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Tudo por dinheiro. Chumbo Gordo Carlos Brickmann

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EDIÇÃO DOS JORNAIS DE DOMINGO, 5 DE JUNHO DE 2022

Há coisas em que é difícil acreditar, mas que ocorreram: no Brasil, já houve época em que os candidatos diziam aos eleitores seus planos de governo. Até cumpriram as promessas: Dutra manteve o país na linha da Constituição, Getúlio Vargas multiplicou o salário mínimo, Juscelino foi o responsável por um enorme volume de obras e atração de capitais externos.

Hoje as coisas mudaram: o tema é dinheiro. Boa parte do PSDB não quer ter candidato à Presidência, porque teria de oferecer-lhe verba de campanha; e só aceita apoiar Simone Tebet, do MDB, se não tiver de gastar nada com isso. O pessoal quer poupar o custo de disputar a Presidência para ficar com mais dinheiro para suas campanhas. O União Brasil rifou Sérgio Moro, que foi para lá pensando em ser candidato à Presidência, e deixou Luciano Bivar, o famoso “quem?”, como cabeça de chapa. Com isso, Bivar, presidente do partido, controlará toda a verba de campanha. Bolsonaro ameaça as eleições se não houver auditoria das urnas (“sem auditoria não haverá eleição”, disse), mas seu PL está pensando se vale a pena gastar R$ 1,35 milhão com isso.

A campanha é milionária: são R$ 5,9 bilhões, mais o Fundo Partidário, mais o vale-tudo, que vai de showmícios (que são proibidos) até uso de verba oficial – por exemplo, via orçamento secreto, 20% de todas as ambulâncias oficiais foram compradas para o Piauí, Estado do ministro Ciro Nogueira. E até passeata de jegue apoiando candidato sai por conta do nosso bolso.

Querem mais

A farra com dinheiro público não acontece apenas em órgãos nacionais ou regionais: pequenas cidades pobres fizeram contratos tão escandalosos de espetáculos que alguns chegaram a ser suspensos. O sertanejo Gusttavo Lima foi contratado por São Luís (de Roraima) para um show por R$ 800 mil, ou quase 2% de todo o orçamento anual da Prefeitura. A coisa chegou tão longe que há dois projetos para limitar gastos. Em um, do deputado Célio Studart, do PSD – Ceará, os governos poderão gastar em espetáculos, no ano, até 1% de seu orçamento. Desta quantia, o máximo a ser gasto seria 20% por show.

O vereador Fernando Holiday, do Novo – São Paulo, propõe R$ 70 mil como o máximo para contratar um artista sem necessidade de licitação.

Palpite do colunista: nenhum dos dois projetos será aprovado como está.

O nosso é deles

O problema é que a ideia de que o dinheiro público pode ser gasto sem controle por quem está no poder se espalhou no país. Exemplo? Um voo já antigo, em que o então governador cearense Cid Gomes levou a esposa e a sogra, provocou escândalo no país. Hoje, isso ocorre todos os dias e já passa despercebido. Parentes, parentes de amigos, o cabeleireiro da esposa, todos já viraram passageiros comuns. De acordo com as normas, pode viajar quem tiver de participar da tarefa a ser desempenhada pela autoridade que pediu o avião. As exceções são o pessoal médico e o de segurança (e, ao que parece, quem mais quiser e for amigo dos viajantes). Em países mais pobres, como a Alemanha, o marido da então chanceler Angela Merkel não viajava com ela no avião oficial. Até poderia ir, mas teria de pagar tarifa cheia de primeira classe. Nos Estados Unidos, nem sempre é possível acompanhar o presidente usando voos comerciais. Há lugares para jornalistas no avião presidencial, e a conta é alta: tarifa cheia de primeira classe, sem exceções.

Como é mesmo?

O presidente Bolsonaro moveu pesada campanha contra a urna eletrônica porque, dizia, se o voto não fosse impresso a contagem não seria auditável. Estranho: se o PL, o partido de Bolsonaro, está discutindo se deve ou não gastar R$ 1,35 milhão na auditoria, isso significa que é auditável, sim.

Sinais eleitorais

Alexandre Kalil, do PSD, em segundo lugar nas pesquisas para o Governo de Minas, fechou acordo com Lula. O governador Romeu Zema, do Novo, em primeiro nas pesquisas, conversou longamente com Bolsonaro. Quer seu apoio, mas teme a alta rejeição do presidente. Pelo menos no primeiro turno, não haverá aliança: Zema disse que apoia o candidato do Novo ao Planalto, o cientista político Luís Felipe d’Ávila. No segundo… como diz o próprio Zema, em política as coisas mudam. Embora não diga, vai de Bolsonaro.

Dallagnol sem multa

O procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato, ganhou na Justiça Federal e ficou livre de restituir ao Tesouro algo como R$ 2,8 milhões, pagos como diárias e viagens a promotores de fora chamados para ajudar nos processos. De acordo com o Tribunal de Contas da União, houve custos excessivos, que poderiam ter-se reduzido se fossem planejados com maior eficiência. Para o juiz-substituto da 6ª Vara Federal de Curitiba, Augusto César Pansini Gonçalves, a exigência de devolução é ilegal. Diz o juiz: “Deltan não ordenou despesas nem arquitetou o modelo de pagamento das diárias e passagens dos colegas”. Deltan disse que foi uma vitória da Justiça.

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Esporte

Dia das mães no estilo Tenista.

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No último dia 10 de maio a ACT – Associação Clube de Tennis de Goiânia abriu a casa para receber o grupo Minions e celebrar o dia das mães. Este grupo de mulheres tenistas que somam mais de 40 participantes se reunem todas as sextas-feiras para uma descontraída partida, ou como elas dizem, para uma manhã de Play.

Coordenadoras do evento Lara Macedo e Kamilla Lobo


Essa sexta foi diferente, elas trocaram a raquete pela taça em um brunch patrocinado pela empresária Sophia Imai e os médicos Dermatologista Dr Fabiano Ribeiro e Elter Borges.
Mas além da festa a manhã foi lançamento do torneio:
“As Patroas”, o maior na categoria no estado e o encerramento da Ação Social em prol das vítimas da enchente do Rio Grande do Sul.
O grupo que se fortalece a cada dia pelo seu estilo único: unidas e barulhentas vem tomando espaço na categoria do esporte em nossa capital.

Fotos André Cywinski

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Notícias

Itamaraty recebe desfile da Thear com peças inspiradas no Cerrado goiano durante o 17º Salão do Artesanato

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Evento foi exclusivo para convidados

São Paulo, maio de 2024 – Depois do sucesso no SPFW, a Thear, idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito,apresentou 15 dos 33 looks da coleção Elementos durante um desfile no Itamaraty para convidados, na abertura do 17º Salão do Artesanato, no dia 07 de maio. E, assim como em São Paulo, o momento foi aberto com o vídeo da iniciativa Sou Cerrado (@soucerradooficial)bandeira levantada pela marca que é uma das apoiadoras do projeto e para a qual assinou uma camiseta exclusiva.

Inspirada no Cerrado goiano, a coleção lança um olhar especial para os elementos de terra e fogo, abordando fauna e flora e destacando o lobo-guará, a flor de Candombá e a flor de pequi, que simbolizam bem a singularidade de um dos maiores biomas do planeta. “O artesanato é uma realidade no nosso processo de fabricação, com grande valorização do feito à mão. Como somos uma marca de moda autoral, com uma proposta mais slow fashion, o artesanato está sempre muito presente, seja por meio do bordado, do crochê, da tinturaria, entre outros processos”, conta o estilista Theo Alexandre, que também contou com a folha da cervejinha, planta típica e abundante do cerrado, em parceria com o Projeto Folhas Sustentáveis, no kit desenvolvido para o maior evento de moda da América Latina.

“Entendemos também a importância da valorização dos artistas goianos; por isso, investimos em parcerias que tenham sinergia conosco como artista visual Kboco que trouxe seu olhar sobre o Cerrado para a estampa, as formas orgânicas, curvas e onduladas do fogo que evocam a sensualidade e a versatilidade da mulher Thear nos corsets de luxo de Jerônima Baco, e acessórios assinados pela experiente designer de joias Eleonora Hsiung, que completa a narrativa com peças sofisticadas e contemporâneas criadas a partir dos elementos Terra e Fogo, sob a estética da síntese do Cerrado, feita pelo artista Kboco”, completa.

Os tecidos naturais trazem o aspecto rústico dos elementos, adicionando profundidade e autenticidade ao design. Os elementos Terra e Fogo, tão presentes no cerrado, são traduzidos em tecidos que mesclam texturas terrosas e tons ardentes, evocando a energia primordial que pulsa sob a superfície desta terra ancestral. Assim como o cerrado, a coleção Elementos é um reflexo do ancestral ciclo de transformação. Cada peça é uma celebração da vida, uma homenagem à beleza efêmera e à constante renovação que permeia o mundo.

O batom verde, criado pelo renomado maquiador Marcos Costa em parceria com a Natura exclusivamente para o desfile da marca goiana no SPFW, mais uma vez marcou presença na beleza das modelos. E o casting, como sempre, foi plural com destaque para a modelo Raissa Severo que tem vitiligo e é uma parceira de longa data da marca nas passarelas.

#SouCerrado

Thear levantou a bandeira da preservação do Cerrado ao apoiar e dar palco para o lançamento da iniciativa #SouCerrado – apresentada em primeira mão no desfile, com uma camiseta com a logo da iniciativa assinada pela marca, e que contou com parceria da Myda Malhas e da Zênite.

“O projeto Sou Cerrado chega em um momento muito importante da marca e com total sinergia. Quando a iniciativa nos procurou, não hesitamos em levantar essa bandeira, pois o meio ambiente sempre foi uma das nossas grandes preocupações. Nós, enquanto parte da indústria de confecções – mesmo sendo slow e autoral -, precisamos sim fazer nossa parte no sentido de preservação ao bioma cerrado – o que também representa muito nossas raízes. Com a nossa coleção Elementos pudemos dar visibilidade à causa”, afirma Theo Alexandre.

Crédito Fotoforum

Com base na invisibilidade do bioma, nasce a iniciativa inédita Sou Cerrado, idealizada pela agência de comunicação Fresh PR e pelo ativista e detentor do canal @chapadadosveadeiros, Felipe Triaca, com o objetivo de alcançar e engajar maior número de pessoas na preservação do Cerrado, por meio de uma marca forte e uma plataforma de acesso a dezenas de ONGs e instituições para que os brasileiros colaborem com quais quiserem de forma fácil e rápida: www.soucerrado.com.br. Dentre as ONGs selecionadas para receber apoio pelo site estão: Rede Contra Fogo, Fundação Mais Cerrado, Cerrado de Pé, Movimento Lixo Zero, Rede Kalunga, Brigada Voluntária São Jorge, Eu Desacelero na Chapada, Turma que Faz e toda a rede de ONGs presentes na Rede Cerrado.

Thear – Humana e para durar

Marca de moda autoral idealizada pelo estilista goiano Theo Alexandre, que desde 2016 pesquisa sobre processos produtivos mais sustentáveis, responsáveis e com propósito, a Thear – junção do verbo Tear + h (como o Th do nome Theo) – traz criações com design único, modelagens confortáveis, construções com processos mais duráveis e atemporais. Produtos de fibras naturais, como algodão e linho, são a base das peças, que se destacam por ricos em detalhes e design de superfície, conectando a memória afetiva com a experiência do vestir. As inspirações criativas da marca refletem as vivências e o olhar poético de Theo sobre as identidades culturais do Cerrado e de Goiânia, sua cidade.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

FR&SH PR

Daniele Flöter

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Aniversário

Noite de vinhos

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O jornalista e televisivo Jorge Neris recebeu a amiga consultora imobiliária Rosana Halterbeck na comemoração do seu aniversário na última quarta-feira (8) na Adega Decanter Wine,  onde todos os convidados puderam saborear vinhos de altíssima qualidade.

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