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Ziriguidum do D9 – Resumo de 5ªFeira – 31.03.2022

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Resumo de 5ª feira, 31 de março de 2022

Edição de Chico Bruno

Manchetes

Valor Econômico – Governo estuda reajuste de 5% a servidores em ano eleitoral

O GLOBO – Governo avalia aumento de 5% a servidores

O ESTADO DE S.PAULO – Brasil recebe por dia R$ 1,4 bi de capital estrangeiro na Bolsa

FOLHA DE S.PAULO – Bolsonaro faz nova ameaça ao Judiciário sobre eleição

CORREIO BRAZILIENSE – Eleição faz administradores e secretários deixar cargos

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

 

Bondade eleitoral – Disposto a afagar o funcionalismo público em ano eleitoral, o governo avalia a possibilidade de conceder reajuste de 5% para todas as categorias a partir de julho. O problema é que a medida não cabe no teto de gastos. O problema é que a medida custaria pelo menos R$ 5 bilhões este ano, e a margem disponível para reajustes este ano é de R$ 1,7 bilhão. O custo anualizado da medida seria de R$ 10 bilhões a R$ 11 bilhões. O reajuste salarial linear de 5% para todo o funcionalismo foi prometido pelo presidente Jair Bolsonaro no final do ano passado, mas sempre esbarrou na falta de espaço sob o teto de gastos. O problema permanece. Outra hipótese em avaliação é conceder reajuste apenas para policiais, outra promessa do presidente, dentro da margem existente no Orçamento. Trata-se, porém, de uma saída pouco recomendada pelos técnicos, porque reajustes localizados podem acirrar as insatisfações das demais categorias. Nos bastidores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, costuma dizer que isso seria “puxar o pino da granada”.

 

Bufunfa estrangeira – O Brasil voltou a ser um dos países preferidos para investidores globais do mercado financeiro e tem atraído em março, em média, R$ 1,390 bilhão por dia para a Bolsa. Os estrangeiros ignoram riscos como o desequilíbrio das contas do governo e o ambiente eleitoral. Eles buscam ativos atrelados a commodities, cujo preço disparou após a Rússia invadir a Ucrânia. O saldo entre entradas e retiradas de investidores estrangeiros na B3 já soma R$ 92 bilhões neste ano, até o pregão de segunda-feira. Em três meses de 2022, o valor está perto dos R$ 104,2 bilhões de todo o ano de 2021. A entrada desses recursos explica em parte o dólar estar cotado abaixo de R$ 5.

 

Nova ameaça ao Judiciário – O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ameaçar o Judiciário sobre o resultado das eleições de 2022, desta vez em discurso nesta quarta-feira (30) no Rio Grande do Norte. Ele disse que os votos das eleições serão contados, sem explicar como, já que o voto impresso foi derrubado pelo Congresso em meio a discursos golpistas do presidente da República. Nesta quarta, Bolsonaro fez críticas indiretas a ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “O povo armado jamais será escravizado. E podem ter certeza que, por ocasião das eleições de 2022, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos”, disse, em referência a Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE; Edson Fachin, o atual; e Alexandre de Moraes, que será presidente nas eleições. A fala do presidente ocorreu durante discurso em evento na cidade de Parnamirim, na região metropolitana de Natal. A viagem do presidente ao Rio Grande do Norte teve ‘comício’, oração, motociata e cavalgada. Mais tarde, ao participar de um outro evento na cidade de Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí, Bolsonaro voltou a fazer referência à contagem dos votos.

 

Corrida eleitoral no DF – Dos 31 integrantes do primeiro escalão, ao menos cinco secretários devem entregar o cargo até amanhã para disputar uma vaga de deputado federal ou distrital. Outros dois ainda analisam a decisão. Entre os que já se definiram estão Severino Cajazeiras (Atendimento à Comunidade), Gilvan Máximo (Ciência, Tecnologia e Inovação), Ericka Filippelli (Defesa dos Direitos das Mulheres) e Vanessa Mendonça (Turismo). Entre os administradores regionais, ao menos 10 vão entrar na corrida eleitoral: Fernando Fernandes, de Ceilândia; Gustavo Aires, de Samambaia; Alan Valim, de São Sebastião; Daniel de Castro, de Vicente Pires; Vânia Gurgel, do Scia e Estrutural; Marcelo Ferreira, do Lago Norte; Carlos Dalvan Soares, do Recanto das Emas; Sérgio Damasceno, do Paranoá; Renato Andrade, de Taguatinga; e Telma Rufino, de Arniqueiras.

 

Petrobras diz que Bolsonaro pode mudar política de preços – Na mesma semana em que o governo anunciou mudanças no comando da Petrobras, a estatal alertou a investidores estrangeiros que o presidente Jair Bolsonaro pode impor mudanças na política de preços da companhia. Isso, segundo a empresa, pode ocorrer por imposição de “uma nova equipe de administração ou Conselho de Administração”. A política de preços atual considera as variações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional e repassa essas flutuações para o valor do combustível cobrado na refinaria. A manifestação da Petrobras está registrada num formulário chamado de 20-F depositado nesta quarta-feira na SEC, órgão do governo dos Estados Unidos responsável pela regulação do mercado de ações equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira. É uma manifestação da própria empresa, mesmo ela tendo como acionista majoriário a União. A Petrobras tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, além das ações na Bolsa brasileira. O teor é similar ao comunicado divulgado ano passado, quando foi anunciada a demissão de Roberto Castello Branco e posteriormente a indicação de Joaquim Silva e Luna para o comando da companhia. E se repete agora em novo momento de mudança na presidência da estatal, com a entrada de Adriano Pires. Num capítulo chamado de riscos financeiros, a Petrobras afirma que a empresa ajustou os seus preços de petróleo e derivados de tempos em tempos, mas que isso pode mudar no futuro. “No futuro, poderá haver períodos durante os quais os preços de nossos produtos não estarão em paridade com os preços internacionais dos produtos. Ações e legislação impostas pelo governo brasileiro, como nosso acionista controlador, podem afetar essas decisões de preços. O presidente brasileiro tem, algumas vezes, feito declarações sobre a necessidade de modificar e ajustar nossa política de preços para as condições domésticas”, diz o texto da Petrobras.

 

Petrobras é alvo de processo da CVM, após troca de comando – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a xerife do mercado financeiro, abriu um processo administrativo do tipo supervisão, na segunda-feira, para apurar questões ligadas à Petrobras. O processo foi aberto no mesmo dia em que circularam notícias sobre a demissão do general Joaquim Silva e Luna da presidência da empresa. Em seu site, a autarquia afirma se tratar de um processo no âmbito de notícias, comunicados e fatos relevantes referidos à companhia. Procurada, a CVM afirmou que não comenta casos específicos. “Conforme é possível verificar no site da CVM, trata-se de processo administrativo, do tipo supervisão, aberto no âmbito de notícias, fatos relevantes e comunicados relacionados à referida companhia”, disse a CVM.

 

Não vai mudar nada na Petrobras, diz Mourão – O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou nesta quarta-feira (30) que “não vai mudar nada” na Petrobras com a demissão do presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, e sua substituição pelo economista Adriano Pires. “Esse novo presidente da Petrobras que vai ser nomeado, o Adriano Pires, se você ler tudo o que ele escreve vai continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes. Não vai mudar nada”, disse Mourão, ao chegar em seu gabinete no complexo do Palácio do Planalto, em Brasília. “A Petrobras é uma empresa com ação em Bolsa, tem conselho de administração, tem toda uma governança. Ela não pode voltar aos fatos que ocorreram no período dos governos do PT, onde um misto de incompetência, má gestão e corrupção deixou a empresa praticamente na lona. A empresa está recuperada, então esse assunto tem que ser discutido bem.”

 

Sob pressão, Silveira recua – Após nova decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou multa diária de R$ 15 mil pelo descumprimento da ordem de instalação da tornozeleira eletrônica, o deputado Daniel Silveira admitiu que usará o equipamento. — Não vou aceitar. Vou colocar (a tornozeleira) por imposição de sequestro de bens — disse Silveira. A decisão do magistrado também determina que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), “indique dia, horário e local para a efetivação do monitoramento eletrônico do réu” e adote as providências para garantir o pagamento de eventual multa, descontando o valor diretamente nos vencimentos do parlamentar. Após sessão da Câmara desta terça-feira, o parlamentar decidiu ir para casa. Há dois dias ele usa as dependências da Casa para evitar o cumprimento da ordem da Justiça. Perguntado por jornalistas se ainda permaneceria no Congresso, ele reconheceu que estava se encaminhando para sua residência. — Não (vou ficar), vou para casa. Eu pagaria R$ 15 mil diário, ilegalmente? É claro que é (por causa da multa). Réu em uma ação penal no Supremo, Silveira elevou nesta terça-feira a tensão entre Poderes e, mais cedo, dispensou autoridades notificadas pelo Poder Judiciário para cumprir a ordem. Na Câmara, o parlamentar se recusou a colocar a tornozeleira, como ordenara o ministro Alexandre de Moraes, e se protegeu ao lado de aliados do presidente Jair Bolsonaro. Na companhia do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se tornou porta-voz do grupo, o parlamentar usou a estrutura da Câmara para estimular o embate entre as instituições. Alexandre de Moraes, no último despacho desta quarta, classificou a decisão do parlamentar de “morar” na Câmara, como chegou a anunciar, de “estranha e esdrúxula”.

 

Caso Daniel gera tensão no 31 de março – Independentemente do desfecho do caso do deputado Daniel Silveira (sem partido-RJ) e o uso de tornozeleira determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, o fato de um deputado ter ficado “ilhado” no Parlamento deixa este 31 de março sob alerta. Nesta data, grupos radicais costumam se movimentar e há quem esteja com receio de que a situação do parlamentar sirva de pretexto para novos ataques ao STF, nos moldes do que já se viu no passado recente. Da parte do Planalto, porém, a ideia é ficar bem distante daquele Sete de Setembro em que foi preciso o ex-presidente Michel Temer servir de ponte entre Jair Bolsonaro e Moraes. O presidente já foi aconselhado, inclusive, a ficar longe dessa briga. Agora, quem o conhece, garante que ele não deixará de defender o deputado. Prova disso, foi a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao lado de Silveira na Câmara.

 

Defesa diz que golpe de 64 é marco da ‘evolução política brasileira’ – O Ministério da Defesa afirmou nesta quarta-feira que o golpe militar de 1964 é um “marco histórico da evolução política brasileira” e que “respondeu aos anseios” da sociedade à época. A pasta diz também que o “movimento” deixa um “legado de paz, de liberdade e de democracia”. O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, assinou ordem alusiva ao 31 de março de 1964, aniversário de 58 anos do golpe. Braga Netto é cotado para ser vice na chapa à reeleição do presidente Jair Bolsonaro e deve deixar o ministério nesta quinta-feira para cumprir exigência da lei eleitoral. O texto diz que o século XX foi marcado por ideologias totalitárias que representaram “ameaças à democracia e liberdade” e um cenário de “incertezas com grave instabilidade política econômica e social”. Diz também que o golpe militar impediu que um regime totalitário fosse implantado no Brasil. A Defesa ressalta que os anos seguintes ao golpe foram um período de “estabilização, segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político” e que estabeleceu a paz no país. A ditadura militar fechou o Congresso, cassou habeas corpus e censurou as artes e a imprensa. Em 2014, pela primeira vez as Forças Armadas reconheceram a ocorrência de desaparecimentos e mortes durante o regime em ofício encaminhado à Comissão Nacional da Verdade (CNV). Na economia, a manipulação da coleta de informações fez com que os índices oficiais de inflação ficassem artificialmente baixos.

 

PF conclui que Bolsonaro não interferiu na corporação – Dois anos após o pedido de demissão e as acusações de Sergio Moro, a Polícia Federal encerrou o inquérito e concluiu não haver indícios de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) interferiu para proteger aliados e familiares ao trocar o comando do órgão. Os investigadores também descartaram uma possível denunciação caluniosa do ex-ministro por acusar o presidente de interferência na PF e iniciar uma das principais crises do governo Bolsonaro. No relatório, a PF afirma que em dois anos de apuração “nenhuma prova consistente” da interferência de Bolsonaro foi encontrada e que todas “as testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações”. Nas redes sociais, Moro disse na noite desta quarta (30) que “a Polícia Federal produziu um documento de 150 páginas para dizer que não houve interferência do presidente na PF”, mas “certamente, as quatro trocas de diretores da PF falam mais alto do que as 150 páginas desse documento”. ​Uma das provas apresentadas por Moro à época, e citadas no relatório, são as mensagens enviadas pelo presidente em que ele fala da intenção de tirar Maurício Valeixo da direção do órgão e indicar Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência e amigo da família presidencial. Em 22 de abril de 2020, Bolsonaro diz ao então ministro da Justiça: “Moro, o Valeixo (então diretor da PF) sai essa semana”, “Isto está decidido”, “Você pode dizer apenas a forma”, “A pedido ou ex oficio”. Em resposta, Moro diz: “Presidente sobre esse assunto precisamos conversar pessoalmente, estou ah [sic] disposição para tanto”. No mesmo dia, o presidente manda a Moro um link de texto do site O Antagonista, com o título: “PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas”. Moro responde: “Isso eh fofoca. Tem um Dpf [Delegado de Polícia Federal] atuando por requisição no inquérito da fake News e que foi requisitado pelo Min Alexandre [de Moraes]”. Bolsonaro, no dia seguinte, encaminha o mesmo link da reportagem e diz: “Mais um motivo para a troca”. Segundo relatório do delegado Leopoldo Soares Lacerda, Bolsonaro não cometeu um ato contrário à lei ao pedir a troca do diretor-geral da corporação a Moro porque cabe ao presidente escolher a equipe ministerial e também os chefes vinculados aos ministérios.

 

Rosa Weber nega arquivamento de inquérito sobre Bolsonaro – A ministra Rosa Weber (STF) negou nesta quarta-feira (30) pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para arquivar inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso do processo de compra da vacina indiana Covaxin. Nesse inquérito, o presidente é investigado sob suspeita de prevaricação. O caso Covaxin se tornou centro da CPI da Covid no Senado, inflamou protestos pelo impeachment do presidente e expôs uma série de contradições no discurso bolsonarista sobre vacinas e combate à corrupção. O PGR havia seguido o entendimento da Polícia Federal, que, em 31 de janeiro, disse que não foi identificado crime, porque não havia dever funcional do presidente da República de “comunicar eventuais irregularidades de que tenha tido conhecimento” a órgão de investigação. De acordo com o delegado William Tito Schuman Marinho, “juridicamente, não é dever funcional (leia-se: legal), decorrente de regra de competência do cargo, a prática de ato de ofício de comunicação de irregularidades pelo presidente da República”. Aras concordou com a tese da PF. A ministra Rosa Weber discordou e disse que “é perfeitamente possível extrair, do próprio ordenamento jurídico-constitucional, competência administrativa vinculada a ser exercida pelo chefe de Governo”.

 

Lira pressiona, e Fux marca julgamento de Silveira – O ​presidente Arthur Lira (PP-AL) defendeu nesta quarta-feira (30) a inviolabilidade da Câmara, mas criticou o uso midiático das dependências da Casa pelo deputado Daniel Silveira (União-RJ) e pressionou o STF (Supremo Tribunal Federal) a analisar a ação contra o bolsonarista que tramita na corte. Após a cobrança de Lira, o presidente do STF, Luiz Fux, decidiu marcar para 20 de abril o julgamento da ação penal contra Silveira. O ministro inicialmente estudava marcar o julgamento para maio, devido aos feriados de Páscoa e de Tiradentes. Lira emitiu nota nesta quarta sobre a controvérsia envolvendo o deputado, após o ministro Alexandre de Moraes ter ordenado na tarde desta terça (29) que a polícia fosse à Câmara colocar tornozeleira eletrônica em Silveira. No comunicado, o presidente da Câmara defende que decisões judiciais sejam cumpridas, mas ressalta que a “inviolabilidade da Casa do Povo deve ser preservada.” “Ideal que o STF analisasse logo os pedidos do deputado Daniel Silveira e que a Justiça siga a partir desta decisão”, continua Lira na nota. A seguir, o presidente da Câmara disse condenar “o uso midiático das dependências da Câmara” e ressaltou novamente a inviolabilidade do local.

 

PT contra-ataca na Bahia – Duas semanas depois de perder o apoio do PP, um de seus principais aliados, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), contra-atacou nesta quarta-feira (30) e levou para a sua base aliada o MDB do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O partido fazia parte do arco de alianças do ex-prefeito de Salvador e pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) e agora vai engrossar a coligação para a candidatura do secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, ao Governo da Bahia. Geddel, que está em liberdade condicional desde fevereiro na condenação por lavagem de dinheiro no caso do bunker com R$ 51 milhões em Salvador, foi cortejado nas últimas semanas tanto pelo governador Rui Costa quanto pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto. Geddel não possui cargo de comando no MDB, mas segue como figura influente nas decisões do partido. Ele estava presente no anúncio da parceria na tarde desta quarta na sede do MDB da Bahia, mas ficou longe dos holofotes. O senador Jaques Wagner (PT) também participou do ato, assim como o ex-deputado federal Luiz Argôlo, que está em liberdade condicional da pena que cumpre da condenação na Operação Lava Jato. Abordado por jornalistas, Geddel afirmou que não estava participando do evento: “Eu sou curioso, vim aqui só para ver o movimento. Tenho uma reunião aqui em cima”, disse, enquanto seguia para o elevador do prédio comercial onde fica a sede do MDB baiano. O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Geraldo Júnior (MDB), será indicado candidato a vice-governador. A chapa, que ainda tem o senador Otto Alencar (PSD) como candidato ao Senado, será apresentada lançada nesta quinta-feira (31) em ato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reviravolta dá novo gás à candidatura petista na Bahia, que enfrentou uma série de atritos internos e sofreu baixas nas últimas semanas. A principal delas foi a do vice-governador João Leão (PP), que rompeu com o PT após uma aliança de 13 anos e será candidato ao Senado na chapa de ACM Neto.

Por orçamento secreto, partidos entram na disputa para indicar ministros – As trocas na Esplanada dos Ministérios por causa das eleições deste ano provocaram embates entre partidos e o Palácio do Planalto nesta semana. As siglas se movimentaram e tentaram emplacar nomes, principalmente para as pastas com os cofres mais gordos, como o Ministério do Desenvolvimento Regional, para terem a garantia de que as emendas de relator, do orçamento secreto, serão pagas. O pagamento dessas emendas é muitas vezes usado como arma eleitoral pelos políticos para atrair votos em seus redutos nos Estados, o que as torna mais importantes e estratégicas neste período. Por enquanto, o governo está se programando para liberar R$ 16,5 bilhões neste ano, até dezembro. Há ainda outros R$ 18,8 bilhões de emendas do chamado orçamento secreto de anos anteriores que ainda não foram pagos. Os valores fazem crescer os olhos das lideranças que querem garantir a reeleição em outubro. Justamente por isso, há uma pressão para que a liberação da maior parte dos recursos ocorra antes das eleições. A lei eleitoral proíbe o pagamento de emendas nos três meses anteriores à disputa. O governo, no entanto, deve priorizar a nomeação de secretários executivos dos ministérios onde os titulares vão deixar o cargo. Com a saída de Tarcísio de Freitas do comando da Infraestrutura para concorrer ao governo de São Paulo, por exemplo, quem deve assumir é Marcelo Sampaio, que é também genro do ministro da Secretaria-geral, Luiz Eduardo Ramos.

 

Deu ruim – A história do relógio Piaget de Lula ainda vai render. O ex-presidente disse que ganhou a peça de presente quando estava no Planalto. Não disse quem deu. Um servidor público não pode receber presentes de valor superior a R$ 100. No caso dos presidentes da República, há exceções, por exemplo, objetos de uso pessoal. A oposição aos petistas já pegou as declarações de Lula no evento do PSol.

 

Lula: ‘Exército não serve para a política’ – No último evento da sua primeira passagem com agenda política no Rio neste ano, o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) fez discurso em tom de campanha, atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL), a atuação de militares na política e afirmou que a esquerda voltará a ganhar as eleições. O ex-presidente participou de um ato na UERJ do Grupo de Puebla, fórum que reúne lideranças internacionais de esquerda. No palco com o petista estavam a ex-presidente Dilma Rousseff; os ex-ministros Aloizio Mercadante e Celso Amorim; Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia, José Luís Zapatero, ex-presidente da Espanha, entre outros políticos. O ex-presidente passou a maior parte do discurso falando de política externa, lembrando as gestões petistas e criticou a falta de integração do Brasil com a América Latina e a África. No trecho final, se dedicou a falar da crise econômica brasileira e do cenário eleitoral de 2022. Ele criticou a atuação excessiva de militares no governo Bolsonaro – o ministro da Defesa, Braga Netto, é cotado para vice na chapa do presidente. — O papel dos militares não é puxar saco de Bolsonaro nem de Lula. Eles têm que ficar acima das disputas políticas. Exército não serve para política, ele deve servir para proteger a fronteira e o país de ameaças externas. Na sequência, o petista partiu para o ataque contra Bolsonaro. — Ele é tão frágil e boçal que, como não tem partido político, pegou a camisa da seleção e a bandeira dizendo que é o partido dele. Vamos mostrra que as cores da bandeira brasileira não são desse fascista. Essa bandeira é nossa — disse, erguendo uma bandeira na sequência. Antes de Lula, Dilma também fez uma fala em ritmo eleitoral criticando o governo Bolsonaro sobre a condução da Petrobras e o crescimento dos índices relacionados a fome no país. Além disso, fechou seu breve discurso com uma frase chamando para si a responsabilidade por erros nas gestões petistas. — Quando deixei o governo, eu avisei, nós voltaremos. Os nossos erros são meus, os nossos acertos são nossos — disse Dilma.

 

Michelle é escalada para rodar o país em campanha – Depois de muita insistência, a coordenação de campanha de Jair Bolsonaro finalmente convenceu o presidente da República a permitir que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, participasse mais ativamente no esforço de buscar a reeleição. Aos compromissos ligados à posição de primeira-dama, Michelle se somará aos eventos de agenda do Governo relacionados às mulheres. A etapa inicial da nova estratégia será colocar Michelle para viajar ao Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, acompanhando a divulgação de um programa de empreendedorismo para mulheres liderado por Daniella Marques, secretária de Produtividade e Competitividade da equipe do ministro Paulo Guedes (Economia). Chamado de “Brasil para elas”, o programa fornecerá crédito e treinamento aos microempreendedores, com foco principalmente em mulheres que hoje são atendidas por programas de assistência governamental, como o Auxilio Brasil. Michelle é considerada pelo grupo como um valioso ativo eleitoral, especialmente porque Bolsonaro tem uma grande rejeição no eleitorado feminino.

 

Eduardo Cunha tentará voltar à Câmara – O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha filiou-se ao PTB nesta terça-feira com o objetivo de disputar uma vaga de deputado federal na eleição deste ano para o estado de São Paulo. O partido apoiará a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Alvo de acusações de corrupção, Cunha Cunha foi condenado a 24 anos e 10 meses de prisão. Ele foi demitido e preso em regime fechado entre 2016 e 2020, quando foi transferido para prisão domiciliar. Em maio do ano passado, a prisão foi revogada. Em dezembro do ano passado, Cunha teve uma vitória judicial, quando a 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou sua condenação e encaminhou o processo à Justiça Eleitoral. No recurso, a defesa do ex-deputado argumentou que ele foi condenado por um juiz que não pôde julgá-lo e baseado apenas nas declarações não comprovadas de delatores de corréus. Apesar da anulação dessa condenação, o ex-presidente da Câmara permanece inelegível devido à Lei da Ficha Limpa, já que teve o mandato de deputado cassado, em 2016. Uma de suas filhas, Danielle, deve ser candidata a vice no Rio.

 

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Esporte

Dia das mães no estilo Tenista.

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No último dia 10 de maio a ACT – Associação Clube de Tennis de Goiânia abriu a casa para receber o grupo Minions e celebrar o dia das mães. Este grupo de mulheres tenistas que somam mais de 40 participantes se reunem todas as sextas-feiras para uma descontraída partida, ou como elas dizem, para uma manhã de Play.

Coordenadoras do evento Lara Macedo e Kamilla Lobo


Essa sexta foi diferente, elas trocaram a raquete pela taça em um brunch patrocinado pela empresária Sophia Imai e os médicos Dermatologista Dr Fabiano Ribeiro e Elter Borges.
Mas além da festa a manhã foi lançamento do torneio:
“As Patroas”, o maior na categoria no estado e o encerramento da Ação Social em prol das vítimas da enchente do Rio Grande do Sul.
O grupo que se fortalece a cada dia pelo seu estilo único: unidas e barulhentas vem tomando espaço na categoria do esporte em nossa capital.

Fotos André Cywinski

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Notícias

Itamaraty recebe desfile da Thear com peças inspiradas no Cerrado goiano durante o 17º Salão do Artesanato

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Evento foi exclusivo para convidados

São Paulo, maio de 2024 – Depois do sucesso no SPFW, a Thear, idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito,apresentou 15 dos 33 looks da coleção Elementos durante um desfile no Itamaraty para convidados, na abertura do 17º Salão do Artesanato, no dia 07 de maio. E, assim como em São Paulo, o momento foi aberto com o vídeo da iniciativa Sou Cerrado (@soucerradooficial)bandeira levantada pela marca que é uma das apoiadoras do projeto e para a qual assinou uma camiseta exclusiva.

Inspirada no Cerrado goiano, a coleção lança um olhar especial para os elementos de terra e fogo, abordando fauna e flora e destacando o lobo-guará, a flor de Candombá e a flor de pequi, que simbolizam bem a singularidade de um dos maiores biomas do planeta. “O artesanato é uma realidade no nosso processo de fabricação, com grande valorização do feito à mão. Como somos uma marca de moda autoral, com uma proposta mais slow fashion, o artesanato está sempre muito presente, seja por meio do bordado, do crochê, da tinturaria, entre outros processos”, conta o estilista Theo Alexandre, que também contou com a folha da cervejinha, planta típica e abundante do cerrado, em parceria com o Projeto Folhas Sustentáveis, no kit desenvolvido para o maior evento de moda da América Latina.

“Entendemos também a importância da valorização dos artistas goianos; por isso, investimos em parcerias que tenham sinergia conosco como artista visual Kboco que trouxe seu olhar sobre o Cerrado para a estampa, as formas orgânicas, curvas e onduladas do fogo que evocam a sensualidade e a versatilidade da mulher Thear nos corsets de luxo de Jerônima Baco, e acessórios assinados pela experiente designer de joias Eleonora Hsiung, que completa a narrativa com peças sofisticadas e contemporâneas criadas a partir dos elementos Terra e Fogo, sob a estética da síntese do Cerrado, feita pelo artista Kboco”, completa.

Os tecidos naturais trazem o aspecto rústico dos elementos, adicionando profundidade e autenticidade ao design. Os elementos Terra e Fogo, tão presentes no cerrado, são traduzidos em tecidos que mesclam texturas terrosas e tons ardentes, evocando a energia primordial que pulsa sob a superfície desta terra ancestral. Assim como o cerrado, a coleção Elementos é um reflexo do ancestral ciclo de transformação. Cada peça é uma celebração da vida, uma homenagem à beleza efêmera e à constante renovação que permeia o mundo.

O batom verde, criado pelo renomado maquiador Marcos Costa em parceria com a Natura exclusivamente para o desfile da marca goiana no SPFW, mais uma vez marcou presença na beleza das modelos. E o casting, como sempre, foi plural com destaque para a modelo Raissa Severo que tem vitiligo e é uma parceira de longa data da marca nas passarelas.

#SouCerrado

Thear levantou a bandeira da preservação do Cerrado ao apoiar e dar palco para o lançamento da iniciativa #SouCerrado – apresentada em primeira mão no desfile, com uma camiseta com a logo da iniciativa assinada pela marca, e que contou com parceria da Myda Malhas e da Zênite.

“O projeto Sou Cerrado chega em um momento muito importante da marca e com total sinergia. Quando a iniciativa nos procurou, não hesitamos em levantar essa bandeira, pois o meio ambiente sempre foi uma das nossas grandes preocupações. Nós, enquanto parte da indústria de confecções – mesmo sendo slow e autoral -, precisamos sim fazer nossa parte no sentido de preservação ao bioma cerrado – o que também representa muito nossas raízes. Com a nossa coleção Elementos pudemos dar visibilidade à causa”, afirma Theo Alexandre.

Crédito Fotoforum

Com base na invisibilidade do bioma, nasce a iniciativa inédita Sou Cerrado, idealizada pela agência de comunicação Fresh PR e pelo ativista e detentor do canal @chapadadosveadeiros, Felipe Triaca, com o objetivo de alcançar e engajar maior número de pessoas na preservação do Cerrado, por meio de uma marca forte e uma plataforma de acesso a dezenas de ONGs e instituições para que os brasileiros colaborem com quais quiserem de forma fácil e rápida: www.soucerrado.com.br. Dentre as ONGs selecionadas para receber apoio pelo site estão: Rede Contra Fogo, Fundação Mais Cerrado, Cerrado de Pé, Movimento Lixo Zero, Rede Kalunga, Brigada Voluntária São Jorge, Eu Desacelero na Chapada, Turma que Faz e toda a rede de ONGs presentes na Rede Cerrado.

Thear – Humana e para durar

Marca de moda autoral idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito, a Thear – junção do verbo Tear + h (como o Th do nome Theo) – traz criações com design único, modelagens confortáveis, construções com processos mais duráveis e atemporais. Produtos de fibras naturais, como algodão e linho, são a base das peças, que se destacam por ricos em detalhes e design de superfície, conectando a memória afetiva com a experiência do vestir. As inspirações criativas da marca refletem as vivências e o olhar poético de Theo sobre as identidades culturais do Cerrado e de Goiânia, sua cidade.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

FR&SH PR

Daniele Flöter

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Aniversário

Noite de vinhos

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O jornalista e televisivo Jorge Neris recebeu a amiga consultora imobiliária Rosana Halterbeck na comemoração do seu aniversário na última quarta-feira (8) na Adega Decanter Wine,  onde todos os convidados puderam saborear vinhos de altíssima qualidade.

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