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Vinhos

Seis países em um encontro inédito sobre Enologia

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Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru e Uruguai reúnem enólogos em live dia 14 de julho para falar da qualidade, diversidade, desafios e curiosidades da última colheita da uva

O vinho tem o poder de aproximar as pessoas, mesmo que à distância, fazendo o longe virar perto. Nem mesmo a pandemia do Coronavírus impediu que Associações de Enólogos de seis países latino-americanos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru e Uruguai, realizassem um encontro histórico. Pela primeira vez, profissionais do setor vitivinícola dessas seis nacionalidades estarão reunidos para falar das características da última safra. Este encontro on-line será realizado dia 14 de julho, através do canal da Associação Brasileira de Enologia (ABE) no Youtube, a partir das 19h no horário de Brasília (19h na Argentina, Brasil e Uruguai; às 18h na Bolívia e no Chile e às 17h no Peru). É o ‘Directo del Viñedo Vendimia 2021 en Latinoamerica’.

Serão 12 profissionais, dois de cada país, mediados pelo enólogo uruguaio Fernando Pettenuzzo, coordenador do grupo G4, que estará em estúdio montado em Bento Gonçalves, cidade sede da ABE, onde o presidente, enólogo André Gasperin, e o conselheiro Juliano Perin, estarão juntos nesse fórum digital sem fronteiras. O papo poderá ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no assunto, podendo conhecer as peculiaridades de cada terroir. “Ver nascer um projeto tão transformador e significativo para ambos os seis países é como ver nascer um vinho. E que ele tenha vida longa para poder ser degustado por muito tempo por todos que apreciam este universo”, destaca Gasperin.

A inspiração para a iniciativa veio do ‘Direto do Vinhedo – Safra 2021’, realizado pela ABE também no formato on-line no dia 29 de abril. A entidade reuniu nove enólogos e agrônomos de diferentes regiões produtoras para falar do desempenho da colheita da uva. O resultado superou as expectativas e o projeto foi compartilhado com o G4, bloco criado em 2012 para trabalhar em torno de objetivos comuns, unindo as Associações Nacionais de Enólogos da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. De lá para cá, todos seguiram cumprindo agenda itinerante nos quatro países e agora com a promoção deste encontro o grupo resolveu convidar a Bolívia e o Peru, formando o G6 – Grupo de Enólogos de Latino-américa.

Pettenuzzo comenta que o evento poderá ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no assunto. “Pela primeira vez na história, integrantes do setor vitivinícola latino-americano e amantes do vinho, terão a possibilidade de interagir com profissionais de seis países e conhecer em primeira mão informações de como se deu a vindima 2021. Um acontecimento sem precedentes, que marcará um ponto de partida na vitivinicultura latino-americana e na coordenação e cooperação entre os enólogos deste continente”, enfatiza o coordenador.

A proposta, além de fortalecer e promover a vitivinicultura latino-americana, também quer mostrar a diversidade e a qualidade da produção, especialmente em relação a investimentos nos vinhedos e como isso reflete diretamente na excelência dos vinhos. Se por um lado o encontro oportunizará a troca de experiências no ambiente técnico, por outro dará subsídios aos consumidores, antecipando tendências e tipos de produtos que irão chegar ao mercado daqui para frente. O evento tem o patrocínio da Fermentis by Lesaffre, que desenvolve, produz e comercializa leveduras inovadoras enológicas.

 

Crédito: Tatiana Cavagnoli Crédito: Divulgação

Enólogos André Gasperin e Juliano Perin representam o Brasil

 

SERVIÇO

O que? Directo del Viñedo Vendimia 2021 en Latinoamerica

Quando? 14 de julho de 2021

 

Horários:

Argentina, Brasil e Uruguai – 19h

Bolívia e Peru – 18h

Chile – 17h

Onde? Canal da ABE no youtube

 

PARTICIPANTES:

ARGENTINA

ABEL FURLÁN – Presidente da Associação de Profissionais em Enologia e Alimentos da Argentina (Apeaa)

MIGUEL CODATTO – Diretor da Apeaa

BOLÍVIA

GERARDO AGUIRRE ULLOA – Presidente da Associação Nacional de Enólogos da Bolívia (ANEB)

FERNANDO GALARZA CASTELLANOS – Gerente da Associação Nacional de Indústrias Vitivinícolas (ANIV)

BRASIL

ANDRÉ GASPERIN – Presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE)

JULIANO PERIN – Diretor e Conselheiro da Associação Brasileira de Enologia (ABE)

CHILE

ADRIANA CERÓN ARAYA – Presidente da Associação Nacional de Engenheiros Agrônomos Enólogos de Chile

SERGIO HORMAZÁBAL – Criador do grupo colaborativo Maiporigen do Vale del Maipo

PERU

JOSÉ CARLOS FALCONÍ MOYANO – 1º Membro da Associação Peruana de Enólogos

ALAN WATKIN SEJURO – Presidente do Comitê Vitivinícola da Câmara de Comércio e Indústria de Ica

URUGUAI

RICARDO CABRERA – Presidente do Instituto Nacional de Vitivinicultura – Vinhos do Uruguai (Inavi)

EDUARDO BOIDO – Doutor em Enologia, professor da Escola de Vitivinicultura do Uruguai e diretor técnico da Bodega Bouza

Mediação: FERNANDO PETTENUZZO, enólogo uruguaio Coordenador do grupo G4

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O que é um vinho frutado?

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Vinhos frutados são vinhos elaborados com uvas que possuem menos carga de taninos. Se forem de regiões mais frias, além da fruta terão percentual alcoólico menor e acidez mais viva, em razão da menor insolação e dias mais frios. Desta maneira a uva amadurece sem ganho expressivo de açúcar. Exemplo típico são as uvas Barbera e Dolcetto.  

Se forem uvas de regiões mais quentes e com baixa carga de taninos, teremos mais álcool, porém, ainda mantendo o frutado no nariz e boca. Exemplos: Garnacha e a Mouvèdre. Vale ressaltar, novamente, que a maior influência que um vinho tem é da própria uva com a qual foi elaborado. Não podemos pensar em comprar um frutado tinto pensando na Tannat uma das mais tânicas uvas que se conhece.

Frutas frescas, geleia, compota. Vinhos são ricos em sabores frutados e com frequência é fácil reconhecê-los. De fato, alguns rótulos têm aromas discretos e que apenas os olfatos mais treinados são capazes de identificar, mas, na maioria das vezes, os perfumes de frutas quase “saltam” da taça.

É, neste caso, que falamos em vinhos frutados. Os aromas são muitos, mas nos tintos é comum encontrar notas de amora, cassis, cereja, morango e ameixa, entre outros, claro; já nos brancos, se destacam pêssego, maçã, pera, limão, melão, maracujá e abacaxi, só para citar os mais habituais.

Os aromas frutados são chamados também de primários, pois derivam da fruta. Cada uva tem características aromáticas que a diferencia das outras. Quando o vinho passa por amadurecimento em barris de madeira ganha os chamados aromas secundários, como baunilha, tostado, café ou especiarias, entre outros.

Os aromas frutados costumam estar mais presentes em vinhos jovens e prontos para beber e produzidos em regiões quentes, onde as uvas amadurecem bem, potencializando os perfumes. Isso ocorre em boa parte da Argentina, Chile, sul da Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, onde é comum encontrar vinhos com aromas de frutas bem expressivos.

Sem dúvida, o fator mais decisivo é a uva. Algumas castas são mais aromáticas que outras, por natureza. Chardonnay e Pinot Grigio, por exemplo, são cepas brancas que dão vinhos de aromas sutis, ao contrário de Alvarinho, Gewürztraminer, Riesling, Sauvignon Blanc, Torrontés, Viognier e Moscato, que originam bebidas bem perfumadas. Se você gosta de vinhos mais frutados, aposte em Malbec, Touriga Nacional, Syrah, Barbera, Grenache, entre outras. Técnicas de elaboração também contribuem bastante para o estilo frutado. A maceração carbônica é um belo exemplo. É esta técnica que mantém a leveza e jovialidade de muitos vinhos frutados, em especial em Beaujolais.

OS AROMAS: Os vinhos deste estilo têm aromas que vão do morango, algo de cereja, naqueles de regiões mais frias, até os aromas de frutos vermelhos como mirtilo e amora.

PALADAR: Como dito, o paladar dos frutados muda em relação à acidez e os taninos. Quanto menos ácido mais tânico será o vinho, mantendo sempre a predominância da fruta.

HARMONIZAÇÃO: São vinhos com baixa carga de taninos, assim podem ser gelados e servidos nos dias mais quentes de verão, ideais para quem não abre mão de um tinto. Vão muito bem com pasta de molhos leves, pizzas ficam soberbos, peixes mais gordurosos como Truta, Salmão, Garoupa e Bacalhau. Queijos de como Gruyère e Gouda, mesmo que um pouco mais salgados não conflitam com os taninos, não os amargam, eis que este em pouca quantidade neste estilo de vinho. Um  Blues é o que me lembra estes tintos frutados. Leve e solto com qualidade. Com B.B King

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Confraria

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*Confraria Bella Rouge e Chandon realizam confraternização exclusiva

A Confraria Bella Rouge, um clube de mulheres que promove eventos de alto padrão, em parceria com a Chandon, a marca líder de espumantes no Brasil, vai realizar uma confraternização exclusiva neste sábado, dia 16 de dezembro, em Goiânia.

A empresária Luciara Lopes, fundadora da Confraria Bella Rouge, está a frente de todos os detalhes da confraternização que vai ter show com o cantor Marcinho Malemolência e com a DJ Roberta Leão, que vão agitar a pista de dança. O buffet leva a assinatura da chef Bia Pimentel.

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Vinhos

Harmonizações perfeitas, sororidade e vinho

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Muito se diz sobre o vinho ideal para a mulher, ou vinho com perfil feminino. Besteira! A verdade é que vinho “de mulher” é o vinho que gostamos – seja seco ou doce, branco ou tinto, leve ou encorpado. Vinho e mulher harmonizam perfeitamente, e a tendência é que os dois se aproximem ainda mais. Trata-se de uma relação sem regras, ou seja, as escolhas devem ser baseadas a partir das preferências de cada uma, sem qualquer tipo de limitação. Sabe o que eu vejo hoje em dia, as mulheres resistindo e lutando e, a partir destas resistências cotidianas, elas se conectam e constroem experiências concretas de transformação feminista.

Esses julgamentos por categorias têm de ser substituídos por relações completamente humanas que transcendam as diferenças como categorias de análise. Necessitamos de novas categorias de conexão, novas visões de como podem ser nossas relações com os outros. Primeiramente, é importante lembrar que o gosto por vinhos não é determinado pelo gênero, e sim pelo paladar individual de cada pessoa. Mulheres que procuram um equilíbrio entre o tinto e o branco( a briga com o divã) adoram o vinho que traz refrescância e muita leveza. As mulheres que conseguem enxergar que mudanças começam dentro de si e as relações que temos com aquelas que estão à nossa volta devem sempre ser o primeiro e privilegiado lugar para a mudança social. A maioria gosta do tinto Merlot. O sabor é mais intenso e remete a frutas negras, como ameixa, chocolate, baunilha e café. É ideal para aquela mulher que gostaria de explorar mais sabores. Entretanto, temos que ser cuidadosos para não confundirmos essa questão da primazia de um tipo de opressão na vida das pessoas com uma postura teórica que propõe a natureza imbricada das opressões. Não oprima as amigas pelo seu gosto e seu olhar para a vida. Mulheres sensíveis, ajuda a outra. Vinho e mulher harmonizam perfeitamente,desde que o paladar não seja maldoso, porque a tendência é que os dois briguem entre si e destruam a língua(vida) da outra. Trata-se de uma relação com regras, cuidado e respeito, ou seja, as escolhas devem ser baseadas a partir das preferências de cada uma, sem qualquer tipo de limitação mas de amor.

Ao ampliar a análise para além dos limites da nossa feminilidade, podemos ver os variados níveis de rejeição e sedução disponíveis para cada uma de nós de acordo com nossa identidade de fragilidade .Os vinhos brancos são uma excelente opção para quem gosta de vinhos mais leves e aromáticos. Eles podem ser secos ou doces e carregam um toque sutil do feminino. Cada uma de nós vive com uma porção designada de privilégios ou punições e com níveis variados de rejeição e sedução inerentes às imagens simbólicas a nós atribuídas. Esse é o contexto dentro do qual fazemos nossas escolhas. Muitas mulheres que acreditam no amor, existem o casamento de  uvas de duas variedades(blend) inseparáveis que foram colhidas no mesmo dia e fermentadas juntas, permanecendo unidas para sempre. Amor que não se separa. Somadas, a dimensão institucional e a simbólica da opressão criam um pano de fundo estrutural contra o qual todos/as nós vivemos nossas vidas. Portanto, incentivar a propagação de uma cultura feminista pressupõe a transformação. Os espumantes são sempre uma ótima escolha para celebrar uma ocasião especial ou para brindar nossas lutas. Eles podem ser brut, demi-sec, rosé ou moscatel é sempre a taça comemorativa dos avanços de nossa sensibilidade em lidar com o mundo. Por isso, não caminho sem a sororidade e sem um bom vinho, porque de maneira geral, diz respeito à união das mulheres, ficamos mais fortes quando nos unimos. Ou seja, essa aliança com o vinho, nos  permite compartilharmos momentos aprazíveis para que busquemos os direitos femininos e lutemos contra a opressão e todas as formas de violência contra a mulher

Se você vai julgar outra mulher porque em seu íntimo você não se sente boa o suficiente para o mundo, olhe para dentro do seu mundo; assim você será capaz de encontrar os espaços que precisam de faxina, então poderá iniciar o desafio de se tornar uma pessoa mais agradável para si mesma, e tudo dentro de você começa a fazer sentido, aproveite a inveja que está sentindo para avançar no seu ser; Quando questionar suas aptidões, se lembre de nunca se comparar, cada uma de nós trilhamos caminhos diferentes, e é por isso que cada uma se desenvolve segundo a sua necessidade no mundo. Se auto preserve, preserve sua intimidade, eu sei que tem dias que é preciso dividir, mas este partilhar é íntimo com quem realmente merece te escutar, então cuide bem do seu sentir. Não podemos compartilhar uma garrafa de vinho, se estamos todas aqui como adversárias, inimigas, cada uma de nós vive suas lutas, suas batalhas, suas derrotas e vitórias, do cair e se erguer; E cada vez que você olhar para uma mulher, olhe com olhos de enxergar, lembre-se que ali habita outro ser muito parecido com você. E assim me comemoro mulher! Degustando-me no vinho de mim mesma.

Jornalista, sommeliere e gastrônoma Edna Gomes

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