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Os sinais vitais das eleições. Chumbo Gordo Carlos Brickmann

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EDIÇÃO DOS JORNAIS DE DOMINGO, 29 DE MAIO DE 2022

Pesquisas são bons indicadores de tendências eleitorais. Mas sofrem do Mal do Meteorologista: quando acertam ninguém se lembra, quando erram ninguém se esquece. E pesquisa dificilmente mostra mudanças de última hora, como aquela que levou Erundina do quarto lugar à vitória contra Maluf.

De qualquer forma, há indicadores melhores do que qualquer pesquisa: a posição de algumas personalidades políticas que sempre acham o melhor caminho para o poder. Michel Temer, por exemplo, permite que tentem articular sua candidatura, mas exige que antes resolvam um problema sem solução: a união dos partidos centristas em torno de um candidato. Ou seja, ele acha que a eleição está definida entre Lula e Bolsonaro, e não vai entrar.

E entre Lula e Bolsonaro? Vejamos um personagem: Geddel Vieira Lima. Lembra-se dele? O que tinha R$ 51 milhões em dinheiro vivo em casa, sem origem conhecida? Pois Geddel, um dos caciques do MDB baiano, fechou com Lula, esquecendo Simone Tebet, candidata de seu partido. Para garantir o acesso ao presidente, vai apoiar o candidato do PT na Bahia, sabendo que lá vai perder. Renan Calheiros, o político alagoano que sabe como poucos chegar ao poder, também ignora a candidata de seu MDB e fecha com Lula.

Outros políticos de carreira vão com Bolsonaro. Aécio Neves, tucano, não quer um candidato único do centro, porque aspira dar a volta por cima com o presidente. Mas Renan e Geddel conhecem melhor o caminho das pedras.

De anti-Lula a Lula

Lembra-se de Antônio Rogério Magri? Era presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e foi levado à campanha de Fernando Collor para ser o líder trabalhista adversário de Lula.

Hoje é Lula desde criancinha.

Simone? Quem?

Um caso interessante é o de um político que não é conhecido pela capacidade de chegar ao poder. Mas sua posição, como a de Temer, é de quem não acredita em terceira via. O deputado estadual Eduardo Rocha, do MDB do Mato Grosso do Sul, chefe da Casa Civil do governador tucano Reinaldo Azambuja, é presença constante nas reuniões de Eduardo Riedel, candidato a governador pelo PSDB mas fechado com Bolsonaro.

Eduardo Rocha é o marido da senadora Simone Tebet, candidata contra Bolsonaro.

A fuga dos votos

Em vez de brigar com os números, por que não analisá-los? George Bush, presidente popular, vitorioso na guerra contra o Iraque, que tinha ocupado o Kuwait, não percebeu que seu prestígio se esvaía à medida que o desemprego aumentava nos Estados Unidos. Enquanto isso, seu adversário, Bill Clinton, martelou os temas econômicos a campanha toda. Clinton ganhou a eleição e se reelegeu.

O grande tema econômico que vai estourar agora é o aumento enorme do seguro-saúde individual: 15,5%, já autorizado pela ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar. O caro leitor conhece alguma categoria que tenha tido 15,5% de aumento salarial em qualquer dos últimos anos? É a maior alta desde que foi criado o sistema de reajuste, no ano 2000. Já está valendo, a partir de 1º de maio.

É pagar ou ficar sem seguro-saúde.

Bolsonaro, sendo Bolsonaro

Duas tragédias em dois dias: na primeira, com 25 mortos numa favela, o presidente se manifestou elogiando a macabra operação. Não manifestou nenhuma estranheza ao saber que a Polícia Rodoviária Federal, cuja função é patrulhar as rodovias, participava de uma mortífera operação de combate longe de qualquer estrada. Na segunda, uma coisa horrorosa, ele silenciou.

Silêncio retumbante

O caso é o seguinte: um motociclista foi intimado pela Polícia Rodoviária Federal a parar (e parou), em Umbaúba, Sergipe porque estava sem capacete. É uma transgressão com punições previstas no Código de Trânsito Brasileiro (aliás, quem viola essa norma com frequência é o presidente Jair Bolsonaro).

O motociclista Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, foi algemado e colocado no bagageiro de uma viatura. Como não conseguiram fechar a tampa, já que o detido não encolhia as pernas, encheram a viatura com gás lacrimogêneo. O motociclista morreu asfixiado. Bolsonaro não falou sobre o fato.

Colocou sua equipe inteira para falar mal da pesquisa eleitoral e não deu a menor importância à morte de um motociclista nas mãos de sua polícia.

A desculpa

A versão da Polícia Rodoviária Federal para a morte de Genivaldo precisa ser conhecida: no boletim de ocorrência, descreve os fatos, mas garante que a morte nada teve a ver com a asfixia por gás lacrimogêneo. A morte teria ocorrido por mal súbito. “Por todas as circunstâncias, diante dos delitos de desobediência e resistência, após ter sido empregado legitimamente o uso diferenciado da força, tem-se por ocorrida uma fatalidade, desvinculada da ação policial legítima”, diz a equipe da PRF.

Claro: como na frase atribuída a Lampião, o rei do cangaço, “eu faço o furo, mas quem mata é Deus”.

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Esporte

Dia das mães no estilo Tenista.

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No último dia 10 de maio a ACT – Associação Clube de Tennis de Goiânia abriu a casa para receber o grupo Minions e celebrar o dia das mães. Este grupo de mulheres tenistas que somam mais de 40 participantes se reunem todas as sextas-feiras para uma descontraída partida, ou como elas dizem, para uma manhã de Play.

Coordenadoras do evento Lara Macedo e Kamilla Lobo


Essa sexta foi diferente, elas trocaram a raquete pela taça em um brunch patrocinado pela empresária Sophia Imai e os médicos Dermatologista Dr Fabiano Ribeiro e Elter Borges.
Mas além da festa a manhã foi lançamento do torneio:
“As Patroas”, o maior na categoria no estado e o encerramento da Ação Social em prol das vítimas da enchente do Rio Grande do Sul.
O grupo que se fortalece a cada dia pelo seu estilo único: unidas e barulhentas vem tomando espaço na categoria do esporte em nossa capital.

Fotos André Cywinski

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Notícias

Itamaraty recebe desfile da Thear com peças inspiradas no Cerrado goiano durante o 17º Salão do Artesanato

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Evento foi exclusivo para convidados

São Paulo, maio de 2024 – Depois do sucesso no SPFW, a Thear, idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito,apresentou 15 dos 33 looks da coleção Elementos durante um desfile no Itamaraty para convidados, na abertura do 17º Salão do Artesanato, no dia 07 de maio. E, assim como em São Paulo, o momento foi aberto com o vídeo da iniciativa Sou Cerrado (@soucerradooficial)bandeira levantada pela marca que é uma das apoiadoras do projeto e para a qual assinou uma camiseta exclusiva.

Inspirada no Cerrado goiano, a coleção lança um olhar especial para os elementos de terra e fogo, abordando fauna e flora e destacando o lobo-guará, a flor de Candombá e a flor de pequi, que simbolizam bem a singularidade de um dos maiores biomas do planeta. “O artesanato é uma realidade no nosso processo de fabricação, com grande valorização do feito à mão. Como somos uma marca de moda autoral, com uma proposta mais slow fashion, o artesanato está sempre muito presente, seja por meio do bordado, do crochê, da tinturaria, entre outros processos”, conta o estilista Theo Alexandre, que também contou com a folha da cervejinha, planta típica e abundante do cerrado, em parceria com o Projeto Folhas Sustentáveis, no kit desenvolvido para o maior evento de moda da América Latina.

“Entendemos também a importância da valorização dos artistas goianos; por isso, investimos em parcerias que tenham sinergia conosco como artista visual Kboco que trouxe seu olhar sobre o Cerrado para a estampa, as formas orgânicas, curvas e onduladas do fogo que evocam a sensualidade e a versatilidade da mulher Thear nos corsets de luxo de Jerônima Baco, e acessórios assinados pela experiente designer de joias Eleonora Hsiung, que completa a narrativa com peças sofisticadas e contemporâneas criadas a partir dos elementos Terra e Fogo, sob a estética da síntese do Cerrado, feita pelo artista Kboco”, completa.

Os tecidos naturais trazem o aspecto rústico dos elementos, adicionando profundidade e autenticidade ao design. Os elementos Terra e Fogo, tão presentes no cerrado, são traduzidos em tecidos que mesclam texturas terrosas e tons ardentes, evocando a energia primordial que pulsa sob a superfície desta terra ancestral. Assim como o cerrado, a coleção Elementos é um reflexo do ancestral ciclo de transformação. Cada peça é uma celebração da vida, uma homenagem à beleza efêmera e à constante renovação que permeia o mundo.

O batom verde, criado pelo renomado maquiador Marcos Costa em parceria com a Natura exclusivamente para o desfile da marca goiana no SPFW, mais uma vez marcou presença na beleza das modelos. E o casting, como sempre, foi plural com destaque para a modelo Raissa Severo que tem vitiligo e é uma parceira de longa data da marca nas passarelas.

#SouCerrado

Thear levantou a bandeira da preservação do Cerrado ao apoiar e dar palco para o lançamento da iniciativa #SouCerrado – apresentada em primeira mão no desfile, com uma camiseta com a logo da iniciativa assinada pela marca, e que contou com parceria da Myda Malhas e da Zênite.

“O projeto Sou Cerrado chega em um momento muito importante da marca e com total sinergia. Quando a iniciativa nos procurou, não hesitamos em levantar essa bandeira, pois o meio ambiente sempre foi uma das nossas grandes preocupações. Nós, enquanto parte da indústria de confecções – mesmo sendo slow e autoral -, precisamos sim fazer nossa parte no sentido de preservação ao bioma cerrado – o que também representa muito nossas raízes. Com a nossa coleção Elementos pudemos dar visibilidade à causa”, afirma Theo Alexandre.

Crédito Fotoforum

Com base na invisibilidade do bioma, nasce a iniciativa inédita Sou Cerrado, idealizada pela agência de comunicação Fresh PR e pelo ativista e detentor do canal @chapadadosveadeiros, Felipe Triaca, com o objetivo de alcançar e engajar maior número de pessoas na preservação do Cerrado, por meio de uma marca forte e uma plataforma de acesso a dezenas de ONGs e instituições para que os brasileiros colaborem com quais quiserem de forma fácil e rápida: www.soucerrado.com.br. Dentre as ONGs selecionadas para receber apoio pelo site estão: Rede Contra Fogo, Fundação Mais Cerrado, Cerrado de Pé, Movimento Lixo Zero, Rede Kalunga, Brigada Voluntária São Jorge, Eu Desacelero na Chapada, Turma que Faz e toda a rede de ONGs presentes na Rede Cerrado.

Thear – Humana e para durar

Marca de moda autoral idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito, a Thear – junção do verbo Tear + h (como o Th do nome Theo) – traz criações com design único, modelagens confortáveis, construções com processos mais duráveis e atemporais. Produtos de fibras naturais, como algodão e linho, são a base das peças, que se destacam por ricos em detalhes e design de superfície, conectando a memória afetiva com a experiência do vestir. As inspirações criativas da marca refletem as vivências e o olhar poético de Theo sobre as identidades culturais do Cerrado e de Goiânia, sua cidade.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

FR&SH PR

Daniele Flöter

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Aniversário

Noite de vinhos

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O jornalista e televisivo Jorge Neris recebeu a amiga consultora imobiliária Rosana Halterbeck na comemoração do seu aniversário na última quarta-feira (8) na Adega Decanter Wine,  onde todos os convidados puderam saborear vinhos de altíssima qualidade.

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