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Tinindo as espadas. Para quê? Para nada. Chumbo Gordo – Carlos Brickmann

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EDIÇÃO DOS JORNAIS DE QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2022

O presidente da Petrobras pediu demissão, como Bolsonaro queria. E que é que vai acontecer? Os preços vão continuar altos. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida (nomeado há pouquíssimo tempo por Bolsonaro) disse ontem na Câmara que não é possível interferir na política de preços da Petrobras. O ministro que manda de verdade no Governo, Ciro Nogueira, do PP e do Centrão, disse que é contra desvincular o preço dos combustíveis da variação do dólar e da cotação internacional. O que pode ocorrer é a criação de um fundo para diluir os aumentos por períodos maiores. O fundo seria formado com os dividendos que a Petrobras paga ao Governo e com aumento dos impostos sobre as operações da empresa. São verbas que vão faltar para outros setores – o Auxílio Brasil, por exemplo. Ou Educação e Saúde.

Mas, se é tudo apenas maquiagem, por que tanta briga? Guerra eleitoral: Bolsonaro administra por atrito, precisa ter inimigos mesmo entre os amigos. E por que, sendo o sócio majoritário da Petrobras, o Governo não mexe na política de preços da empresa? Aí é preciso voltar alguns anos no tempo.

Com a Operação Lava Jato divulgando a ordenha da Petrobras nos governos petistas, os sócios minoritários pediram imensas indenizações à empresa, proporcionais aos valores envolvidos: falou-se de R$ 4 bilhões que foram devolvidos, mais jatinhos, obras de arte, coisas caras. Michel Temer acertou tudo, mas garantindo que o lucro dos minoritários seria mantido.

O acerto

Dizem que foi um bom acerto, evitando processos que poderiam quebrar a Petrobras. Seja bom ou não, existe; faz parte das normas de conduta (“compliance”) da empresa. Violá-lo seria brigar com fundos de pensão internacionais, que têm mais da metade do capital da Petrobras – o Governo tem a maioria do capital votante, manda na empresa, mas tem de cumprir as normas acertadas.

Seria uma briga muito cara e difícil de ganhar.

São eles, eram eles

Ciro Nogueira diz que a importação de quase 30% dos combustíveis queimados no país é em boa parte culpada pela alta de preços. Culpa do PT, afirma, que teria desviado o dinheiro a ser usado para construir refinarias. Pois é. Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, foi indicado ao presidente Lula pelo deputado José Janene, do PP. Em 2014, preso pela Operação Lava Jato, fez delação premiada, acusando políticos de corrupção. Entre eles, Ciro Nogueira, do PP – que acusa só o PT.

A grande frase

O pastor evangélico e deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (MDB-Rio), disse em vídeo: “se duvidam de Deus, se duvidam do presidente da República, se duvidam de Deus e do diabo…”

Que quis dizer com isso?

Os preços no mundo

O problema não é o petróleo: petróleo existe em abundância e há países que podem aumentar muito a produção. O problema maior é o refino, diz a ótima revista britânica “The Economist”. A previsão é de que o consumo de petróleo caia nos próximos vinte anos, devido a problemas ambientais e às leis que favorecem combustíveis renováveis. Com essa perspectiva, por que investir em refinarias de alto custo que podem logo ficar ociosas? A revista cita o especialista Alan Gelder, da consultoria Wood Mackenzie: o refino se reduziu em três milhões de barris por dia desde o início da Covid.

Há outro problema: a China, que costumava exportar produtos refinados, reduziu sua exportação à metade, neste ano, para combater a poluição. E há a guerra: com embargo e tudo, a Rússia exporta hoje mais petróleo do que antes. Os clientes pagam menos, mas compram. A Índia, por exemplo, compra dos russos 700 mil barris por dia a mais do que antes da guerra. Mas a venda de produtos refinados russos foi pesadamente atingida pelo embargo.

Piorar e melhorar

As perspectivas são ruins, independentemente da guerra. Prevê-se que a temporada de furacões no Atlântico será mais intensa, o que pode levar à paralisação de refinarias no Golfo do México. Mas talvez, como observa a “Economist”, as leis de mercado deem um jeito na situação: os preços altos devem esfriar a procura, estimular a busca de mais eficiência energética e, mantendo-se a taxa de lucro, incentivar o uso máximo das atuais refinarias.

É campanha. Pague!

Os gastos do cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro atingiram o maior nível desde que tomou posse: neste ano eleitoral, chegaram a R$ 1,2 milhão por mês (em 2019, eram R$ 736 mil, em 2020 R$ 862 mil e, em 2021, R$ 1,1 milhão). É campanha, claro: o presidente está viajando mais para suas passeatas de moto e intensificando sua participação em eventos religiosos. Em 2018, na campanha, Bolsonaro era duro na crítica ao uso dos cartões por seus antecessores e exigia transparência nos gastos.

Nisso ele é coerente: seus gastos serão transparentemente divulgados, só que daqui a cem anos.

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Esporte

Dia das mães no estilo Tenista.

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No último dia 10 de maio a ACT – Associação Clube de Tennis de Goiânia abriu a casa para receber o grupo Minions e celebrar o dia das mães. Este grupo de mulheres tenistas que somam mais de 40 participantes se reunem todas as sextas-feiras para uma descontraída partida, ou como elas dizem, para uma manhã de Play.

Coordenadoras do evento Lara Macedo e Kamilla Lobo


Essa sexta foi diferente, elas trocaram a raquete pela taça em um brunch patrocinado pela empresária Sophia Imai e os médicos Dermatologista Dr Fabiano Ribeiro e Elter Borges.
Mas além da festa a manhã foi lançamento do torneio:
“As Patroas”, o maior na categoria no estado e o encerramento da Ação Social em prol das vítimas da enchente do Rio Grande do Sul.
O grupo que se fortalece a cada dia pelo seu estilo único: unidas e barulhentas vem tomando espaço na categoria do esporte em nossa capital.

Fotos André Cywinski

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Notícias

Itamaraty recebe desfile da Thear com peças inspiradas no Cerrado goiano durante o 17º Salão do Artesanato

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Evento foi exclusivo para convidados

São Paulo, maio de 2024 – Depois do sucesso no SPFW, a Thear, idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito,apresentou 15 dos 33 looks da coleção Elementos durante um desfile no Itamaraty para convidados, na abertura do 17º Salão do Artesanato, no dia 07 de maio. E, assim como em São Paulo, o momento foi aberto com o vídeo da iniciativa Sou Cerrado (@soucerradooficial)bandeira levantada pela marca que é uma das apoiadoras do projeto e para a qual assinou uma camiseta exclusiva.

Inspirada no Cerrado goiano, a coleção lança um olhar especial para os elementos de terra e fogo, abordando fauna e flora e destacando o lobo-guará, a flor de Candombá e a flor de pequi, que simbolizam bem a singularidade de um dos maiores biomas do planeta. “O artesanato é uma realidade no nosso processo de fabricação, com grande valorização do feito à mão. Como somos uma marca de moda autoral, com uma proposta mais slow fashion, o artesanato está sempre muito presente, seja por meio do bordado, do crochê, da tinturaria, entre outros processos”, conta o estilista Theo Alexandre, que também contou com a folha da cervejinha, planta típica e abundante do cerrado, em parceria com o Projeto Folhas Sustentáveis, no kit desenvolvido para o maior evento de moda da América Latina.

“Entendemos também a importância da valorização dos artistas goianos; por isso, investimos em parcerias que tenham sinergia conosco como artista visual Kboco que trouxe seu olhar sobre o Cerrado para a estampa, as formas orgânicas, curvas e onduladas do fogo que evocam a sensualidade e a versatilidade da mulher Thear nos corsets de luxo de Jerônima Baco, e acessórios assinados pela experiente designer de joias Eleonora Hsiung, que completa a narrativa com peças sofisticadas e contemporâneas criadas a partir dos elementos Terra e Fogo, sob a estética da síntese do Cerrado, feita pelo artista Kboco”, completa.

Os tecidos naturais trazem o aspecto rústico dos elementos, adicionando profundidade e autenticidade ao design. Os elementos Terra e Fogo, tão presentes no cerrado, são traduzidos em tecidos que mesclam texturas terrosas e tons ardentes, evocando a energia primordial que pulsa sob a superfície desta terra ancestral. Assim como o cerrado, a coleção Elementos é um reflexo do ancestral ciclo de transformação. Cada peça é uma celebração da vida, uma homenagem à beleza efêmera e à constante renovação que permeia o mundo.

O batom verde, criado pelo renomado maquiador Marcos Costa em parceria com a Natura exclusivamente para o desfile da marca goiana no SPFW, mais uma vez marcou presença na beleza das modelos. E o casting, como sempre, foi plural com destaque para a modelo Raissa Severo que tem vitiligo e é uma parceira de longa data da marca nas passarelas.

#SouCerrado

Thear levantou a bandeira da preservação do Cerrado ao apoiar e dar palco para o lançamento da iniciativa #SouCerrado – apresentada em primeira mão no desfile, com uma camiseta com a logo da iniciativa assinada pela marca, e que contou com parceria da Myda Malhas e da Zênite.

“O projeto Sou Cerrado chega em um momento muito importante da marca e com total sinergia. Quando a iniciativa nos procurou, não hesitamos em levantar essa bandeira, pois o meio ambiente sempre foi uma das nossas grandes preocupações. Nós, enquanto parte da indústria de confecções – mesmo sendo slow e autoral -, precisamos sim fazer nossa parte no sentido de preservação ao bioma cerrado – o que também representa muito nossas raízes. Com a nossa coleção Elementos pudemos dar visibilidade à causa”, afirma Theo Alexandre.

Crédito Fotoforum

Com base na invisibilidade do bioma, nasce a iniciativa inédita Sou Cerrado, idealizada pela agência de comunicação Fresh PR e pelo ativista e detentor do canal @chapadadosveadeiros, Felipe Triaca, com o objetivo de alcançar e engajar maior número de pessoas na preservação do Cerrado, por meio de uma marca forte e uma plataforma de acesso a dezenas de ONGs e instituições para que os brasileiros colaborem com quais quiserem de forma fácil e rápida: www.soucerrado.com.br. Dentre as ONGs selecionadas para receber apoio pelo site estão: Rede Contra Fogo, Fundação Mais Cerrado, Cerrado de Pé, Movimento Lixo Zero, Rede Kalunga, Brigada Voluntária São Jorge, Eu Desacelero na Chapada, Turma que Faz e toda a rede de ONGs presentes na Rede Cerrado.

Thear – Humana e para durar

Marca de moda autoral idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito, a Thear – junção do verbo Tear + h (como o Th do nome Theo) – traz criações com design único, modelagens confortáveis, construções com processos mais duráveis e atemporais. Produtos de fibras naturais, como algodão e linho, são a base das peças, que se destacam por ricos em detalhes e design de superfície, conectando a memória afetiva com a experiência do vestir. As inspirações criativas da marca refletem as vivências e o olhar poético de Theo sobre as identidades culturais do Cerrado e de Goiânia, sua cidade.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

FR&SH PR

Daniele Flöter

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Aniversário

Noite de vinhos

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O jornalista e televisivo Jorge Neris recebeu a amiga consultora imobiliária Rosana Halterbeck na comemoração do seu aniversário na última quarta-feira (8) na Adega Decanter Wine,  onde todos os convidados puderam saborear vinhos de altíssima qualidade.

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