li­nha top com louros para o Bra­mare e Cobos.
O chile é sabidamente um país privilegiado qundo o as­sunto se trata do cultivo das vi­nhas. Ali existem numerosas vinícolas entre as quais desta­cam-se preciosidades como o Almaviva, inconteste vinho magnífico, espetacularmen­te degustável. Na Vinícola El Principal, empresa que usa e abusa com categoria do estilo Bordeux, os prin­cipais vinhos são El Princi­pal Premium e o Memórias. A Coluna Prazeres à Mesa in­dica o Chadwick, conside­rado um dos mais expressi­vos do Chile. A Vinícola Santa Emma tem bons vinhos dentre os quais o Merlot Santa Emma Reserva. Além dos produtos ci­tados aqui o Chile conta ainda com várias vinícolas que colo­cam no mercado exigente seus vinhos incríveis, o que vale a pena conhecer e degustar com prazer.
No Uruguai também se dá um bom desempenho na pro­dução de vinhos. Naquela re­gião a uva predominante é a Tannat. Sugere-se provar o top Don Adélio Tannat Reserva o qual estagia, pelo período de doze meses, em barris de car­valho. Da vinícola Castel Pujol a Coluna destaca o elegante Amat 100% Tannat, amadu­recido em dezoito meses, em barrica de carvalho. Com re­lação à Figueiras Premium mérito especial para os tintos Merlot e Tannat.
Visitando a selvagem Austrá­lia e a exótica Nova Zelândia, há pouco tempo, vi que aquelas re­giões produzem vinhos gene­rosamente frutados, aromáti­cos que enfatizam o brilho, o frescor mantendo os aromas originais da uva. Me surpreendi com a qualidade dos vinhos. A De Bortoli produz o opulento Noble One, um semillon botriti­zado que acompanha qualquer sobremesa tornando-a deliciosa, além do Lark Hill e seus grandes Riesling e Mer­lot. O apreciador que gosta de colecionar vi­nhos encontra na vi­nícola Château Tah­bilk vinhos elegantes como Shiraz e os cabernet Sauvignon que precisam de decan­ter, pois seus taninos, às vezes, denotam sensa­ções fortes. Na Nova Ze­lânia o Palliser Estate pro­duz um grande rótulo, o Pinot Noir, simplesmen­te maravilhoso. Por con­ta da Alta Rangi a produ­ção de notáveis vinhos da uva Pinot Noir.
A África do Sul é uma região que elabora os produtos em baixa tem­peratura para obter vi­nhos frescos e aromáticos no clima quen­te. A conhecida vinícola Stellen­bosh District WO produz vinhos no estilo Bordeaux com mescla de diferentes uvas e amadureci­mento em barricas de carvalho francês, além de alcançar exce­lentes vinhos com o processa­mento da uva Pinotage.
No Brasil, assistimos a uma verdadeira revolução no consu­mo e essa euforia só tem qua­renta anos. Foi somente a par­tir dos anos de 1970 que o vinho começou a ser exposto ao con­sumidor, recebendo então uma roupagem de comunicação que não teve volta. Na década de 1950 a Aurora elaborava o San­gue de Boi que fez muito suces­so. Era o que tínhamos, apesar de ser um vinho sofrível. Gra­ças ao deus Baco algumas fa­mílias – descendentes dos pri­meiros imigrantes italianos que aqui aportaram – desenvolve­ram estudos dos quais não dei­xaram escapar a oportunidade da profissionalização.
Oficializaram-se a partir da criação de empresas com um alto nível de sofisticação técni­ca. Daí surgiram rótulos reco­nhecidos como o Miolo, Piz­zato, Lovara, Dal Pizzol, Dom Cândido, Valduga, Lidio Car­raro, Dom Giovanni, Pedrucci, Marson, Valmarino dentre tan­tos outros que, juntamente com os mais antigos como a históri­ca Cooperativa Aurora, Salton, Cooperativa Garibaldi, La Cave, redesenharam todo o cenário vinícola nacional. Um desta­que é o vinho Reserva Aurora Merlot que se impõe pelo aroma das frutas vermelhas com ma­ciez e equilíbrio. A Casa Valduga Mundvs Malbec, com Bouquet agradável, mantém a tipicidade varietal, lembrando especiarias e intensas notas de frutos ver­melhos, com destaque para a ameixa preta de corpo robusto e equilibrado. O Villagio Gran­do Malbec Plinio Alta Gama Malbec 2013 tem corpo robus­to, cremo­so, redondo, cheio de personalidade. No nariz tem a presença de fru­tas vermelhas com toques de defumados. Destaque de cho­colate e amêndoas. Certamen­te um grande vinho.
Com frequência o aprecia­dor de vinhos se depara com a preocupação em saber sobre a escolha de uma boa garrafa, se ela está fria demais ou per­maneceu por muito tempo em temperatura ambiente, se é jo­vem demais ou ainda se é vi­nho de guarda, podendo com­binar, ou não, com um prato a ser servido. A Coluna Prazeres a Mesa avisa: descomplique-se e procure apreciar uma garra­fa de vinho de modo feliz e sem pecado. Continuamente esta bebida à sua mesa, pode fazer seu prazer explorar as nuan­ças dos aromas diversos, tentar entender o porquê de algumas safras apresentarem-se subli­mes e outras parecerem tão comuns. Faça deste momento um grande prazer, provoque al­guns sentidos ainda adormeci­dos em seu paladar ao desven­dar os mistérios do vinho.
O desconhecido sempre traz a sensação de querer encontrar os enigmas. Pense nos três senti­dos que contribuem para a apre­ciação de um bom vinho, são eles, a visão, o olfato e o paladar. Degustá-lo é a única maneira de adquirir tais e reais conhecimen­tos. Apesar da pouca prática, o cérebro registra diferentes sen­sações experimentadas. Faça de sua adega um prazer a ser com­partilhado entre amigos e famí­lia. Tente brincar da beleza que é descobrir as sensações que o vinho provoca. Sempre digo que o vinho é a porta de entrada da descoberta do amor pelos Pra­zeres da vida, à Mesa e à vida.

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Decanter Wine Jazz movimenta noite na Mostra Morar Mais Goiânia

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O espaço da Decanter Goiânia, dentro da Mostra Morar Mais, foi palco de uma noite especial na última sexta-feira (7). Sob a curadoria do sommelier e anfitrião José Filho Anjos, o evento Decanter Wine Jazz reuniu convidados em uma experiência enogastronômica regada a boa música e rótulos selecionados de diferentes nacionalidades.

Durante a noite, o público pôde apreciar mais de 100 opções de vinhos disponíveis na adega instalada na mostra, com rótulos do Brasil, Chile, Argentina, França, Portugal e outros países. A trilha sonora ficou por conta do duo Fabricio Prado (sax) e Tony Calaça (guitarra), que deram o tom sofisticado da noite com um repertório de jazz ao vivo, criando o clima perfeito para degustações e bons encontros.

A Decanter Goiânia, que desde 2018 atua na Avenida 85, é reconhecida por oferecer experiências que aproximam o público do universo dos vinhos e promove na Mostra um verdadeiro mergulho cultural e sensorial até o dia 16 de dezembro.

Serviço: Mostra Morar Mais Goiânia reúne convidados para Decanter Wine Jazz
Curadoria e anfitrião: José Filho Anjos, sommelier da Decanter Goiânia*
Música ao vivo: Fabricio Prado (sax) e Tony Calaça (guitarra)

@decantergo
@canaldosommelier

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Vinícula

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Os casais Adriano Donzelli e Laís e Sérgio Azevedo e Rosa Donzelli sendo recebido pelo enólogo Leonardo Valduga na Vinícola Marco Luigi que agora conta com também com um espaço de eventos MARCO LUIGI,  indescritível para realização de casamentos, festas e outros acontecimentos.


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Confraria

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Que evento incrível!

Parece que a Confraria da Gina fez uma ótima escolha para começar o ano! Cabernet Sauvignon é realmente uma uva que agrada muitos paladares, especialmente em uma ocasião especial como essa. E o ambiente da Reserva 35, com certeza, deve ter completado a experiência de forma incrível! As amigas Márcia Villela, Linda Bessa e Chris Maia, juntas, devem ter formado uma ótima companhia para essa reunião, não é? Deve ter sido uma noite cheia de boas conversas e vinho de qualidade!

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